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Brucella
Brucella
Introdução:
Brucella é um gênero de bactérias gram-negativas.[1] São cocobacilos pequenos (0.5 a 0.7 por 0.6 a 1.5 µm), formando colônias muito pequenas, lisas, com tom esbranquiçado e não-hemolíticas. São imóveis, não capsulados, não esporuladas e são aeróbios estritos, realizando metabolismo oxidativo. São catalase, oxidase e urease positivas. Reduzem nitratos a nitritos e são nutricionalmente exigentes.
Parasita intracelular do sistema retículo endotelial, com elevada capacidade de invasão e resistência por fagócitos, isto explica os casos de recidiva.
Características gerais:
-Cocos a bastonetes curtos com predomínio de cocobacilos;
-Pleomórficos;
-Isolados, aos pares, em cadeias curtas ou pequenos grupos;
-Aeróbias, mas necessitam de 5 a 10 % de CO2;
-Temperatura ótima 37ºC (20ºC a 40ºC);
-Reduzem NO3→ NO2; pH = 6,6 a 7,4;
-Fermentam lentamente açúcares;
-Não liquefazem a gelatina;
-Indol negativo;
-Não utilizam citrato;
-VM e VP negativos;
-Raramente são capazes de crescer em ágar MacConkey;
-O ágar sangue e ágar chocolate são utilizados para hemoculturas;
-O crescimento é lento, colônias visíveis em 2 dias ou mais.
Principais espécies:
-B. abortus- Oito biótipos;
-B. melitensis – três biótipos;	Todas apresentam colônias lisas
-B. suis – Cinco biótipos;
-B. ovis;
-B. canis		Colônias rugosas
-B. neotomae- Acomete ratos do deserto
Colônias lisas e rugosas/ Variação S-> R
As espécies do gênero Brucella apresentam colônias na forma lisa (S), quando recém-isoladas. Quando mantidas em laboratório ocorre a dissociação colonial: Mucosas e rugosas – R. A dissociação “S” para “R” é devida à maior resistência das células que pertencem as colônias R; as alterações do meio produzidas pelas colônias S, incluindo o acúmulo de D- alanina e a redução do pO2
Os cultivos dissociados sofrem modificações na sua estrutura antigênica e também perdem a virulência. Não são utilizadas para o preparo de vacinas e nem de antígenos. Existem métodos para se observar a variação morfológica de colônias:
1)Aglutinação com acriflavina (1:1000):
-Colônias lisas– Suspensão homogênea;
-Colônias Rugosas– Aglutinam imediatamente;
-Colônias mucóides– Formam filamentos
2)Iluminação com luz transmitida obliqua:
Usar Microscópio estereoscópico com Incidência de luz em ângulo de 45º;
-Colônias lisas– Transparentes e úmidas;
-Colônias rugosas- Opacas e brancas
3)Coloração com cristal violeta (1:2000):
Colocar este corante em toda superfície do ágar em placa e observar as colônias;
-Colônias lisas- Não se coram;
-Colônias dissociadas: São coradas variando de vermelho a púrpura
Brucelose:
A brucelose é uma doença de fêmeas adultas e em gestação. A via mais importante de penetração das brucelas é a digestiva. Nos bovinos, ovinos e caprinos, infecção ocorre pela ingestão de pastos contaminados, água e feno, e também pela ingestão de descargas vaginais.
Pode ser introduzida também pela via respiratória, conjuntiva e pele intacta. A fonte mais comum de contágio é o aborto e seus anexos são eliminados grandes quantidades de bactérias.
Quando as fêmeas entram em gestação, após um período de bacteremia, as brucelas são atraídas pelo útero grávido em função da presença do eritritol. Há uma multiplicação das brucelas, conduzindo a uma placentite necrótica que culmina na eliminação do feto em torno do 7º mês de gestação. No 5º mês de gestação, o eritritol começa a aumentar e atinge níveis máximos, próximos ao parto. Isto estimula a multiplicação das brucelas. Nos bovinos este álcool é encontrado na placenta, nos líquidos fetais e nos cotilédones.
Não existe eritritol na placenta humana. As fêmeas só abortam uma vez, as que não abortam produzem crias fracas. Ocorre retenção de placentas e infertilidade.
