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Processo Penal - Tribunal do Júri 1ª p.

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CCCCaaaaddddeeee rrrrnnnnoooo :::: Direito
CCCCrrrriiiiaaaaddddaaaa eeee mmmm:::: 18/08/2014 19:38 AAAA tttt uuuuaaaalllliiiizzzzaaaaddddaaaa………… 19/08/2014 22:10
Processo Penal - Tribunal do Júri
É garantia constitucional do cidadão - art. 5º, XXXVIII
garante ao cidadão que nesse tipo de crime (que dizem respeito ao bem jurídico maior - VIDA) 
que a pessoa seja julgada não por um juiz mas por seus pares - outros cidadãos comuns da 
sociedade.
Leva em conta não só aspectos jurídicos como também aspectos outros além.. filosóficos, 
religiosos, econômicos, sociais.
Julgamento não é feito exclusivamente na norma jurídica mas com base no senso de justiça 
adotado pela sociedade.
Jurados julgam com base nas suas consciências, naquilo que consideram justo. 
Pode ser que não seja aquilo que está previsto na lei. É julgamento mais humano.
É um julgamento também social.
4 GARANTIAS:
A) PLENITUDE DA DEFESA
Não tem direito apenas à ampla defesa mas sim à plenitude da defesa.
- Defesa utiliza-se de argumentação que vai além do direito para justificar conduta do acusado. 
B) SIGILO DAS VOTAÇÕES
Exceção: princípio da publicidade do processo. 
Jurados não são juizes de carreira, por isso estão mais sujeitos à pressão (mídia/réu/família)...
Não se sabe quem votou no quê. Também apura-se até atingir a maioria (4 votos)
C) SOBERANIA DOS VEREDITOS
Eventual recurso contra decisão do júri não terá capacidade de reformar a decisão. 
O recurso contra decisão do júri pode, no máximo, anular o júri, provocando outro julgamento.
D) COMPETÊNCIA MÍNIMA DO TRIBUNAL DO JÚRI
Para julgar os crimes dolosos contra a vida - consumados ou tentados.
Nada impede que essa competência mínima seja ampliada pelo legislador ordinário. Não pode 
restringir.
Exemplo: Crimes conexos ou continentes. Competência do tribunal do júri atrai.
PROCEDIMENTO
É o mais extenso. Único procedimento bifásico.
1ª Fase: Juízo da Acusação - Sumário de Culpa (mais antigos).
Transcorre sobre a presença de um juiz de direito - de carreira - singular. Pode ou não ser o juiz 
da vara do tribunal do júri, desde que tenha competência.
Londrina: 1ª Vara Criminal - Competência Privativa.
Juiz intenta sanear (verificar sustentação probatória) a acusação à luz do contraditório.
Arts. 406 a 421 do CPP
Desejo do legislador: Conclusão em 90 dias.
Na prática não é o que acontece.
Citado o réu, resposta em 10 dias.
Impugnação à contestação em 5 dias.
Marcada audiência de instrução para colheita de prova. Entendimento: antes dessa audiência juiz 
não pode aplicar absolvição sumária.
Depois da audiência há possibilidade mais ampla de absolvição.
Nessa audiência o juiz colhe prova assim como faz no procedimento ordinário. 
Ouve vítima, se crime tentado, testemunhas (8 test. no máximo para cada réu). Pode ouvir 
esclarecimento do perito, acareações, reconhecimento de pessoas e coisas.
Ao final da audiência, juiz interroga réu e abre possibilidade para alegações das partes. 
Juiz pode proferir 4 tipos de decisão
a) Pronúncia
b) Impronúncia
c) Absolvição Sumária
d) Desclassificação
a) Pronúncia - Art. 413 CPP
Decide que aquela acusação inicial é admissível/plausível/razoável. Possui algum suporte 
probatório. Sustenta-se em provas do contraditório.
Quando verificar prova da materialidade do fato e indícios suficientes de autoria.
Na dúvida, pronuncia para seguir o processo. In dubio pro societate.
Juiz dá definição jurídica - tipo penal pelo qual réu vai à júri.
Pronúncia não é sentença. Não teve extinção do processo com julgamento de mérito.
É decisão com força de definitiva, de caráter não terminativo. Interlocutória mista, não terminativa. 
Recurso em sentido estrito.
Não há trânsito em julgado. Há PRECLUSÃO da pronúncia quando não cabe mais recurso.
Precluso até decisão dos jurados.
Júri pode tornar necessário nova pronúncia. Ex. Fato novo.
Prolatada decisão da pronúncia - intima-se as partes: 
- Pessoalmente ao MP, defensor público, defensor dativo.
- Defensor particular consituído pelo réu pode ser intimado por publicação no diário. Advogado do 
assistente também.
Se necessário, juiz pode fazer adequação do tipo penal. 
Homicídio --> infanticídio.
Pode-se aditar a acusação.
Regras da ementatio e mutatio libeli. Aplicam-se nessa fase da pronúncia.
A pronúncia tem como efeito a interrupção da prescrição. 
Se não se completou, zera a contagem da prescrição.
Também na decisão da pronúncia. Juiz decide sobre prisão provisória, liberdade provisória ou 
outras medidas cautelares.
b) Impronúncia
Art. 414 do CPP
Decisão exatamente oposta. Profere-se quando juiz decide que a acusação não tem suporte 
probatório mínimo. Não tem sustentação.
Ou porque falta prova da materialidade ou porque não existem indícios de autoria/participação do 
réu.
Julga mérito? Não.
Juiz diz apenas que não há prova suficiente pro réu ir à júri.
Sentença de impronúncia? Extingue processo mas não julga mérito. No processo penal não há 
sentença. Decisão com força definitiva, terminativa.
Interlocutória mista-terminativa.
se surge nova prova, réu pode ser processado novamente pelo mesmo fato.
Impronúncia não faz coisa julgada material (não decide mérito) mas apenas formal. 
Cabe recurso de apelação.
Se réu for pronunciado e ele recorreu obtendo a impronúncia por força do recurso: 
DESPRONÚNCIA.
ADENDO - DIFERENÇAS DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO PRO SUMÁRIO
1) Nº de testemunhas 8 e 5, respectivamente
2) Audiência de instrução - 60 e 30 dias, respectivamente
c) Absolvição sumária
d) Desclassificação - art. 419.
Quando aquela acusação não traz crime doloso contra a vida, mas sim, outro crime.
Quando não é doloso mas culposo, é um caso. 
É possível recorrer da decisão: Recurso em sentido estrito.
Juiz avalia, se tiver competência pra julgar outro crime, pode julgar. Se não, remete os autos para 
juízo competente.
2ª Fase: Tribunal do Júri.
Só ocorre se houver pronúncia.
Juízo da Causa. 422 a 497 CPP
Certificado que não há mais recurso contra pronúncia - Juiz intima partes para apresentarem rol 
de 5 testemunhas em 5 dias.
 
