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Resenha de antropologia: o que é estnocentrismo .Everaldo rocha

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Viviane da Silva da Cruz
Polo: Tabira (professora Maria Celeste Vidal)
Everaldo P. Guimarães Rocha (Rio de Janeiro,1 de outubro de 1951) é um antropólogo brasileiro criador da obra “o que é etnocentrismo?” onde ele mostra como o pensamento antropológico se transformou ao longo do tempo e como o etnocentrismo atrapalha no estudo sobre o outro e a sociedade.
No primeiro capítulo de sua obra “pensando em partir” Everaldo começa explicando o que é etnocentrismo que segundo ele é a “visão de mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como o centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência”. Para ele o etnocentrismo sempre esteve e está arraigado a nossa sociedade e que o etnocentrismo tem como pano de fundo o choque cultual que é como ele diz quando o grupo do “eu” que tem os mesmos costumes e gostam das mesmas coisas de repente se depara com o grupo do “outro” que tem costumes diferentes e gostam de coisas diferentes, e isso nos assusta, não entendemos e não aceitamos o grupo do “outro” queremos que eles sejam iguais a nós pois somos melhores. Para Everaldo o etnocentrismo muitas vezes leva a violência colocando o “outro” como primitivo e que precisa ser exterminado, como exemplo ele deu o cientista Hermann Von Ihering que justificava o extermínio dos índios caingangue por serem um empecilho ao desenvolvimento e a colonização das regiões do sertão que eles habitavam. Everaldo afirma também que quando se há o etnocentrismo o grupo do “eu” não dá a oportunidade de o “outro” se expressar distorcendo assim a cultura e os costumes do “outro” descrevendo-o assim como bem entender. Assim como acontece nos livros didáticos segundo Everaldo que muitas vezes distorcem a realidade e a molda como lhe agrada dependendo do contexto a que foi empregado. Everaldo diz que existem ideias que se contrapõem ao etnocentrismo e uma das mais importantes é o relativismo que é quando compreendemos o outro no seu próprio valor e não no nosso.
No segundo capitulo Everaldo explica que a partir do século XVI começou-se uma busca por modelos explicativos da diferença, em compreender o outro em compara-lo sem a visão etnocêntrica. Alguns pensamentos surgiram na antropologia um deles foi o evolucionismo que explica que o outro é diferente por que tem outro grau de evolução. A evolução se divide em evolucionismo biológica que é explicada por Darwin no livro a origem das espécies e evolucionismo social que passa a ser o novo modelo explicador do “eu” e do “outro”, mas que acaba sendo a permanência do etnocentrismo visto que o “eu” é o estágio mais avançado da evolução e o “outro” é um estágio atrasado na evolução.
No terceiro capitulo “o passaporte” Everaldo busca explicar os avanços da antropologia em direção a superação do etnocentrismo. O autor cita Franz Boas como um importante colaborador da relativização no campo antropológico o qual se liga a toda uma escola de pensamentos conhecida como difusionismo ou escola americana. Suas ideias contribuíram para uma transformação substancial da antropologia, modificando o conceito de história e cultura.
No capítulo seguinte “voando alto” Everaldo mostra as importantes contribuições de importantes autores como Radcliff-Brown, Durkheim, Malinowski para a antropologia. Radcliffe-Brown discordava da vinculação que existia entre a compreensão do presente de uma cultura e o estudo do seu passado ao contrário do que acreditava o difusionismo e o evolucionismo.
Durkheim é colocado pelo autor como tendo um tema pertinente sobre o problema da autonomia antropológica com a afirmação de uma ruptura- o social não é explicado pelo individual. E por último o autor coloca a contribuição de Malinowski com a “expressão de trabalho de campo” que segundo o autor é importante por estabelecer a concepção de abandonar o conforto do etnocentrismo e buscar o contato com a diferença e a relativização no contato com o “outro”.
No último capítulo de seu livro “a volta por cima” Everaldo recapitula alguns assuntos tratados anteriormente na obra e trata de alguns assuntos novos. O autor fala da importância de certos questionamentos levantados por autores como Marshall Sahlins e Lévi Strauss. O autor tenta mostrar o real trabalho da antropologia, como ela é importante e que está presente na nossa sociedade.
Considerações finais: Everaldo em sua obra o que é etnocentrismo buscou mostrar ao leitor o que é etnocentrismo e como ela afeta a forma que enxergamos e tratamos o outro, e como a antropologia funciona e como vem se transformando ao longo do tempo com a ajuda de grandes estudiosos. Ele aborda o tema em alguns trechos de forma lúdica com o uso de estórias e exemplos, para que o leitor tenha mais facilidade em compreender o assunto, porém em algumas partes o assunto se torna um pouco confuso mas nada que atrapalhe, sem dúvida o livro é de suma importância no estudo da antropologia, visto que ele não aborda o assunto de forma superficial mas de forma profunda e esclarecedora e ampla.

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