Buscar

Gestão de Micro e Pequenas Empresas - Aulas

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

GESTÃO DE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
A disciplina Gestão de Micro e Pequenas Empresas contribuirá de uma forma excepcional para a formação acadêmica e profissional do aluno perante o curso, pois terá domínio quanto aos modelos e técnicas organizacionais de gerência administrativa e modelos de gestão.
Também terá o entendimento e domínio quanto à organização empresarial e sua evolução do modelo de gestão empresarial: novas estratégias, processos e comportamento diante dos novos paradigmas.
E, por fim, o aluno conhecerá a realidade da pequena empresa; a estratégia versus a microempresa; o processo de criação de pequenos negócios e os quesitos mais importantes da administração da pequena empresa acompanhando as tendências mercadológicas.
Aula 01: Empreendedorismo na micro e pequena empresa
Objetivos:
- Identificar e ser capaz de explicar e utilizar as seguintes ideias: empreendedorismo, empresa, indicadores de desempenho da empresa de sucesso, papel do empreendedorismo como administrador geral da empresa e atividades de alta alavancagem.
Esta aula tem como objetivo principal explicar o conceito de empreendedorismo, as suas vantagens e desvantagens, e que ferramentas são necessárias para se identificar ações de empreender.
Como o empreendedorismo no Brasil vem acontecendo. 
Buscaremos uma reflexão quanto à realidade do que é uma empresa, como as empresas se classificam e se o espírito de empreendedor estaria ligado ao sucesso de empresas ou não.
A pessoa que assume o risco de começar uma empresa é um empreendedor.
Perfil do empreendedor: criatividade e capacidade de implementação; disposição para assumir riscos; perseverança e otimismo; senso de independência.
Empreendedor é uma palavra que vem do latim imprendere, que significa “decidir realizar tarefa difícil e laboriosa” (Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2001), “colocar em execução” (Dicionário Aurélio, 1975). Tem o mesmo significado da palavra francesa entrepreneur, que deu origem à inglesa entrepreneurship. Esta última é utilizada para designar o comportamento do empreendedor.  De acordo com pesquisa, essa referência é de 2001 (como está nos exercícios), e não de 2011 (como está aqui).
Muitas das pessoas mais prósperas do mundo começaram a vida como pequenos empreendedores, virtualmente do zero. Pessoas como Henry Ford e Bill Gates foram além da criação de empresas. Eles transformaram a tecnologia, o modo de fazer negócios e a própria sociedade. Não apenas se tornaram prósperos, mas também trouxeram a prosperidade para muitos outros.
Essas pessoas são muitos visíveis, mas o mundo dos negócios é feito de grandes corporações e de uma enorme quantidade de pequenos empreendedores. Os empreendedores, sejam eles acionistas de grandes corporações ou proprietários de pequenos negócios, pagam impostos, salários, juros, aluguéis e suprimentos, gerando e distribuindo riqueza e aumentando o padrão e a qualidade de vida.
Padrão de vida – O padrão de vida refere-se à quantidade de bens e serviços que as pessoas podem comprar com o dinheiro de que dispõem.
Qualidade de vida – Qualidade de vida é o bem-estar geral da sociedade, medido em termos de liberdade política, educação, saúde, segurança ou ausência de violência, limpeza e proteção do ambiente, lazer e outros fatores que contribuem para o conforto e a satisfação das pessoas. 
Quanto mais riqueza as empresas criam, mais aumentam o padrão e a qualidade de vida. Não surpreende que as sociedades com padrão e qualidade de vida mais altos do mundo sejam aquelas em que o empreendedorismo é mais ativo.
Ter a liberdade de enfrentar uma situação difícil e testar as próprias competências, esperando uma recompensa que não depende de outros são algumas vantagens de espírito empreendedor.
Vantagens: Autonomia, desafio e controle financeiro.
Desvantagens: Sacrifício pessoal, sobrecarga de responsabilidades e pequena margem de lucro.
Apesar das dificuldades, como poucas linhas de crédito e a falta de financiamento, que, em muitos casos, impedem a realização do negócio, dos juros e tributos altos, além de pesadas obrigações trabalhistas, o Brasil apresenta algumas perspectivas positivas em relação ao empreendedorismo.
Desde alguns anos atrás, foram criados órgãos e iniciativas de apoio ao empreendedor, como o Sebrae, as fundações estaduais de amparo à pesquisa, as incubadoras de novos negócios e as escolas superiores, que têm oferecido cursos e outros tipos de programa sobre o empreendedorismo.
O que é uma empresa?
Uma empresa é uma iniciativa que tem o objetivo de fornecer produtos e serviços para atender a necessidade de pessoas, ou de mercados e, com isso, obter lucro. Para obter lucro e atender o compromisso com sua prosperidade, o empreendedor precisa adquirir recursos, estruturar um sistema de operações e assumir um compromisso com a satisfação do cliente.
Uma empresa é um sistema de recursos. As pessoas são o principal recurso das empresas e de todos os tipos de organizações. Em essência, as empresas são grupos de pessoas que usam recursos materiais, como capital, espaço, instalações, máquinas e equipamentos, e recursos intangíveis, como tempo e conhecimento.
Como funciona uma empresa:
Classificação das empresas pelo porte:
Microempresas: De acordo com o Artigo 1 do Decreto 5.028, de 31 de março de 2004, a microempresa pode ser definida como a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que tiveram receita bruta anual igual ou inferior a R$ 433.755,14. No texto original da lei, esse valor era diferente, mas nesse mesmo texto já está prevista a atualização desses valores de acordo com o IGP-DI acumulado ou por um índice oficial que venha a substituí-lo.
Pequenas empresas: Ainda de acordo com o decreto citado, empresa de pequeno porte é a pessoa jurídica e a firma mercantil individual que, não enquadradas como microempresas, tiveram receita bruta anual superior a R$ 433.755,14 e igual ou inferior a R$ 2.133.222,00.
Empresas de médio porte: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) classifica como empresa de médio porte aquela cuja receita operacional bruta anual é superior a 10,5 milhões de reais e inferior a 60 milhões de reais. Já o Sebrae classifica como empresa de médio porte as indústrias que empregam entre 100 e 499 empregados e as empresas comerciais e prestadoras de serviço que empregam entre 50 e 99 empregados.
Empresas de grande porte – O BNDES classifica como empresa de grande porte aquela cuja receita operacional bruta anual é superior a 60 milhões de reais. Já o Sebrae classifica como empresa de grande porte as indústrias que empregam acima de 499 funcionários e as empresas comerciais e prestadoras de serviço que empregam acima de 99 funcionários.
Há alguns anos, o Governo Federal vem dando apoio aos empreendimentos de micro e pequeno porte. Por meio da Lei 9.841, de 05 de outubro de 1999, instituiu o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que dispõe sobre o tratamento jurídico diferenciado, favorecido e simplificado nos campos administrativo, tributário, previdenciário, trabalhista, creditício e de desenvolvimento empresarial.
As diferenças nas classificações devem-se ao fato de que as micro e pequenas empresas são definidas em lei, e as empresas de médio e grande porte são classificadas de acordo com critérios de outros órgãos, como o BNDES e o Sebrae.
O BNDES classifica as empresas de acordo com uma visão financeira e creditícia, dando mais ênfase à renda bruta auferida em determinado período.
Já o Sebrae faz a classificação do ponto de vista do tamanho, focalizando a quantidade de empregos gerados e a evolução da empresa.
Organizações informais ou pequenos negócios informais – Embora o objetivo desta aula seja a empresa formal – aquela que executa atividades lícitas em base regular e acata as regulamentações quanto ao funcionamento do estabelecimento, como o registro de empregados, o pagamento de impostos e taxas, entre outras, a empresa informal não pode ser ignorada em nenhuma discussão sobre o empreendedorismo.
A informalidade pode ser definida como a execução de atividades empresariais lícitas de forma irregular, caracterizada pelo não cumprimento de regulamentação.
Os principais tipos de regulamentações consideradas dizem respeito a impostos e taxas, relações com empregados e comercialização de serviços e produtos.
Em muitos casos, a conversão para a formalidade inviabilizaria o negócio e provocaria seu desaparecimento. São empreendedores que vivem na informalidade:
O camelô, o free-lance (trabalhador por conta própria), a dona de casa que faz ovos de Páscoa para vender para os vizinhos e muitas outras pessoas e profissionais em situação semelhante.
Empresas de sucesso:
O sucesso de uma empresa é medido por meio de indicadores que se organizam em uma cadeia de causas e efeitos.
O indicador mais importante de sucesso é o desempenho financeiro, que depende da satisfação do cliente e da eficiência dos processos.
A satisfação do cliente depende da qualidade dos serviços e produtos, que depende, entre outros fatores, do desempenho das pessoas.
No final das contas, tudo depende da competência gerencial do empreendedor.
Desempenho Financeiro – O lucro é a medida básica de desempenho de qualquer negócio. É o montante de dinheiro que resta depois que todas as despesas foram pagas ou a diferença entre receitas e despesas. O lucro é determinante da satisfação do acionista.
Eficiência dos Processos – Eficiência significa produzir sem desperdiçar recursos. Uma empresa eficiente produz resultados sem desperdícios, portanto, com baixo custo. Isso permite praticar preços mais acessíveis para o cliente, gerando mais lucro para a empresa.
Qualidade dos produtos e serviços – Há muitas definições para a qualidade, relacionadas com a satisfação do cliente. Qualidade, segundo a perspectiva do cliente, abrange dois significados: qualidade de projeto e ausência de deficiências (ou ausência de defeitos).
