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Assuntos de RTBM- RECURSOS TERAPEUTICOS BIOMECANICO E MANUAIS FioTERAPIA

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FACULDADE DE MACAPÁ – FAMA
BACHARELADO EM FISIOTERAPIA
ARISTELMA
FRANCIELE DUARTE
HELEN LARISSA 
ISLLA MARREIROS
JACKSON SOUZA
JULIANA ALVES 
MANOEL DE JESUS
CORRENTE DE BAIXA FREQUÊNCIA: CORRENTE DINÂMICA DE BERNARD
MACAPÁ
2013
ARISTELMA
FRANCIELE DUARTE
HELEN LARISSA 
ISLLA MARREIROS
JACKSON SOUZA
JULIANA ALVES 
MANOEL DE JESUS
CORRENTE DE BAIXA FREQUÊNCIA: CORRENTE DINÂMICA DE BERNARD
Trabalho apresentado como pré-requisito parcial para obtenção de nota para a disciplina Recursos terapêuticos bioelétricos térmicos e mecânicos. 
Prof° MSc: Elinaldo da Conceição dos Santos. 
MACAPÁ – AP
2013
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO
	4
	2
	ELETROTERAPIA
	5
	3
	PROCESSO INFLAMATÓRIO
	6
	4
	CORRENTES DINÂMICAS DE BERNARD 
	7
	4.1
	DEFINIÇÃO E CARACTERISTICAS 
	8
	5
	FORMAS DE CORRENTE
	8
	5.1
	MONOFÁSICA
	9
	5.2
	DIFÁSICA
	9
	6
	EFEITOS TERAPEUTICOS
	10
	7
	ELETRODOS
	11
	7.1
	POLARIDADE
	11
	7.2
	EFEITOS QUIMICOS
	11
	7.3
	FACILIDADE DE EXCITAÇÃO DO TECIDO EXCITÁVEL 
	12
	7.4
	DIREÇÃO DO FLUXO DA CORRENTE
	12
	8
	CUIDADOS E CONTRA – INDICAÇÕES 
	12
	9
	REFERÊNCIAS
	13
	10
	CONCLUSÃO
	14
 �
1 INTRODUÇÃO
A eletroterapia apresenta íntima relação com a fisioterapia sendo um dos recursos base dos agentes físicos utilizados nessa área.Cabe primeiramente, entender que o termo eletroterapia é oriundo da corrente elétrica e caso desejamos usa-la de forma direta ou de indireta, ou seja, transformando-o em outro tipo de agente físico como ultrassom, laser, radiofrequência, onde a base da estimulação ou da forma de uma nova energia sempre será a corrente elétrica. Assim, poderemos definir a Eletroterapia como sendo “o uso da corrente elétrica de baixa intensidade, como forma direta ou previamente transformada a fim de estimular diferentes sistemas orgânicos com distintos objetivos”. �
2 ELETROTERAPIA
Classicamente o termo eletroterapia consiste na aplicação da corrente elétrica com finalidade terapêutica. Com maior abrangência pode-se dizer que a eletroterapia por definição consiste na aplicação de energia eletromagnética ao organismo com a finalidade de produzir sobre ele reações fisiológicas, terapêuticas, e também de investigação. Entende-se por energia eletromagnética a própria corrente elétrica e suas derivações dadas pelo aumento da sua frequência como ocorrem com ondas curtas, micro-ondas, e radio frequência ou pelo efeito piezoeléctrico, o qual tranforma em onda mecânica no ultrassom. Essas energias serão aproveitadas para melhorar os distintos tecidos quando estão submetidos às enfermidades ou alteração metabólicas das células que o compõem. 
Constitui ainda, um campo extenso da terapia física, cujo desenvolvimento atual corre paralelo com a moderna tecnologia, bioengenharia e eletrofisiologia. As forças exercidas sobre as estruturas excitáveis e portadoras de cargas no interior do corpo, que desencadeiam reações terapêuticas através da rede nervosa ramificada por todos os lados e do meio iônico diferenciados dos líquidos intra e extracelulares, constituem o fundamento físico da eletroterapia. 