A bactéria é introduzida no interior de macrófagos. Tem um período de incubação de 10 a 21 dias, vai para os gânglios regionais linfáticos, podendo aí migrar para o sangue, onde atua o LPS, e do sangue atinge órgãos como o fígado, baço, osso, testículo, endocárdio, com formação de granulomas ou abcessos (mais frequente com B. melitensis e B. suis). O hospedeiro desencadeia uma resposta imunológica celular, mais efetiva, e uma imunidade celular, que embora não seja protetora, é essencial para o diagnóstico sorológico.
Importância econômica
-Decréscimo na produção de leite e carne (25%) e produção de bezerros (15%);
-Infertilidade temporária ou permanente;
-Redução do tempo de vida produtiva;
-Maior intervalo entre lactações;
-Descarte de animais;
-Custos na reposição de animais;
A B. abortus infecta os bovinos (aborto e orquite), mas tem sido encontrada em búfalos, camelos, cães, cavalos (bursite) e no homem (febre intermitente, doença sistêmica);
A B. melitensis infecta caprinos e ovinos (aborto, orquite e artrite), mas pode ser transmitida a bovinos ( aborto) e no homem causando a febre de Malta e doença sistêmica;
B. suis acomete os suínos (aborto, orquite e artrite), mas pode ser encontrada em cães, lebres, roedores e no homem (febre intermitente e doença sistêmica);
B. ovis dos ovinos- Epididimite e aborto;
B. canis causa no cão, o seu hospedeiro principal, aborto e esterilidade, podendo infectar o homem (doença sistêmica moderada);
B. neotomae- Ratos do deserto e Brucella de mamíferos marinhos.
A brucelose é uma zoonose, facilmente transmitida de animais infectados para o homem. Com exceção de B. ovis e B. neotomae, todas as outras foram encontradas no homem.
No homem as vias comuns de infecção são: Trato gastrintestinal (ingestão de leite infectado ou de carnes), mucosas e pele (contato com tecidos infectados de animais) e através das vias respiratórias pela inalação de aerossóis. Causa febre ondulante, fadiga, dores musculares e articulares.
Fontes de infecção:
-Placenta, secreções vaginais e abortos, leite, sêmen via inseminação artificial ou monta natural (raro).
Fontes de contaminação:
-Água, pastagem e fômites.
-Período de incubação:
De 2 semanas a 6 meses.
Resistência:
-Destruídas pela pasteurização (60ºC por 10 min.) e fervura;
-Pasto no inverno- 100 dias e no verão= 30 dias. Sensíveis à luz solar;
-Sensíveis aos desinfetantes comuns (derivados de cresol 4%/ aldeídos 0,5 a 1,0%);
-Manteiga obtida de leite contaminado sobrevive 75 dias;
-Solo úmido: Sobrevivência de 100 dias;
-Membranas fetais 12 dias;
-Água potável – 114 dias;
-Água contaminada- 150 dias.
-Urina de bovino- 4 dias;
-Fezes úmidas – 25 dias
Diagnóstico:
-Amostras clínicas, tecidos e órgãos;
-Adultos: Sangue, leite, linfonodos, placenta e anexos, secreções vaginais e sêmen;
-Feto: linfonodo bronquial, conteúdo do abomaso;
-Exame direto;
-Cultura bacteriológica;
-PCR;
-Soro epidemiológico
Vantagens e desvantagens de testes sorológicos:
-Rapidez na obtenção dos resultados;
-Baixo custo (triagem e alguns confirmatórios);
-Fácil execução e interpretação;
-Maioria das provas padronizadas internacionalmente;
-Nem todo animal (-) está livre da infecção;
-Nem todo animal (+) está infectado;
-Especificidade e sensibilidade variáveis conforme o teste
Controle e profilaxia:
-Vacinação compulsória de fêmeas (3-8meses);
-Controle de trânsito de animais (GTA);
-Capacitação de Médicos Veterinários;
-Teste e abate dos animais infectados (acomp.serviço oficial);
-Notificação e monitoramento periódico;
-Desinfecção dos locais contaminados
-Consumir leite fervido, pasteurizado ou esterilizado;
-Campanhas educativas para a população;
-Auxiliar no parto somente protegido com luvas obstétricas;
-Roupas adequadas;
-Higiene
Tratamento (homem):
-Tetraciclinas(Doxicilina)+estreptomicina
-Doxicilina+Rifampicina
-Doxicilina+Rifampicina

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