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A Moeda: Natureza, Oferta e Procura 8ª Aula 1. Introdução ao Sistema Monetário 2. O Significado da Moeda 3. O Sistema Bancário 4. Instrumentos de Política Monetária 5. O Crescimento da Moeda e da Inflação 6. Teoria Clássica da Inflação 7. Os Custos da Inflação Prof. Mateus C. Gerolamo 2 Prof. Mateus C. Gerolamo 3 O hábito social de usar dinheiro para transações é extraordinariamente útil em uma sociedade grande e complexa. A existência do dinheiro torna o comércio mais fácil. Em outras circunstâncias, as pessoas teriam que recorrer ao escambo – ou seja, a troca de um bem ou serviço por outro – para obter as coisas de que precisam. Uma economia que dependa do escambo terá dificuldades para alocar eficientemente seus recursos escassos. Ao fluir de pessoa para pessoa na economia, o dinheiro facilita a produção e o comércio, permitindo que cada pessoa se especialize naquilo que sabe fazer melhor e elevando o padrão de vida de todos. Prof. Mateus C. Gerolamo 4 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) • As Funções da Moeda • Tipos de Moeda • Moeda na Economia – Estoque de Moeda Prof. Mateus C. Gerolamo 5 Moeda é o conjunto de ativos na economia que as pessoas usam regularmente para comprar bens e serviços de outras pessoas. Prof. Mateus C. Gerolamo 6 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) A moeda tem três funções na economia: Essas três funções juntas distinguem a moeda dos demais ativos da economia, como ações, títulos, imóveis, obras de arte, etc. Prof. Mateus C. Gerolamo 7 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) Meio de Troca Unidade de Conta (medida) Reserva de Valor Como a moeda é o meio de troca da economia, ela é o mais líquido dos ativos disponíveis. O que é Liquidez? ◦ Liquidez significa a facilidade com que um ativo pode ser convertido em meio de troca da economia. Prof. Mateus C. Gerolamo 9 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) A liquidez dos demais ativos varia muito: ◦ A maioria das ações e dos títulos pode ser vendida facilmente com pequeno custo, de modo que esses são ativos relativamente líquidos. ◦ Por outro lado, vender uma casa ou uma pintura de Da Vinci exige mais tempo e esforço, de modo que esses ativos são menos líquidos. Prof. Mateus C. Gerolamo 10 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) A moeda é o ativo mais líquido, mas está longe de ser perfeita como reserva de valor: ◦ Quando os preços sobem, o valor da moeda cai. ◦ Em outras palavras, quando os bens e serviços se tornam mais caros, cada dinheiro que temos na carteira pode comprar menos. Essa ligação entre o nível de preços e o valor da moeda se revelará importante para entender o como a moeda afeta a economia. Prof. Mateus C. Gerolamo 11 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) Quando a moeda assume a forma de uma mercadoria com valor intrínseco, é chamada de moeda-mercadoria. O termo valor intrínseco significa que o item teria valor mesmo que não fosse usado como moeda. Um exemplo de moeda-mercadoria é o ouro. Ele é fácil de transportar, medir e avaliar para detectar impurezas. Quando uma economia usa o ouro como moeda (ou usa papel-moeda que seja conversível em ouro à vista), diz-se que opera sob o padrão ouro. Outro exemplo de moeda-mercadoria são os cigarros. Nos campos de prisioneiros de guerra durante a Segunda Guerra Mundial, os prisioneiros trocavam bens e serviços entre si usando cigarros como reserva de valor, unidade de conta e meio de troca. A moeda sem valor intrínseco é chamada de moeda de curso forçado. Isso significa que o instrumento utilizado é moeda por decreto governamental. O governo americano, por exemplo, decretou que seus dólares são moedas válidas. Prof. Mateus C. Gerolamo 13 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) Moeda Fiduciária (Papel Moeda) O aparecimento da moeda fiduciária se deu na Inglaterra durante a idade média. Os ouvires, que eram também os banqueiros da época, recebiam os depósitos de ouro e prata dos