A qualidade do projeto compreende as características do produto que atendem as necessidades ou os interesses do cliente e a ausência de deficiência nos produtos compreendem as falhas no cumprimento das especificações.
Desempenho das pessoas – Desempenho financeiro, eficiência, qualidade e todos os possíveis tipos de resultados dependem sempre do desempenho das pessoas, o qual depende de qualificação profissional e da qualidade de vida no trabalho.
Aula 02: Desenvolvimento de um novo negócio
Objetivos:
- Identificar o objetivo principal da utilização das ferramentas para diagnosticar e utilizar as seguintes ideias quanto a situações e modelos de: desenvolvimento de um novo negócio, avaliação de ideias de produtos e avaliação da oportunidade de comprar negócios existentes;
- Também irá identificar e reconhecer a realidade da pequena empresa;
- Irá relacionar a utilização das ferramentas que restam para diagnosticar e utilizar as seguintes ideias quanto a situações e modelos de: escolha do tipo de negócio, formalização do negócio e internacionalização da empresa.
Nesta aula, observaremos de onde surgem as oportunidades, novo negócio com base em novo conceito, novo negócio com base em conceito existente, fontes de oportunidades de negócios, necessidades dos consumidores, aperfeiçoamento do negócio, exploração de hobbies, derivação de ocupação e observação de tendências.
Além disso, veremos a questão das licenças, os fatores críticos para o sucesso de novos produtos e a questão da viabilidade de mercado, critérios para avaliar ideias de produtos e negócios, concorrência, viabilidade de produção, controle governamental e como projetar investimento inicial e retorno.
Estudaremos as diferenças entre tipos de empresa tradicional, empresa familiar, franquia, escritório doméstico (Home Office) e cooperativas. Veremos, ainda, a formalização de um negócio, como os procedimentos burocráticos, e também o nome empresarial (firma e denominação). Natureza jurídica (artesão, produtor rural, sociedade simples, sociedade empresária, sociedade limitada, sociedade por ações e sociedade estrangeira). Além disso, estudaremos a questão do negócio global. Atualmente, o mercado internacional é a fonte de oportunidades de crescimento para muitas empresas e não é mais exclusividade das grandes empresas.
Desenvolvimento de um novo negócio:
Muitas pessoas, ao andar pela cidade, podem apenas ver multidões, fachadas e anúncios, enquanto um empreendedor percebe o que está por trás disso: Fluxo de pessoas, vendas, movimentação de bens, faixas etárias e tipos de comércio, entre outras informações, sendo assim, capaz de identificar boas oportunidades.
As oportunidades estão associadas à criação de valor para as pessoas, e não necessariamente a preços baixos, pois se vale a pena, as pessoas pagam o preço que é pedido. Evidencia disso é a expansão do mercado do luxo.
Muitas empresas são iniciadas quando empreendedores desenvolvem ideias para novos produtos ou serviços. Na verdade, com frequência chegam ao mercado produtos e serviços, triviais ou criativos, com tecnologia de domínio público ou sem nenhuma especificação tecnológica, mas que nem por isso deixam de ser competitivos.
Mas de onde surgem as oportunidades?
As ideias de novos negócios nascem de muitas formas. O símbolo universal é a lâmpada que se acende. Thomas Edison teve a ideia de responder a um antigo anseio da humanidade e criou (na verdade, seus cientistas o fizeram) não apenas a lâmpada, mas também uma empresa chamada General Eletric. Um inovador e empreendedor, como ele, é capaz de transformar ideias em oportunidades de negócios.
Todas as fontes de ideias pertencem a duas categorias principais:
A criatividade do empreendedor;
O mercado, que, em seu sentido mais amplo, é o ambiente geral da sociedade.
Fontes de oportunidades de negócios:
Necessidades dos consumidores – O empreendedor potencial pode identificar carências e interesses das pessoas prestando atenção em suas reclamações, hábitos e traços culturais, entre outros, e, em seguida, interpretar esses comportamentos para desenvolver produtos e serviços.
Aperfeiçoamento do negócio – O aprimoramento de um negócio já existente também pode originar-se da observação das necessidades e insatisfações dos consumidores, bem como da avaliação contínua do negócio atual.
Exploração de hobbies – Um hobbie do potencial empreendedor poderá transformar-se em oportunidade de negócio, a partir do momento em que identificar suas possibilidades comerciais em algum segmento da sociedade.
Derivação de ocupação – Alguns empreendedores iniciam um negócio com base em sua atividade. Ao analisar sua ocupação e seu grau de sucesso ou insucesso, o empreendedor poderá desenvolver produtos e serviços em que sua experiência e seus conhecimentos são aproveitados.
Observação de tendências – As comunidades e a sociedade mudam constantemente. Em decorrência disso, os mercados e os consumidores também mudam. A observação da realidade permite a descoberta de novos mercados.
Fatores críticos para o sucesso de novos produtos:
O desenvolvimento de novos produtos sempre embute um alto nível de risco. Pequenas empresas ou empreendedores individuais, ao desenvolver novos produtos ou serviços, não enfrentam os entraves burocráticos das grandes empresas. A criatividade corre solta. No entanto, os recursos financeiros são escassos, muitas vezes insuficientes para financiar o desenvolvimento da ideia. Os riscos têm motivado estudos para identificar os fatores que fazem de um produto ou serviço um sucesso.
Os principais fatores-chave são apresentados no quadro a seguir:
	Fatores críticos para o sucesso de novos produtos
	Fator-chave
	Descrição
	Pesquisa adequada de marketing
	Muitas vezes desprezada pelo empreendedor, a pesquisa de marketing é crucial para evitar que o produto fracasse. Sua desvantagem é o custo alto. Um exemplo de pesquisa de marketing é o teste de um novo alimento nas entradas de teatro e cinema e nos supermercados.
	Atendimento de uma necessidade
	Requisito essencial do novo produto ou serviço é ser realmente necessário
para os consumidores. Frequentemente uma incógnita para o empreendedor.
	Grande vantagem do produto
	O produto deve ser superior aos concorrentes em atributos como qualidade, aparência, tecnologia e praticidade.
	Qualidade e preço adequado no lançamento
	Se o produto tiver pouca qualidade ou preço elevado demais quando lançado, dificilmente o consumidor irá procurá-lo novamente.
	Escolha dos canais corretos de distribuição
	Uma decisão crítica relacionada com novos produtos envolve os canais de distribuição. A definição dos locais de venda e da forma de fazer o produto chegar aos clientes é determinante do sucesso.
Avaliação de ideias de produtos:
Seja qual for a origem da ideia ou oportunidade, nenhuma delas é garantia de sucesso, de riqueza e muito menos de perenidade.
Há muitos aspectos a considerar e planejar entre o surgimento de uma ideia e a criação de um negócio. Em certos casos, o empreendedor acredita mais na ideia do que na necessidade de fazer qualquer espécie de avaliação e tem os recursos para correr todos os riscos. De forma geral, no entanto, é recomendável uma avaliação da viabilidade e dos riscos do empreendimento.
Alguns dos aspectos a serem incluídos na avaliação de uma oportunidade são analisados no seguinte quadro:
Aquisição de um negócio existente:
Menos inovador, mas não menos empreendedor, é aquele que compra um negócio existente sem planos de mudar as operações correntes. Para tomar a decisão mais acertada, o empreendedor deve analisar as vantagens e desvantagens desse tipo de operação.
Em seguida, alguns pontos a favor e contra a compra de um negócio existente serão analisados por você no seguinte quadro.
Tipos de Empresa:
Escolher o tipo de empresa significa definir o formato do empreendimento, que pode ser uma empresa propriamente dita ou uma alternativa. As principais possibilidades são:
Empresa Tradicional – é a entidade econômico-administrativa, que tem finalidade econômica, ou seja, tem lucro como objetivo, por meio de atividades de transformação e fornecimento de bens e serviços, como comércio, indústria, agricultura, pecuária, transportes, telecomunicações, turismo, educação, e assim por diante.
Empresa Familiar – variante da empresa tradicional, a empresa familiar é uma iniciativa que tem o objetivo de melhorar a condição socioeconômica de uma família. Tanto no caso da empresa tradicional (individual) quanto da familiar, a transição para os descendentes costuma ser um dos grandes problemas.
Franquia – ou franchising empresarial é o sistema pelo qual um franqueador cede a um franqueado o direito de uso da marca ou patente, associado ao direito de comercialização exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços. O franchising oferece algumas vantagens e desvantagens, tanto para o franqueador quanto para o franqueado.
Escritório doméstico (Home Office) – o escritório doméstico (ou Home Office) é o trabalho profissional realizado em casa. É uma opção atrativa para o inicio de micro e pequenas empresas, já que representa considerável economia de custos em relação a outras possibilidades. Essa irreversível tendência mundial cria grandes oportunidades para os escritórios domésticos, em especial nos seguintes setores: contabilidade; cosméticos; alimentos; confecções; publicidade e computação gráfica; consultoria em todas as áreas.
Cooperativas – é a sociedade de pessoas com forma e natureza jurídica própria, de natureza civil, não sujeita a falência, constituída para prestar serviços a seus associados (número mínimo de 20 pessoas físicas). É uma empresa com dupla natureza, que privilegia o lado econômico e o social de seus associados. O cooperado é, ao mesmo tempo, dono e usuário da cooperativa: como dono, administra a empresa e, como usuário, utiliza os serviços.
