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Transmissão de Dados em Dispositivos USB Augusto Cézar Ferreira Engenharia de Computação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Cornélio Procópio/PR – Brasil Email: augusto.c.ferreira@hotmail.com Gabriela Bobra Carvalho Engenharia de Computação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Cornélio Procópio/PR – Brasil Email: gabrielacarvalho@alunos.utfpr.edu.br Gabriela Mostasso Depizol Engenharia de Computação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Cornélio Procópio/PR – Brasil Email: gabriela.depizol@hotmail.com Abstract—This article aims to explaine the operation and work of USB (Universal Serial Bus) devices in the data transmission and analyze in daily applications. Keywords— usb; bus, data transmission; devices; computer. I. RESUMO Este artigo tem como objetivo conceituar o funcionamento de dispositivos USB (Universal Serial Bus) na transmissão de dados e analisar em aplicações do dia a dia. II. INTRODUÇÃO A entrada USB está na maioria dos computadores de hoje em dia. A função dela é fazer a transferência de dados entre computadores e diversos periféricos. O objetivo dessa porta é substituir os vários tipos de entradas existentes nos computadores e ainda, fornecer mais velocidade de transmissão de dados e energia por um único cabo. Ao decorrer do artigo iremos explicar os diferentes tipos de entrada USB, como funciona a transmissão de dados nesse barramento, mostrar e analisar aplicações no dia a dia. III. PROPOSTA DE TRABALHO É proposto nesse trabalho analisar e mostrar a velocidade que trabalha o computador quando há a transmissão de dados na porta USB assim que é colocado um pen drive e um HD externo. Como há dois tipos de USB no computador utilizado para o trabalho (uma porta 2.0 e uma porta 3.0) será testada as duas para mostrar no artigo a diferença de funcionamento entre elas. IV. CRONOGRAMA Como não haverá compra de materiais para o trabalho, o cronograma será bem simples, como podemos ver a seguir: DATA ATIVIDADE 05/05 Definição do tema: “Transmissão de dados em dispositivos USB” 06/05 Definição dos métodos de pesquisa 08/05 Elaboração do cronograma 09 e 10/05 Estudo do tema, busca de referências 16 e 17/05 Estudo do tema, busca de referências 23 e 24/05 Definição de dispositivos a serem utilizados 30 e 31/05 Teste de velocidade com os dispositivos escolhidos 06 e 07/06 Análise dos dados obtidos 13 e 14/06 Desenvolvimento do trabalho teórico 20/06 Ensaio para a apresentação 21/06 Apresentação do projeto V. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A transmissão de dados via USB é baseada no envio de pacotes bilateral, ou seja, o dispositivo e o host podem enviar e receber informações. No USB são utilizados três tipos de pacotes e existem quatro tipos de transferência. O primeiro tipo é o Control, ele serve para configurar ou transmitir parâmetros de controle a um dispositivo. O segundo tipo de transferência é o Bulk, é usada em impressoras e scanners, para fazer a grande transferência de seus dados. O terceiro é o Interrupt, consiste em uma transferência de pequena quantidade de dados. O último tipo é Isochronous tráfego de dados criados, enviados e recebidos em tempo real. VI. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Dispositivos USB – Universal Serial Bus, em português, Porta Universal – pode ser encontrada em praticamente todos os computadores. Além de realizar transferência de energia é também um dos mais usados meios de transferência de dados entre os mais diversos dispositivos encontrados no mercado. O dispositivo USB está a cada dia mais sendo inserido no meio da informática, com intuito de substituir as entradas mais antigas e menos eficientes, em relação a velocidade de transferência de dados e ao fornecimento de energia, tudo por um único cabeamento. Existem diversos tipos de cabeamento com portas USB, sendo cada tipo utilizado para determinado tipo de atividade ou comportamento computacional, dependendo de sua necessidade de energia e/ou velocidade. Pode-se separar as portas USB por USB 1.x, USB 2.0, USB 3.0, USB 3.1 gen1 e USB 3.2 gen2. As