comerciantes e emitiam recibos de depósitos que depois eram utilizados nas transações comerciais. Os ouvires perceberam, então, que poderiam ampliar esse tipo de negócio emitindo recibos sem, necessariamente, ter o dinheiro depositado em caixa. E assim surgiu o papel moeda, que é o tipo de moeda mais utilizados nos dias de hoje. O surgimento da moeda (que depende ou revela confiança*) só foi possível após o aparecimento dos bancos, isso porque esse tipo de moeda, diferente daquelas feitas com metais, não possui valor se não for o seu valor de aceitação geral. *Confiança = Fiducia (em latim) Prof. Mateus C. Gerolamo 15 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) Outros Tipos de Moeda Com o desenvolvimento dos bancos e agentes financeiros, vários outros tipos de meios de pagamento foram criados para facilitar cada vez mais as transações comerciais. Exemplos de tipos de moedas são: ◦ Cheques ◦ Cartão de Crédito ◦ Cartão de Débito ◦ Cheques-viagem ◦ Etc. Prof. Mateus C. Gerolamo 17 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) A quantidade de moeda na economia, chamada de estoque de moeda, tem forte influência sobre muitas variáveis econômicas. Numa economia tão complexa como a nossa, não é fácil estabelecer uma linha separando os ativos que podem ser chamados de “moeda” dos que não podem. Prof. Mateus C. Gerolamo 18 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) O que é, portanto, quantidade de moeda? ◦ Moeda corrente – as notas e moedas de metal que estão nas mãos do público. ◦ Depósitos à vista – os saldos em conta corrente que os depositantes podem acessar simplesmente com a emissão de um cheque ou uso de um cartão. Prof. Mateus C. Gerolamo 19 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) Há diversas medidas para o estoque de moeda. Prof. Mateus C. Gerolamo 21 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) Há diversas medidas para o estoque de moeda. A Figura a seguir mostra duas medidas, M1 e M2. Cada uma dessas medidas emprega um critério ligeiramente diferente para distinguir ativos monetários de não-monetários. Prof. Mateus C. Gerolamo 22 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) Exemplo: Duas Medidas do Estoque de Moeda da Economia Norte-Americana As duas medidas do estoque de moeda mais extensamente acompanhados são M1 e M2. Esta figura mostra a magnitude de cada medida nos EUA em 2007. Fonte: Federal Reserve. M1 M2 Depósitos à vista Cheques de viagem Outros depósitos que podem ser movimentados por cheques ($ 605 Bilhões) Moeda corrente ($ 759 Bilhões) Depósitos de poupança Pequenos depósitos a prazo Fundos mútuos do mercado monetário Algumas categorias de menor porte ($ 6.083 Bilhões) Tudo o que consta em M1 ($ 1.364 Bilhões) Há diversas medidas para o estoque de moeda. A Figura a seguir mostra duas medidas, M1 e M2. Cada uma dessas medidas emprega um critério ligeiramente diferente para distinguir ativos monetários de não-monetários. Prof. Mateus C. Gerolamo 23 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) Exemplo: Duas Medidas do Estoque de Moeda daEconomia Norte-Americana As duas medidas do estoque de moeda mais extensamente acompanhados são M1 e M2. Esta figura mostra a magnitude de cada medida nos EUA em 2007. Fonte: Federal Reserve. Bilhões de Dólares $ 7.447 $ 1.364 0 M1 M2 Depósitos à vista Cheques de viagem Outros depósitos que podem ser movimentados por cheques ($ 605 Bilhões) Moeda corrente ($ 759 Bilhões) Depósitos de poupança Pequenos depósitos a prazo Fundos mútuos do mercado monetário Algumas categorias de menor porte ($ 6.083 Bilhões) Tudo o que consta em M1 ($ 1.364 Bilhões) Prof. Mateus C. Gerolamo 24 Fonte: Banco Central do Brasil (http://www.bcb.gov.br/htms/infecon/progmon.asp?Idioma=p&id=progmon) Exemplo: Medidas do Estoque de Moeda da Economia Brasileira As medidas do estoque de moeda mais extensamente acompanhados são: M1 representa o volume de recursos prontamente disponíveis para o pagamento de bens e serviços, M2 corresponde ao M1 mais as emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias – as que realizam multiplicação de crédito. M3 é composto pelo M2 e as captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa e das carteiras de títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). M4 agrega o M3 e a carteira livre de títulos públicos do setor não financeiro. Fonte: BACEN. Prof. Mateus C. Gerolamo 25 Fonte: Banco Central do Brasil (http://www.bcb.gov.br/htms/infecon/progmon.asp?Idioma=p&id=progmon) Exemplo: Medidas do Estoque de Moeda da Economia Brasileira As medidas do estoque de moeda mais extensamente acompanhados são: M1 representa o volume de recursos prontamente disponíveis para o pagamento de bens e serviços, M2 corresponde ao M1 mais as emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias – as que realizam multiplicação de crédito. M3 é composto pelo M2 e as captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa e das carteiras de títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). M4 agrega o M3 e a carteira livre de títulos públicos do setor não financeiro. Esta figura mostra a magnitude de cada medida no Brasil no terceiro trimestre de 2009. Fonte: BACEN. Conceito Restrito de Moeda M1 papel-moeda em poder do público, isto é, as cédulas e moedas metálicas detidas pelos indivíduos e empresas não financeiras os seus depósitos à vista efetivamente movimentáveis por cheques. O M4 agrega o M1 mais: as emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias – as que realizam multiplicação de crédito as captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa e das carteiras de títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). a carteira livre de títulos públicos do setor não financeiro. M1 Prof. Mateus C. Gerolamo 26 Fonte: Banco Central do Brasil (http://www.bcb.gov.br/htms/infecon/progmon.asp?Idioma=p&id=progmon) Exemplo: Medidas do Estoque de Moeda da Economia Brasileira As medidas do estoque de moeda mais extensamente acompanhados são: M1 representa o volume de recursos prontamente disponíveis para o pagamento de bens e serviços, M2 corresponde ao M1 mais as emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias – as que realizam multiplicação de crédito. M3 é composto pelo M2 e as captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa e das carteiras de títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). M4 agrega o M3 e a carteira livre de títulos públicos do setor não financeiro. Esta figura mostra a magnitude de cada medida no Brasil no terceiro trimestre de 2009. Fonte: BACEN. Bilhões de Reais R$ 2.470,0 R$ 208,1 0 Conceito Restrito de Moeda M1 papel-moeda em poder do público, isto é, as cédulas e moedas metálicas detidas pelos indivíduos e empresas não financeiras os seus depósitos à vista efetivamente movimentáveis por cheques. O M4 agrega o M1 mais: as emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno por instituições depositárias – as que realizam multiplicação de crédito as captações internas por intermédio dos fundos de renda fixa e das carteiras de títulos públicos federais registrados no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). a carteira livre de títulos públicos do setor não financeiro. M1 A Lei de Gresham Da mesma maneira que as pessoas guardam dinheiro em caixa para emergências, as nações também precisam dispor de meios de pagamentos aceitos internacionalmente. Esses meios de pagamentos, conhecidos como reservas internacionais, são normalmente representados por ouro. Mas como o ouro é escasso, alguns países precisam manter suas reservas com moedas fortes, como o dólar, que tem aceitação mundial. É justamente nesse ponto que está o princípio da Lei de Gresham: “o dinheiro ruim tira o dinheiro bom de circulação”. Tal citação se justifica pelo fato de que, ao reter as moedas mais fortes em suas reservas, as nações estão diminuindo a quantidade destas no mercado, e pela lei da oferta e procura, quanto menor a quantidade dessas moedas, maior será a sua valorização sobre as outras. Um problema decorrente de se utilizar moedas como padrão para