Formalização de um negócio: a abertura (ou registro) de uma empresa compreende os procedimentos burocráticos necessários para a formalização de um empreendimento.
O registro de uma empresa varia de acordo com a região onde ela se encontra e depende do tipo de sociedade que será constituída. No Brasil, é um processo extremamente demorado, que toma muitos dias. Em países de primeiro mundo, é possível abrir uma empresa em poucos dias.
A lista de exigências é extensa. Além de operações básicas, como solicitação de alvarás, licenças, livros ou documentos em diversos órgãos, há, em certos casos, necessidade de um profissional habilitado responsável, com o devido registro no conselho regional de sua categoria. Há muitos sites na internet que fornecem roteiros para a formalização de um negócio.
O nome empresarial pode ser de dois tipos:
Firma – é o nome utilizado pelo empresário, pelas sociedades em nome coletivo, de capital e indústria e em comandita simples (que possui sócios com responsabilidade solidaria e sócios cotistas). Opcionalmente, pode ser utilizado pelas sociedades por cotas de responsabilidade limitada e em comandita simples. A firma só pode ter como base nomes civis dos sócios ou de apenas um sócio acrescido do termo “e Cia”, sendo permitida no final a utilização de uma expressão que identifique o objeto da empresa, como, por exemplo, ”Andrade & Xavier Componentes Eletrônicos Ltda.”.
Denominação – é o nome utilizado pelas sociedades anônimas e cooperativas e, em caráter opcional, pelas sociedades limitadas e em comandita por ações. A denominação pode ser composta por um nome civil, sem fazer menção ao nome de alguns dos sócios ou a qualquer nome civil, como, por exemplo, “Tecelagem Ômega Ltda”.
Natureza Jurídica:
Artesão – a figura do artesão ainda não é um conceito claramente definido. Entende-se que o artesão não é propriamente um empresário, mas sim um trabalhador autônomo. De acordo com o artigo 7 do Regulamento do Imposto de Produtos Industrializados, produto de artesanato é aquele proveniente de trabalhos manual realizado por pessoa natural, nas seguintes condições: (1) o trabalho não conta com o auxilio ou a participação de terceiros assalariados. (2) o produto é vendido ao consumidor diretamente ou por intermediário de entidade de que o artesão faça parte ou pela qual seja assistido.
Produtor rural – é a pessoa física, natural, que explora a terra visando à produção vegetal e/ou animal e também à industrialização artesanal desses produtos primários – produção agroindustrial. O produtor, que faz dessa atividade sua profissão principal, pode requerer sua inscrição no registro Público de Empresas Mercantis. A lei assegura tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural quanto à inscrição a aos efeitos daí decorrentes.
Sociedade simples – formada por pessoas que exercem profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo se contar com auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento da empresa. A sociedade simples é considerada pessoa jurídica. Por exemplo: dois médicos se unem e constituem um consultório médico.
Sociedade empresária – é aquela que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, constituindo elemento da empresa. A sociedade empresaria é considerada pessoa jurídica e tem registro na Junta Comercial de seu respectivo estado. Por exemplo: duas ou mais pessoas se unem para constituir uma empresa cuja atividade será comércio varejista de suprimentos de informática, oferecendo, ainda, a prestação de serviços de manutenção.
Sociedade limitada – a responsabilidade dos sócios é restrita ao valor de suas cotas – o capital social está dividido em cotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
Sociedade por ações – o capital social é dividido em ações. Cada sócio responde somente pelo preço de emissão das ações que adquiriu. O conceito de “sociedades por ações” engloba tanto as sociedades anônimas quanto as comanditas por ações. As principais peculiaridades das sociedades em comandita por ações são: (1) somente
acionistas podem ocupar cargos de gerência e diretoria, sendo nomeados pelo estatuto, e (2) não podem lançar títulos no mercado de valores mobiliários. As sociedades anônimas têm seu tipo societário regulado por uma legislação específica, a Lei 6.404/76, alterada pela Lei 10.303/2001. As sociedades em comanditas por ações estão previstas nos artigos 1.090 a 1.092 do código civil de 2002.
Sociedade estrangeira – empresa constituída e organizada em conformidade com a legislação de seu país de origem, onde também mantém sua sede administrativa. Necessita de autorização do Poder Executivo, solicitada por meio de requerimento dirigido ao Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, protocolado no Departamento Nacional de Registro de Comércio (DNRC).
Negócio Global:
Ampliar as operações da empresa para o âmbito internacional parecia algo distante para muitas empresas há pouco tempo.
No entanto, os avanços tecnológicos e diplomáticos e o desenvolvimento dos meios de comunicação e de transporte possibilitaram às empresas de pequeno porte atuar no mercado global com certa facilidade.
Atualmente, o mercado internacional é a fonte de oportunidades de crescimento para muitas empresas e não é mais exclusividade das grandes empresas que já têm presença marcante no mercado nacional.
São duas as atividades básicas que uma empresa pode realizar em nível internacional: (1) comercializar bens e serviços entre países. (2) investir em outros.
O comércio internacional ocorre quando as empresas e consumidores compram e vendem bens e serviços ao redor do mundo.
Importação – É a aquisição de produtos e serviços estrangeiros. O objetivo de importar produtos que são conhecidos no mercado interno é aproveitar suas vantagens comparativas.
Exportação – É venda de produtos e serviços nacionais para os consumidores de outros países. Há várias razões para a busca de mercados no exterior: estratégia de crescimento; possibilidade de utilização da capacidade produtiva ociosa; oportunidade de participar da impressionante taxa de crescimento econômico de certos países, como China e Índia; diversificação de mercados entre outras.
Além de comercializar produtos entre países distintos, uma empresa pode tornar seu negócio global mantendo parte de suas atividades operacionais em outros países, ou seja, implantando seus métodos de produção, manufatura ou operação em diversos países, tornando-se uma empresa multinacional.
Investir em outros países pode ser também uma saída para reduzir os custos de exportação. São diversas as formas de investimento internacional. Além do licenciamento e da franquia, já estudados, o ingresso no mercado internacional pode ocorrer por meio de joint ventures e companhias subsidiárias.
Joint Ventures – É um acordo entre duas empresas, de países diferentes, que formam uma parceria, com um objetivo comum de negócio. Essas duas empresas dividirão os custos de desenvolvimento de produto, implantação de fábricas e instalações, administração e controle das operações.
Companhias subsidiárias – Subsidiárias ou filiais são empresas criadas ou compradas em outros países, com investimento de capital próprio. A matriz tem controle total sobre a subsidiária e seus resultados. Quando há dificuldade em criar uma filial em outro país, devido aos problemas de adaptação com a cultura do novo mercado, o caminho pode ser a compra de uma empresa já existente.
Aula 03: Estratégia e Plano Estratégico
Objetivos:
- Identificar a compreensão dos conceitos básicos mais importantes e o domínio das ferramentas inerentes quanto ao planejamento, à estratégia, ao planejamento estratégico e à implementação da estratégia;
- Reconhecer a utilização das ferramentas para se diagnosticar as situações e os modelos, para estimar a viabilidade ou não da empresa;
- Relacionar também habilidades e atitudes que possibilitem identificar quais as melhores estratégias necessárias para o desenvolvimento da empresa e o controle da estratégia.
O sucesso de um novo negócio depende muito de planejamento. Planejar consiste em tomar três tipos de decisões:
Definir o objetivo (ou objetivos);
Definir um ou mais cursos de ação;
Definir meios de execução.
A estratégia define a direção da empresa e a forma de competir com outras empresas.
O planejamento de uma estratégia é uma etapa dentro de uma cadeia de meios e fins.
Planejamento estratégico é o processo de tomar decisões sobre a estratégia da empresa.
Para ser colocada em prática, a estratégia desdobra-se em outros planos e meios.
Assim, o negócio escolhido, os objetivos, as vantagens competitivas e outros cursos de ação irão caracterizar a estratégia da empresa.
Veremos os principais e como fazer a implementação, o acompanhamento e o controle da estratégia.
Você já deve ter lido que o sucesso de um novo negócio depende muito de planejamento. Mas, o que é planejamento?
Peter Drucker (1962) disse que a finalidade do processo de planejamento é enfrentar a incerteza do futuro. Na verdade, apenas uma parte do futuro é incerta ou desconhecida. Outra parte é conhecida e previsível. Os dois tipos de situação exigem preparação, ou a empresa será atropelada pelos acontecimentos.
Planejar consiste em tomar três tipos de decisões:
Definir o objetivo (ou objetivos) – qual situação deverá ser alcançada;
Definir um ou mais cursos de ação – caminhos para atingir o objetivo;
Definir meios de execução – previsão dos recursos necessários para realizar o objetivo.
As decisões desse tipo que afetam o futuro da empresa no longo prazo são decisões de planejamento estratégico.
A estratégia define a direção da empresa e a forma de competir com outras empresas.
Planejamento estratégico é o processo de tomar decisões sobre a estratégia da empresa.
Todas as empresas têm estratégia e planejamento estratégico, de forma explícita ou implícita.
Quando o empreendedor decide iniciar um negocio, a partir de uma ideia de produto ou serviço, já está fazendo planejamento estratégico. De fato, a base do processo de planejamento estratégico é a escolha de um negócio – um produto ou um serviço destinado a um mercado ou a um cliente.
