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- Caderno de Direito ADMINISTRATIVO II

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Caderno de Direito ADMINISTRATIVO II 2012.2 
Prof. Wilson DEMO - 
7º SEMESTRE Mário Luiz de Oliveira Rosa Júnior 
junior.oliveira05@hotmail.com 1 
 
30/07/2012 
www.stf.jus.br | Legislação Anotada | Artigo 37 ao 41 da CRFB: pags. 794 a 961 
- Livro: DOS DEVERES – o melhor conceito é garantir a probidade do administrador. 
Deveres do profissional liberal. 
CÍCERO, Marco Túlio. Dos deveres. São Paulo: Martin Claret, 2002. 
- Livro: CIÊNCIA E POLÍTICA – utilidade x honestidade | responsabilidade x convicção 
WEBER, Max. Ciência e política - duas vocações. São Paulo: Martin Claret, 2001. 
 
Nossa premissa maior é a constituição federal. Logo após, vêm o entendimento 
do STF. Para depois se ater ao entendimento da legislação infraconstitucional. Estes 
serão os fundamentos. 
Os tratados internacionais entram no âmbito da CF. 
O CASO é a premissa menor. Aqui é onde se tem os argumentos que giram em 
torno dos fundamentos. 
E a terceira parte se dá pela conclusão do caso. 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
Os serviços públicos são extremamente variáveis de país para país e de época 
para época. 
Os serviços públicos envolvem questões relacionadas à segurança pública (art. 
144 CF), à saúde (art. 196 CF), à educação (art. 205 CF). 
Estes serviços possuem prestação subsidiária permitida, ou seja, a 
administração é responsável por estes serviços, porém não impede de serem criadas 
empresas privadas para estes serviços, ao exemplo de hospitais privados e empresas 
de vigilância privada. Todavia, nesse sentido, não pode haver a substituição da Polícia 
Militar na segurança pública por tais empresas privadas de vigilância. 
A administração concede à população aquilo que a lei diz. E não aquilo que a 
população apenas necessita. 
O que faz uma necessidade particular transformar em pública é, antes de mais 
nada, a previsão legal disposta a promover este gasto e de um ato político para que 
elas sejam devidamente efetivadas. 
Caderno de Direito ADMINISTRATIVO II 2012.2 
Prof. Wilson DEMO - 
7º SEMESTRE Mário Luiz de Oliveira Rosa Júnior 
junior.oliveira05@hotmail.com 2 
 
Conceito Material  Atividades 
Conceito Subjetivo  Administração/Delegados 
Conceito Formal  Natureza Jurídica 
Serviço público é toda atividade que é prestada pela administração e seus delegados 
sobre atividade e com natureza jurídica normalmente sobre direito público ou 
público/privada, nunca só privado. 
O que vigora no âmbito do direito político é o direito constitucional. 
No âmbito da administração indireta verifica-se atuação do direito privado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na dúvida entre o direito público e o direito privado sempre se aplicará o 
direito público. 
 
CLASSIFICAÇÃO do SERVIÇO PÚBLICO 
Essencialidade= 
- Público: são prestados diretamente pela administração, por essenciais à 
sobrevivência da sociedade. 
- Utilidade Pública: podem ser prestados indiretamente por tratarem-se de 
serviços tidos como de conveniência (indiretamente) à sociedade. 
O transporte de taxi, serviço de telefonia, as empresas de concessão de energia 
são serviços delegados. Mas, vale acrescentar que, ao exemplo das empresas de 
Poder 
Político 
Direito Público 
Administração Direta 
Administração 
Indireta 
Direito 
Privado 
Caderno de Direito ADMINISTRATIVO II 2012.2 
Prof. Wilson DEMO - 
7º SEMESTRE Mário Luiz de Oliveira Rosa Júnior 
junior.oliveira05@hotmail.com 3 
 
energia, elas se utilizam de equipamentos públicos (antenas, p. ex.), inclusive que no 
contrato entre a administração pública e tal empresa é demonstrada tal situação. 
 
