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2017­6­19 :: ITC ­ Consultoria ::
http://www.itcnet.com.br/materias/printable.php 1/3
    
19 de Junho, 2017    
Impresso por RENATA PEZENTE MOTA
 
MICROEMPRESAS OU EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ­ INVESTIDOR­ANJO
Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 21/12/2016.
Sumário:
1 ­ INTRODUÇÃO
2 ­ DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE
3 ­ AUMENTO DO LIMITE PARA RECEITA BRUTA
4 ­ INVESTIDOR­ANJO
4.1 ­ Diretos e Deveres do Investido­Anjo
4.2 ­ Aporte Efetuado pelo Investidor­Anjo
4.3 ­ Remuneração ao Investidor­Anjo
4.4 ­ Transferência da Titularidade
4.5 ­ Tributação do Valor Retirado a Título de Remuneração do Investidor­Anjo
4.6 ­ Venda das Quotas da Empresa que Possua um Investidor­Anjo
5 ­ ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL (ECD) ­ INVESTIDOR­ANJO
5.1 ­ Prazo de entrega da Escrituração Contábil Digital (ECD)
5.2 ­ Situação Especial ­ Prazo de entrega da Escrituração Contábil Digital (ECD)
1 ­ INTRODUÇÃO
Foi publicada no DOU de 28/10/2016, a Lei Complementar nº 155, de 27/10/2016, que altera
a  Lei  Complementar  nº  123/2006,  que  dentre  as  inúmeras  alterações,  incluiu  uma  nova
modalidade  de  investidor  nas  empresas  enquadradas  como Microempresas  e  Empresas  de
Pequeno Porte, denominado como: Investidor­Anjo.
O objetivo desta matéria é  identificar e esclarecer essa nova modalidade de  investimento,
identificando  assim,  todas  as  obrigações,  deveres  e  benefícios  em  torno  dessa  nova
modalidade de investimento.
2 ­ DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE
Considera­se  Microempresas  (ME)  ou  Empresas  de  Pequeno  Porte  (EPP),  a  sociedade
empresária,  a  sociedade  simples,  a  empresa  individual  de  responsabilidade  limitada  e  o
empresário  a  que  se  refere  o  art.  966  da  Lei  nº  10.406,  de  10  de  janeiro  de  2002,
devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas
Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I ­ no caso da microempresa, aufira, em cada ano­calendário, receita bruta igual ou inferior
a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II  ­  no  caso  de  empresa de  pequeno porte,  aufira,  em  cada  ano­calendário,  receita  bruta
superior  a  R$  360.000,00  (trezentos  e  sessenta  mil  reais)  e  igual  ou  inferior  a  R$
3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
A  partir  do  ano  calendário  de  2018,  será  considerada  uma  empresa  de  pequeno  porte,  a
empresa  que  auferir,  em  cada  ano­calendário,  receita  bruta  superior  a  R$  360.000,00
(trezentos  e  sessenta  mil  reais)  e  igual  ou  inferior  a  R$  4.800.000,00  (quatro  milhões  e
oitocentos mil reais).
3 ­ AUMENTO DO LIMITE PARA RECEITA BRUTA
A partir do ano calendário de 2018, ocorrerá o aumento do limite de receita bruta anual de
R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para R$ 4.800.000,00 (quatro milhões
 