Processo de elaboração de um Plano Estratégico:
Defina sua missão e entenda sua situação estratégica (Onde estamos?) – O processo de planejar a estratégia começa com a definição do negócio da empresa: os produtos e serviços e os mercados e clientes. A missão é o objetivo mais abrangente da empresa. O negócio ou missão é o coração da empresa e do planejamento estratégico.
Analise o mercado da empresa para identificar as ameaças e as oportunidades – Concorrência, compradores – as ameaças e as oportunidades do mercado devem ser objetos de constante preocupação de um empresário. O mercado é apenas uma parte do ambiente, que compreende a conjuntura econômica, a ação do governo, as mudanças tecnológicas e muitos outros fatores que o empreendedor deve monitorar. Quanto mais complexos esses fatores ou mais rápida sua mudança, mais atento o empresário deve estar.
Faça o diagnóstico da empresa para avaliar seu desempenho e encontrar seus pontos fortes e fracos, com os quais você pretende enfrentar as ameaças e aproveitar as oportunidades – No diagnóstico organizacional, avalie o desempenho da empresa e identifique os pontos fortes e fracos que você tem para enfrentar o mercado. Procure-os nos recursos, nas fontes de desperdício, nos motivos de insatisfação dos funcionários, nas opiniões dos fornecedores e nas reclamações dos clientes. As principais análises são: desempenho financeiro, participação dos clientes no faturamento, participação dos produtos e preços no faturamento, participação no mercado, pontos fortes e fracos.
Defina suas estratégias (Para onde devemos ir?) – Repetindo, a estratégia representa a escolha da direção que a empresa toma. As estratégias de uma empresa combinam decisões sobre (a) a missão, ou os produtos e serviços que ela oferece a determinados clientes e mercados, (b) os objetivos de desempenho a serem alcançados e (c) as vantagens competitivas que
ela pretende ter sobre seus concorrentes. Os objetivos estratégicos definem os resultados desejados para a empresa no longo prazo. Eles abrangem áreas do desempenho, como: posição no mercado, volume de negócios, inovação, responsabilidade social e imagem na comunidade, competências dos recursos humanos, valor e eficiência dos recursos físicos, investimentos e resultados financeiros globais, entre outros. Para superar a concorrência, você precisa de vantagens competitivas. Estas são a essência da estratégia, são os atributos que fazem um produto, serviço ou empresa ter a preferência dos clientes e sucesso sobre os concorrentes.
O negócio escolhido, os objetivos, as vantagens competitivas e outros cursos de ação caracterizam a estratégia da empresa. A estratégia varia de uma empresa para outra.
Alternativas estratégicas:
Algumas se dedicam a um único negócio; outras têm diferentes unidades de negócios.
Algumas gostam de arriscar e exploram novos negócios ou enfrentam agressivamente os concorrentes; outras são cautelosas e evitam o risco e o confronto.
Algumas procuram ter e projetar forte identidade própria; outras preferem o anonimato e trabalhar com produtos absolutamente iguais aos dos concorrentes.
Algumas querem ser pioneiras; outras preferem ser seguidoras.
Felizmente, diversos autores estudaram e catalogaram as estratégias empresariais genéricas, assim chamadas porque se aplicam a qualquer empresa. Avalie essas alternativas de estratégias, descritas a seguir, para decidir as mais adequadas para a sua empresa:
	Um catálogo de estratégias genéricas
	Estratégias competitivas de Poder
	Foco – estratégia de nicho ou concentração
	Produtos ou serviços
	
	
	Grupos de clientes
	
	
	Mercados geográficos
	
	Diferenciação – projeção de forte identidade própria
	
	Liderança do custo – produto ou serviço de menor preço
	Estratégias de crescimento de Ansoff
	Penetração no mercado – exploração de mercados existentes com produtos existentes
	
	Desenvolvimento de mercado – exploração de novos mercados com produtos existentes
	
	Desenvolvimento de produto – exploração de mercados existentes com novos produtos
	
	Diversificação – exploração de novos mercados como novos produtos
	Inovação
	Liderança do processo de criação de novos produtos
	Oportunidade
	Aproveitamento de determinadas situações ou produtos
	Estabilidade
	Manutenção do nível de desempenho atual
	Redução de despesas
	Diminuição de custos e eliminação de desperdícios
	Reação
	Ação dependente do comportamento dos concorrentes
	Cooperação
	União de forças com os concorrentes
Como outras empresas, a sua pode fazer uma combinação de diferentes alternativas. Mas, atenção: não há uma lista exaustiva de todas as estratégias possíveis. Na verdade, não há receitas. As estratégias resultam de criatividade, e não de procedimentos formais.
Estratégias competitivas de Portes – foco, diferenciação e liderança de custo.
Estratégias de crescimento – Penetração de mercado, desenvolvimento de mercado, desenvolvimento de produto e diversificação.
Outras estratégias genéricas – Inovação, estratégia da oportunidade, estratégia da estabilidade, estratégia da redução de despesas, reação e cooperação.
Outras vantagens competitivas que qualquer empresa pode desenvolver como parte de estratégia – Qualidade de projeto e ausência de deficiências, eficiência e baixo custo das operações e dos recursos, disponibilidade e desempenho da assistência técnica ou serviços pós-venda.
Implementação da estratégia:
O planejamento de uma estratégia é uma etapa dentro de uma cadeia de meios e fins. Para ser colocada em prática, a estratégia desdobra-se em outros planos e meios. Os principais são:
Estrutura organizacional – Alfred Chandler (1962) popularizou o princípio de que “a estrutura segue a estratégia”. A estrutura permanente, desenhada no organograma, com suas unidades de negócios e áreas funcionais, é o retrato da estratégia explícita ou implícita;
Planejamento nas áreas funcionais – para realizar objetivos estratégicos, a organização escolhe deferentes cursos de ação. Aqueles que colocam em prática a estratégia corporativa são planejados e executados pelas áreas funcionais da organização;
Políticas – são decisões programadas que orientam outras decisões no dia a dia da administração. As estratégias relacionam a empresas com o ambiente, enquanto as políticas coordenam as pessoas, as atividades e as decisões dentro da organização, para que as estratégias possam ser realizadas. As políticas refletem os objetivos estratégicos e orientam os gerentes e os demais funcionários em situações que exigem decisão e julgamento. De forma geral, as políticas focalizam o comportamento das áreas funcionais e as relações da organização com seus funcionários, clientes, competidores ou qualquer outro aspecto de sua atuação;
Planos operacionais – ao lado das políticas e dos planos funcionais, todos os tipos de planos operacionais são instrumentos para a implementação da estratégia. Cronogramas, decisões, orçamentos e outros tipos de planos, como normas e procedimentos, corporativos e funcionais, são todos reflexos de decisões sobre o futuro, que procuram colocar em prática as estratégias explícitas e implícitas
Projetos – são atividades temporárias, com começo, meio e fim programados, que têm como objetivo fornecer um produto singular. O resultado de um projeto pode ser um produto físico, como uma nova fábrica, um conceito, como um novo sistema de informações, ou um evento, como os Jogos Olímpicos. Muitos projetos são combinações desses três tipos de produtos.
A formulação e a implementação da estratégia são complementares pela atividade de monitoramento.
O monitoramento consiste em acompanhar e avaliar a execução da estratégia. Ele deve ser feito com base nos mesmos indicadores utilizados para elaborar o plano estratégico – os pontos estratégicos de controle devem focalizar os objetivos estratégicos.
Aula 04: Entendendo a Globalização
Objetivos:
- Identificar a análise do ambiente estratégico externo quanto às questões de globalização, levando-se em conta o regionalismo;
- Verificar, também, numa visão mais ampla conhecendo melhor as potências emergentes da atualidade: Índia e China;
- Experimentar como implementam, acompanham e controlam a estratégia no ambiente de globalização;
- Compreender a mudança demográfica no cenário da globalização.
Não podemos mais negar a importância da globalização, as suas características e as oportunidades de novos negócios que ela pode trazer junto aos novos negócios que vão surgindo por conta deste novo cenário mundial, onde não existe mais interior no mundo.
Questões como: Globalização: como força política, econômica, social e tecnológica; Regionalismo: como um ponto de partida no caminho rumo a uma economia global; Potências Emergentes: Índia e China: atritos e reações contrárias à globalização, à terceirização, ao ambiente, às questões sociais e às implicações estratégicas e demográficas.
Assim, as melhores oportunidades por conta da inevitável globalização serão aquelas que os países que identificarem esse cenário poderão obter vantagens competitivas para alavancar os seus resultados e garantir maior participação de mercado.
Mudanças no ambiente econômico, político e sociocultural, que geralmente fogem ao controle de qualquer organização individual, podem ter um efeito profundo no sucesso de uma empresa. A globalização tem aumentado a interdependência entre as principais economias mundiais e intensificado a concorrência em muitos setores.
A globalização como força política, econômica, social e tecnológica parece incontrolável. Embora fronteiras entre países e regiões tenham significados políticos, elas desapareceram por completo no mapa competitivo global.
Quando falamos em “globalização”, é importante discutir os termos que a definem. Os economistas dão destaque ao comércio e consideram o fluxo livre de capital como base de definição.
Uma caracterização
diferente da globalização está centrada no fluxo de tecnologia avançada e de informação em tempo real como aspectos importantes da moderna economia mundial.
Outros ainda apontam para a crescente influência de atores não estatais em relação àquela dos estados nacionais, sejam eles organizações não governamentais (ONGS), corporações multinacionais ou organizações supranacionais.
