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Material de Estudo - Simples Nacional

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REITORIA 
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO 
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
TRIBUTAÇÃO DAS MICROEMPRESAS E 
EMPRESAS DE PEQUENO PORTE 
OBJETIVO DO CAPÍTULO 
Trazer ao leitor o funcionamento do SIMPLES NACIONAL, sistema utilizado como instrumento 
de tributação para as microempresas e empresas de pequeno porte, conhecido na mídia como 
SUPERSIMPLES e que entrou em vigor no início do 2o semestre de 2007 e vem passando por 
muitas adaptações desde então. Ao final do capítulo, será possível ao leitor: 
a. Diferenciar as empresas que podem daquelas que não podem optar pelo SIMPLES 
NACIONAL. 
b. Calcular mensalmente o SIMPLES NACIONAL nas empresas comerciais, industriais e 
prestadoras de serviços. 
32.1. INTRODUÇÃO E REGULAMENTAÇÃO 
Boa parte dos países do mundo tem tratamento tributário especial para as pequenas empresas. Isso 
se justifica principalmente pelo elevado custo fixo dessas empresas, fazendo com que elas 
precisem de um tratamento diferenciado para competirem no mercado cada vez mais globalizado. 
A Constituição Federal de 1988 definiu em seu art. 179 que “a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim 
definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de 
suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou 
redução destas por meio de lei”. 
Por sua vez, o assunto foi regulamentado na Lei no 9.841/99, que instituiu o estatuto da 
microempresa e da empresa de pequeno porte, que assegurava a elas tratamento jurídico 
diferenciado e simplificado nos campos administrativo, tributário, previdenciário, trabalhista, 
creditício e de desenvolvimento empresarial. 
O estatuto, contudo, não tinha aplicação prática no campo tributário, que era regido pela Lei 
no 9.317/96, com alterações posteriores. 
No final do ano de 2006 foi publicada a Lei Complementar no 123, que REVOGOU as Leis 
no 9.317/96 e 9.841/99 a partir de JUL/07. O problema é que uma parte significativa da LC 123/06 
dependia de regulamentação, que foi transferida para o Comitê Gestor de Tributação das 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (CGSN), criado pelo Decreto no 6.038, publicado 
CURSO:Bacharelado em Ciências Contábeis. 
DISCIPLINA: Contabilidade Fiscal e Tributária 
CÓDIGO DA TURMA: 30731 PERÍODO: 7º período. 
DOCENTE: Prof. M.Sc. Luiz Paulo Farias Guedes 
 REITORIA 
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO 
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
no D.O.U. em FEV/07, e que publicou seu primeiro normativo efetivo apenas no dia 30/MAI/07, 
ou seja, praticamente 30 dias antes de o SIMPLES NACIONAL entrar em funcionamento. 
Tal fato causou indignação na classe contábil na época, pois a entrada em vigor do modelo 
ocorreu no meio do ano fiscal, exigindo dos profissionais de contabilidade a familiarização com 
uma legislação muito complexa em tão pouco tempo, o que os responsáveis pela regulamentação 
não conseguiram fazer. E a prova conclusiva do equívoco de quem impôs a entrada em vigor da 
lei foi sua modificação pela Lei Complementar no 127, publicada em AGO/07. No final de 2008, 
foi publicada a LC no128/08, consolidando finalmente a legislação do SIMPLES NACIONAL. 
Foram três leis complementares para definir um modelo de tributação simplificado para 
microempresas e empresas de pequeno porte. E houve mais uma alteração (LC no 133/10) no final 
de 2010, para ajustar empresas do setor cultural. 
Em 2011 foi publicada a Lei Complementar no 139, trazendo mais modificações na legislação 
que rege a tributação das microempresas e empresas de pequeno porte. Nesta LC, houve a 
elevação dos limites para uso do SIMPLES para o máximo de R$ 4,8 milhões. E, em 2014, foi 
publicada a LC no 147, incluindo novos prestadores de serviços no SIMPLES, além de outras 
alterações. Por fim, a LC no 154/16 permitiu ao Microempreendedor Individual (MEI) utilizar a 
residência como sede do estabelecimento. 
O conjunto de leis complementares do SIMPLES (7 ao todo) representa uma pequena mostra 
de como o Poder Legislativo vem trabalhando de forma equivocada nos últimos anos, no Brasil. 
Em 2012, a LC no 123/06 foi republicada no Diário Oficial da União, contemplando as alterações 
das quatro outras leis complementares sobre o tema que vieram depois. 
32.2. JUSTIFICATIVAS PARA CRIAÇÃO DO SIMPLES 
As justificativas apresentadas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) para a instituição 
do regime simplificado para Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) são as 
seguintes: 
1. Estas empresas possuem baixo potencial arrecadatório e, portanto, não devem ter um ônus 
excessivo nas atividades de controle exercidas pela administração. 
2. A concessão de benefícios tributários diretos (redução da carga tributária) deve observar 
uma transição suave, de tal sorte a não criar descontinuidades acentuadas que induzam à 
prática de planejamento fiscal. 
3. O regime simplificado destina-se a buscar um ambiente mais competitivo entre grandes e 
pequenas empresas e não a conceder privilégios a determinado grupo. O ingresso no regime 
deve ser destinado exclusivamente aos setores econômicos que estão sujeitos à concorrência 
assimétrica em razão da dimensão da empresa. Atividades econômicas que, por natureza, 
encontram-se pulverizadas e, portanto, não sofrem concorrência desigual não devem ter 
acesso ao regime. 
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CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
4. Dada a importância destas empresas (geração de empregos, inovação tecnológica, 
competição no mercado etc.), o custo de cumprimento das obrigações tributárias para esse 
segmento deve ser minimizado, de modo a não comprometer sua sobrevivência. 
5. A relação entre o contribuinte e o Estado, sempre que possível, deve ser única, a despeito 
da existência de distintos níveis de governo e administração tributária envolvidos. 
A legislação do SIMPLES teve como grande diferencial a inclusão no recolhimento único 
dos encargos previdenciários, reduzindo o custo de pessoal e incentivando a contratação de mão 
de obra. 
Além disso, a ideia original era estender o SIMPLES para os tributos estaduais e municipais, 
notadamente ICMS e ISS. Todavia, os estados e os principais municípios do país não aderiram 
ao modelo federal. Nenhum estado participava do convênio com a União e a maioria criou modelo 
próprio para essas empresas. E pouco mais de 100 municípios participavam do SIMPLES federal, 
a maioria representada por cidades pequenas, que não teriam condições de fiscalizar e cobrar o 
ISS, sendo mais fácil aderir ao modelo federal e receber um valor ínfimo do que nada receber. 
No SIMPLES NACIONAL, ISS e ICMS são incluídos obrigatoriamente, facilitando 
consideravelmente o controle e a parte burocrática das empresas. 
32.3. REDUÇÃO DA BUROCRACIA 
Os arts. 4o a 11 da LC no 123/06 tratam dos aspectos legais envolvendo a abertura e o fechamento 
de empresas, embora os dispositivos precisem de novos atos para facilitar efetivamente o processo 
que envolve o início de atividade de micro, pequena ou média empresa. 
32.4. FORMALIZAÇÃO DA OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL 
A formalização da opção pelo SIMPLES NACIONAL permanece sendo feita pela internet, sendo 
irretratável para todo o ano-calendário. 
O prazo para inscrição de empresa no SIMPLES NACIONAL permanece sendo o último dia 
útil do mês de janeiro, valendo a inscrição já para o próprio ano-calendário. Quem se inscrever 
em JAN/17 será enquadrado no regime simplificado em todo o ano de 2017. 
32.5. LIVRO-CAIXA E ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 
O contribuinte fica desobrigado, para fins fiscais, da escrituração contábil, bastando escriturar o 
livro-caixa e o livro-registro de inventário, no qual deverão constar os estoques existentes no final 
de cada ano. 
É importante frisar que, embora a legislação fiscal permita a não escrituração contábil das 
empresas tributadas pelo SIMPLES NACIONAL (e pelo lucro presumido),toda e qualquer 
empresa deve manter escrituração contábil por vários motivos, dentre os quais: 
a. O Código Comercial Brasileiro exige escrituração contábil completa para servir de 
instrumento de prova em juízo e em eventuais acertos de direitos dos sócios, acionistas, seus 
herdeiros ou sucessores. 
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b. No Livro-Caixa somente poderá ser contabilizada a movimentação financeira, não se 
registrando as compras e vendas a prazo, os empréstimos e demais valores a pagar e a 
receber. 
c. O levantamento de balancetes e balanços de forma adequada, reduzindo a insegurança e 
os prejuízos que podem ser acarretados pela falta de registro de seus direitos e suas 
obrigações. 
A Lei no 10.406/02 (atual Código Civil) assegura tratamento favorecido, diferenciado e 
simplificado ao pequeno empresário (art. 970). Assim, fica dispensado de escrituração contábil 
regular o pequeno empresário (art. 1.179, § 2o). A LC no123/06 definiu que seria 
considerado pequeno empresário, para esse fim, o empresário individual caracterizado como 
microempresa que aufira receita bruta anual de até R$ 81 mil. 
O legislador se preocupou claramente com a questão custo × benefício ao permitir que as 
empresas de pequeno porte e microempresas não sejam obrigadas a escrituração contábil regular. 
A LC no 123/06 avançou um pouco mais, ao definir, em seu art. 18-A, o pequeno empresário 
como aquele que obtém faturamento anual até R$ 81.000, o que dá R$ 6.750 mil por mês. 
Mas, mesmo assim, é fundamental destacar a importância da contabilidade organizada como 
instrumento de tomada de decisões, inclusive em relação a empresas de menor investimento. 
Fico imaginando uma pequena empresa que promove festas infantis, por exemplo. A receita, 
pelo regime de competência, acontece apenas no dia do evento realizado, quando o serviço é 
produzido e prestado ao cliente. No entanto, o recebimento pecuniário acontece normalmente 
antes, às vezes com grande antecedência. Sem escrituração contábil regular, o pequeno 
empresário vai pagar tributos antecipadamente, sem necessidade. 
32.6. TRIBUTAÇÃO DO MEI 
Conforme explicado no tópico anterior, foi criada pela LC no 123/06 a figura do 
Microempreendedor Individual (MEI), que é a pessoa que trabalha por conta própria e que se 
legaliza como pequeno empresário. Para ser um microempreendedor individual, é necessário 
faturar no máximo até R$ 81 mil por ano e não ter participação em outra empresa como sócio ou 
titular. O MEI também pode ter um empregado contratado que receba o salário-mínimo ou o piso 
da categoria. 
A Lei Complementar no 128/08 criou condições especiais para que o trabalhador conhecido 
como informal possa se tornar um MEI legalizado. 
Entre as vantagens oferecidas por essa lei está o registro no Cadastro Nacional de Pessoas 
Jurídicas (CNPJ), o que facilita a abertura de conta bancária, o pedido de empréstimos e a emissão 
de notas fiscais. 
Além disso, o MEI será enquadrado no SIMPLES NACIONAL e ficará isento dos tributos 
federais (Imposto de Renda, PIS, COFINS, IPI e CSLL). Assim, pagará apenas o valor fixo 
mensal de: 
» R$ 5,00 de ISS, se for contribuinte sujeito a este imposto; 
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» R$ 1,00 de ICMS, se for contribuinte sujeito a este imposto; 
» 5% do limite mínimo mensal do salário de contribuição. Em 2021, este valor seria de R$ 
55,00 (5% de R$ 1.100,00, valor do salário-mínimo). 
Portanto, em 2021, o MEI pagará mensalmente o valor de R$ 56 (comércio ou indústria), R$ 
60 (prestação de serviços) ou R$ 61 (comércio e serviços), que será destinado à Previdência Social 
e ao ICMS ou ao ISS. Essas quantias serão atualizadas anualmente, de acordo com o salário-
mínimo. 
Com essas contribuições, o Microempreendedor Individual tem acesso a benefícios como 
auxílio-maternidade, auxílio-doença, aposentadoria, entre outros. 
A Lei Complementar no 155, publicada no final de 2016, eleva o limite do MEI para R$ 81 
mil/ano, mas apenas a partir de 2018. 
32.7. RECEITAS ALCANÇADAS PELO SIMPLES NACIONAL 
O SIMPLES NACIONAL (assim como acontecia com o modelo anterior) tributa apenas a 
receita bruta da pessoa jurídica, não alcançando as demais receitas eventualmente obtidas. Podem 
ser excluídas da receita bruta: 
a. as devoluções de vendas e as vendas canceladas; 
b. os descontos incondicionais (comerciais, concedidos na nota fiscal); e 
c. IPI e ICMS ST, quando registrados em receita bruta. 
Não são incluídas no SIMPLES NACIONAL as receitas financeiras. Contudo, o imposto de 
renda retido na fonte sobre estas receitas será considerado como tributação definitiva, sendo 
tratado como despesa. Veja a posição da RFB sobre o assunto: 
PERGUNTA 118: Compõem a base de cálculo do SIMPLES as receitas oriundas de doações, 
bonificações de mercadorias, amostra grátis, brindes e demais receitas mesmo que não vinculadas 
à atividade da pessoa jurídica? 
RESPOSTA: Não são tributadas no SIMPLES por falta de previsão legal. 
PERGUNTA 120: No caso de recebimento de prestações em atraso, nas vendas a prazo, a multa 
e os juros de mora compõem a receita bruta do SIMPLES? 
RESPOSTA: Não. Nas vendas a prazo, apenas o custo do financiamento contido no valor dos 
bens ou serviços integra a receita bruta. Entretanto, se houver o recebimento de prestações antes 
de seu vencimento e, consequentemente, houver algum desconto no valor da prestação, deverá 
lançar o valor integral (valor da prestação sem levar em conta o desconto concedido) como receita, 
pois só há previsão legal para excepcionar os descontos incondicionais. 
Portanto, as demais receitas operacionais não são alcançadas pelo SIMPLES NACIONAL. 
Se uma loja comercial vender a prazo e cobrar multa por um eventual pagamento em atraso, esta 
receita não será tributada. 
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32.8. GANHO DE CAPITAL 
A tributação do ganho de capital será definitiva mediante a incidência da alíquota de 15% sobre 
a diferença positiva entre o valor de alienação e o custo de aquisição diminuído da depreciação, 
amortização ou exaustão acumulada, ainda que a ME ou a EPP não mantenha escrituração 
contábil desses lançamentos. 
Caso a ME ou EPP não tenha escrituração contábil, deverá comprovar, mediante 
documentação hábil e idônea, o valor e a data de aquisição do bem ou direito e demonstrar o 
cálculo da depreciação, amortização ou exaustão acumulada. 
A legislação esclarece ainda que os valores acrescidos em virtude de reavaliação somente 
poderão ser computados como parte integrante dos custos de aquisição dos bens e direitos se a 
empresa comprovar que os valores acrescidos foram computados na determinação da base de 
cálculo do imposto. 
O IR sobre o ganho de capital deverá ser pago até o último dia útil do mês subsequente ao da 
percepção dos ganhos. 
Por exemplo, suponha que uma pequena empresa optante pelo SIMPLES NACIONAL tenha 
um computador, adquirido por R$ 2.000,00 em MAI/14. Admitindo que o bem seja vendido em 
OUT/16 por R$ 2.200,00, o ganho de capital e o imposto de renda devido serão calculados da 
seguinte forma: 
»VALOR ORIGINAL DO BEM R$ 2.000 
»PRAZO MÍNIMO DE DEPRECIAÇÃO 5 anos (60 meses) 
»QUANTIDADE DE MESES DE USO DO BEM 30 meses (MAI/14 a OUT/16) 
»TAXA TOTAL DE DEPRECIAÇÃO DO BEM 50% (30 meses/60 meses) 
»VALOR DA DEPRECIAÇÃO DO BEM R$ 1.000 
»VALOR LÍQUIDO DO COMPUTADOR R$ 1.000 (R$ 2.000 – R$ 1.000) 
»GANHO DE CAPITAL 
R$ 1.200 (R$ 2.200 – R$ 1.000) 
 
»IMPOSTO DE RENDA DEVIDO (15%) R$ 180 
Estas regras já eram aplicadas no SIMPLES, no modelo anterior. 
32.9. DECLARAÇÃO ANUAL 
As empresas inscritas no SIMPLES devem apresentar declaração simplificada anualmente, até o 
último dia útil do mês de maio do ano seguinte. O art. 25 da LC no 123/06 manteve a 
obrigatoriedade da entrega, mas direcionou a definição do modelo, do prazo e das regras para o 
tal do ComitêGestor, que publicou no dia 28/JUN/07 a Resolução no 10, que definiu o prazo de 
entrega da Declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais como o 
último dia útil de MARÇO do ano seguinte. 
 
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32.10. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS 
Os rendimentos distribuídos aos sócios ou ao titular das empresas inscritas no SIMPLES 
NACIONAL são considerados isentos do imposto de renda na fonte e na declaração de ajuste do 
beneficiário. Contudo, o art. 14 da LC no 123/06 diz que a distribuição somente será isenta com 
escrituração contábil regular, comprovando que há lucro para distribuir. Caso a empresa tenha 
escrituração apenas pelo livro-caixa, a distribuição com isenção de IR será limitada ao lucro 
presumido para fins de IR (percentual de presunção sobre a receita bruta) menos o valor do 
imposto de renda incluído no SIMPLES NACIONAL pago (regulamentado pela Resolução no 14 
do Comitê Gestor do Simples Nacional [CGSN]). 
Além disso, é importante lembrar que são tributados pelo imposto de renda os pagamentos 
feitos para sócios a título de pró-labore, aluguéis ou serviços prestados. 
Exemplificando: uma microempresa comercial, com faturamento mensal de R$ 35.000, 
pagará de SIMPLES em JUL/16 o valor de R$ 1.710 (alíquota de 6,84%). Caso não tenha 
escrituração contábil regular (livros-diário e razão), poderá distribuir apenas R$ 2.705,50 de lucro 
para seus sócios, sem tributação, conforme quadro a seguir: 
 
FATURAMENTO NO MÊS R$ 35.000,00 
LUCRO PRESUMIDO – 8% R$ 2.800,00 
(–) SIMPLES NACIONAL PAGO (Parcela do IR) R$ 94,50 (0,27%) 
= DISTRIBUIÇÃO DE LUCRO ISENTO (VALOR MÁXIMO) R$ 2.705,50 
É importante que o contrato social da ME ou EPP esclareça que a distribuição de lucros 
poderá ser feita mensalmente, a título de antecipação, com a apuração definitiva ocorrendo ao 
final do ano. E caso a empresa tenha escrituração contábil regular, todo o lucro distribuído será 
considerado isento. 
32.11. TRIBUTOS UNIFICADOS NO SIMPLES NACIONAL 
O SIMPLES NACIONAL consiste em fazer um único recolhimento mensal, aplicando-se um 
percentual estabelecido na lei, abrangendo os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, 
INSS, além do IPI para as empresas industriais ou equiparadas, ICMS e ISS para empresas 
contribuintes destes impostos. 
A empresa inscrita no SIMPLES NACIONAL continua desobrigada de efetuar o pagamento 
das contribuições para órgãos como SESC, SESI ou SEST (1,5%), SENAC, SENAI ou SENAT 
(1%), SEBRAE (0,6%), INCRA (0,2%), além do salário-educação (2,5%). Esta isenção é 
permitida a todas as empresas que se enquadrarem no SIMPLES NACIONAL. Então, mesmo 
aqueles prestadores de serviços que continuam pagando o INSS e o SAT fora do modelo 
simplificado serão contemplados com a isenção (LC 123/06, art. 13, § 3o). 
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Por exemplo, uma academia de ginástica que optar pelo SIMPLES NACIONAL terá que 
pagar INSS e o SAT, mas não pagará 5,8%, que é a alíquota total das contribuições da união 
(SESC, SENAC, INCRA, SEBRAE e Salário-Educação) incluídas no modelo. 
A empresa permanece com suas obrigações de contribuinte responsável, devendo reter e 
recolher, por exemplo, o IR e a contribuição previdenciária, tributos descontados de seus 
empregados. Continuará obrigada a pagar também FGTS, CPMF e os impostos federais não 
incluídos no SIMPLES NACIONAL, caso seja devedora deles. Por exemplo, se importar um bem 
do exterior, pagará Imposto sobre Importação, IPI, PIS, COFINS e ICMS; se contrair um 
financiamento, pagará IOF. A RFB esclarece ainda que as empresas inscritas no SIMPLES 
NACIONAL paguem o ICMS devido: 
1. nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária; 
2. por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação estadual ou 
distrital vigente; 
3. na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive 
lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem como energia elétrica, 
quando não destinados à comercialização ou industrialização; 
4. por ocasião do desembaraço aduaneiro; 
5. na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de documento 
fiscal; 
6. na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal; 
7. nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do 
recolhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal: 
» Com encerramento da tributação, observado o modelo de tributação separada dos 
valores de ICMS ST. 
» Sem encerramento da tributação, hipótese em que será cobrada a diferença entre a alíquota 
interna e a interestadual, sendo vedada a agregação de qualquer valor. 
8. Nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal de bens ou mercadorias, não sujeitas 
ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à diferença entre a alíquota 
interna e a interestadual. 
O imposto de renda cobrado sobre os rendimentos de aplicações financeiras é considerado 
definitivo, não sendo objeto de compensação. 
32.12. LIMITES PARA ENQUADRAMENTO 
Será considerada microempresa para fins tributários aquela com receita bruta anual até R$ 360 
mil no ano anterior. Já o enquadramento como empresa de pequeno porte será para aquela 
empresa com receita bruta anual entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões no ano anterior. 
A legislação define receita bruta como o produto da venda de bens e serviços nas operações 
de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não 
incluídos as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. 
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O uso do ano anterior tem o objetivo de simplificar a vida do contribuinte e também da 
fiscalização. No ano em que ultrapassar o limite, a empresa permanecerá no SIMPLES 
NACIONAL. Apenas no ano seguinte é que deverá mudar a forma de tributação, ou de 
microempresa para empresa de pequeno porte, ou desta para lucro real ou presumido. 
Todavia, as regras descritas nos três parágrafos anteriores se aplicam apenas às empresas em 
funcionamento. No primeiro ano de atividade, o limite será proporcional ao número de meses de 
funcionamento, considerando frações de meses. Para esse fim, a análise levará em conta a 
primeira operação realizada pela empresa, e não o dia do registro no órgão oficial. 
Por exemplo, suponha que uma ME com atividade comercial obteve autorização para 
funcionar em 15/AGO/16, mas realizou a primeira movimentação patrimonial apenas em 
9/OUT/16. Neste caso, o limite para tributação como microempresa é de R$ 90 mil, referente 
a três meses (OUT + NOV + DEZ) × R$ 30 mil. 
Caso esta microempresa ultrapasse, em 2014, a receita bruta de R$ 90 mil, estará obrigada no 
ano seguinte ao enquadramento como empresa de pequeno porte, não podendo continuar como 
microempresa. 
Já se uma empresa for registrada como EPP em 2016 e apurar receita bruta maior que R$ 300 
mil × número de meses de atividade, não poderá optar pelo SIMPLES NACIONAL em 2017, 
devendo escolher a forma de tributação entre o lucro real e o lucro presumido. 
Contudo, uma novidade inserida na LC 123/06 foi a seguinte: se a EPP no 1o ano de atividade 
ultrapassar o limite proporcional em até 20%, poderá utilizar o modelo simplificado naquele ano, 
sendo proibida de permanecer no SIMPLES NACIONAL no ano seguinte. 
Por exemplo, suponha uma EPP que inicie suas atividades em 10/AGO/15 e apresente 
faturamento de R$ 1.570.000 nos cinco meses do ano. Embora o limite seja R$ 1.500.000 (cinco 
meses R$ 300 mil), o excesso não superou 20% e ela pode utilizar o SIMPLES no primeiro ano 
(2015). 
Todavia, embora não seja banida do SIMPLES NACIONAL, a EPP que ultrapassar o limite 
terá a última alíquota da faixa a que estiver submetida acrescida de 20% em relação ao 
faturamento que ultrapassar o limite.Empresa comercial, por exemplo, utilizará alíquota de 
13,932% (11,61% + 2,322%). 
32.13. O SIMPLES NACIONAL E OS ESTADOS E MUNICÍPIOS 
O art. 19 da LC 123/06 diz que apenas alguns estados e seus municípios serão obrigados a adotar 
todas as faixas definidas nos anexos I a V da referida lei. Estão obrigados os estados do RJ, SP, 
PR, MG e RS. A Resolução no 124/15 do Comitê Gestor do Simples Nacional esclarece que SC, 
BA, ES, AL, SE, PE, PB, RN, CE, AM, GO e o Distrito Federal também utilizarão o limite 
integral de R$ 2,4 milhões. 
Os estados (e seus respectivos municípios) com participação em até 1% do PIB (RO, AC, RR 
e AP) utilizarão o limite de R$ 1.800.000,00; já os estados (e seus respectivos municípios) com 
participação entre 1% e 5% do PIB (PA, MA, TO, MT, MS e PI) adotarão o limite de R$ 
2.520.000,00. 
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Assim, as ME e EPP que ultrapassarem o limite da Lei Complementar estarão 
automaticamente impedidas de recolher o ICMS e o ISS na forma do SIMPLES NACIONAL no 
ano-calendário subsequente ao que tiver ocorrido o excesso. 
A Resolução no 126/16 do CGSN alterou o art. 33 na Resolução no 94/11, confirmando a 
permissão dada pela LC 123/2006 (art. 18, §§ 18 a 20), e que transcrevemos a seguir: 
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de suas respectivas competências, 
independentemente da receita bruta auferida no mês pelo contribuinte, poderão adotar valores 
fixos mensais, inclusive por meio de regime de estimativa fiscal ou arbitramento, para o 
recolhimento do ICMS e do ISS devido por ME que tenha auferido receita bruta total acumulada, 
nos mercados interno e externo, no ano-calendário anterior, de até R$ 360.000,00, observado o 
disposto neste artigo. 
As Resoluções citadas trazem outros detalhes sobre esta possibilidade de cobrança do ICMS 
e do ISS por valores fixos mensais. 
32.14. VEDAÇÕES À UTILIZAÇÃO DO SIMPLES 
Existem diversos impeditivos destacados na legislação para que as empresas sejam tributadas 
pelo SIMPLES NACIONAL, além da proibição em função da receita bruta. Portanto, não poderão 
recolher os impostos e contribuições na forma do SIMPLES NACIONAL a ME ou a EPP: 
1.que tenha auferido, no ano-calendário imediatamente anterior, receita bruta superior a R$ 
3.600.000,00; 
2.de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
3.que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no 
exterior; 
4.de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de 
outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos da Lei Complementar 
no 123/06, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00; 
5.cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não 
beneficiada pela Lei Complementar no 123/06, desde que a receita bruta global ultrapasse o 
limite de R$ 3.600.000,00; 
6.cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins 
lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$ 3.600.000,00; 
7.constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 
8.que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
9.que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa 
econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, 
de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de 
arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência 
complementar; 
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10.resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de 
pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos-calendário anteriores; 
11.constituída sob a forma de sociedade por ações; 
12.que tenha sócio domiciliado no exterior; 
13.de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, federal, 
estadual ou municipal; 
14.que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas 
Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; 
15.que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros; 
16.que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; 
17.que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; 
18.que exerça atividade de importação de combustíveis; 
19.que exerça atividade de produção ou venda no atacado de: cigarros, cigarrilhas, charutos, 
filtros para cigarros, armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes; 
20.que exerça atividade de produção ou venda no atacado de bebidas a seguir descritas: 
Alcoólicas; Refrigerantes, inclusive águas saborizadas gaseificadas; Preparações 
compostas, não alcoólicas (extratos concentrados ou sabores concentrados), para elaboração 
de bebida refrigerante, com capacidade de diluição de até 10 partes da bebida para cada parte 
do concentrado; cervejas sem álcool; 
21.que tenha por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade 
intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua 
profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços de instrutor, de corretor, 
de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de negócios; 
22.que realize cessão ou locação de mão de obra; 
23.que realize atividade de consultoria; 
24.que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis; 
25.que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir a prestação 
de serviços tributados pelo ISS; 
26.que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria 
creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, 
gerenciamento de ativos (asset management), compras de direitos creditórios resultantes de 
vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); e 
27.com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal 
ou estadual, quando exigível. 
Em relação às proibições, observa-se que a lei procurou fechar bastante as brechas para 
redução da carga tributária por parte de contribuintes com boa capacidade de contribuição. O 
INSS procurou proibir a opção pelo SIMPLES de empresas que utilizam intensamente a mão de 
obra, em razão da perda da arrecadação. Por outro lado, a lei procurou impedir a opção para 
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atividades com maior margem de lucro em relação à receita bruta, para não criar favorecimentos 
tributários. O entendimento é que as profissões regulamentadas têm reserva de mercado nas 
atividades que executam, não se comparando, portanto, com atividades sem regulamentação. 
A Resolução no 50, do CGSN, trouxe o anexo I com uma lista de códigos previstos na 
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) que seriam impeditivos para opção 
pelo SIMPLES NACIONAL. Apenas para exemplificar, apresentamos a seguir cinco códigos de 
atividades proibidas: 
» 4635-4/02 Comércio atacadista de cerveja, chope e refrigerante; 
» 6920-6/02 Atividades de consultoria e auditoria contábil e tributária; 
» 7490-1/01 Serviço de tradução, interpretação e similares; 
» 8532-5/00 Educação superior – graduação e pós-graduação; e 
» 9603-3/01 Gestão e manutenção de cemitérios. 
32.15. EXCLUSÃO DO SIMPLES NACIONAL 
A exclusão do SIMPLES NACIONAL pode ser feita de duas formas: mediante comunicação do 
próprio contribuinte ou por ofício. 
A exclusão por parte do próprio contribuinte pode ser feita por opção ou obrigatoriamente, 
quando este incorrer em uma das proibições apresentadas ainda pouco aqui. A exclusão será 
formalizada pela empresa mediante alteração cadastral, firmada por seurepresentante legal e 
apresentada à unidade da RFB de sua jurisdição, conforme regras definidas no art. 30 da LC 
123/06. 
Já a exclusão por ofício ocorrerá quando a pessoa jurídica incorrer em uma das seguintes 
hipóteses: 
a. Verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória. 
b. For oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de 
exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem como pelo não 
fornecimento de informações sobre bens, movimentação financeira, negócio ou atividade 
que estiverem intimadas a apresentar, e nas demais hipóteses que autorizam a requisição de 
auxílio da força pública. 
c. For oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso ao 
estabelecimento, ao domicílio fiscal ou a qualquer outro local onde desenvolvam suas 
atividades ou se encontrem bens de sua propriedade. 
d. A sua constituição ocorrer por interpostas pessoas. 
e. Tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto nesta Lei Complementar. 
f. A empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 81 e 82 da Lei no 9.430, de 27 de 
dezembro de 1996, e alterações posteriores. 
g. Comercializar mercadorias objeto de contrabando ou descaminho. 
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h. Houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da 
movimentação financeira, inclusive bancária. 
i. For constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas supera em 20% o 
valor de ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade. 
j. For constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de mercadorias para 
comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justificadas de aumento de 
estoque, for superior a 80% dos ingressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de 
início de atividade. 
A exclusão de ofício (exceto a descrita na letra A) produzirá efeitos a partir do próprio mês 
em que incorridas, impedindo a opção pelo SIMPLES NACIONAL pelos próximos três anos-
calendário seguintes. Além disso, o prazo será elevado para dez anos caso seja constatada a 
utilização de artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento que induza ou mantenha a 
fiscalização em erro, com o fim de suprimir ou reduzir o pagamento dos tributos incluídos no 
SIMPLES NACIONAL. 
32.16. PAGAMENTO MENSAL 
A LC no 123/2006, que instituiu o SIMPLES NACIONAL, diz que o prazo de pagamento do 
SIMPLES será o último dia útil da primeira quinzena do mês seguinte ao mês de apuração. 
Contudo, a Resolução no 51/08 (art. 18) definiu o prazo de pagamento para o dia 20 do mês 
seguinte. 
32.17. CÁLCULO DO SIMPLES NACIONAL 
O SIMPLES NACIONAL tem o cálculo regulamentado na Lei Complementar no 123/06 e pela 
Resolução no 51/08 do CGSN (com alterações de outras resoluções), e de simples esse cálculo 
não tem nada, pois a interpretação é bastante complexa. Como a legislação separou o cálculo em 
diversas atividades, a opção será apresentá-lo por segmento, para tornar a leitura menos árida. 
32.18. COMÉRCIO 
Uma empresa comercial enquadrada no SIMPLES como ME ou como EPP e que apresente apenas 
receita com revenda de mercadorias seguirá a tabela constante do anexo I da LC 128/08 e que 
apresentamos a seguir, inclusive com a destinação dos tributos, que é feita pela Receita Federal 
do Brasil. 
ALÍQUOTA E PARTILHA DO SIMPLES – COMÉRCIO 
CPP CSLL ICMS IRPJ Cofins PIS/Pasep Alíquota Total 
Receita Bruta em 12 meses (em 
R$) 
2,75% 0,00% 1,25% 0,00% 0,00% 0,00% 4,00% Até 180.000,00 
2,75% 0,00% 1,86% 0,00% 0,86% 0,00% 5,47% De 180.000,01 a 360.000,00 
2,75% 0,31% 2,33% 0,27% 0,95% 0,23% 6,84% De 360.000,01 a 540.000,00 
2,99% 0,35% 2,56% 0,35% 1,04% 0,25% 7,54% De 540.000,01 a 720.000,00 
3,02% 0,35% 2,58% 0,35% 1,05% 0,25% 7,60% De 720.000,01 a 900.000,00 
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3,28% 0,38% 2,82% 0,38% 1,15% 0,27% 8,28% De 900.000,01 a 1.080.000,00 
3,30% 0,39% 2,84% 0,39% 1,16% 0,28% 8,36% De 1.080.000,01 a 1.260.000,00 
3,35% 0,39% 2,87% 0,39% 1,17% 0,28% 8,45% De 1.260.000,01 a 1.440.000,00 
3,57% 0,42% 3,07% 0,42% 1,25% 0,30% 9,03% De 1.440.000,01 a 1.620.000,00 
3,60% 0,43% 3,10% 0,43% 1,26% 0,30% 9,12% De 1.620.000,01 a 1.800.000,00 
3,94% 0,46% 3,38% 0,46% 1,38% 0,33% 9,95% De 1.800.000,01 a 1.980.000,00 
3,99% 0,46% 3,41% 0,46% 1,39% 0,33% 10,04% De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 
4,01% 0,47% 3,45% 0,47% 1,40% 0,33% 10,13% De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 
4,05% 0,47% 3,48% 0,47% 1,42% 0,34% 10,23% De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 
4,08% 0,48% 3,51% 0,48% 1,43% 0,34% 10,32% De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 
4,44% 0,52% 3,82% 0,52% 1,56% 0,37% 11,23% De 2.700.000,01 a 2.880.000,00 
4,49% 0,52% 3,85% 0,52% 1,57% 0,37% 11,32% De 2.880.000,01 a 3.060.000,00 
4,52% 0,53% 3,88% 0,53% 1,58% 0,38% 11,42% De 3.060.000,01 a 3.240.000,00 
4,56% 0,53% 3,91% 0,53% 1,60% 0,38% 11,51% De 3.240.000,01 a 3.420.000,00 
Fonte: Anexo I da LC 123/06 
O cálculo mensal do SIMPLES NACIONAL é diferente do modelo anterior, pois será 
utilizada a receita bruta dos 12 meses anteriores ao mês de apuração. Com isso, a tendência é que 
as ME e EPP com faturamento constante paguem a mesma alíquota durante todo o ano. 
Caso uma ME ou EPP inicie sua atividade durante o ano de 2021, por exemplo, deverá 
considerar a média aritmética da receita obtida nos meses anteriores ao mês de apuração, 
multiplicada por 12. Veja um exemplo a seguir. 
32.18.1. EMPRESA INICIANDO ATIVIDADE EM 2020 
A empresa Comércio de Roupas Josenei Ltda. inicia suas atividades no dia 20/SET/20 e faz a 
opção pelo SIMPLES NACIONAL, se enquadrando como ME. Seu faturamento, nos quatro 
meses do ano totalizou R$ 90 mil, assim distribuído: SET = R$ 15.000; OUT = R$ 20.000; NOV 
= R$ 25.000; e DEZ = R$ 30.000. 
O limite para tributação como ME será R$ 120 mil, considerando R$ 30 mil mensais pelos 
quatro meses de funcionamento. No SIMPLES NACIONAL, o mês fracionado também entra no 
limite, ao contrário da regra anterior (§ 2o do art. 3o da LC 123/06). 
Mas, a Comércio de Roupas Josenei Ltda. não pagará 4% sobre o faturamento obtido nos 
primeiros quatro meses de funcionamento, que foi R$ 90 mil. A tabela será aplicada de forma 
proporcional ao número de meses em funcionamento. Veja o cálculo: 
SIMPLES DEVIDO PELA COM. DE ROUPAS JOSENEI LTDA. Em R$ 
MÊS RECEITA MÊS 
MÉDIA 
ARITMÉTICA 
FAIXA PROPORCIONAL 
MÉDIA ARITMÉTICA x 12 % SIMPLES 
SET 15.000 15.000 *1 180.000,00 4% 600,00 
OUT 20.000 15.000 *2 180.000,00 4% 800,00 
NOV 25.000 17.500 *3 210.000,00 5,47% 1.367,50 
DEZ 30.000 20.000 *4 240.000,00 5,47% 1.641,00 
TOTAL RECOLHIDO → 4.408,50 
*1 – Receita do primeiro mês de funcionamento. 
*2 – Média do mês anterior, no caso, apenas SET. 
*3 – Média dos meses anteriores, no caso, SET e OUT. 
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*4 – Média dos três meses anteriores, no caso, SET, OUT e NOV. 
Apenas a título de curiosidade, se esta empresa fosse aberta no mesmo dia, mas lá atrás, no 
ano de 2006, enquadrando-se no antigo SIMPLES, como ME, pagaria R$ 2.350,00, ou seja, o 
SIMPLES NACIONAL representou um pagamento maior de R$ 2.058,50, logicamente que 
incluindo o ICMS, que era pago separadamente no modelo anterior. 
O cálculo no ano de 2020 seguiria o mesmo raciocínio da tabela anterior, com a regra da 
proporcionalidade até o mês de agosto. Em setembro, a empresa, já com 13 meses de 
funcionamento, consideraria o faturamento acumulado dos 12 meses anteriores ao mês de 
apuração para definição da alíquota. Ficou mais complicado, mas a regra é essa. 
32.18.2. EMPRESA EM FUNCIONAMENTO 
A Loja Marte Ltda. é uma empresa comercial do setor de móveis e sempre foi tributada pelo 
SIMPLES. O faturamento da empresa de JUL/18 até JUN/120 é apresentado a seguir, pois iremos 
precisar dessa informação. 
JUL/18 – R$ 290.000 AGO/19 – R$ 250.000 
SET/18 - R$ 220.000 OUT/19– R$ 180.000 
NOV/18 – R$ 170.000 DEZ/19 – R$ 200.000 
JAN/19 – R$ 120.000 FEV/20 – R$ 80.000 
MAR/19 – R$ 100.000 ABR/20 – R$ 130.000 
MAI/19 – R$ 150.000 JUN/20 – R$ 180.000 
Verifique, a seguir, o cálculo do SIMPLES NACIONAL da Loja Marte Ltda. nos meses do 
segundo semestre de 2014, com as regras definidas pela LC 123/06 e pelo Comitê Gestor. 
SIMPLES DEVIDO PELA LOJA MARTE LTDA. NO 2o SEMESTRE DE 2020 Em R$ 
MÊS RECEITA MÊS 
RECEITA ACUMULADA NOS DOZE MESES 
ANTERIORES % SIMPLES 
JUL 250.000 2.070.000 10,04% 25.100,00 
AGO 220.000 2.030.000 10,04% 22.088,00 
SET 140.000 2.000.000 10,04% 14.056,00 
OUT 90.000 1.920.000 9,95% 8.955,00 
NOV 100.000 1.830.000 9,95% 9.950,00 
DEZ 100.000 1.760.000 9,12% 9.120,00 
 900.000 TOTAL RECOLHIDO → R$ 89.269,00 – 9,9% 
32.18.3. SIMPLES OU LUCRO REAL OU LUCRO PRESUMIDO? 
Uma pergunta sempre feita por pequenos empresários em relação ao modelo simplificado é a 
seguinte: a empresa pagará menos tributos no SIMPLES em comparação com outras opções de 
tributação? Regra geral, sim, principalmente após a implantação do SIMPLES NACIONAL. Uma 
EPP comercial, que tenha faturamento mensal próximo de R$ 100 mil, pagará de tributos, 8,36% 
sobre este faturamento, o que dá em torno de R$ 8,3 mil por mês. 
A comparação com o lucro presumido ou o lucro real depende fundamentalmente de dois 
fatores: os encargos com INSS que a empresa deve pagar e as alíquotas do ICMS. O percentual 
de encargos sociais para empresas tributadas pelo lucro presumido ou pelo lucro real monta 27,8% 
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(utilizando alíquota média de 2% para o Risco de Acidentes do Trabalho) sobre a folha de 
pagamento. As alíquotas de ICMS são definidas pelos estados, sendo que a alíquota mínima 
permitida é de 7%. Talvez uma empresa que compre seus produtos com alíquota de ICMS maior, 
18% por exemplo, e revenda com alíquota menor, por exemplo 7%, consiga alguma vantagem 
utilizando o formato tradicional em vez do SIMPLES NACIONAL. Mas acredito que, no 
conjunto da obra, o melhor será o modelo simplificado. 
Considerando somente os tributos federais sobre lucro e receita, a economia é bem 
interessante. Enquanto no lucro presumido se paga de IR + CSLL + PIS + COFINS o percentual 
de 5,93%, no SIMPLES NACIONAL este percentual fica em 2,16%, o que significa economia 
de 3,77%. O INSS incluído nesta faixa de tributação é de 3,3%. Por menor que seja a folha de 
pagamento, não seria suficiente para compensar a economia com os outros tributos federais. 
Então, não consigo ver como possível a escolha do lucro presumido em detrimento do SIMPLES 
NACIONAL em uma empresa comercial que possa fazer a escolha pelo modelo simplificado. 
O lucro real dificilmente seria vantajoso para uma empresa comercial, pois as alíquotas de 
PIS e COFINS são muito elevadas (9,25%) e os créditos permitidos a estas empresas são restritos. 
32.18.4. EMPRESA COM REVENDAS AO EXTERIOR 
Uma empresa comercial ou industrial, enquadrada no SIMPLES NACIONAL, poderá realizar 
venda a uma empresa comercial exportadora, podendo descontar, no caso, uma parte do 
SIMPLES referente aos tributos que seriam isentos em uma venda feita ao exterior por outra 
empresa tributada pelos lucros real ou presumido. 
Assim, a empresa poderá deduzir do SIMPLES NACIONAL no mês o valor proveniente da 
aplicação das alíquotas de IPI, ICMS, PIS e COFINS sobre as receitas de vendas ao exterior. Por 
exemplo, se a Loja Marte tivesse R$ 20 mil dos R$ 100 mil vendidos em dezembro para o exterior, 
poderia deduzir do SIMPLES NACIONAL o valor de R$ 932, pagando no mês de dezembro o 
valor de R$ 8.188,00. Este valor de R$ 932 seria encontrado pela seguinte conta (art. 18, § 14, 
inciso I, da LC 123/06). 
 
R$ 20.000,00 x 4,66% (% da COFINS + ICMS + PIS na faixa tributada em DEZ/20 pela empresa). 
Ou, encontrando o valor devido de outra forma, teríamos a seguinte opção: 
R$ 80.000 x 9,12% = R$ 7.296,00 
R$ 20.000 x 4,46% = R$ 932,00 
SIMPLES NACIONAL = R$ 8.188,00 
32.18.5. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA, TRIBUTAÇÃO 
CONCENTRADA E IMUNIDADE 
O mesmo caso se aplica nas vendas de empresas com produto objeto de substituição tributária ou 
com tributação concentrada de ICMS, PIS e COFINS. A legislação melhorou bastante em relação 
às regras anteriores para boa parte das empresas comerciais que pagavam o SIMPLES pela 
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alíquota cheia, apesar de terem boa parte de suas receitas com substituição tributária. Para o leitor 
compreender melhor o que foi explicado, suponha que a Loja Marte Ltda. seja um supermercado 
que tenha (sempre) metade de suas receitas com produtos tributados pelo método de substituição 
tributária ou tributação concentrada (produtos de higiene, perfumaria e bebidas, por exemplo). 
Veja o cálculo do SIMPLES NACIONAL. 
SIMPLES DEVIDO PELA LOJA MARTE LTDA. NO 2o SEMESTRE DE 2020 
REVENDAS DE PRODUTOS SEM SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Em R$ 
MÊS RECEITA MÊS 
RECEITA ACUMULADA NOS DOZE MESES 
ANTERIORES % SIMPLES 
JUL 125.000 2.070.000 10,04% 12.550,00 
AGO 110.000 2.030.000 10,04% 11.044,00 
SET 70.000 2.000.000 10,04% 7.028,00 
OUT 45.000 1.920.000 9,95% 4.477,50 
NOV 50.000 1.830.000 9,95% 4.975,00 
DEZ 50.000 1.760.000 9,12% 4.560,00 
 450.000 TOTAL RECOLHIDO → R$ 44.634,50 
SIMPLES DEVIDO PELA LOJA MARTE LTDA. NO 2o SEMESTRE DE 2020 
REVENDAS DE PRODUTOS COM SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Em R$ 
MÊS RECEITA MÊS 
RECEITA ACUMULADA NOS DOZE MESES 
ANTERIORES % SIMPLES 
JUL 125.000 2.070.000 4,91% 6.137,50 
AGO 110.000 2.030.000 4,91% 5.401,00 
SET 70.000 2.000.000 4,91% 3.437,00 
OUT 45.000 1.920.000 4,86% 2.187,00 
NOV 50.000 1.830.000 4,86% 2.430,00 
DEZ 50.000 1.760.000 4,46% 2.230,00 
 450.000 TOTAL RECOLHIDO → R$ 21.822,50 
O total recolhido pela Loja Marte, nestas condições, monta R$ 66.457,00, que representa 
7,4% do faturamento nos seis meses. 
Sobre a parcela das receitas sujeitas a imunidade, serão desconsiderados os percentuais dos 
tributos sobre os quais recaia a respectiva imunidade, conforme o caso (art. 16 da Resolução 
no 51/08 do CGSN). É preciso atenção, pois a legislação fala apenas em imunidade, não falando 
em isenção. Um supermercado não poderá deduzir da base as vendas dos (muitos) produtos que 
vende e que teriam alíquota zero de PIS e COFINS, como feijão, arroz, pão, leite, frutas e outros. 
A RFB entendeu que o SIMPLES já é um benefício, não combinando com outros benefícios como 
o da alíquota zero para estes produtos. 
32.19. EMPRESAS INDUSTRIAIS 
As empresas industriais que podem optar pelo SIMPLES seguem, basicamente, as mesmas regras 
utilizadas para as empresas comerciais, apenas com acréscimo na alíquota de 0,5% em cada uma 
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das faixas previstas na tabela aplicada às empresas comerciais. Para os interessados, as tabelas 
com as alíquotas aplicadas para as empresas industriais estão no Anexo II da LC 123/06. 
32.20. PRESTADORES DE SERVIÇOS COM INSS INCLUÍDO NO 
SUPERSIMPLES 
Algumas empresas prestadoras de serviços foram contempladas com o melhor tratamento fiscal 
pela LC 123/06: 
1. creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técnicas, 
profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos de 
pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e escolas livres; 
2. agência terceirizada de correios, agência de viagem e turismo e agência lotérica; 
3. centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte terrestre de 
passageiros e de carga; 
4. serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de usinagem, 
solda, tratamento e revestimento em metais; 
5. produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou 
apresentação, inclusive no caso de música, literatura, artes cênicas, artes visuais, 
cinematográficas e audiovisuais; 
6.transportemunicipal de passageiros; e 
7. escritórios de serviços contábeis, observadas algumas obrigações de prestação de serviços 
às microempresas e empresas de pequeno porte, conforme definido na própria LC 128/08. 
As empresas prestadoras de serviços constantes da lista poderão optar pelo SIMPLES 
NACIONAL aproveitando todos os seus benefícios, como a inclusão da contribuição 
previdenciária patronal no recolhimento simplificado. O pagamento do SIMPLES será feito 
utilizando a tabela apresentada a seguir. 
ALÍQUOTA E PARTILHA DO SIMPLES – PRESTADORES DE SERVIÇOS 
 
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CPP ISS CSLL IRPJ Cofins Faixas PIS/Pasep 
43,40% 33,50% 3,50% 4,00% 12,82% 1a Faixa 2,78% 
43,40% 32,00% 3,50% 4,00% 14,05% 2a Faixa 3,05% 
43,40% 32,50% 3,50% 4,00% 13,64% 3a Faixa 2,96% 
43,40% 32,50% 3,50% 4,00% 13,64% 4a Faixa 2,96% 
43,40% 
33,50% 
(*) 
3,50% 4,00% 12,82% 5a Faixa 2,78% 
30,50% 15,00% 35,00% 16,03% 6a Faixa 3,47% 
Fonte: Anexo III da LC 123/06 
 
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Fonte: Anexo V da LC 123/06 
O cálculo do SIMPLES NACIONAL para estas empresas seguirá a regra utilizada para as 
empresas comerciais. Contudo, caso a empresa tenha receitas com vendas de mercadorias e 
receitas com prestação de serviços, o cálculo deverá ser efetuado separadamente, utilizando a 
tabela específica para cada tipo de receita. 
As empresas com atividade de locação de bens móveis utilizarão a mesma tabela das empresas 
de serviços, deduzindo o percentual do ISS, para cálculo do SIMPLES. Assim, uma microempresa 
locadora, quando atingir a segunda faixa de tributação, pagará alíquota de 5,42% (8,21% menos 
2,79%). 
Empresas prestadoras de serviços de transportes intermunicipais e interestaduais poderão 
utilizar a tabela do Anexo III, substituindo a alíquota do ISS pela alíquota do ICMS aplicada nas 
tabelas dos Anexos I e II. Apenas para ilustrar, uma empresa deste segmento, na primeira faixa 
de tributação, pagaria alíquota de SIMPLES de 5,25%, substituindo 2% de ISS por 1,25% de 
ICMS. 
32.20.1. SIMPLES OU LUCRO REAL OU LUCRO PRESUMIDO? 
Nas empresas prestadoras de serviços, com INSS incluso, o SIMPLES NACIONAL deve ser a 
melhor alternativa em quase todos os casos. Uma empresa de serviços com faturamento mensal 
em torno de R$ 60 mil pagaria 11,33% de IR + CSLL + PIS + COFINS se utilizasse o lucro 
presumido como forma de tributação. No SIMPLES NACIONAL, a alíquota total aplicada seria 
11,31%, incluindo INSS e ISS. Com isso, dificilmente o SIMPLES NACIONAL não seria 
considerado a melhor opção para este tipo de empreendimento. 
Considerando outra empresa, com faturamento mensal em torno de R$ 150 mil, a tributação 
de IR + CSLL + PIS + COFINS sobe para 13,2%. No SIMPLES NACIONAL, este percentual 
seria de 13,68%, mas incluindo INSS e ISS. O problema é que uma empresa com faturamento 
elevado como o apresentado necessitaria de muita mão de obra para executar suas atividades. 
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32.21. PRESTADORES DE SERVIÇOS COM INSS PAGO EM FUNÇÃO 
DA FOLHA DE PAGAMENTO 
Para algumas atividades, a LC 123/06 definiu tratamento diferenciado, permitindo a opção pelo 
SIMPLES, mas sem o INSS, que deverá ser pago separadamente. São elas: 
1. Construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de 
subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como decoração de 
interiores; e 
2. Serviço de vigilância, limpeza ou conservação. 
A tabela aplicada a essas empresas foi definida no Anexo IV da LC 123/06 e pode ser obtida 
na Internet, no site www.planalto.com.br, na parte de legislação. 
32.22. PRESTADORES DE SERVIÇOS COM ALÍQUOTA DEPENDENDO 
DA FOLHA DE SALÁRIOS 
A LC definiu outro tratamento diferenciado para outras empresas de serviços, permitindo a opção 
pelo SIMPLES, incluindo o INSS, mas vinculando o percentual de tributação ao percentual da 
folha de pagamento sobre a receita bruta. As empresas incluídas na lista são as seguintes: 
1.cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros; 
2.academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais; 
3.academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; 
4.elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que 
desenvolvidos em estabelecimento do optante; 
5.licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação; 
6.planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que 
realizados em estabelecimento do optante; 
7.empresas montadoras de estandes para feiras; 
8.laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica; 
9.serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos 
óticos, bem como ressonância magnética; e 
10.serviços de prótese em geral. 
As alíquotas foram definidas no Anexo V da LC 123/06, com um cálculo relativamente 
complexo. Para o cálculo do SIMPLES NACIONAL, devem ser considerados como folha de 
salários, incluídos encargos, o montante pago nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de 
apuração, a título de salários, retiradas de pró-labore, acrescidas do montante efetivamente 
recolhido a título de contribuição para a Seguridade Social e para o Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço. No caso de a empresa não ter ainda 12 meses de funcionamento, aplica-se a mesma 
proporcionalidade para o cálculo do SIMPLES NACIONAL. O ISS não está incluído no Anexo 
V, devendo ser acrescido o mesmo percentual informado no Anexo IV para cada faixa. 
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32.23. ULTRAPASSAGEM DE LIMITE 
A condição para uma EPP optar pelo SIMPLES NACIONAL é sua receita bruta não ter 
ultrapassado R$ 3,6 milhões no ano anterior. Em uma empresa em funcionamento, o excesso da 
receita terá acréscimo de 20% sobre a última alíquota aplicada, ficando a empresa proibida de 
optar pelo SIMPLES NACIONAL no ano seguinte. 
Então, se uma EPP comercial estiver com receita bruta até NOV/20 no valor de R$ 3.350.000 
e obtiver R$ 300.000 de receita em DEZ/20, estará desenquadrada do Modelo Simplificado no 
ano de 2014. Contudo, como o limite contempla as receitas obtidas nos 12 meses anteriores, 
admitindo uma receita bruta de R$ 200 mil em DEZ/19, a EPP não teria que pagar, teoricamente, 
acréscimo de 20%, pois a receita bruta dos últimos 12 meses estaria dentro do limite, montando 
exatamente R$ 4,8 milhões. A alíquota aplicada em DEZ/20, no caso, seria de 11,23%. Mas, 
mesmo assim, a empresa seria desenquadrada do SIMPLES NACIONAL em 2021. 
32.24. OUTROS BENEFÍCIOS DA LEI COMPLEMENTAR No 123/2006 
A LC 123/06 é uma lei extensa e com elevado grau de complexidade em relação a sua 
interpretação. São 89 artigos, 147 parágrafos, 174 incisos e cinco anexos de um texto confuso em 
muitos momentos e com diversos itens a serem regulamentados pelo Comitê gestor. E, ainda por 
cima, foi modificada por outras leis complementares. Mas, a lei tem itens interessantes, alguns 
apresentados a seguir: 
» Fixa o limite preferencial de R$ 80.000,00 para compras de ME e EPP, sempre que houver 
empresas desse porte em condições de fornecer a preços competitivos. Prevê, ainda, a 
simplificação na participação em licitações e o fornecimento parcial de grandes lotes, 
ressalvada a exigência de lei local para que se utilizem tais mecanismos. Por fim, prevê a 
negociação do empenho com bancos. 
» Cooperativas de crédito das quais participem ME e EPP terão acesso direto a recursos do 
FAT, o que barateará os financiamentos e fortalecerá o setor. Linhas de crédito específicas 
para o segmento. 
»Prevê a portabilidade das informações cadastrais da empresa em caso de mudança de 
banco. 
» 20% dos recursos de tecnologia de todos os órgãos e entidades serão destinados às ME e 
EPP. Ainda são propostas políticas de fomentoao desenvolvimento tecnológico de ME e 
EPP. 
» Faculta o uso dos Juizados Especiais Cíveis e Federais às ME e EPP. Fomenta a utilização 
dos institutos de conciliação prévia, mediação e arbitragem para solução de conflitos das 
ME e EPP. 
» Desobriga as ME e EPP da realização de reuniões, assembleias e da publicação de atos da 
empresa. Desburocratiza seu dia a dia. 
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» Parcelamento específico para MPE nas condições do parcelamento que a RFB proporciona 
hoje às demais empresas em até 120 meses. 
32.25. MODIFICAÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR No 147/14 
A LC 147/14 trouxe novas e relevantes modificações na apuração e cálculo do SIMPLES 
NACIONAL. 
32.25.1. NOVAS ATIVIDADES 
A LC 147/14 prevê que a ME ou EPP que exerça as seguintes atividades poderão optar pelo 
SIMPLES NACIONAL a partir de JAN/15: 
» Tributadas com base nos Anexos I ou II da LC 123/06: 
• produção e comércio atacadista de refrigerantes. 
» Tributadas com base no Anexo III da LC 123/06: 
• fisioterapia; 
• corretagem de seguros; e 
• serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, na modalidade 
fluvial, ou quando possuir características de transporte urbano ou metropolitano ou 
realizar-se sob fretamento contínuo em área metropolitana para o transporte de 
estudantes e trabalhadores (retirando-se o ISS e acrescentando-se o ICMS). 
» Tributada com base no Anexo IV da LC 123/06: 
•serviços advocatícios. 
» Tributadas com base no (novo) Anexo VI da LC 123/06: 
• medicina, inclusive laboratorial e enfermagem; 
• medicina veterinária; 
• odontologia; 
• psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia 
e de clínicas de nutrição, de vacinação e bancos de leite; 
• serviços de comissaria, de despachantes, de tradução e de interpretação; 
• arquitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodésia, testes, 
suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia; 
• representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços 
de terceiros; 
• perícia, leilão e avaliação; 
• auditoria, economia, consultoria, gestão, organização, controle e administração; 
• jornalismo e publicidade; 
• agenciamento, exceto de mão de obra; e 
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• outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de 
serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, 
científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou 
não, desde que não sujeitas à tributação na forma dos Anexos III, IV ou V da LC 
123/06. 
32.25.2. ANEXO VI DA LEI COMPLEMENTAR 123/06 
O novo ANEXO VI da LC 123/2006, vigente a partir de 01/JAN/15, prevê alíquotas entre 16,93% 
e 22,45%. 
32.25.3. LIMITE EXTRA PARA EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS 
A partir de 2015, o limite extra para que a EPP tenha incentivos para exportar passará a abranger 
mercadorias e serviços. 
Dessa forma, a empresa poderá auferir receita bruta anual de até R$ 7,2 milhões, sendo R$ 
3,6 milhões no mercado interno e R$ 3,6 milhões em exportação de mercadorias e serviços. 
32.25.4. BAIXA DE EMPRESAS 
Poderá haver a baixa de empresas mesmo com pendências ou débitos tributários, a qualquer 
tempo. O pedido de baixa importa responsabilidade solidária dos empresários, dos titulares, dos 
sócios e dos administradores no período da ocorrência dos respectivos fatos geradores. 
32.25.5. MEI – CONTRATAÇÃO POR EMPRESAS 
Para a empresa que contrata MEI para prestar serviços diferentes de hidráulica, eletricidade, 
pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, extinguiu-se a obrigação 
de registro na GFIP e recolhimento da cota patronal de 20% (o art. 12 da LC 147/14 revogou 
retroativamente essa obrigatoriedade). Todavia, quando houver os elementos da relação de 
emprego, o MEI deverá ser considerado empregado para todos os efeitos. 
Adicionalmente, a LC 123/06 estabelece que o MEI, a ME e a EPP não podem prestar serviços 
na modalidade de cessão de mão de obra. 
32.26. NOVAS MUDANÇAS PARA 2018: PROJETO APROVADO 
Foi aprovado no Congresso Nacional em OUT/16 um projeto de lei complementar que vai 
novamente modificar o SIMPLES. O Projeto foi sancionado pelo Presidente Michel Temer, 
transformando-se na Lei Complementar no 155/16. Vamos ver os principais pontos da nova LC, 
que entrará em vigor somente em JAN/18. 
32.26.1. LIMITE MÁXIMO 
O limite máximo de receita bruta anual para que pequenas empresas participem do regime 
especial de tributação do SIMPLES NACIONAL sobe de R$ 3,6 milhões para R$ 4,8 milhões, o 
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que equivale a uma média mensal de R$ 400 mil. Contudo, vai ficar mais complicado calcular o 
SIMPLES nos casos de empresas com receita bruta entre R$ 3,6 milhões e R$ 4,8 milhões, pois 
para fins de ICMS e ISS o limite permanecerá no valor atual, ou seja, R$ 3,6 milhões. 
Já para quem é formalizado como Microempreendedor Individual (MEI), o novo teto de 
enquadramento passa de R$ 60 mil para R$ 81 mil anuais, o que resulta em uma média mensal 
de R$ 6.750. Com as mudanças, teoricamente um número maior de empresas poderá optar pelo 
regime simplificado de recolhimento de impostos. 
32.26.2. NOVO MODELO DE CÁLCULO 
O cálculo também passará a ser mais complexo. As alíquotas aumentam consideravelmente, 
mas haverá uma parcela a deduzir. A tabela será bem menor que a atual. Apenas para fins de 
exemplificação, veja a tabela proposta para o Anexo I, que atende as empresas comerciais. 
 
RECEITA BRUTA EM 12 MESES ALÍQUOTA PARCELA A DEDUZIR 
1a Faixa Até R$ 180 mil 4% – 
2a Faixa De R$ 180.000,01 a R$ 360 mil 7,3% R$ 5.940,00 
3a Faixa De R$ 360.000,01 a R$ 720 mil 9,5% R$ 13.860,00 
4a Faixa De R$ 720.000,01 a R$ 1,8 milhões 10,7% R$ 22.500,00 
5a Faixa De R$ 1.800.000,01 a R$ 3,6 milhões 14,3% R$ 87.300,00 
6a Faixa De R$ 3.600.000,01 a R$ 4,8 milhões 19% R$ 378.000,00 
32.26.3. NOVOS SETORES 
Novos setores foram incluídos no SIMPLES. Assim, poderão ter a tributação no modelo 
simplificado: 
1. micro e pequenas cervejarias; 
2. micro e pequenas vinícolas; 
3. produtores de licores; e 
4. micro e pequenas destilarias. 
O projeto inclui diversas atividades no Anexo III, aplicado às empresas prestadoras de 
serviços em geral. 
32.26.4. NOVOS INVESTIDORES PARA INOVAÇÃO 
O projeto cria a figura do investidor-anjo para incentivar as micro e pequenas empresas na área 
de inovação. Pessoas físicas ou jurídicas poderão fazer um aporte de capital e não vão ser 
consideradas sócias. Tais investidores não responderão por dívidas da empresa. O capital terá que 
ficar investido entre dois e sete anos. 
32.26.5. OUTRAS OBSERVAÇÕES 
Fazendo uma rápida leitura, sem aprofundamento, a percepção é que nossos legisladores 
conseguem se superar a cada dia. O que parece impossível, eles conseguem: complicar ainda mais 
o já arcaico, prolixo e inverossímil sistema tributário nacional. Não gostei. Tomara que esta 
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percepção inicial não se confirme, mas não dá para ser otimista assim. Acompanhe a página do 
IPEC (www.ipecrj.com.br), durante o ano de 2017, que o tema (a provável nova lei do SIMPLES) 
será apresentado em artigo complementar ao livro. 
ATIVIDADE PRÁTICA 
Recomenda-se fazer as questões pelo menos um dia depois da leitura do capítulo. 
Q1 - A Cia. Goiás é uma pequena mercearia e começou suas atividades em SET/20. Apresentou 
nos quatro primeiros meses os seguintes dados de receita bruta de vendas: 
SET – R$ 13.000 
OUT – R$ 16.200 
NOV – R$ 16.400 
DEZ – R$ 20.000 
Calcule o valor do SIMPLES devido em DEZ/20: 
Q2 - Informe o tributo que NÃO está incluído no SIMPLES: 
(A) IPI. 
(B) IOF. 
(C) ISS. 
(D) CPP (INSS). 
(E) CSLL. 
Q3 -O Comércio do Tonga Ltda. vende mercadorias no Brasil e para o Chile. Sua Receita Bruta 
nos últimos doze meses montou R$ 2.500.000, sendo 20% (R$ 500 mil) para o exterior. Em 
JAN/16, apresentou receita bruta de R$ 250 mil, sendo R$ 200 mil em vendas para o Brasil e R$ 
50 mil de vendas ao exterior. As vendas para o exterior são realizadas via empresa comercial 
exportadora (trading). 
 
A tabela do SIMPLES NACIONAL é apresentada a seguir: 
ALÍQUOTA E PARTILHA DO SIMPLES – COMÉRCIO 
Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQ. IRPJ CSLL COFINS PIS CPP ICMS 
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 
De 1.980.000,01 a 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 
De 2.160.000,01 a 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 
De 2.340.000,01 a 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 
De 2.520.000,01 a 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 
Informe o valor do SIMPLES NACIONAL devido em JAN/16 pela empresa Comércio do 
Tonga Ltda. 
(A) R$ 20.080,00. 
(B) R$ 20.460,00. 
(C) R$ 21.745,00. 
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(D) R$ 22.955,00. 
(E) R$ 25.575,00. 
 
Q4 - Pode utilizar o SIMPLES NACIONAL como forma de tributação a empresa que 
(A) participe do capital de outra pessoa jurídica; 
(B) seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; 
(C) exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; 
(D) tenha sócio domiciliado no exterior; 
(E) tenha sócio estrangeiro, pessoa física, com domicílio no Brasil. 
Q5 - Analise as seguintes assertivas a seguir: 
1. Serviços advocatícios podem utilizar o simples no Anexo III (Prestadores de Serviços). 
2. O Microempreendedor Individual (MEI) terá seu limite aumentado de R$ 6 mil para R$ 
81 mil a partir de 2018. 
É possível afirmar que: 
(A) As duas assertivas estão corretas. 
(B) As duas assertivas estão incorretas. 
(C) Apenas a assertiva no 1 está correta. 
(D) Apenas a assertiva no 2 está correta. 
Q6 - Analise as seguintes assertivas a seguir: 
1. Receitas oriundas de doações, bonificações de mercadorias, amostra grátis, brindes, e demais 
receitas, mesmo que não vinculadas à atividade da pessoa jurídica, não são tributadas no 
SIMPLES NACIONAL por falta de previsão legal. 
2. Os serviços de tradução e interpretação são atividades proibidas de utilizar o SIMPLES 
NACIONAL. 
É possível afirmar que: 
(A) As duas assertivas estão corretas. 
(B) As duas assertivas estão incorretas. 
(C) Apenas a assertiva no 1 está correta. 
(D)Apenas a assertiva no 2 está correta. 
Q7 - Analise as seguintes assertivas a seguir em relação às demais receitas incluídas ou não na 
base do SIMPLES NACIONAL: 
1. As receitas financeiras não integram a base do SIMPLES NACIONAL, mas o IRRF é 
considerado como tributação definitiva. 
2. O ganho de capital deve ser somado a receita bruta na base do SIMPLES NACIONAL. 
É possível afirmar que: 
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(A) As duas assertivas estão corretas. 
(B) As duas assertivas estão incorretas. 
(C) Apenas a assertiva no 1 está correta. 
(D) Apenas a assertiva no 2 está correta. 
Q8 - Uma academia tributada pelo SIMPLES comprou um equipamento de musculação em 
JAN/14 por R$ 2.400. O bem tem depreciação fiscal permitida em dez anos, conforme IN SRF 
no 162/98. A empresa não tem livros-razão e diário, utilizando somente o livro-caixa e o livro 
registro de inventário. A academia vendeu o equipamento em SET/20 por R$ 2.100, para adquirir 
um novo. Em relação a tributação do IR sobre ganho de capital é correto afirmar que 
(A) Não haverá qualquer tributação de IR. 
(B) Haverá cobrança de IR sobre o valor da venda, aplicando alíquota de 15%, encontrando o IR 
devido de R$ 300. 
(C) Haverá cobrança de IR sobre R$ 300 (2.400 menos 2.100), encontrando IR de R$ 45 (15%). 
(D) Haverá cobrança de IR de R$ 51, correspondendo a 15% sobre a base de cálculo de R$ 340. 
(E) Haverá cobrança de IR de R$ 54, correspondendo a 15% sobre a base de cálculo de R$ 360. 
Q9 - Uma empresa comercial varejista, com receita mensal constante de R$ 40 mil nos últimos 
quinze meses, apresentou um lucro (sobra de caixa) de R$ 9 mil em SET/20. A empresa não tem 
escrituração contábil completa, utilizando apenas a escrituração pelo livro-caixa e livro registro 
de inventário. Informe o VALOR MÁXIMO PASSÍVEL DE DISTRIBUIÇÃO SEM 
TRIBUTAÇÃO para os sócios desta empresa comercial, considerando a tabela do SIMPLES 
NACIONAL apresentado abaixo: 
ALÍQUOTA E PARTILHA DO SIMPLES – COMÉRCIO 
Receita Bruta em 12 meses (em R$) ALÍQ. IRPJ CSLL COFINS PIS CPP ICMS 
Até 180.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 
De 180.000,01 a 360.000,00 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 
De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 
De 540.000,01 a 720.000,00 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 
(A) R$ 3.092,00. 
(B) R$ 3.200,00. 
(C) R$ 6.264,00. 
(D) R$ 8.892,00. 
(E) R$ 9.000,00. 
Q10 -Analise as seguintes assertivas a seguir em relação ao SIMPLES NACIONAL: 
1. Uma empresa comercial poderá retirar o percentual referente às contribuições para PIS/PASEP 
e COFINS em relação aos muitos produtos com alíquota zero, como, por exemplo, feijão, arroz e 
leite. 
2. Pode utilizar o SIMPLES NACIONAL empresa que exerça atividade de produção ou venda no 
atacado de armas de fogo, munições e pólvoras, explosivos e detonantes. 
 REITORIA 
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO 
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
É possível afirmar que: 
(A) As duas assertivas estão corretas. 
(B) As duas assertivas estão incorretas. 
(C)Apenas a assertiva no 1 está correta. 
(D)Apenas a assertiva no 2 está correta.

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