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Resumo Embriogênese

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Primeiro Trimestre: Primeiro, Segundo e Terceiro mês
SEMANA 1: O ovócito já produzido, é expelido pelo ovário durante a ovulação, e o encaminha para a ampola da tuba uterina para em breve ser fertilizado. Ao entrar em contato com o espermatozoide, o ovócito completa a segunda divisão meiótica, possibilitando assim, o aparecimento de um corpo polar e um pronúcleo feminino que unido com o pronúcleo masculino resultará em um zigoto. A fertilização, do ovócito na tuba uterina, dá início ao desenvolvimento do ser humano. 
Com duração de vinte e quatro (24) horas, a fertilização compreende fases formando, ao final o zigoto (um ovócito fertilizado). A primeira fase se dá pela passagem do espematozóide pelo envoltório da zona pelúcida do ovócito a ser fecundado, que é facilitada pelas enzima hialuronidade e enzimas da mucosa da tuba. Na segunda fase ocorre a penetração do espermatozóide pela zona pelúcida que se localiza envolta do ovócito. Após isso há a fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozóide. Em seguida, o término da segunda divisão meiótica do ovócito e formação do prónúcleo feminino, masculino. E por fim, a dissolução das membranas desses, e a condensação cromossomal. Com isso tem-se a união de vinte e três (23) cromossomos da mãe, e a mesma quantia do pai, que resultam em quarenta e seis (46) cromossomos para o zigoto. Em suma, esse processo de fertilização permite, o restauramento do número de cromossomos, a variação da espécie humana pelo embaralhamento dos cromossomos do pai e da mãe, e determina o sexo do novo indivíduo. Se o espermatozóide que fecundar o ovócito for X, formará um embrião feminino, e se for Y, um masculino.
Após, em média, 30 horas após a fertilização, o zigoto sofre clivagem se dirigindo para a tuba uterina. Essa fase compreende seguidas segmentações mitóticas, e aumento do número de blastômeros, mas diminuição do tamanho deles. Possibilitando assim, ter-se um ser pluricelular. As divisões mitóticas ocorrem na sequência: primeiro o zigoto divide-se em dois, que dividem-se em quatro, após, em oito e seguindo a sequência, tem-se vários blastômeros.
Após se segmentarem, os blastômeros se reorganizam e aderem-se fortemente uns aos outros para que se compactuarem. Essa compactação possibilita maior interação entre as células para que haja posteriormente a divisão das células internas do blastocisto (denominação que será esclarecida posteriormente). E se dá graças á glicoproteínas de adesão. Quando totalizarem 15 blastômeros, o ser em desenvolvimento passa a ser denominado de mórula. Esse agregado de blastômeros periféricos denominado mórula compreende de uma blastocele, que é uma cavidade central que será necessária para as próximas fases do desenvolvimento. Essas células, blastômeros, são totipotentes (podem de diferenciar em qualquer tipo de célula, são as células tronco embrionárias). A mórula que se divide em duas partes forma os gêmeos idênticos, univitelinos, também chamados de monozigóticos. Esses compartilham de um mesmo DNA, se diferenciando pelas impressões digitais e pela íris dos olhos. Cerca de quatro (4) dias após dias após a fecundação, o novo ser chega ao útero, e ali se aloja, fixando-se e dando início a nidação. Enquanto isso, a mórula forma em seu interior uma cavidade blastocística, a blastocele que é formada pelo fluido da cavidade uterina. 
Com a expansão da blastocele, ocorre a divisão dos blastômeros em duas partes: uma camada célula externa, o tofoblasto, que vai nutrir e dar origem à placenta. E uma camada celular interna, o embrioblasto, que originará o embrião, a sua massa celular interna. Nessa etapa do desenvolvimento, o ser a ser formado denomina-se blastocisto. Após a degeneração da zona pelúcida do blastocisto, ele finalmente pode se desenvolver mais rapidamente com a nutrição fornecida pelas secreções das glândulas uterinas. Por volta do sexto (6) dia após a fecundação, o blastocisto fixa-se ao epitélio do endométrio, e o tofoblasto se diferencia em duas camadas, o citotrofoblasto, e o sinciciotrofoblasto. Essas camadas permitirão que o blastocisto de estabilize no útero materno.