Existem, também, inúmeras caracterizações religiosas e culturais.
O comércio e os investimentos nos países aumentaram e a livre iniciativa começou a florescer em escala mundial, assim pondo em movimento a globalização econômica, a globalização tecnológica e a globalização psicológica.
Regionalismo: A globalização ainda é, em grande parte, um trabalho inacabado. O comércio e os investimentos estrangeiros entre os chamados países da tríade – Estados Unidos, União Europeia e Japão – ainda respondem pela maior parte da atividade econômica global, e mais de quatro quintos das 500 maiores empresas de capital aberto ainda estão sediados na tríade.
Alguns analistas veem o regionalismo como um ponto de partida em direção a uma economia verdadeiramente global; outros argumentam que ele é simplesmente um substituto para as “soluções reais” dos problemas e pressões criados pelo processo de globalização.
Se esse último argumento for verdadeiro, o regionalismo pode, de fato, aumentar tensões à medida que países e sociedades “semelhantes” criem estruturas econômicas e políticas que sejam difíceis de mudar posteriormente. Isso sinalizaria também que o livre comércio em escala global provavelmente não se tornaria uma realidade num futuro próximo.
Potências emergentes: Índia e China:
Na segunda metade do século XX, o Japão ganhou proeminência econômica. 
Hoje, a Índia e a China estão no limiar de um avanço semelhante.
O PIB da Índia tem registrado um crescimento anual de mais de 5% nos últimos cinco anos, e, segundo algumas medidas, a economia da China já é maior que a da Alemanha.
Na Índia, os investimentos estão crescendo; há um afluxo de capital externo e de tecnologia, uma concorrência no estilo ocidental está se estabelecendo e a intervenção estatal está diminuindo. A Índia tornou-se o país de escolha para desenvolvimento de software e para prestação de muitos outros serviços para empresas ocidentais e asiáticas.
A China tornou-se o país preferido para atividades de manufatura. Sua imensa população proporciona uma oferta contínua de mão de obra barata. Ao abrir amplamente suas portas aos investimentos estrangeiros, ao enfatizar a formação de tecnólogos e ao proporcionar grandes incentivos à transferência de tecnologia, a China combinou mão de obra barata com tecnologia para criar uma importante vantagem competitiva global. E já é o maior parceiro comercial do Japão, da Coreia e de muitas outras economias-chave da Ásia.
Atritos e reações contrárias à globalização: a história raramente avança em linha reta. Não é surpresa, portanto, que haja atritos e reações contrários à força da globalização. Há cerca de uma geração, os sociólogos começaram a chamar nossa atenção para conceitos como “aldeia global”. Eles notaram que, à medida que o ritmo da globalização se acelerava, as pessoas sentiam mais necessidade de um senso de identidade, e previram que a crescente pressão exercida pelo fluxo global de informações e a disponibilidade mundial de produtos e serviços criariam conflitos culturais. Isso explica, por exemplo, o aumento do interesse pela religião ao redor do mundo na última década.
Terceirização: terceirizar para países de menor custo deixou muitas pessoas preocupadas e gerou leis protecionistas em diversos estados norte-americanos. Na verdade, a terceirização não é apenas incontrolável, mas essencialmente saudável para a economia norte-americana. Ela estimula a eliminação de cargos poucos produtivos e a criação de outros mais sofisticados, ajudando os Estados Unidos a manter seu foco na inovação e na liderança econômica global. A terceirização para o mundo em desenvolvimento de processos empresariais fundamentais sinaliza que empresas multinacionais estão se tornando verdadeiramente globais. Vista sob este ângulo, a mudança do trabalho técnico para o exterior é apenas o próximo passo do processo de globalização.
O ambiente: outra reação contrária é o aumento da preocupação com as questões ambientais. O aquecimento global é cada vez mais visto como uma das maiores ameaças enfrentadas pelo planeta. Existem provas convincentes, por exemplo, de que a queima de combustíveis fósseis está causando um aumento da temperatura global. Entretanto, o ritmo exato desse aquecimento e seu amplo escopo de causas permanecem incertos. Seu provável custo é substancial: produtores rurais não conseguirão usar algumas terras, o custo de aquecimento e refrigeração das casas e escritórios aumentará e teremos de lidar com as consequências, a elevação do nível dos mares, os danos às fontes de água potável, as ondas de calor, o desflorestamento e o aumento da destruição da camada de ozônio.
Questões sociais: a preocupação com a justiça social e a participação econômica também está aumentando. Os economistas advertem sobre a crescente desigualdade de renda – tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento – como uma possível causa de comoção social. A remuneração está cada vez mais associada ao desempenho do trabalhador, e apenas as pessoas com as qualidades certas – aquelas que conseguem acompanhar o ritmo acelerado da mudança e do progresso tecnológico são valorizadas.
Medindo a globalização: a revista Foreign Policy criou um índice de globalização que mede os laços globais de diferentes países, desde investimentos externos diretos a viagens internacionais, tráfego telefônico, servidores de internet e muitas outras variáveis. O índice rastreia mudanças em 62 economias avançadas e mercados emergentes importantes para traçar um quadro da globalização em todas as regiões do mundo. Mais detalhes, confira nas páginas 42 e 43 de seu material impresso referente a essa aula.
Globalização: implicações e estratégias – embora há 20 anos pouquíssimas empresas pudessem ser chamadas de globais, hoje em dia praticamente todas são afetadas pela globalização. A maturidade de muitos mercados ocidentais forçou as empresas a se expandirem além dos limites do mundo desenvolvido para áreas com maior potencial, que carregam um risco muito maior do que aquele com o qual elas estão acostumadas. Uma maior participação nos mercados internacionais significa aventurar-se em outras culturas, frequentemente desconhecidas, lidar com deferentes agências e estruturas regulatórias, e expor-se a um nível mais elevado de riscos políticos e monetários.
Mudança demográfica:
Mudanças demográficas resultantes de melhorias na saúde pública e na assistência médica assumirão uma maior importância estratégica como fatores determinantes de fluxos globais financeiros e de produtos.
Com taxas de natalidade crescente e de mortalidade infantil decrescente, a população dos países em desenvolvimento está se tornando mais jovem.
Em contraste, a população está envelhecendo aceleradamente nos países ricos. Estima-se que a proporção de idosos crescerá consistentemente nas próximas décadas.
As implicações dessas mudanças demográficas são extensas. Ganhar o apoio da população mais velha será um imperativo político em todo país desenvolvido; pensão, assistência médica e benefícios de aposentadoria já se tornaram questões eleitorais importantes. Há, também, um crescente debate sobre a necessidade da imigração como forma de manter o índice populacional e a força de trabalho. Juntas, essas duas questões estão transformando o cenário político de todos os países desenvolvidos.
Os mercados do mundo desenvolvido foram amplamente moldados pelos valores, hábitos e preferências da população mais jovem. Entretanto, há forte evidência de que esteja surgindo um mercado acima dos 50 anos, com alto potencial de lucratividade para um crescente número de produtos e serviços.
Nos serviços financeiros,
essa divisão já ocorreu. As pessoas com menos de 45 anos – com uma perspectiva de longo prazo e um perfil de risco diferente dos aposentados – têm objetivos distintos daquelas acima dos 50 anos, que estão interessadas, principalmente, em fundos mútuos e renda vitalícia.
Da mesma forma, as pessoas mais velhas consomem uma proporção maior de serviços e intangíveis, enquanto os mais jovens preferem comprar produtos mais tangíveis.
Aula 05: A tecnologia e a nova economia do conhecimento
Objetivos:
- Identificar como a revolução tecnológica impulsionou a mudança de uma economia focada na produção de bens físicos, movida a conhecimento e a ideias;
- Verificar como a nova economia do conhecimento se difere da economia tradicional em vários aspectos importantes;
- Relacionar como a estratégia versus pequena empresa tem muito a ganhar;
- Compreender que o jogo hoje não é mais reter informação, e sim trocar a informação.
Não faz muito tempo, a internet ainda era um sonho. A tecnologia está mudando a qualidade de vida das pessoas. É preciso buscar uma reflexão no ambiente dos negócios para se descobrir qual é esse impacto.
Com isso, a nova economia do conhecimento se difere da economia tradicional em vários aspectos importantes, e fica a indagação:
A nova economia não é governada pelas leis da escassez?
O efeito da localização é reduzido?
Leis, barreiras e impostos nacionais são difíceis de aplicar?
Produtos ou serviços aprimorados por conhecimento podem impor preços?
Com toda essa incerteza e riscos, muitas escolhas estratégicas envolvem eventos futuros que são difíceis de prever. Então, a análise de cenário é um método disciplinado para imaginar e examinar futuros possíveis.
A tecnologia e a nova economia do conhecimento:
Não faz muito tempo, a internet ainda era um sonho. Hoje, as pessoas acessam rotineiramente o Google, sites de compras e outros.
A tecnologia também está mudando a qualidade de vida das pessoas. Para muitas delas, as enlouquecedoras horas no trânsito para ir ao trabalho e voltar dele fazem parte do passado.
Horários flexíveis de trabalho, o surgimento do Home Office – o escritório em casa – totalmente equipado e as novas formas de comunicação possibilitam novos estilos de vida e permitem uma combinação de trabalho com vida familiar.
Ainda há mais pela frente. Os rápidos avanços da capacidade humana em entender e manipular os elementos básicos da vida devem alterar fundamentalmente a pesquisa científica e permitir soluções para problemas que antes não podiam ser resolvidos. O surgimento de uma economia baseada no conhecimento e nas ideias mudou a natureza da oportunidade e do risco estratégico.