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e oitocentos mil reais) para as Empresas de Pequeno Porte (EPP).
Salientando que, não ocorreu a alteração do enquadramento para as Microempresas  (ME),
permanecendo assim, o mesmo limite demonstrado no item 2 dessa matéria.
Fundamentação Legal: Art. 1º e 11 da Lei Complementar nº 155/2016.
4 ­ INVESTIDOR­ANJO
A  partir  de  janeiro  de  2017,  com o  objetivo  de  incentivar  as  atividades  de  inovação  e  os
investimentos  produtivos,  a  sociedade  enquadrada  como  microempresa  ou  empresa  de
pequeno porte, nos termos desta Lei Complementar nº 123/2006, poderá admitir o aporte de
capital, que não integrará o capital social da empresa.
Com a  observância  que,  as  finalidades  de  fomento  a  inovação  e  investimentos  produtivos
deverão constar do contrato de participação, com vigência não superior a 7 (sete) anos.
O  aporte  de  capital  poderá  ser  realizado  por  pessoa  física  ou  por  pessoa  jurídica,
denominadas investidor­anjo.
A  legislação  vigente  não  denomina  o  local  de  residência  desses  investidores,  com  isso,
entendemos  que,  estes  aportes  poderão  ser  provenientes  de  investidores  residentes  no
território brasileiro ou estrangeiros, desde que, todos as exigências mencionadas nos  itens
4.1 a 4.6 desta matéria sejam seguidas.
Por  fim,  salientamos  que,  a  atividade  constitutiva  do  objeto  social  é  exercida  unicamente
pelos sócios  regulares, em seu nome  individual e sob sua exclusiva responsabilidade, sem
interferências dos investidores anjos.
4.1 ­ Direitos e Deveres do Investido­Anjo
O investidor, pessoa jurídica ou pessoa física, intitulado como investidor­anjo:
I  ­  não  será  considerado  sócio  nem  terá  qualquer  direito  a  gerência  ou  voto  na
administração da empresa;
II ­ não responderá por qualquer dívida da empresa, inclusive em recuperação judicial, não
se aplicando a ele o art. 50 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 ­ Código Civil;
III ­ será remunerado por seus aportes, nos termos do contrato de participação, pelo prazo
máximo de cinco anos.
4.2 ­ Aporte Efetuado pelo Investidor­Anjo
Para  fins  de  enquadramento  da  sociedade  como  microempresa  ou  empresa  de  pequeno
porte, os valores de capital aportado não são considerados receitas da sociedade.
Com  isso,  o  valor  investido  não  influenciará  a  tributação  da  empresa  enquadrada  como
Micro Empresa ou empresa de Pequeno porte.
4.3 ­ Remuneração ao Investidor­Anjo
Ao  final  de  cada  período,  o  investidor­anjo  fará  jus  à  remuneração  correspondente  aos
resultados  distribuídos,  conforme  contrato  de  participação,  não  superior  a  50%  (cinquenta
por cento) dos lucros da sociedade enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno
porte.
O  investidor­anjo  somente  poderá  exercer  o  direito  de  resgate  depois  de  decorridos,  no
mínimo,  dois  anos  do  aporte  de  capital,  ou  prazo  superior  estabelecido  no  contrato  de
participação, e seus haveres serão pagos na forma do art. 1.031 da Lei nº 10.406, de 10 de
janeiro  de  2002  ­  Código  Civil,  não  podendo  ultrapassar  o  valor  investido  devidamente
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corrigido.
4.4 ­ Transferência de Titularidade
Mesmo  antes  do  período  do  resgate  o  investidor­anjo  poderá  transferir  a  titularidade  do
aporte para terceiros.
Entretanto,  a  transferência  da  titularidade  do  aporte  para  terceiro  alheio  à  sociedade
dependerá do consentimento dos sócios, salvo estipulação contratual expressa em contrário.
4.5 ­ Tributação do Valor Retirado a Título de Remuneração do Investidor­Anjo
Como  trata­se  de  uma  nova  modalidade,  até  então  não  prevista  em  lei,  o  Ministério  da
Fazenda poderá regulamentar a tributação sobre retirada do capital investido.
4.6 ­ Venda das Quotas da Empresa que Possua um Investidor­Anjo
Caso os sócios decidam pela venda da empresa, o investidor­anjo terá direito de preferência
na aquisição, bem como direito de venda conjunta da titularidade do aporte de capital, nos
mesmos termos e condições que forem ofertados aos sócios regulares.
Fundamentação Legal: Art. 1º Lei Complementar nº 155/2016 que altera o Art. 61­A a Art.
61­D da Lei Complementar nº 123/2006.
5 ­ ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL (ECD) ­ INVESTIDOR­ANJO
A partir do ano calendário de 2017, nascerá a obrigação do envio da Escrituração Contábil
Digital  (ECD)  para  as  Microempresas  (ME)  e  Empresas  de  Pequeno  Porte  (EPP)  que
receberem recursos de investidor­anjo durante o ano calendário.
Fundamentação Legal: Art. 61 e 76 Resolução CGSN nº 130/2016.
5.1 ­ Prazo de entrega da Escrituração Contábil Digital (ECD)
A ECD será  transmitida anualmente ao Sped até o último dia útil  do mês de maio do ano
seguinte ao ano­calendário a que se refiraa escrituração.
O prazo para entrega da ECD será encerrado às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta
e  nove  minutos  e  cinquenta  e  nove  segundos),  horário  de  Brasília,  do  dia  fixado  para
entrega da escrituração.
5.2 ­ Situação Especial ­ Prazo de entrega da Escrituração Contábil Digital (ECD)
Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão  total,  fusão ou  incorporação, a ECD deverá ser
entregue  pelas  pessoas  jurídicas  extintas,  cindidas,  fusionadas,  incorporadas  e
incorporadoras até o último dia útil do mês subsequente ao do evento.
O prazo para entrega da ECD será encerrado às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta
e  nove  minutos  e  cinquenta  e  nove  segundos),  horário  de  Brasília,  do  dia  fixado  para
entrega da escrituração.
Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de janeiro
a  abril  do  ano  da  entrega  da  ECD para  situações  normais,  o  prazo  de  entrega  será  até  o
último dia útil do mês de maio do referido ano. 
Fundamentação Legal: Art. 5º da Instrução Normativa RFB nº 1.420/13  com alterações  da
Instrução Normativa RFB nº 1.594/15. 
Fim do documento

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