principais diferenças características entre essas versões são a velocidade, gerenciamento de energia, características mecânicas e elétricas de cabos, plug e conectores. Na versão 1.x possui duas velocidades, sendo elas 1.5 Mbps na menor banda de transferência e 12 Mbps na maior. Já a versão 2.0 opera na velocidade de 480 Mbps na sua taxa de transferência enquanto que a versão 3.0 e 3.1 gen1 operam em 5 Gbps. Atualmente a versão mais otimizada em relação a velocidade de transferência de dados é a 3.1 gen2 com 10 Gbps. Todas as versões posteriores são retro compatíveis com as versões anteriores. Figura 1 – versões de USB com suas velocidades, retro compatibilidade e codificação Overhead é a quantidade de bits inclusos (bits uteis) em uma mensagem (dado) para que para que a mesma possa ser entregue corretamente a seu destino, destinados ao controle e sinalização da mensagem. Geralmente são inclusos 2 bits por byte, 8b da mensagem e 2b de overhead, geralmente um bit no início e outro no final da mensagem, podendo haver no entre os 8 bits, mais um bit de paridade da mensagem. A overhead é geralmente expressa em porcentagem e mostra qual a taxa de bits que não há possibilidade de ser aproveitada dos dados transmitidos. No sistema utilizado nas portas USB de 1.x até o 3.1 gen1 a codificação overhead utilizada é a 8b/10b, onde são 8 bits de dados utilizáveis e 2 bits de dados de sequenciamento overhead. Figura 2 – Sistema utilizado pelos USB de 1.x até 3.1 gen1 A porcentagem de aproveitamento (overhead) de transferência é dada pela ração entre os bits uteis da mensagem pelos bits de controle: Logo o overhead para as portas citadas é de 20%, ou seja, há 80% de aproveitamento da mensagem transmitida. Considerando uma porta USB 3.0/3.1 gen1 onde a velocidade de transmissão é de 5 Gbps, apenas 80% (4 Gbps) são usados para transmissão de dados uteis. Para a versão 3.1 gen2 é utilizada a codificação 128b/132b, onde houve uma minimização na perda do pacote utilizado, onde o pacote transfere 128 bits de dados utilizáveis e 4 bits de overhead, logo a taxa de transferência é 16 vezes maior, com menor utilização de overhead. Figura 3 – Sistema utilizado para a versão 3.1 gen2 Neste caso há 97% de transferência de dados uteis nesta porta (9,7 Gbps). VII. MATERIAIS UTILIZADOS E MÉTODOS Para esse experimento foram utilizados os seguintes materiais: Hardware: - Notebook Dell Inspiron 3443 - HD externo Samsumg M3 Portable 3.0 500 Gb - Pen drive Kingston DataTraveler 2.0 16 Gb Software: - USB Flash Benchmark: esse software possibilita efetuar testes de velocidade em pen drives e outros dispositivos USB. No computador, depois de plugados os dispositivos USB citados, testes foram realizados com a utilização do software USB Flash Benchmark. A avaliação feita pelo software proporciona dados como a velocidade de escrita e leitura do dispositivo selecionado para arquivos de 1KB até 16MB. Os resultados são representados graficamente possibilitando uma visão ampla do funcionamento da unidade testada para diferentes tamanhos de arquivos. VIII. ANÁLISES DOS RESULTADOS OBTIDOS Primeiramente os testes foram realizados utilizando o pen drive, que como descrito nos materias tem conexão USB 2.0. Figura 4 - Teste com pen drive Kingston DataTraveler 2.0 16 Gb na porta 2.0 Figura5 – Teste com pen drive Kingston DataTraveler 2.0 16 Gb na porta 3.0 Com os testes as seguintes observações foram feitas: a retro compatibilidade entre as versões de USB existe mas existe uma defasagem de velocidade da porta 3.0 em função da 2.0 considerando que o dispositivo é 2.0. A explicação vem do fato que quando um dispositivo de uma versão mais antiga e consequentemente mais lenta de USB é conectada a uma porta de uma versão de USB mais rápida, a porta funciona na velocidade compatível ao dispositivo conectado. A versão de USB 2.0 tem como valor teórico 480 Mbps, ou seja, 60MB/s. Para relacionar as velocidades obtidas, o teste da porta 3.0 foi descartado e os valores tomados foram os do teste com a porta 2.0. A velocidade de leitura obtida (20.43MB/s) é de 34.05% da velocidade teórica da porta, já a velocidade de escrita (11.36 MB/s) foi de 