pagamento de contas internacionais é de que o mercado estará sempre sujeito às mudanças que possam vir a ocorrer nessas economias, como por exemplo uma crise na economia americana. Mais informações sobre Sir Thomas Gresham: http://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Gresham Prof. Mateus C. Gerolamo 28 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) Sir Thomas Gresham (1519 – 1579) • Bancos • Tipos de Bancos, Operações e Funcionamento • O Sistema do Banco Central • Conselho Monetário Nacional (C.M.N.) • Os Bancos e a Oferta de Moeda Prof. Mateus C. Gerolamo 30 BANCOS Os bancos são instituições que têm como principal função promover a circulação do dinheiro por meio de duas operações bilaterais de crédito: Prof. Mateus C. Gerolamo 31 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) De um lado centralizam aqueles que tomam dinheiro emprestado e do outro aqueles que o emprestam Os bancos surgiram para facilitar o encontro de quem quer dinheiro com quem o tem, tornando mais fácil essa ligação. Por esse motivo, apesar dos bancos não produzirem nada, são de grande importância para o desenvolvimento de um país, permitindo às pessoas que não têm dinheiro, mas que têm grandes idéias, a implementarem-nas gerando empregos e aumentando a atividade econômica de um país. Prof. Mateus C. Gerolamo 32 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) Em economias que Usam moeda de curso forçado, o Banco Central funciona como o órgão responsável pela regulação do sistema. Bancos Centrais Em economias que Proporcionam os recursos necessários para financiar a curto ou médio prazos as indústrias, o comércio, as empresas prestadoras de serviços, e pessoas físicas proporcionando liquidez a economia. Bancos Comerciais Apresentam as mesmas funções dos bancos comerciais, sendo que operam como instituições de carátersocial. Caixas Econômicas Principal financiador do governo federal, além de funcionar como banco comercial. Banco do Brasil Função de desenvolvimento econômico e social. Bancos de Desenvolvimento Instituições voltadas a grandes investidores, atuando também como consultoria para a realização de negócios, projetos. Bancos de Investimento Podem atuar como bancos comerciais, de investimento, financeiro e de desenvolvimento. Bancos de Múltiplos Instituições de crédito organizadas sob forma de sociedade cooperativa, mantidas pelos próprios cooperados, que exercem ao mesmo tempo o papel de donos e usuários. Associações de Crédito Cooperativo Tipos de Bancos Prof. Mateus C. Gerolamo 34 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) Operações Operações Passivas Abrangem o recebimento de depósitos dos clientes que juntamente com seus próprios recursos (capital social do banco e reservas) constituem as atividades básicas dos bancos. Operações Ativas Baseiam-se na utilização dos recursos próprios ou de terceiros para liberação de créditos, descontos de títulos e investimentos. Operações de Serviços São as atividades solicitadas por clientes tais como movimentação de cheques, ordens de pagamentos, pagamentos de contas, etc. Para que seja possível o empréstimo, o banco necessita ter uma quantidade mínima de depósitos em caixa para que ele possa cobrir os saques dos seus clientes Dessa maneira o governo determina certa quantidade de depósitos que o banco deve ter (razão de reserva), junto ao Banco Central, que será a garantia de que o banco poderá honrar os seus compromissos com os clientes. Prof. Mateus C. Gerolamo 35 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) Funcionamento Sempre que uma economia usa moeda de curso forçado, deve haver um órgão responsável pela regulação do sistema. No Brasil, esse órgão é o Banco Central do Brasil, BC, ou BACEN. O BC ou BACEN é um exemplo de Banco Central, uma instituição planejada para supervisionar o sistema bancário e regular a quantidade de moeda da economia. Dentre os maiores Bancos Centrais do mundo estão: Federal Reserve, Bank of England, Bank of Japan, European Central Bank. Prof. Mateus C. Gerolamo 37 Brasil Estados Unidos Inglaterra J a p ã o Europa Fonte: Adaptado de Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) É o órgão que faz valer as resoluções do Conselho Monetário Nacional (C.M.N.). Tem, por isso, um caráter executivo e é ligado diretamente ao Ministério da Fazenda. O BC é o interventor do governo na economia nacional. É por meio dele que o governo intervém na economia quando necessário, seja para assegurar ataques a moeda, para conter consumo, para coibir abuso dos bancos privados, etc. Prof. Mateus C. Gerolamo 38 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) Suas principais funções envolvem: ◦ Emitir dinheiro; ◦ Executar os serviços de circulação de dinheiro; ◦ Receber das instituições financeiras, ex. os recolhimentos; ◦ Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras; ◦ Controlar e fiscalizar o crédito, bem como o capital estrangeiro; ◦ Ser depositário de reservas oficiais de ouro e moedas estrangeiras; ◦ Fiscalizar as instituições financeiras, e aplicar as penas previstas por lei; ◦ Negociar a dívida externa; ◦ Administrar a dívida interna; ◦ Emitir títulos públicos. Prof. Mateus C. Gerolamo 39 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) O C.M.N é o órgão máximo do mercado monetário nacional. É constituído por 14 membros, dentre os quais ministros de estado. É formado pelo presidente do Banco Central e pelos ministros da Fazenda e do Planejamento. O C.M.N. visa corrigir os desvios da economia, executando políticas que possibilitem atender as necessidades da mesma. É o conselho que define, também, os empréstimos externos, além de aprovar os programas de recursos e aplicações das instituições públicas. Prof. Mateus C. Gerolamo 40 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) São funções do conselho ainda: ◦ Autorizar a emissão de papel moeda; ◦ Aprovar o orçamento monetário preparado pelo Banco Central; ◦ Fixar diretrizes e normas para a política cambial; ◦ Disciplinar o crédito; ◦ Estabelecer limites para a remuneração das operações e serviços bancários ou financeiros; ◦ Estabelecer normas nas transações com títulos públicos; ◦ Regular a constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras. Prof. Mateus C. Gerolamo 41 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) Os bancos desempenham um papel central no sistema monetário: Como os depósitos à vista são mantidos em bancos, o comportamento dos bancos pode influenciar a quantidade de depósitos à vista na economia e, portanto, a oferta de moeda. Os bancos adotam um sistema chamado de sistema de reservas fracionárias (um sistema bancário no qual os bancos mantêm apenas uma parte de seus depósitos como reserva). A fração dos depósitos que um banco mantém como reserva (depósitos recebidos pelos bancos, mas que não são emprestados) é uma razão chamada razão de reserva. Essa razão é determinada por uma combinação de regulamentação governamental (via Banco Central) e da política do banco. Prof. Mateus C. Gerolamo 42 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) Quando os bancos mantêm somente uma fração dos depósitos como reserva, criam moeda. É importante observar que quando um banco empresta parte de suas reservas e cria moeda, ele não está criando riqueza. Em outras palavras, quando o banco cria o ativo moeda, também cria um passivo correspondente aos tomadores de empréstimos. No fim desse processo de criação de moeda, a economia fica mais líquida, no sentido de que há mais meios de troca, mas a economia não está mais rica do que antes. Se os bancos mantivessem todos os depósitos como reserva, não influenciariam a oferta de moeda. Prof. Mateus C. Gerolamo 43 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) O multiplicador da moeda é a quantidade de moeda que o sistema bancário gera com cada real / dólar de suas reservas. O multiplicador da moeda é a recíproca da razão de reserva. Quanto maior a razão de reserva, menor a parcela de cada depósito que os bancos emprestam e menor o multiplicador da moeda. Prof. Mateus C. Gerolamo 44 