O conhecimento está mudando a natureza dos produtos e serviços que as empresas levam ao mercado e dos modelos de negócios que elas usam para desenvolver e gerenciar essas ofertas.
Em uma economia baseada no conhecimento e na internet, as ideias se disseminam ao redor do mundo praticamente do dia para a noite a um custo extremamente baixo, tornando mais fácil para empresas pequenas, novas e aquelas de países em desenvolvimento a competição com empresas já estabelecidas, localizadas em países industrialmente avançados.
Os chamados produtos inteligentes – produtos interativos que ficam mais inteligentes quanto mais são utilizados e que podem ser personalizados – são o foco principal do desenvolvimento moderno. Um pneu que informa ao motorista sua calibragem e uma roupa que aquece e resfria em resposta a mudanças na temperatura são versões iniciais de produtos baseados em conhecimento, ou inteligentes, já disponíveis no mercado.
A transferência rápida de tecnologia também implica em ciclos de vida de produtos menores, assim como janelas de oportunidades menores para levar os produtos ao mercado.
Empresas virtuais, baseadas apenas em um conhecimento sofisticado dos desejos do cliente e em como entregar esse valor melhor, sem instalações internas de manufatura ou de outro tipo, tendem a se tornar mais viáveis, comuns e multinacionais à medida que cresce o uso da tecnologia em rede.
Por fim, a revolução tecnológica contribui para a fragmentação de mercados e reduziu o apelo das abordagens de marketing de massa.
A revolução tecnológica impulsionou a mudança de uma economia focada na produção de bens físicos para uma movida a conhecimentos e ideias. A nova economia do conhecimento difere da economia tradicional em vários aspectos importantes:
A nova economia não é governada pelas leis de escassez, mas pelas leis da abundância. Ao contrário da maioria dos recursos, que se esgotam quando são utilizados, a informação e o conhecimento podem ser compartilhados e, de fato, crescer com sua aplicação.
O efeito da localização é reduzido. Usando a tecnologia e os métodos adequados, é possível criar mercados e organizações virtuais que ofereçam benefícios como velocidade e agilidade, operação ininterrupta e alcance global.
Leis, barreiras e impostos nacionais são difíceis de aplicar. A informação e o conhecimento “vazam” para onde a demanda é maior e as barreiras são menores.
Produtos ou serviços aprimorados por conhecimento podem impor preços superiores em comparação a produtos que incorporam pouco conhecimento, mas determinação de preços e o valor dependem fortemente do contexto. Portanto, a mesma informação ou conhecimento pode assumir valores diferentes em épocas diferentes.
O conhecimento, quando confinado em processos e sistemas, assume um valor inerente maior do que quando “transita” na cabeça das pessoas.
O capital humano – na forma de habilidades e competências adquiridas – é o componente-chave do valor em uma empresa baseada em conhecimento.
Risco e incerteza:
Muitas escolhas estratégicas envolvem eventos futuros que são difíceis de prever.
O sucesso da introdução de um novo produto, por exemplo, pode depender de fatores como a reação dos concorrentes atuais e potenciais, a qualidade dos componentes adquiridos de fornecedores externos e o estado da economia.
Para entender a falta de previsibilidade, situações de tomada de decisão são frequentemente descritas ao longo de um intervalo, variando de certeza a risco de incerteza.
Sob condições de certeza, ficam disponíveis informações precisas e mensuráveis sobre os resultados de cada alternativa considerada.
Quando um evento é arriscado, não podemos prever seu resultado com segurança, mas temos informação suficiente para avaliar sua probabilidade.
Sob condições de incerteza, pouco se sabe sobre alternativas e resultados.
Para tornar a análise do ambiente estratégico acionável, é preciso avaliar o grau de incerteza associado a eventos relevantes, a velocidade com que se espera que as mudanças ocorram e os possíveis resultados que elas pronunciam.
Condições de certeza e risco se prestam para a análise formal; a incerteza apresenta problemas singulares.
Algumas mudanças ocorrem gradualmente e são reconhecíveis, se não previsíveis.
Talvez não seja possível determinar com exatidão quando e como elas afetam um setor ou um aspecto específico, mas seu efeito geral é entendido com relativa facilidade.
A globalização do clima competitivo e a maior parte das tendências se enquadram nessa categoria. A perspectiva de regulamentação de novos setores cria um tipo de incerteza mais imediato – a nova estrutura regulatória que será adotada ou não.
O desaparecimento de fronteiras entre setores constitui mais um cenário: as forças de mudança, propriamente ditas, podem ser identificáveis, mas seus resultados talvez não sejam previsíveis.
Por fim, existem forças de mudança, como a queda repentina de governos estrangeiros, a eclosão de guerras ou importantes descobertas tecnológicas, que são difíceis de serem previstas com facilidade.
Análise do cenário:
Originalmente desenvolvida na Royal Dutch/Shell, em Londres, a análise de cenário é uma das técnicas mais amplamente utilizadas para a construção de alternativas plausíveis futuras para o ambiente externo de um negócio. Sua finalidade é analisar os efeitos de várias forças incontroláveis
de mudança sobre o campo estratégico e testar a resiliência de alternativas estratégicas específicas. É mais intensamente utilizada por empresas, como companhias de energia, que são altamente sensíveis a forças externas.
A análise de cenário é um método disciplinado para imaginar e examinar futuros possíveis. Ela divide o conhecimento em duas categorias:
Coisas sobre as quais acreditamos que sabemos algo.
Elementos que consideramos incertos ou desconhecidos.
O processo de desenvolvimento de cenários envolve quatro passos:
Decidir quais possíveis acontecimentos futuros investigar, quais tendências incluir – mudança tecnológica, tendências demográficas ou questões de recursos – e que horizonte de tempo considerar.
Identificar quais forças ou acontecimentos têm, possivelmente, mais capacidade de moldar o futuro.
Construir um conjunto abrangente de cenários futuros baseados em diferentes combinações de resultados possíveis.
Gerar previsões de cenário específicas que permitam uma avaliação das implicações dos futuros alternativos para posturas e escolhas estratégicas.
O conjunto final de cenários analisados deve ter quatro qualidades: RELEVÂNCIA, CONSISTÊNCIA, DESCRITIBILIDADE e ACIONABILIDADE.
Incerteza – implicações para a estratégia:
Ao caracterizar como as empresas lidam com a incerteza, Courtney et al. distinguem modeladores, adaptadores e empresas que se reservam o direito de arriscar.
Modeladores – Os modeladores são proativos. Eles impulsionam um setor em direção a uma estrutura que lhes seja benéfica. Eles saem para mudar as regras do jogo competitivo e para tentar controlar a direção do mercado. Exemplos incluem a tentativa da Kodak de mudar fundamentalmente a forma como as pessoas criam, armazenam e veem fotos com sua nova fotografia digital e o crescimento espetacular do Cirque Du Soleil no ramo em declínio do circo.
Adaptadores – Os adaptadores exibem uma postura mais reativa. Eles aceitam a estrutura atual do setor como ele é e frequentemente apostam em mudança gradual e evolutiva. Nos ambientes estratégicos caracterizados por níveis relativamente baixos de incerteza, os adaptadores se posicionam para obter vantagem competitiva na estrutura existente. Em níveis mais elevados de incerteza, eles podem agir de forma mais cautelosa e ajustar suas habilidades para reagir rapidamente a novos acontecimentos.
Empresas que reservam o direito de pensar – A terceira postura, também de natureza reativa, reserva-se o direito de arriscar. As empresas que perseguem essa postura frequentemente fazem investimentos incrementais para preservar suas escolhas até que o ambiente estratégico fique mais fácil de interpretar e menos incerto. Fazer investimentos parciais em tecnologias competitivas, assumir uma pequena posição patrimonial em diferentes start-ups, ou experimentar diferentes opções de distribuição são exemplos de reservar-se o direito de arriscar.
Aula 06: O conceito do Plano de Negócio
Objetivos:
- Verificar que antes de lançar-se a qualquer empreendimento sem uma análise mais detalhada do que se pretende fazer a possibilidade de riscos é bem maior;
- Identificar a noção de quais os conhecimentos financeiros deve possuir para ter sucesso com seu novo negócio, aprendendo planejar e administrar;
- Reconhecer a importância do plano de negócios;
- Relacionar as ferramentas básicas para escrever um plano de negócios.
É de suma importância saber que para iniciar um negócio, o candidato a empreendedor deve saber planejar e administrar o fluxo de caixa de sua organização.
Apesar da simplicidade do conceito do fluxo de caixa, sua aplicação a um novo negócio acarreta algumas dificuldades decorrentes da natural dificuldade de estimar as futuras entradas e saídas de caixas de um novo negócio e os riscos que podem ocorrer. Por isso, o candidato a empreendedor deve:
Manter uma rigorosa “contabilidade de caixa”;
Fazer uma cuidadosa e detalhada “projeção do fluxo de caixa”
Procurar obter informações sobre o “fluxo de caixa histórico”
Ponderar, baseado na projeção do fluxo de caixa, se o novo negócio propicia a “remuneração adequada” ao risco do investimento, considerando sua “curva de remuneração e de risco” em relação à do mercado financeiro em que está inserido;
Fazer a “análise de sensibilidade” da projeção do fluxo de caixa do novo negócio aos possíveis riscos.