18.93%. Esses resultados serão mais aprofundados na conclusão. A seguir serão apresentadas as imagens com os resultados do teste de velocidade com o HD externo 3.0 nas duas portas USB. Figura 6 – Teste com HD externo Samsumg M3 Portable 3.0 500 Gb na porta 2.0 Figura 7 – Teste com HD externo Samsumg M3 Portable 3.0 500 Gb na porta 3.0 Após os testes a retro compatibilidade foi verificada novamente, como o dispositivo utilizado foi o HD 3.0, a condição do teste anterior foi invertida, ou seja, a velocidade do dispositivo na porta de versão mais lenta (2.0) seguiu os valores fixados pela porta tornando o dispositivo mais lento também. A versão de USB 3.0 tem como valor teórico 5 Gbps, ou seja, 625 MB/s. Para relacionar as velocidades obtidas, só o teste da porta 3.0 foi considerado. As velocidades obtidas foram 67.39 MB/s para leitura e 93.85 MB/s para escrita, esses valores comparados aos valores teóricos são de 10.78% e 15.01% de eficácia respectivamente. Valores que também serão mais explanados na conclusão. IX. CONCLUSÃO Para uma análise completa dos dados obtidos existe uma obrigatoriedade em ressaltar alguns assuntos como as limitações de hardware e software utilizados, a dependência de um bom sistema para o funcionamento em alto nível do barramento USB é evidente. Com uma máquina de médio porte para a atualidade e com o sistema operacional utilizado (Windows 10) os resultados obtidos demonstram a necessidade de um computador cada vez mais potente para aguentar as taxas altíssimas que são propostas pelos dispositivos e portas USB mais recentes. A limitação física, ou seja, dependência de cabos e ligações físicas, é outro fator que pode interferir na transferência de dados. Portas ou cabos com problemas são comumente observados, problemas físicos que podem levar até a perda do barramento em questão. Como mostrado na figura 1 as diferenças entre as velocidades de transferência aumentaram consideravelmente das primeiras versões de USB para as mais novas. Antes o barramento utilizado para ligar dispositivos low speed como teclados e mouses agora é utilizado para transferências de grandes arquivos funcionando normalmente em high speed ou super speed. Pode se observar com os dados obtidos, que a compatibilidade entre portas e dispositivos de mesma versão torna a velocidade maior. Chegando a valores práticos razoáveis considerando que na transmissão de dados existem diferentes camadas de modulação e outros tipos de percas causadas por fatores variáveis. Devido a isso, os valores práticos encontrados são inferiores aos valores teóricos. Concluindo que apesar do grande avanço tecnológico na área, existem muitas melhorias que podem ser feitas considerando os hardwares e softwares atuais, as versões mais recentes de USB oferecem uma velocidade muito alta de transferência que praticamente não foi verificada nesse trabalho. Mas é inegável a diferença entre versões, considerando os valores mais altos obtidos nas portas 2.0 e 3.0 com seus dispositivos de mesma versão conectados, 20.43 MB/s e 93.85 MB/s respectivamente, existiu um aumento de 459% de velocidade de transferência no comparativo entre as versões. X. REFERÊNCIAS [1] PREUSS, Julio: USB – Universal Serial Bus. Acesso em 05 de maio de 2017. Disponível em HARDWARE <http://www.clubedohardware.com.br/artigos/placas- mae/usb-universal-serial-bus-r34053> [2] FREIRE, Thiago: Tudo sobre o barramento USB – Parte 1 – Velocidade. Acesso em 08 de maio de 2017. Disponível em ADRENALINE <http://adrenaline.uol.com.br/2016/07/21/44524/tudo-sobre- o-barramento-usb-parte-1-velocidade/#contenttop> [3] ALECRIM, Emerson: O que é USB (Universal Serial Bus). Acesso em 08 de maio de 2017. Disponível em INFOWESTER <https://www.infowester.com/usb.php> [4] BRITO, Edivaldo: USB Flash Benchmark. Acesso em 27 de junho de 2017. Disponível em TECHTUDO <http://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/usb-flash- benchmark.html> [5] MORIMOTO, Carlos E.: Placas-mãe e barramentos. Acesso em 27 de junho de 2017. Disponível em HARDWARE <http://www.hardware.com.br/guias/placas- mae-barramentos/usb3.html>
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