O comportamento elétrico do organismo humano apresenta uma serie de características e propriedades em que todo o fisioterapeuta deve conhecer para poder trabalhar com o máximo de coerência quando aplicar qualquer corrente oferecida nos distintos aparelhos. 
As diferentes correntes utilizadas na eletroterapia são fundamentalmente na forma de eletricidade dinâmica, salvo alguns efeitos próprios do galvanismo, quando se utiliza corrente estática. �
3 PROCESSO INFLAMATÓRIO
O termo inflamação, leva automaticamente ao pensamento de algo negativo, porém a inflamação é parte importante do processo de cura. Sem as mudanças fisiológicas que ocorrem durante o processo inflamatório, os estágios seguintes da
cura não podem acontecer. Uma vez que o tecido é lesado, o processo de cura começa imediatamente (PRENTICE, 2002).
Qualquer evento que danifique a estrutura ou a função de um tecido e, portanto, altere a capacidade das células realizarem seus mecanismos homeostáticos normais ocasiona a resposta inflamatória, mesmo em lesões praticamente imperceptíveis (KNIGHT, 2000). Inflamação é a resposta imediata a uma lesão. Os sinais cardeais da presença de inflamação são : rubor, tumor, calor e dor. A fase aguda da resposta inflamatória se prolonga por 24 a 48 horas, sendo seguida por uma fase subaguda que se prolonga por mais de 10 a 14 horas. A fase subaguda pode estender-se, caso haja algum evento que continue a causar o trauma, ou se estiver presente alguma forma de irritação (KITCHEN e YOUNG, 1998).
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4 CORRENTES DINÂMICAS DE BERNARD 
 
As correntes Dinâmicas de Bernard, apresentadas por Pierre Bernard, são correntes senoidais monofásicas retificadas (LOW e REED, 2001). Produzem intensos efeitos analgésicos e hiperemiantes, atuando sobre nervos e sobre a musculatura através de processos elétricos e químicos (CAMERINI, CARVALHO e
OLIVEIRA, 1998).
As correntes Dinâmicas duplicam o índice de reabsorção tecidual devido à sua intensa capacidade de hiperemia; sendo uma das causas dos efeitos anti- exsudativos e anti-flogísticos proporcionados por essas formas de correntes. Já o
componente analgésico, baseia-se numa excitação infra-umbral permanente bloqueando a transmissão dos impulsos dolorosos e elevando o umbral de dor, produzindo assim uma destonificação e analgesia persistentes (CAMERINI, CARVALHO e OLIVEIRA, 1998).
Em todas as formas de tratamento por corrente polarizada um eletrodo “ativo” é empregado, este deve ser conectado a um determinado pólo visando surtir o efeito necessário ao caso tratado, o outro eletrodo é chamado de “indiferente” (BISSCHOP, BISSCHOP e COMMANDRÉ, 2001). Ocorre uma reação ácida no pólo positivo e, alcalina no negativo. A intensidade de cada reação varia com a intensidade e densidade relativa da corrente. São essas reações físico-químicas responsáveis por queimaduras químicas quando as aplicações são malfeitas (BISSCHOP, BISSCHOP e COMMANDRÉ, 2001).
As Dinâmicas possuem duas formas básicas, monofásica fixa (MF) e difásica fixa (DF), sendo que existem outras correntes derivadas da associação destas. Para todas as formas de Dinâmicas, utiliza-se uma base galvânica visando um aumento dos efeitos do componente galvânico (MARTÍNS, 2003).
4.1 DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
As correntes Dinâmicas foram desenvolvidas na França no início da década de 50 por P. Bernard. São correntes alternadas senoidais de baixa freqüência (50 a 100 Hz) com retificação monofásica ou bifásica. Elas são interrompidas com alternância rítmica, e podem trocar continuamente de freqüência, ou ainda combinar-se em defasagem de uma corrente senoidal monofásica (GUIRRO e GUIRRO, 2002). Produzem intensos efeitos analgésicos e hiperemiantes, atuando sobre nervos e sobre a musculatura através de processos elétricos e químicos (CAMERINI, CARVALHO e OLIVEIRA, 1998).