Assim, o plano de negócios torna-se providência indispensável, pois é a descrição, em um documento, da oportunidade de negócio que o candidato a empreendedor pretende desenvolver, passando por várias etapas a serem apresentadas.
Os vários benefícios e propósitos que o plano do negócio atenderá sugerem que o candidato a empreendedor faça um plano completo para si, seus possíveis sócios e colaboradores e faça extratos desse plano completo para os diversos públicos, de maneira que sejam orientados para os interesses de cada um deles.
Quais os conhecimentos financeiros o candidato a empreendedor deve possuir para ter sucesso com seu novo negócio?
A resposta depende do tipo de negócio e de seu potencial de lucro e crescimento.
Negócios Simples – Negócios mais simples, como butiques, restaurantes, administradora de imóveis, cabeleireiros, consultórios, lojas de materiais de construção etc. exigem um mínimo de conhecimento financeiro.
Negócios Complexos – Negócios mais complexos, que envolvem investimentos maiores, como fábrica de móveis, construtoras ou supermercados necessitam de um conhecimento financeiro mais sofisticado.
Caso o candidato a empreendedor não possua tal conhecimento, é possível obter esse conhecimento por meio de sócios ou colaboradores.
Para iniciar um negócio, o candidato a empreendedor deve saber planejar e administrar o fluxo de caixa de sua organização. Por isso, vamos desenvolver a análise financeira de novos negócios com base em seu fluxo de caixa futuro.
Na maioria dos casos, a contabilidade de um novo negócio é subcontratada:
Um contador ajuda o candidato a empreendedor na interpretação da contabilidade gerencial e fiscal. O que o candidato a empreendedor não pode delegar é a elaboração e, sobretudo, a administração do fluxo de caixa de seu negócio.
Fluxo de Caixa:
O fluxo de caixa de um negócio é a representação numérica mensal, semanal ou diária dos recursos financeiros que circulam por esses meios. Em essência, ele representa o montante de caixa que entra e sai do negocio num determinado período, dependendo da precisão de controle que o negócio exige sobre esse caixa.
O plano de negócio é a descrição, em um documento, da oportunidade negócio que o candidato a empreendedor pretende desenvolver, como a descrição do conceito do negócio, dos atributos de valor da oferta, dos riscos, da forma como administrar esses riscos, do potencial de lucro e crescimento do negócio, da estratégia competitiva, bem como o plano de marketing e vendas, o plano de operação e o plano financeiro do novo negócio, com a projeção do fluxo de caixa e o cálculo da remuneração esperada, além da avaliação dos riscos e o plano para superá-los. A elaboração do plano de negócio pelo candidato a empreendedor é o início da terceira e decisiva etapa no desenvolvimento de seu novo negócio.
A preparação do plano do negócio que o candidato a empreendedor pretende desenvolver lhe garante os seguintes benefícios:
Reunir ordenadamente todas as informações e ideias sobre o novo negócio;
Escrever o plano do negócio força o candidato a empreendedor a analisar, formalizar e justificar todos os aspectos críticos do novo negócio.
Vender o negócio para si mesmo;
Simular as consequências de diferentes estratégias competitivas, ofertas de valor, de planos financeiros etc.
Apresentar o plano do negócio a pessoas experientes e de confiança para validá-lo, ouvir sugestões, criticas etc.
Motivar e focalizar a atenção do candidato a empreendedor e dos possíveis sócios e colaboradores nos riscos do negócio e como superá-los, além de focar nos aspectos críticos para o sucesso deste negócio.
Testar a oportunidade de negócio, o conhecimento,
a motivação e a dedicação do candidato a empreendedor e dos possíveis sócios e colaboradores do novo negócio.
Convencer possíveis sócios, investidores, financiadores, fornecedores e futuros clientes do sucesso do novo negócio e, assim, obter os recursos necessários pra realizá-lo.
Orientar a montagem e a operação do novo negócio no primeiro ano;
Controlar o investimento da montagem e os custos da operação, por meio da projeção do fluxo de caixa do novo negócio no primeiro ano.
Os vários benefícios e propósitos que o plano do negócio atenderá sugerem que o candidato a empreendedor faça um plano completo para si, seus possíveis sócios e colaboradores e faça extratos desse plano completo para os diversos públicos, de maneira que sejam orientados para o interesse de cada um deles.
A parte mais difícil é começar a escrever o plano do negócio. A abordagem recomendada é iniciada em duas fases:
1ª – Fazer uma lista de perguntas que o plano do negócio deve responder.
2ª – Responder às perguntas da lista.
O objetivo do Plano de Negócio é desenvolver um negócio de sucesso, portanto, desenvolver um negócio de sucesso pessoal, de sucesso passageiro – reconhecendo os riscos desse tipo de negócio – ou de sucesso sustentado.
Não faz sentido escrever o plano do negócio se o candidato a empreendedor não fez o trabalho necessário para desenvolvê-lo:
Desenvolver o conceito do negócio e os atributos de valor da oferta para os clientes.
Identificar os riscos do negócio e saber como administrá-los.
Conhecer a dinâmica de seu novo negócio.
Escolher a estratégia competitiva para seu novo negócio.
Fazer a projeção do fluxo de caixa do novo negócio para testar sua viabilidade econômica.
Avaliar o impacto ambiental e social do novo negócio e saber como obter as licenças ambientais
Feito o trabalho inicial necessário para desenvolver um negócio de sucesso, o candidato a empreendedor precisa organizar suas ideias, informações, pesquisas etc. no plano do negócio iniciando pela lista de perguntas seguidas de respostas. Essa lista deve considerar os fatores críticos para o sucesso de um negócio:
Candidato a empreendedor;
Conceito do negócio e atributos de valor e oferta;
Tendências e vitalidade do setor;
Conhecimento dos clientes, do mercado e dos concorrentes;
Estratégia competitiva;
Resultados e controle financeiro;
Administradores capacitados;
Capacidade de atrair e motivar empregados;
Organização e administração adequada;
Antecipação e adaptação a mudanças;
Impacto ambiental e social;
Valores e integridade.
É mais fácil listar as perguntas que surgem ao considerar cada um dos fatores de sucesso da oportunidade de negócio e escrever alguns parágrafos em resposta a essas perguntas do que tentar escrever todo o plano de uma só vez. Se as respostas não forem claras, é um bom indicador de que o candidato a empreendedor precisa aprofundar sua pesquisa e encontrar as respostas certas.
Composição do Plano de Negócio:
Qual deve ser o comprimento do plano do negócio? Essa pergunta, muito comum, tem duas respostas:
Resposta 01 – A primeira é que o comprimento do plano depende do público a que se destina.
Resposta 02 – A segunda é que deve ser o mais conciso possível e não se perder em divulgações que não contribuem para a compreensão, análise e avaliação do negócio.
Para orientar o candidato a empreendedor, dividimos o plano em três partes:
Sumário do plano de negócios, com dez páginas, no máximo.
Plano do negócio, com trinta a cinquenta páginas.
Plano operacional do negócio, com cinquenta páginas ou mais.
A seguir descrevemos cada um desses planos. Na Figura 11.1 são apresentadas as três partes do plano do negócio e os públicos interessados em cada um deles:
Apresentação do Negócio:
A parte mais importante do plano do negócio é a apresentação do negócio com a descrição de seu conceito, sua oferta para os clientes, atributos de valor da oferta e sua vantagem competitiva em relação aos concorrentes, com detalhes suficientes para responder satisfatoriamente ao público interessado.
Essa parte, chamada por muitos autores de visão, missão ou modelo do negócio é o conteúdo do plano de negócio. Se esse conteúdo não estiver bem apresentado e escrito, o resto do plano não conseguirá convencer ninguém.
Apresentação do Negócio – A apresentação do negócio deve ser concluída com uma descrição do potencial de lucro e de crescimento do negócio, os principais riscos e como eles serão administrados pelo candidato a empreendedor. Para ilustrar o potencial de lucro e de crescimento, o candidato a empreendedor deve incluir na apresentação do negócio um pequeno resumo das projeções de vendas e dos resultados financeiros do negócio.
Apresentação da Equipe – A apresentação da equipe, a análise do mercado, a análise do processo e o plano de marketing e vendas são a apresentação do conhecimento e da experiência necessários para desenvolver o negócio e o detalhamento, a validação e a execução do que o candidato a empreendedor fará para que o novo negócio tenha sucesso. O foco dessa parte do plano do negócio é corroborar o conceito do negócio e a oferta de valor superior à oferta dos concorrentes.
Após ler o plano do negócio, a maioria dos investidores que ficar interessada na oportunidade de investimento, pedirá a apresentação para tirar dúvidas e avaliar o plano e o candidato a empreendedor.
Nesse caso, a aparência e o conteúdo do plano do negócio despertaram o interesse, mas é a qualidade da apresentação e a convicção no sucesso do novo negócio, o conhecimento e a experiência do candidato a empreendedor que convencerão os investidores e os fundos de investimento a aplicar no novo negócio.
Preparar a apresentação simples, curta e sem o uso excessivo de cores e evitar qualquer tipo de animação. 
A apresentação deve ter, no máximo, dez slides, conforme apresentado na Figura 11.2.
Esta aula descreve resumidamente como o candidato a empreendedor deve preparar o plano de seu negócio para validá-lo e conseguir financiamento. Observe eu mais detalhes sobre esse assunto em seu material de apoio.