Faz-se saneamento e designa data do julgamento.
Intima-se defensoria pública e OAB para sorteio dos jurados 10 dias antes do júri.
TRIBUNAL DO JÚRI:
1 juiz presidente
25 jurados 
Existe uma lista que compõe um corpo de jurados, dentre estes, sorteados os 25.
Após sorteio: reuniões periódicas. Pode ter um ou mais processos pautados.
7 jurados compõe o Conselho de Sentença.
art. 437: Lista de pessoas que estão isentos do serviço de jurado
Ex.: Servidores públicos da defensoria, policiais, MP, militares no serviço ativo, idosos (+70a) ou os 
que mostrarem justo impedimento.
Pra aquele que já compôs conselho de sentença: Presunção de idoneidade moral.
Jurado deve estar incomunicável durante o julgamento. 
Confisca celular e tudo mais. 
Desaforamento:
427, 428 CPP.
- Risco de distúrbio à ordem pública. Ex.: População revoltada.
- Risco para a segurança do réu.
- Dúvida quanto a imparcialidade dos jurados.
- Excesso de serviço na comarca. Processo pronto para ser julgado, mas durante 6 meses não é 
pautado para júri.
Pode ser requerido por juiz ou pelas partes, TJ ou TRF quem decide. Comarca específica.
Uma vez desaforado, não volta mais para comarca original, ainda que cessados os motivos do 
desaforamento.
Pode até ser desaforado para uma terceira comarca.
Processo pronto para ser julgado.

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