SEMANA 2: O blastocisto termina de se implantar no endométrio. E as células do sinciciotrofoblasto desta região englobam as células da decídua produzidas pela descamação endometrial pelo próprio sinciciotrofoblasto, criando assim, uma fonte de nutrição para o blastocisto. Durante a implantação do blastocisto, mais tofoblasto entra em contato com o tecido endometrial e diferencia-se em mais duas camadas de citotrofoblasto e sincicitrofoblasto. Esse último produz o hormônio Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG), que vai para o sangue da mãe. Esse hormônio mantém a atividade do corpo lúteo do ovário durante a gravidez. Enquanto o blastocisto se implanta, ocorre o aparecimento de uma pequena massa celular interna constituinte primordial da cavidade amniótica. Com isso tem-se as células amnióticas formando uma membrana delgada chamada de âminio, que envolve a cavidade amniótica. 
Ao mesmo tempo, mudanças morfológicas ocorrem no embrioblasto (massa celular interna), que resultam numa placa de células denominada embrioblasto. Essa placa é constituída por duas camadas, o epiblasto e o hipoblasto. O epiblasto, que é mais expessa, é voltado para a cavidade amniótica e forma o assoalho dessa cavidade. Já o hipoblasto, é composta por pequenas células adjacentes a cavidade exocelômica, e forma o teto desta. A membrana dessa cavidade transforma-se e contitui o saco vitelínico primitivo. Esse saco vitelínico em conjunto com as cavidades amnióticas possibilitam os movimentos morfogenéticos das células do disco embrionário, que após sofrer modificações e interagir com capilares sanguíneos e secreções, dá início á circulação uteroplacentária. Finalizada essa fase, o embrião humano de 10 dias está completamente implantado no endométrio. 
O aparecimento das vilosidades coriônicas primárias sinaliza o fim da segunda semana. As extensões celulares promovidas pela proliferação das células do citotrofoblasto penetram no sinciciotrofoblasto. E o crescimento dessas projeções pode ser induzido a ocorrer pelo mesoderma somático extra-embrionário subjacente. As extensões celulares formam as vilosidades coriômicas da placenta. O celoma extra-embrionário divide o mesoderma extra-embrionario em duas camadas: o mesoderma somático extra- embrionário, e o mesoderma esplancnico extra- embrionário. O primeiro reveste o trofoblasto e recobre o âmnio constituem o córion. O córion forma a parede do saco coriônico, saco da gestação, dentro do qual o embrião com os sacos amniótico e vitelino estão suspensos pelo pendículo, e onde o embrião se desenvolve. O celoma passa então a ser denominado cavidade coriônica. O blastocisto geralmente se implanta no endométrio do útero materno. Com quatroze (14) dias, ainda com forma de disco embrionário, as células do hipoblasto tornam-se colunares, formando uma área circular espessada, a placa precordal, que indica o futuro local da boca e importante para a organização da cabeça.
SEMANA 3: Durante a terceira semana ocorre a gastrulação. Esse processo compreende a conversão do disco embrionário bilaminar em trilaminar. Esse período é o início da morfogênese, que é o desenvolvimento da forma do corpo. A gastrulação inicia-se com a formação da linha primitiva na superfície do epiblasto do disco embrionário. Cada camada germinativa, a ectoderme, mesoderme e endoderme dará origem a tecidos específicos, e logo, aos órgãos. 
O aparecimento de uma linha primitiva na cauda do embrião é o primeiro sinal da gastrulação. Essa linha resulta da migração de células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. A invaginação de células do epiblasto da linha primitiva dá origem a células mesenquimatosas que migram ventral, lateral e cefalicamente entre o epiblasto e o hipoblasto. Após essa linha primitiva comerçar a produzir células mesenquimais, o epiblasto passa a ser denominado ectoderma do embrião. O endoderma é formado por algumas células do
epiblasto que deslocam o hipoblasto. Uma terceira camada é produzida pelas células mesenquimais, chamada de mesoderma intra- embrionária. Ao final da terceira semana há mesoderma sobre toda a extensão entre o ectoderma e o endoderma, exceto na boca, no plano ocupado pela notocorda e na membrana cloacal.
É na terceira semana, também, que a notocorda é formada. As células mesenquimais da linha primitiva formam o processo notocordal. Esse se estende cefalicamente, forma um bastão de células entre o ectoderma e o endoderma do embrião, A fosseta primitiva, parte da linha primitiva, se estende para dentro da notocorda e forma o canal da notocorda. Quando isso se dá por finalizado, formam-se aberturas no assoalho do canal da notocorda formando a placa da notocorda. Essa placa se dobra e forma a notocorda, que é um eixo primitivo do embrião em torno do qual o esqueleto axial é formado.
A formação do tubo neural, que é induzido pela notocorda na terceira semana, ocorre com o aparecimento na placa neural de um espessamento na ectoderma do embrião. Na placa neural forma-se um sulco neural, longitudinal unido por pregas neurais. A fusão dessas pregas constitui o tubo neural primordial do sistema nervoso central (SNC). A fromação da placa neural e seu dobramento, com finalidade de formar o tubo neural, denomina-se neurulação.
Ao fundirem-se, as pregas neurais constituem o tubo neural, e as células neuroectodérmicas migram para a lateral do dorso para formar a crista neural. A crista se compreende entre o ectoderma e a superfície do tubo neural, e divide-se em duas massas celulares que originam os gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinais. 
Com o espessamento do mesoderma de ambos os lados da notocorda, há o apareciemnto de colunas. Ao final da terceira semana essas colunas começam a se dividir a partir da cavidade cefálica, e formam-se pares de agragados de células mesenquimais denominadas somitos. Esses migram dando origem a vértebras, costelas e musculatura axial. Com esse advento, é possível verificar já na terceira semana a idade do embrião.
Ainda na terceira semana tem-se a formação do celoma, que é uma cavidade corporal do embrião. O celoma tem seu início com espaços, ou vesículas individuais no mesoderma lateral ou cardiogênico. Em seguida, essas vesículas se unem resultando em uma única cavidade que dá origem as cavidades do corpo, como a peritoneal.
Os vasos sanguíneos e o sangue, também se estabelecem na terceira semana de vida. O primeiro lugar a aparecer vasos sanguíneos são na parede do saco vitelínico, da alantóide e no córion, após isso, se formam no embrião. Tempo depois, as ilhotas sanguíneas, espaços de agregados celulares de mesenquimas, se dão por formadas, e são revestidas por endotélio de células mesenquimais. Esses vasos primitivos unem-se a outros vasos contituindo o sistema cardiovascular primitivo. Nessa fase, o coração pode ser representado por um par de túbulos sanguíneos do embrião e das membranas extra- emrbionárias. No fim da terceira semana, esses túbulos cardíacos endoteliais terminam de se fundir e formam um coração tubular que une vasos do embrião com do saco vitelínico, do córion e do pendículo do embrião, completando a formação do sistema cardiovascular primitivo.
Chegando ao fim, a terceira semana, tem-se a transformação das vilosidades coriônicas primarias em secundárias. Essas adquirem um eixo central no mesênquima e tem capilares formados em si sendo denominadas entao de terciárias. As vilosidades tem uma extensoes citotrofoblasticas, que formam uma capa citotrofoblastica, a qual fixa o saco coriônico no endométrio. O rápido desenvolvimento dessas vilosidades coriônicas aumenta a superfície do córiom, facilitando as trocas gasosas e nutricionais entre a circulação materna e embrionária.
SEMANA 4: No início da quarta semana o embrião tem ainda de vinte (20) a trinta (30) mm de comprimento e é quase reto. O tubo neural se forma em frente aos somitos e é ainda amplamente aberto nos neuroporos anterior e posterior. Vinte e quatro (24) dias após a fecundação, os arcos faríngeos sao visíveis, e o arco mandibular e o hióideo estão individualizados. Nessa fase, por causa das pregas cefálica e caudal, o embrião é levemente encurvado, e o coração já tem-se como uma bomba que bombeia sangue. No vigésimo sexto (26) dia, pode-se notar a visualização de arcos faríngeos, e o fechamento do neuroporo anterior. O encéfalo anterior produz uma elevação, uma saliência, na cabeça, e o dobramento do embrião lhe dá uma curvatura acentuada em forma de “C”. Nesse momento, uma longa cauda curva faz parte do embrião. Ao final do dia vinte e seis (26) ao dia vinte e sete (27) podem ser reconhecidos os brotos dos membros superiores. As fossetas ópticas e o inicio da formação da orelha interna, também são perceptíveis. Na parte lateral da cabeça nota-se placódios do cristalino que futuramente se transformarão no cristalino dos olhos. O quarto par de arco faríngeo e os brotos dos membros inferiores também sao notáveis no fim da quarta semana. Chegando ao fim, a quarta semana evidência uma cauda adelgaçada, e rudimentos de muitos sistemas de órgãos, principalmente o cardiovascular. Ao final desta semana o neuroporo posterior é fechado.