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2005, Cap. 29) • Os Instrumentos de Controle Monetário Banco Central • Principais Títulos Públicos • Os Instrumentos de Controle Monetário Federal Reserve (Estados Unidos) • Problemas com o Controle da Oferta de Moeda Prof. Mateus C. Gerolamo 45 Prof. Mateus C. Gerolamo 46 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) Existem vários conceitos para explicar o que seria uma política monetária, todos muito semelhantes. Pode-se dizer que política monetária é a prática utilizada pelos governos para interferir direta ou indiretamente na economia do seu país. Para um governo, é extremamente importante ter o mercado sob controle, e isso só é possível se o governo dispuser de artifícios que controlem a liquidez do mercado. Prof. Mateus C. Gerolamo 47 Fonte: Políticas Econômicas (Cleto e Dezordi, 2002) Fonte: Apostilade Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) As operações de mercado aberto são caracterizadas pela compra e venda de títulos públicos do BACEN no mercado. Esses títulos podem ser de emissão própria ou em geral do Tesouro. Operações de mercado aberto (Open Market) São depósitos sob a forma de reservas bancárias que cada banco comercial é obrigado legalmente a manter junto ao Banco Central. É calculado como um percentual sobre os depósitos à vista nos bancos comerciais (ex. 55%). Depósito compulsório /Mudança nos coeficientes de encaixe A assistência financeira de liquidez ou redesconto é o mecanismo pelo qual o BACEN socorre instituições financeiras com problemas de liquidez. O redesconto é o empréstimo que os bancos comerciais recebem do BACEN para cobrir eventuais problemas de liquidez. A taxa cobrada sobre esses empréstimos é chamada de taxa de redesconto. Redesconto bancário / Mudanças na taxa de redesconto Um instrumento não muito convencional, mas às vezes utilizado pelo Banco Central, refere-se ao controle direto sobre o crédito. Este pode estar relacionado ao volume de crédito, ao prazo e destinação do crédito. Este instrumento pode gerar distorções no livre funcionamento do mercado de crédito, e até desestimular a atividade de intermediação financeira. Controle e seleção de crédito O que é um Título Título é uma promissória do emitente que tem o compromisso, findo o prazo estipulado, de pagar ao comprador o valor de face (valor do título), e os seus devidos juros, de acordo com o que for especificado no respectivo título. Existem vários títulos no mercado financeiro brasileiro, como por exemplo: ◦ Bônus do Tesouro Nacional ◦ Letra do Banco Central ◦ Letra Financeira do Tesouro ◦ Letras Financeiras dos Tesouros dos Estados e Municípios ◦ Letra do Tesouro Nacional ◦ Nota do Banco Central ◦ Nota do Tesouro Nacional ◦ Título da Dívida Agrária ◦ Ver mais em: http://www.bcb.gov.br/?SELICARACTIT Prof. Mateus C. Gerolamo 49 Fonte: Apostila de Macroeconomia (Rebelatto, EESC-USP) Os instrumentos apresentados anteriormente têm poderoso efeito sobre a oferta de moeda, mas o controle que o Banco Central exerce sobre a oferta de moeda não é preciso. Há dois problemas que surgem porque grande parte da oferta de moeda é criada pelo sistema bancário de reservas fracionárias: ◦ O Banco Central não controla a quantidade de moeda que as famílias decidem manter depositada nos bancos. ◦ O Banco Central não controla a quantidade que os bancos decidem emprestar. Assim, num sistema bancário de reservas fracionárias, a quantidade de moeda na economia depende, em parte, do comportamento dos depositantes e dos bancos. Como o Banco Central não pode controlar ou prever perfeitamente esses comportamentos, não pode controlar perfeitamente a oferta de moeda. Prof. Mateus C. Gerolamo 51 Fonte: Introdução à Economia (Mankiw, 2009, Cap. 29) 1. Introdução ao Sistema Monetário 2. O Significado da Moeda 3. O Sistema Bancário 4. Instrumentos de Política Monetária 5. O Crescimento da Moeda e da Inflação 6. Teoria Clássica da Inflação 7. Os Custos da Inflação Prof. Mateus C. Gerolamo 52
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