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Semana de Comunicação Pública

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Por questões de trabalho não pude comparecer aos outros dias da Semana de Comunicação Pública da UFPE, mas participei do último dia com os debatedores Orlando Guilhon e Jorge da Cunha Lima. Abaixo, um resumo do debate:
A comunicação pública se caracteriza pela subjetividade a ela concebida. Existe o conceito aqui no Brasil, de que numa rádio ou tv pública, a busca pela audiência não é permitida, porém, o que todos devem ter em mente é que este benefício deve ser feito por toda a sociedade e para toda a sociedade em busca, principalmente, de formação da cidadania. Quem diz isso é Orlando Guilhon, atual presidente da EBC, em debate feito na Semana de Comunicação Pública realizado na UFPE em Março de 2013. 
A lei da EBC é bastante avançada e ousada para a época em que foi criada pois a mesma, busca informar como sua concessionárias devem agir no meio, porém, a mesma não foi utilizada de forma sensata. É obrigação da comunicação pública oferecer uma alternativa às tvs e rádios privadas então. Conteúdo inteligente, qualidade do mesmo e até qualidade da forma, da técnica devem ser levadas em conta sobrepondo-se à questões comerciais. É preciso sempre buscar também pluralidade de opinião, pois em tv’s e rádios fechadas, a forma é sempre a mesma, caracterizada por uma unilateridade parcial e de gosto duvidoso. A diversidade cultural também deve ser valorizada e a comunicação pública deve estar voltada a apostar na ousadia, experimentação e criatividade, sem estar presa ao mercado comercial. Guilhon finaliza sua fala nos oferecendo ideias de que podemos ter uma produção própria mas também, não devemos ignorar a produção de terceiros, mesmo que de forma independente, ele nos apresenta várias produções não somente para faixas etárias mas também para grupos específicos e diferentes e ainda vamos conquistar essa independência por meio da digitalização do rádio. 
Já Jorge da Cunha Lima, expõe que tv e rádio públicas vendem programação e não audiência. Quem faz a sua grade de programação é o próprio cidadão, e o mesmo não o está utilizando de maneira sensata, talvez pelo fato dessa informação não ser passada de forma clara para ele. As empresas fechadas oferecem o espetáculo da informação, mas não passam o conteúdo da mesma. Quem deve dar essa compreensão à informação, são nós mesmos por meio da disciplina da diversidade. 
O que importa são os valores e os documentários são exemplos clássicos de valores de informação, de diversidade e a formação crítica do telespectador. Jorge também afirma que fazer televisão para o jovem é uma tolice, pois o jovem hoje em dia, não assiste televisão, ele assiste o que ele quer em várias outras plataformas. A vida está mudando tanto que até programação para crianças não existe mais, pois o interesse também não existe. Ele finaliza sua fala dizendo que o que sobra de nós são as experiências, que podem se tornar certezas e é preciso delas para repensar o que realmente precisamos trabalhar na televisão e na rádio públicas e este processo de repensar deve ser feito e refeito todos os dias.

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