Aula 07: Contabilidade e Finanças para Empreendedores
Objetivos:
- Conhecer os fatores que fazem da contabilidade permitir que cada grupo de partes interessadas possa avaliar a situação econômica financeira da empresa, num determinado momento bem como as tendências;
- Perceber a importância de ter uma noção básica de contabilidade para que se possa ter melhores tomadas de decisão;
- Aprender como utilizar os conceitos básicos de contabilidade;
- Compreender os conceitos fundamentais e indispensáveis quanto à área contábil de qualquer empresa.
A tomada de decisões que têm aplicações financeiras é uma constante na rotina de um empreendedor: comprar ou alugar equipamentos e instalações, fixar preços e controlar estoques. A contabilidade é também uma ferramenta utilizada por partes interessadas externas. Investidores podem identificar a situação econômica financeira da empresa e, assim, optar pela forma mais adequada de investimento; fornecedores de crédito podem analisar sua capacidade de pagamento; bancos podem aprovar empréstimos.
O objetivo principal da contabilidade é permitir que cada grupo de partes interessadas possa avaliar a situação econômica-financeira da empresa, num determinado momento, bem como as tendências. Para cumprir esse objetivo, a contabilidade produz relatórios contábeis e demonstrações financeiras com informações resumidas e ordenadas.
Os índices (ou indicadores) econômicos-financeiros, calculados por meio de relações entre as contas das demonstrações financeiras, mostram informações sobre solvência, endividamento, gestão e lucratividade do negocio. Diversos índices podem ser calculados, fornecendo diferentes perspectivas do desempenho do negocio. Também pode-se usá-los para examinar a evolução do desempenho da empresa.
Há regras de aplicação geral que orientam os procedimentos e práticas da contabilidade. Essas regras uniformizam e orientam a produção e a avaliação da qualidade
dos relatórios contábeis. Se alguém tiver interesse ou necessidade de analisar alguma demonstração contábil, é importante que saiba os significados desses conceitos, pois é com base neles que as demonstrações contábeis são elaboradas.
Regras da Contabilidade:
	Postulados
	Princípios Contábeis
	Convenções
	Entidade contábil;
Continuidade.
	Denominador comum monetário;
Custo histórico como base de valor.
	Conservadorismo;
Consistência;
Objetividade;
Materialidade.
Entidade – qualquer empresa que necessite de relatórios contábeis individualizados é tratada como entidade contábil, tenha ela personalidade jurídica ou não. O postulado da entidade visa distinguir o patrimônio e as operações da empresa do patrimônio e das operações de seu proprietário ou sócios. Ou seja, os registros contábeis destacam a empresa como entidade distinta das pessoas dos sócios.
Continuidade – significa que a empresa será tratada como empreendimento em andamento, sem fim determinado. Esse postulado é utilizado para a avaliação monetária dos bens da empresa.
Denominador Comum Monetário – trata-se de um princípio que implica dois aspectos: 1) Os itens que formarem os relatórios contábeis serão expressos em moeda; 2) Serão expressos todos na mesma moeda. Sem esse princípio seria impossível agregar e somar o valor dos diversos itens das demonstrações contábeis.
Custo Histórico como base de valor – os registros dos itens contábeis são efetuados com base no valor de aquisição. Se, por exemplo, a empresa adquirir um veículo automotor, este será registrado nas demonstrações contábeis pelo valor de sua aquisição. Esse princípio uniformiza a mensuração dos fatos contábeis.
Consistência – sempre será utilizado o mesmo critério para contabilizar um evento, evitando, dessa maneira, distorções nas demonstrações contábeis. Caso haja mudança no critério de avaliação de um evento contábil, essa mudança deverá ser evidenciada em notas explicativas, nas demonstrações contábeis.
Objetividade – Os eventos contábeis serão sempre registrados da maneira mais coerente e objetiva possível. O método mais utilizado é realizar os lançamentos contábeis, sempre que possível, com base em documentação hábil, como notas fiscais, recibos e extratos bancários, entre outros.
Materialidade – Só serão contabilizados e informados fatos relevantes. Havendo dificuldade de contabilizar um fato que expresse um valor insignificante, esse valor será contabilizado de forma aproximada, com imprecisão.
As demonstrações financeiras (ou demonstrativos financeiros) são relatórios que classificam e quantificam as contas de uma empresa. As mais utilizadas são o balanço patrimonial, a demonstração de resultados do exercício, a demonstração do fluxo de caixa, a demonstração das origens e aplicações de recursos e as alterações do patrimônio líquido, alem de notas explicativas que as acompanham.
Demonstrações Financeiras:
Balanço Patrimonial: Reflete a posição financeira da empresa num dado momento. É constituído por duas colunas (ou partes): a do ativo e a do passivo e patrimônio líquido, que se dividem em contas (tabela).
Ativo Circulante – São contas que estão constantemente em giro, sendo que a conversão em dinheiro será, no máximo, no próprio exercício social (um ano, em geral).
Realizável a longo prazo – Bens e direitos que se transformarão em dinheiro no próximo exercício.
Permanente – São bens e direitos que não se destinam à venda e têm vida útil longa.
Passivo Circulante – São obrigações exigíveis que serão liquidadas no próprio exercício social.
Exigível de longo prazo – Obrigações liquidadas com prazo superior a um ano.
Demonstração de Resultados do Exercício: A demonstração de resultado do exercício mostra se houve lucro ou prejuízo em um período e como se chegou a esse resultado. Trata-se de um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa em determinado período, geralmente 12 meses. É apresentada na forma vertical. Das receitas subtraem-se as despesas e indica-se o resultado – lucro ou prejuízo.
Demonstração do Fluxo de Caixa: A demonstração do fluxo de caixa (DFC) é uma poderosa ferramenta de gestão do empreendedor, permitindo-lhe planejar ações que envolvam recursos financeiros. A DFC indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa, bem como a aplicação de tudo o que saiu. Diferentemente do balanço, a DFC é uma demonstração dinâmica.
Análise da Situação Econômica-financeira da empresa:
Os índices (ou indicadores) econômicos-financeiros, calculados por meio de relações entre as contas das demonstrações financeiras, mostram informações sobre solvência, endividamento, gestão e lucratividade do negócio.
Diversos índices podem ser calculados, fornecendo diferentes perspectivas do desempenho do negócio. Também pode-se usá-los para examinar a evolução do desempenho da empresa.
Por exemplo, pode-se compor uma série histórica e comparar um período com anos anteriores ou com os valores projetados.
Índices de Estrutura Patrimonial:
Estrutura de Capital – Por meio do passivo é possível avaliar a estrutura de capital, formada pela relação entre capital de terceiros (Passivo) e capital próprio (Patrimônio Líquido).
Quanto maior o índice, mais a empresa está endividada.
Estrutura de Capital = 
Composição do Endividamento: A qualidade do endividamento é mensurada de acordo com seus prazos – dívidas de longo prazo geralmente são melhores que dívidas de curto prazo. Para isso, verifica-se a relação entre Passivo Circulante e Realizável a Longo Prazo.
Quanto maior o índice, mais a empresa está endividada a curto prazo.
Índices de Solvência:
Capital Circulante Líquido – O capital circulante na empresa é calculado subtraindo-se o Passivo Circulante do Ativo Circulante – o chamado CCL (Capital Circulante Líquido), que indica a parte do ativo circulante que não está comprometida com o passivo circulante. Quanto maior o CCL, maior é a flexibilidade financeira da empresa. O CCL pode ser aumentado ou diminuído segundo as decisões dos administradores.
CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Liquidez Corrente – Talvez um dos índices financeiros mais conhecidos, a liquidez corrente procura demonstrar quantas vezes o ativo de curto prazo (Ativo Circulante) cobre as obrigações de curto prazo (Passivo Circulante). Quando o índice é maior do que 1,5 a empresa apresenta uma boa liquidez. No entanto, deve-se tomar muito cuidado ao utilizar esse índice, uma vez que o ativo circulante pode conter elementos que são convertidos em dinheiro num prazo maior do que o vencimento das exigências do passivo circulante.
Uma empresa possui, de um lado, um Ativo Circulante constituído por $100 de Cientes a Receber e $100 de Estoques e, do outro lado, um Passivo Circulante constituído por $100 de Fornecedores a Pagar. Essa empresa apresenta um excelente índice de liquidez (2); no entanto, se ela tiver de pagar os fornecedores em 10 dias, e os clientes só pagarem as duplicatas em 30 dias, isso deixa claro que, apesar de o índice mostrar uma boa liquidez, ela não está conseguindo arcar com suas obrigações.
Índice de Rotação dos Recursos (GIRO DO ATIVO):
Um dado como esse permite conhecer quão rápido as contas são convertidas em vendas. Esse quociente indica quantas vezes o ativo “girou” ou se renovou pelas vendas. Quanto maior o “giro” do ativo, pelas vendas, maior a possibilidade de cobrir as despesas com uma boa margem de lucro. Para isso, procura-se reduzir investimentos em estoques a fim de maximizar o giro do ativo, uma vez que a lentidão em girar o ativo, muitas vezes, deve-se a estoques muito elevados (por causa da expectativa de acréscimos nos preços) e valores a receber (por causa de política inadequada de crédito e cobrança).
Muitas vezes, o ativo está inflado por elementos registrados contabilmente, que se tornaram obsoletos e que deveriam ter sido baixados, mas não o foram, de modo que é apropriado considerar o ativo em operação.
Índices de Prazos Médios:
Os índices de prazos médios indicam, em dias, quanto

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais