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Diagnóstico-Terapia-Prognóstico 1) Diagnóstico: É a parte da consulta médica, ou do atendimento médico, voltada à identificação de uma eventual doença, por meio de um conjunto de dados coletados através da anamnese, do exame físico e dos exames complementares. I. Conceitos Associados: a)Sintoma: Sensação subjetiva anormal sentida pelo paciente e não visualizada pelo examinador (p. ex., dor, má digestão, tontura, náuseas). b)Sinal: Pode ser notado pelo examinador mediante inspeção, palpação, percussão, ausculta ou evidenciado por meios subsidiários (p. ex., tosse, vômito, edema, cianose, presença de sangue na urina). OBS: Nem sempre é possível fazer distinção absoluta entre sintoma e sinal, porque alguns, tais como dispneia, vertigens e outros tantos, são sensações subjetivas para o paciente, mas ao mesmo tempo podem ser constatados objetivamente pelo examinador. c)Síndrome:Conjunto de sintomas e/ou sinais que ocorrem associadamente e que podem ser determinados por diferentes causas. d)Entidade clínica: Doença cuja história está reconhecida no todo ou em parte e cujas características lhe dão individualidade nosológica. e)História natural: Conjunto de elementos que se vão acumulando com a evolução do processo mórbido. II. Tipos de Diagnósticos: a)Diagnóstico anatômico: Reconhecimento de uma alteração morfológica (p. ex., hepatomegalia, megaesôfago,estenose mitral etc.). b)Diagnóstico funcional: Constatação de distúrbio da função de um órgão (p. ex., extrassistolia, insuficiência renal, insuficiência cardíaca etc.). c)Diagnóstico sindrômico: Reconhecimento de uma síndrome (p. ex., insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência renal aguda, hipertensão portal, síndrome de Cushing e muitas outras). d)Diagnóstico clínico: Reconhecimento de uma entidade nosológica caracterizada por sua expressão mais importante. Assim, quando se diz “doença de Chagas”, estamos nos referindo a uma entidade cujo elemento principal é o fato de o organismo estar parasitado pelo Trypanosoma cruzi, sem que isso queira dizer que haja comprometimento do esôfago, do cólon ou do coração. e)Diagnóstico etiológico: Reconhecimento do agente causal de uma alteração mórbida. OBS: Não existem fronteiras bem definidas entre os vários tipos de diagnóstico. Assim, frequentemente um diagnóstico sindrômico poderá ser, também, anatômico ou funcional, ou os dois ao mesmo tempo. III. Diagnóstico Complementar: É feito a partir de exames complementares. · Exames Complementares: São aqueles exames (laboratoriais, de imagem, etc.) que complementam aos dados da anamnese e do exame físico para a confirmação das hipóteses diagnósticas e do tratamento. São solicitados por diversos profissionais, como médicos, cirurgiões-dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, educadores físicos, nutricionistas, etc. · A utilização rotineira da radiografia e de outros métodos de imagem como auxiliar quase obrigatório do diagnóstico fez nascer o diagnóstico radiológico, o ultrassonográfico, o endoscópico, entre outros. Cada método novo de exame que vai sendo introduzido na prática médica conduz a novas maneiras de diagnóstico, e fala-se hoje, correntemente, em diagnóstico laboratorial, sorológico, eletrocardiográfico, endoscópico e assim por diante. · Deve-se procurar em todo paciente a obtenção de todos os tipos de diagnóstico, pois muito mais rico é capaz de fornecer informações para um dignóstico mais claro e preciso. IV. Hipótese diagnóstica: No decorrer do exame clínico é que nasce(m) a(s) hipótese(s) diagnóstica(s). Quanto mais consistente for(em), maior será a probabilidade de bem cuidar do paciente. A escolha correta de exame complementar depende da qualidade da(s) hipótese(s) diagnóstica(s). V. Raciocínio Diagnóstico: Capacidade de coletar os dados que alimentarão o raciocínio. Vale dizer, a capacidade de fazer i. Anamnese e exame físico do paciente ii. Sistematização da coleta de dados iii. Organização mental dos dados obtidos iv. Conclusão.Quase sempre é uma ou mais hipótese diagnóstica 2) Terapêutica: são todas as medidas usadas com a intenção de beneficiar o paciente. · Trat.cirúrgico,sintomático,clínico,paliativo,radioterapia,quimioterapia,fisioterapia,terapêutica ocupacional ou praxiterapia, e assim por diante. 3) Prognóstico: Tentar prever o que vai acontecer no futuro do paciente em função da enfermidade que o acometeu. A elaboração de prognóstico depende fundamentalmente do conhecimento da história natural de uma doença e da possibilidade de modificála por qualquer tipo de intervenção terapêutica. · Classificação quanto à vida: bom , mau , incerto ou prognóstico reservado quando as possibilidades ainda não estão bem definidas, havendo risco de desenlace fatal. · Classificação quanto à validez: capacidade normal e incapacidade parcial ou total. · Classificação quanto ao tempo: prognóstico imediato e prognóstico tardio.