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Normas Constitucionais

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Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL I 
Prof. Carlos Alberto Lima de Almeida 
ROTEIRO DE APOIO 
 
Advertência: a disponibilização aos alunos do roteiro de apoio utilizado pelo 
professor para o desenvolvimento do conteúdo programático da disciplina não exclui 
a leitura do PLANO DE AULA, bem como da legislação, jurisprudência, 
bibliografia básica e complementar indicadas. 
 
Esse é apenas um material de apoio. Logo, antes de cada aula faça a leitura do 
PLANO DE AULA correspondente e complemente seu estudo realizando a leitura da 
bibliografia básica e complementar. 
 
Se você encontrar algum erro de digitação ou tiver qualquer contribuição para a 
melhoria desse material ou dúvida sobre a matéria escreva para o professor. 
 
Cordialmente, 
Carlos Alberto Lima de Almeida 
carlosalberto.limadealmeida@gmail.com 
NORMAS CONSTITUCIONAIS 
O tema da aula de hoje são as normas constitucionais, 
que, por sua natureza e local dentro do ordenamento 
jurídico constitucional, possuem algumas 
características específicas. 
 
Antes, relembraremos alguns conceitos acerca das 
normas jurídicas, que nos serão úteis ao estudo das 
normas constitucionais. 
• Existência: indica o fato de a norma jurídica estar no 
sistema. 
 
• Validade: preenche certos requisitos de ordem, que 
tornam norma material e formalmente válida, no sentido 
que permite que sua existência se efetue na eficácia. 
 
• Eficácia: é a norma que se encontra apta ao 
desencadeamento dos efeitos que lhe são próprios. Sendo 
assim, é a possibilidade de a norma produzir, efetiva 
(eficácia social) ou potencialmente (eficácia jurídica), os 
efeitos peculiares adscritos pelo político. 
 
• Vigência: é a qualidade da norma que se encontra 
apta ao desencadeamento de efeitos no que tange ao 
espaço e no que toca ao tempo delimitados pelas 
própria ordenação. Exprime a exigibilidade de um 
comportamento, a qual ocorre a partir de um dado 
momento e até que a norma seja revogada. 
 
• Aplicabilidade: é a qualidade do que é aplicável, 
potencialmente para produção de resultados, 
identificando-se, assim, com a eficácia jurídica. 
“Como regra geral, todas as normas constitucionais 
apresentam eficácia, algumas jurídica e social e outras 
apenas jurídica. 
 
Michel Temer observa que a “eficácia social se verifica na 
hipótese de a norma vigente, isto é, com potencialidade para 
regular determinadas relações, ser efetivamente aplicada a 
casos concretos. Eficácia jurídica, por sua vez, significa que a 
norma está apta a produzir efeitos na ocorrência de relações 
concretas; mas já produz efeitos jurídicos na medida em que 
a sua simples edição resulta na revogação de todas as 
normas anteriores que com ela conflitam”” (LENZA, 2012, p. 
217) 
Quando a doutrina estabelece a classificação das normas 
constitucionais, ela está preocupada quanto ao instituto 
jurídico aplicado à generalidade das normas conhecido como 
eficácia jurídica, ou seja, os efeitos que essas normas 
produzirão no ordenamento jurídico e social. 
 
 Sendo assim, estabeleceremos, dentre as diversas 
classificações existentes, a mais famosa entre nossos 
doutrinadores, visto que é a adotada pelo Supremo Tribunal 
Federal – STF, que é de autoria de José Afonso da Silva, onde 
as normas constitucionais são classificadas como normas de 
eficácia plena, normas de eficácia contida e normas de 
eficácia limitada. 
1) Normas de eficácia plena: são aquelas que estão aptas a 
produzir todos os seus efeitos desde a entrada em vigor 
da Constituição. Desta forma, não necessitam de 
regulamentação infraconstitucional e possuem 
aplicabilidade imediata, direta e integral. Por exemplo: 
art. 5º, inciso II; 
 
 “Art. 5º (...) II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar 
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;” 
2) Normas de eficácia contida: são aquelas que, assim 
como as de eficácia plena, produzem todos os seus 
efeitos. Entretanto, admitem serem restringidas ou 
contidas em seus efeitos por legislação 
infraconstitucional. 
 
 Portanto, têm aplicabilidade imediata e direta, mas 
não integral, visto que admitem contenção em seus 
efeitos, como por exemplo a norma do art. 5º, inciso 
XIII: 
 
 “XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício 
ou profissão, atendidas as qualificações profissionais 
que a lei estabelecer;” 
 
 
3) Normas de eficácia limitada: são aquelas que para a 
produção ampla de seus efeitos necessitam de norma 
infraconstitucional que as venham complementar. 
 
 Assim sendo, enquanto não existir a legislação 
infraconstitucional elas não produzirão efeitos integrais, 
por isso, sua aplicabilidade é indireta, mediata e 
reduzida. 
 
 
 As normas de eficácia limitada dividem-se em dois 
tipos. 
 