Outra característica importante é que quase sempre se associam a uma corrente contínua de base, que aumenta o nível de saída das semi-ondas mono ou bifásicas (GUIRRO e GUIRRO, 2002). Por se tratar de correntes alternadas, possuem a capacidade de alternar a polarização e despolarização dos tecidos, notadamente das membranas celulares. Como os máximos das correntes de polarização correspondem aos mínimos da corrente alternada que entra, e vice-versa, ocorre, somas e subtrações contínuas dessas duas correntes. Os efeitos são eletroquímicos, térmicos e de estimulação, conseqüência dos fenômenos de polarização (GUIRRO e GUIRRO, 2002).
5 FORMAS DE CORRENTES
A seleção da corrente a ser utilizada depende do objetivo desejado. Dentre as correntes dinâmicas pode-se diferenciar as ações primárias sobre o sistema sensorial e motor, bem como as influências favoráveis sobre o sistema vegetativo e trófico (GUIRRO e GUIRRO, 2002).
As correntes
são em número de cinco. Difásica e monofásica são as formas
básicas, as demais derivam da associação destas duas (MARTÍNS, 2003).
5.1 MONOFÁSICA FIXA
Apresenta pulso alternado, diferenciando-se da DF apenas por apresentar retificação em semi-onda com freqüência de 50 Hz. Cada pulso da corrente tem duração de 10 ms com intervalos de igual duração (fig.1). Provoca uma sensação de forte vibração, promovendo contrações musculares a uma intensidade menor que a difásica. Possui uma predileção sobre o sistema nervoso vegetativo, no sentido de atenuar a tonicidade simpática. É também indicada para estimulação inespecífica do tecido conjuntivo, pois acelera seu metabolismo (GUIRRO e GUIRRO, 2002).
Apresenta 33% de componente galvânico (MARTÍNS, 2003).
5.2 DIFÁSICA FIXA
A corrente difásica é caracterizada por apresentar pulso alternado e frequência de 100 Hz com retificação em onda completa. Cada pulso tem duração de 10 ms, não havendo intervalos entre eles (fig. 2). É indicada para tratamento precedendo outras modalidades de correntes para induzir a elevação do limiar de excitação das fibras nervosas sensitivas e, dessa forma proporcionar analgesia temporária. O efeito analgésico deve-se ao mascaramento e bloqueio fundamentados pela teoria das comportas, e tem por conseqüência uma variação da excitabilidade das fibras nervosas, causada por uma determinada freqüência de estimulação. É indicada para o tratamento de transtornos circulatórios, graças à influência que exerce sobre o sistema vasomotor. A corrente difásica também é indicada para a aplicação direta sobre os gânglios vegetativos, principalmente os simpáticos. Produz contrações musculares somente se a intensidade for relativamente elevada (GUIRRO e GUIRRO, 2002). Apresenta 66% de componente
galvânico (MARTÍNS, 2003).
6 EFEITOS TERAPÊUTICOS
RENNIE (1988) alega como efeitos das Dinâmicas de Bernard: (1) alívio da dor devido ao mecanismo de comporta da dor, supressão da dor por meio de endorfinas e encefalinas estimuladas neurologicamente, remoção de irritantes da área pelo aumento da circulação e o efeito placebo; (2) diminuição da inflamação e do edema devido ao aumento da ação de bombeamento muscular e da circulação local; alega-se também a ocorrência de alterações na permeabilidade da membrana celular; (3) considera-se que ocorra reeducação muscular e fortalecimento devido à estimulação de músculos; (4) aumento da circulação local decorrente, segundo se propõe, de alteração na atividade autonômica, bem como a redução no tônus simpático, levando à vasodilatação e redução nas substâncias semelhantes à histamina por causa dos efeitos unidirecionais; (5) facilitação da cicatrização de tecidos devido às alterações circulatórias locais e aos efeitos polares, levando a um aumento na atividade celular.
7 ELETRODOS
0s eletrodos devem ser metálicos, preferencialmente de alumínio, de tamanhos adequados. Pode-se usar tanto a técnica bipolar como a monopolar. A técnica bipolar consiste na utilização de dois eletrodos de tamanhos iguais com o objetivo de distribuir uniformemente a corrente pela superfície do segmento a ser tratado. Já na monopolar, os eletrodos de tamanhos diferentes proporcionam uma concentração maior da corrente no eletrodo de menor tamanho, enfatizando assim o local a ser tratado (GUIRRO e GUIRRO, 2002).
7.1 POLARIDADE
O eletrodo que possui um grande nível de elétrons é chamado de eletrodo negativo ou cátodo. Assim, o outro eletrodo, que tem um nível mais baixo de elétrons, é chamado de eletrodo positivo ou ânodo. O negativo atrai íons positivos e o positivo atrai íons negativos e elétrons. Os efeitos polares podem ser denominados pelos termos de três características: (1) efeitos químicos, (2) facilidade de excitação, e (3) direção do fluxo da corrente (HOOKER, 2002a).
7.2 EFEITOS QUIMICOS
Ocorrem mudanças no pH sob cada eletrodo, vasodilatação reflexa e fluxo de íons. O efeito de estimulação tecidual é atribuído ao eletrodo negativo. Já o efeito bacteriostático é alcançado no ânodo ou no cátodo com intensidades entre 5 mA a 10 mA, ao passo que com 1 mA ou abaixo, o maior efeito bacteriostático é encontrado no cátodo (HOOKER, 2002a).
7.3 FACILIDADE DE EXCITAÇÃO DO TECIDO EXCITAVEL
A polaridade do eletrodo ativo, em geral, deve ser negativa quando o resultado desejado for contração muscular, em razão da maior facilidade da despolarização da membrana no pólo negativo. Entretanto, a intensidade da corrente sob o pólo positivo pode ser aumentada rapidamente, o suficiente para criar um efeito de despolarização. Contudo, pode ser um tanto desconfortável o uso do eletrodo positivo devido à alta intensidade necessária para gerar um potencial de ação. (HOOKER, 2002a).
7.4 DIREÇÃO DO FLUXO DA CORRENTE
De modo geral, o eletrodo negativo é posicionado distalmente e o positivo proximalmente ao local da lesão. Esta combinação visa reproduzir o padrão do fluxo elétrico que ocorre naturalmente no corpo. A direção do fluxo da corrente pode também influenciar a mudança do conteúdo de água nos tecidos e movimentos colóides, porém nenhum desses fenômenos é bem documentado ou entendido (HOOKER, 2002a).
8 CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES
As Dinâmicas ocasionam perturbações em marcapassos, assim, em portadores de marcapassos, o tratamento com estas correntes deve ser efetuado sob controle contínuo do pulso e eletrocardiograma (CAMERINI, CARVALHO e OLIVEIRA, 1998). As Diadinâmicas de Bernard como correntes polarizadas poderiam ser uma alternativa para redução de edema devido a característica de provocar “fuga” de líquidos do pólo positivo para o negativo, fenômeno este conhecido como endosmose (CAMERINI, CARVALHO e OLIVEIRA, 1998).
9 CONCLUSÃO
As ações analgésicas, anti-inflamatórias e hiperemiante simultânea de todas as formas da eletroterapia têm encontrado uma aplicação extraordinariamente ampla em numerosos processos degenerativos e inflamatórios em todo o aparelho locomotor. A corrente elétrica é utilizada tanto na forma direta como previamente transformadas em outras formas de energias, poderá ser um recurso de difícil comparação com outras modalidades terapêuticas desde que corretamente utilizada. �
10 REFERÊNCIAS
AGNE, Jones Eduardo – Eu sei: Eletroterapia. 3º ed. Santa Maria: Pallotti, 2011. ISBN 978-85-7782-109-9
Monografias do Curso de Fisioterapia – Unioeste n. 01-2004 ISSN 1678-8265 (USO DE CORRENTES POLARIZADAS DIADINÂMICAS DE
BERNARD PARA REDUÇÃO DE EDEMA EM LESÕES
TRAUMÁTICAS AGUDAS INDUZIDAS DE RATOS): TAÍSA CARLA REINERT.
Apostila 6. Elaborado pelo professor Cleber Luz. Faculdade Social. Curso de Fisioterapia geral
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