SEMANA 5: Na quinta semana as mudanças corporais sao discretas em comparação as semanas anteriores. O crescimento da cabeça, no entanto, é maior que das outras regiões corporais. Esse crescimento abrupto é resultado do rápido desenvolvimento do encéfalo e das saliências faciais. Logo a face entra em contato com a saliência cardíaca, o segundo arco faríngeo, ou hióideo, cresce sobre o terceiro e quarto arcos, e forma-se assim, uma depressão ectodérmica lateral de ambos os lados denominada seio cervical. Os brotos dos membros superiores, têm nesse momento, forma de remo, o dos inferiores, nadadeiras, e as cristas mesonéfricas indicam o local em que os rins mesonéfricos, provisório em humanos, serão formados.
SEMANA 6: É na sexta semana que os membros superiores começam a apresentar diferenciação. Com o desenvolvimento dos cotovelos, das placas das mãos e dos primordiais dos dedos, a formação do embrião propriamente dita, mais nítida, é iniciada. Há relatos, de que é na sexta semana que o embrião começa a ter movimentos expontâneos de músculos, tronco e membros, Os membros inferiores se desenvolvem pouco tempo após os superiores. O meato acústico externo e as saliências auriculares formam a orelha em forma de concha, como é. O olho também se apresenta evoluído grande parte pelo aparecimento do pigmento da retina. A cabeça, muito maior em relação ao tronco esta encurvada sobre a saliência cardíaca,e sua posição resulta da flexura da região cervical. O tronco e o pescoço começam a se endireitas,e o embrião apresenta respostas ao toque.
SEMANA 7: Os membros sofrem transformações, aparecem chanfraduras entre os dedos primordiais indicando os futuros dedos, O intestino primitivo diminui sua comunicação com o saco vitelínico, e penetra no celoma extra- embrionário na parte proximal do cordão umbilical. Isso chama-se hérnia umbilical, e é um advento natural do embrião que ocorre nassa idade pela cavidade abdominal, que ainda muito pequena, não consegue acomodar o intestino em crescimento. Ao final da sétima semana a ossificação dos ossos do membro superior começa a ocorrer.
SEMANA 8: No início da oitava semana, embora ainda grudados por uma membrana, os dedos da mão já estão separados, os pés, nesse estágio, têm forma de leque, e apresentam chanfraduras entre os dedos primitivos, e a cauda do embrião ainda está presente. O plexo vascular do couro cabeludo já é nítido e forma uma faixa característica que envolve a cabeça. Ao final da oitava semana, todas as regiões dos membros são reconhecíveis. Ocorrem movimentos voluntários dos membros e a ossificação do membro inferior tem início, sendo identificada no fêmur. Os dedos da mão, ao final da semana, se alongaram e se separaram totalmente, a cauda desaparece, o plexo vascular do couro cabeludo forma
uma faixa perto do topo da cabeça, e as mãos e os pés se aproximam ventralmente. No fim da oitava semana, o embrião apresenta características nitidamente humanas, com exceção da cabeça, que ainda é excessivamente grande em comparação com o restande do corpo. O pescoço, nessa fase, já está definido, bem como as pálpebras, que além de mais evidentes , se fundem, completando sua formação no fim desta semana.O intestino ainda se localiza proximalmente ao cordão umbilical, as aurícolas da orelha continuam a se formar, embora ainda estejam numa baixa localização na cabeça, e o sexo do embrião, que já tem diferenças, ainda não é possível ser identificado. 
SEMANA 9: No início da nona semana, a cabeça do feto constitui metade do corpo. Após isso, há um rápido crescimento do comprimento do corpo, e no fim de doze (12) semanas, o corpo ultrapassa o dobro da cabeça. Com nove (9) semanas, a face do feto é larga, os olhos esta separados e as pálpebras fundidas. Seu tronco, agora é alongado e esticado, seus braços e pernas estão se desenvolvendo e começando a se movimentar. Os dedos começam a se formar, bem como o fígado, a vesícula biliar, o baço e a glândula adrenal.
SEMANA 10: Nessa semana as orelhas do feto de deslocam para o local correto na cabeça, os olhos também se desenvolvem. A estrutura óptica básica está no lugar, as pálpebras estão começando a cobrir os olhos, que ainda se localizam lateralmente a cabeça. Ainda na décima (10) semana, os dentes de leite, intra genvivais, estão iniciando seu desenvolvimento. O coração torna-se nesse mês uma estrutura com quatro câmaras, embora algumas das paredes divisórias não fiquem completas até após o nascimento.
SEMANA 11: O coração do feto já bate há algumas semanas, mas nesse momento pode-se ouvi-lo. O coração de um feto bate duas vezes mais rápido que o de um adulto. Uma fina camada se forma dobre o corpo do feto, e outra fina camada se transformará em unhas dos dedos das mãos e dos pés.
SEMANA 12: Nessa fase as unhas nascem, e todas as partes do corpo estão finalizando seu desenvolvimento. A pálpebras estão formadas e se fecharão, permanecendo unidas até o fim do segundo trimestre. No fim das doze (12) semanas, centros de ossificação primária aparecem no esqueleto, principalmente no crânio e ossos longos.
Segundo Trimestre: Quarto, Quinto e Sexto mês
Nesse período, o crescimento do feto é mais rápido. Com dezesseis (16) semanas, a cabeça já é proporcional, e os membros inferiores ficam mais compridos. Os movimentos dos membros, que iniciam-se no final da oitava (8) semana embrionária, tornam-se coordenados na décima quarta (14) semana de gestação Esse movimentos, embora sejam percebidos a partir dessa fase pelo ultrassom, ainda são discretos para serem sentidos pela mãe.Nessa fase, a ossificação do esqueleto do feto é ativa e dos ossos são visíveis no ultrassom do abdome materno. O cabelo também é determinado durante esse período. Esse segundo trimestre proporciona, também, a diferenciação ovariana e folículos primários com ovogônias. A genitália externa pode ser percebida, e o aspecto do feto torna-se ainda mais humano. Os olhos ocupam posição anterior na face e não mais anterolateral. Além dessas mudanças, as orelhas externas estão próximas de sua posição definitiva. 
No decorrer em média do quinto (5) mês, o crescimento do feto fica mais lento. Os membros alcançam sua proporção relativa final e os movimentos fetais, pontapés, são percebidos pela mãe. O tempo médio entre a primeira vez que a mãe nota essa movimentação e o parto é de 147 dias. Nessa época, a pele está coberta por um material gorduroso, a vernix caseosa, que é secretada pelas glândulas sebáceas do feto e por células mortas da epiderme. Essa camada gordurosa protege o feto da exposição dele ao líquido aminiótico que lhe pode causar, rachaduras e endurecimento. Com vinte semanas (20), também, são visíveis as sobrancelhas e os cabelos. O corpo nesse estágio está totalmente coberto por uma penúgem denominada lanugo, que ajuda a manter a vernix caseosa presa a pele. Existe nesse momento uma gordura marrom que localiza-se principlamente na base do pescoço e posterior ao esterno, que com muitas mitocôndrias dá a pele tonalidade parda.
Com dezoito (18) semanas, o útero já se formou e iniciou-se a canalização da vagina. Na vigésima semana (20) inicia-se a descida dos testículos, que ainda estão localizados na parede abdominal posterior, da mesma forma que os ovários nos fetos femininos.
Durante esse período há um ganho de peso substancial, apesar de magro, o feto já está posicionado. A pele está enrugada e é mais translúcida rosa avermelhada, pois o sangue é visível nos capilares. Com vinte e uma (21) semanas, iniciam-se os movimentos rápidos dos olhos, e formam respostas de piscar com vinte e duas (22) e vinte e três (23) semanas. Com vinte e quatro semanas as células epiteliais secretoras das paredes interalveolares do pulmão começam a secretar o líquido surfactante. Esse mantém abertos os alvéolos pulmonares em desenvolvimento. As unhas também se apresentam nessa vigésima (24) quarta semana. 