• Limitadas quanto ao princípio institutivo. 
 Também chamadas de limitados quanto ao 
princípio organizativo, são “aquelas através 
das quais o legislador constituinte traça 
esquemas gerais de estruturação e atribuições 
de órgãos, entidades ou institutos, para que o 
legislador ordinário os estruture em definitivo, 
mediante lei.” (SILVA, 1982, p. 126) 
 
 
 
 Assim, instituem apenas esquemas gerais de 
estruturação, deixando grande margem de 
atuação ao legislador infraconstitucional. Como 
exemplo: 
 
 “Art. 18. A organização político-administrativa da 
República Federativa do Brasil compreende a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos 
autônomos, nos termos desta Constituição. 
 (…) 
 § 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua 
criação, transformação em Estado ou reintegração ao 
Estado de origem serão reguladas em lei 
complementar.”(CRFB/1988) 
 
 
 
 “Art. 146. Cabe à lei complementar: 
 
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria 
tributária, entre a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios; 
 
II - regular as limitações constitucionais ao poder de 
tributar; 
 
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação 
tributária, especialmente sobre” CRFB/1988) 
 
 
 
• Limitadas quanto ao princípio programático. 
 Também chamadas de normas programáticas, 
“veiculam programas a serem implementados 
pelo Estado, visando a realização de fins 
sociais (arts. 6.º — direito à alimentação; 196 
— direito à saúde; 205 — direito à educação; 
215 — cultura; 218, caput — ciência e 
tecnologia; 227 — proteção da criança...)” 
(LENZA, 2012, p. 221) 
 “Alguns outros exemplos podem ser “colhidos” do vasto 
estudo desenvolvido por José Afonso da Silva. 
 
 Vinculadas ao princípio da legalidade, o autor lembra 
algumas normas programáticas: 
 
 a) art. 7.º, XI (participação nos lucros, ou 
 resultados, desvinculada da remuneração, e, 
 excepcionalmente, participação na gestão da 
 empresa, conforme definido em lei, lembrando 
 que já existe ato normativo concretizando o 
 direito); 
 b) art. 7.º, XX (proteção do mercado de 
 trabalho da mulher, mediante incentivos 
 específicos, nos termos da lei); 
 
 c) art. 7.º, XXVII (proteção em face da 
 automação, na forma da lei); 
 
 d) art. 173, § 4.º (a lei reprimirá o abuso 
 do poder econômico que vise à 
 dominação dos mercados, à eliminação 
 da concorrência e ao aumento arbitrário 
 dos lucros — vide CADE)” (LENZA, 2012, 
 p. 221) 
O FENÔMENO DA SUPERVENIÊNCIA DE NOVA 
CONSTITUIÇÃO 
 
 A doutrina aponta ainda como tópico importante para o 
estudo das normas constitucionais, o problema que é 
acarretado para o ordenamento jurídico em relação ao 
processo legislativo quando da superveniência de uma 
nova Constituição. 
 
 Para tanto, ela aponta três possíveis fenômenos a fim de 
solucioná-lo. São eles: a recepção, a repristinação, e a 
desconstitucionalização: 
 Recepção: Norma jurídica infraconstitucional criada 
na vigência do ordenamento constitucional anterior 
que é interpretada como compatível com a nova 
constituição. 
 
 Trata-se pois de um principio de segurança jurídica, 
mas que também é de economia legislativa,porque 
não há razão alguma para a retirada das normas em 
perfeita congruência com o ordenamento 
constitucional vigente. 
 
 Repristinação: Ocorre uma espécie de ressurgimento ou 
restauração de vigência da norma jurídica anteriormente 
revogada, de maneira tácita, pela ordem constitucional 
pretérita, mas que agora foi substituída através de uma 
nova constituição escrita (art 2º § 3º Dec-lei 4657/42). 
 
 Desconstitucionalização: Fenômeno ainda não 
inteiramente admitido pela doutrina, no qual algumas 
normas da constituição anterior permaneceriam em sua 
vigência, desta feita sob uma nova forma de lei ordinária. 
QUESTÕES 
QUESTÃO DISCURSIVA 1 
 
Numa audiência no Juizado Especial Cível, em cujo 
processo o autor pleiteava uma indenização por 
danos morais no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), 
o advogado da empresa demandada, com amparo 
no art. 133 da Constituição da República, pleiteou a 
extinção do processo sem apreciação de mérito (CPC, 
art. 267, IV), sob o fundamento de que o advogado é 
essencial à administração da justiça. 
 O autor, mesmo não tendo formação jurídica, 
ofereceu defesa alegando que a Lei n.º 9.099/95 
lhe garantia a possibilidade de postular em juízo 
sem assistência de defensor técnico. 
 
 Diante de tal hipótese, considerando a 
aplicabilidade do art. 133, CRFB, seria correto 
afirmar que a Lei n.º 9.099/95 padece de vício de 
inconstitucionalidade? 
QUESTÃO DISCURSIVA 2 
 
A Emenda Constitucional nº 1/69 permitia a criação, 
em sede de Lei infraconstitucional, de monopólios 
estatais. Com o advento da Constituição da República 
de 1988, a possibilidade de criação de monopólios 
por lei não foi mais contemplada. 
 
À luz da teoria da recepção, é possível sustentar a 
manutenção de monopólios estatais criados em sede 
infraconstitucional pelo ordenamento pretérito e não 
reproduzidos pela Constituição de 1988? 
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA NESTA AULA 
 
Material didático fornecido pela Estácio – 
Coordenação do Curso de Direito 
 
LENZA, PEDRO. Direito Constitucional Esquematizado, 
São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
 
 
Disciplina: 
DIREITO CONSTITUCIONAL I 
 
Professor: 
CARLOS ALBERTO LIMA DE ALMEIDA 
 
 Email: 
carlosalberto.limadealmeida@gmail.com 
 
Facebook: 
Carlos Lima de Almeida

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