Terceiro Trimestre: Sétimo, Oitavo e Nono mês
Nesta fase, os pulmões e os vasos pulmonares já alcançaram um desenvolvimento suficiente para realizar trocas gasosas adequadas. Além disso, o sistema nervoso central já amadureceu, tendo assim, autonomia para dirigir os movimentos respiratórios rítmicos e de controlar a temperatura do corpo. Com vinte e seis (26) semanas, os olhos estão abertos e o lanugo e os cabelos estão bem desenvolvido. As unhas dos dedos dos pés tornam-se visíveis e uma quantidade grande de gordura subcutânea pode ser percebida. Durante esse período, o peso do corpo é composto por três virgula cinco por cento (3,5%) de gordura amarela. O baço fetal torna-se um local de hematopoiese (local de formação e desenvolvimento de tipos diferentes de células e elementos formados no sangue). A eritropoese do baço termina com vinte e oito (28) semanas, época em que a medula óssea torna-se o principal local para a realização deste processo.
Com em média trinta (30) semanas, o reflexo pupilar dos olhos a luz pode ser induzido. No fim deste período, a pele é rosada e lisa e os membros superiores e inferiores são gordos. Nessa idade, a quantidade de gordura amarela passa a ser oito porcento (8%) do peso corporal. Fetos com trinta e duas (32) semanas e mais velhos já consegue sobreviver so nascerem prematuramente. Na trigésima quinta (35) semana, os fetos seguram-se com firmeza e se orientam espontaneamente a luz. Quando aproxima-se do fim da gestação, perto da trigésima sétima (37) e trigésima oitava (38) semanas, o sistema nervoso se dá por finalizado, maduro, e pode enfim realizar algumas funções integrativas. Nesse momento, a cabeça e o abdome já têm quase a mesma circunferência. O tamanho do pé do feto, um pouco maior que o comprimento do fêmur, constitui um parâmetro para a confirmação da idade fetal. Com aproximação do momento do nascimento, o crescimento torna-se mais lento. A quantidade de gordura amarela passa a ser de dezesseis (16%) porcento. E é durante estas últimas semanas de gestação que o feto ganha cerca de quatorze (14) gramas por dia. Apesar de a cabeça ser bem menor em relação ao restante do corpo quando comparada quando era no início da gestação, ela ainda é uma das maiores partes do feto. 
Parto:
A data esperada para o parto é de duzentos e sessenta e seis (266) dias, ou trinta e oito (38) semanas após a fertilização. Nas primeiras trinta e quatro (34) a trinta e oito (38) semanas, o miométrio uterino não responde aos sinais para o parto. Após isso, nas duas últimas semanas de gestação, esse tecido sofre transição para entrar em trabalho de parto. Essa fase se finaliza com o espessamento do miométrio na região superior do útero e relaxamento e afinamento da região inferior do colo do útero.
O parto é dividido em três (3) estapas. A primeira denomina-se apagamento, que é a diminuição e encurtamento, e dilatação do útero. Esse primeiro estágio é provocado
pelas contrações uterinas, que forçam o saco amniótico, ou a cabeça do feto -se as membranas estiverem rompidas-, contra o canal cervical. A segunda é o período expulsivo do feto, que é, também, auxiliado pelas contrações uterinas, e principalmente pela força fornecida pelo aumento da pressão intra- abdominal causado pela contração dos músculos abdominais. E a terceira e última etapa é a expulsão da placenta e das membranas fetais, que necessitam de contrações uterinas e é auxiliada pelo aumento da pressão abdominal.
Conforme vão ocorrendo contrações uterinas, a parte superior do útero de retrai, criando um lúmen estreito, enquanto a parte inferior se expande, proporcionando o direcionamento da força. Em geral, as contrações iniciam com intervalo de dez (10) minutos e vão ocorrendo com menor intervalo de tempo. Podem ocorrer com menos de um (1) minuto de intervalo e durar entre trinta (30) e noventa (90) segundos. Após isso o feto é totalmente expulso do útero materno e, agora, já pode ser denominado de criança.

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