Adequação= 
 - Próprios: são aqueles relacionados com as atribuições institucionais e para os 
quais o Estado usa de sua supremacia. Ex.: Segurança pública. 
 - impróprios: são aqueles que não afetam substancialmente as necessidades da 
comunidade, mas interesse comum de seus membros. Ex.: Transporte coletivo. 
 
Finalidade= 
 - Administrativo: tem por finalidade satisfazer a própria estrutura. Significa 
subsidiar outros serviços, é o que acontece com a imprensa oficial (exemplo). 
 - Industrial: produz renda para quem presta. Ex.: água, petróleo, energia 
elétrica. 
A riqueza da administração é meio e não fim. Ou seja, não objetiva receber lucros. A 
cada dinheiro que se arrecada pela administração pública deve ser gasto com o público 
e não guardado. Contudo, além disso, não deve obter dívidas. 
 
Formas de prestação= 
 
 
 
 
 
 
 
Órgão é um centro de competência e constitui-se em um ente despersonalizado. Ex.: 
Secretaria da educação. 
Descentralizado 
Centralizado 
Desconcentrado 
Entidades com 
personalidade Jurídica 
Órgão 
despersonalizado 
Pessoas Políticas  
Entes 
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Prof. Wilson DEMO - 
7º SEMESTRE Mário Luiz de Oliveira Rosa Júnior 
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Entidade é aquela pessoa jurídica que habita na administração indireta. 
Ente são as pessoas políticas de direito público interno. Notadamente, União, Estados, 
DF, municípios, e territórios. 
- Descentralizado: Quando transfere a titularidade acontece a Outorga 
(transferência direta). Aqui o serviço é entidade. 
No caso da delegada é feito um contrato entre a administração e a empresa. É um 
serviço de mera execução. Aqui ainda continua a titularidade da administração. 
 - Centralizado: prestado pelos próprios órgãos e responsabilidade exclusiva. 
 - Desconcentrado: executado de forma centralizada, mas distribuído entre seus 
órgãos. 
 
Destinatários: 
 - Gerais (“Uti Universi”): São prestados SEM usuário determinado. Remunerado 
por impostos (não tem correlação com o contribuinte). 
 - Individuais (“Uti Singuli”): são prestados por [TEM] usuários determinados e 
utilização mensurável, sendo remunerados por taxa ou preço público. A taxa é o 
tributo decorrente do exercício do poder de polícia, isto é, ocorre quando a 
administração promove um serviço em favor do cidadão. 
Não se aplica o CDC quando o serviço é remunerado pela via tributária. 
 
REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE 
- Cabe sempre ao poder público 
REQUISITOS DO SERVIÇO 
1) Permanência: Continuidade do serviço. 
2) Generalidade: serviço igual para todos. Serviço deve ser implementado de 
maneira que todos possam ser atingidos. 
3) Eficiência: Serviço atual e funcional. 
4) Modicidade: tarifas têm de ser razoáveis. 
5) Cortesia: bom tratamento ao usuário. 
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DIREITOS DO USUÁRIO 
Prestação do Serviço nas condições regulamentares em igualdade com os 
demais usuários. Quando o serviço não é assim efetivado, pode-se utilizar das medidas 
judiciais: 
- Mandado de segurança – quando serviço for “UTI singuli”. 
- Mandado de segurança coletivo e ações para proteção dos interesses 
difusos, ação civil pública - quando sérico for “UTI universi”. 
 
06/08/2012 
COMPETÊNCIAS PARA PRESTAÇÃO 
Em regra, essas competências estão relacionadas com a ideia da competência 
legislativa, sendo permitida a delegação entre entes via convênio. Não obstante, deve 
ser observado os artigos referentes a legislação. 
Convênio é um ajuste administrativo para realização de atividades de interesse 
comum. Diferentemente de contratoque é para interesse diverso. No mesmo sentido 
do convênio é o poder de polícia exercido pelas instituições. Exemplo de convênio: 
fiscalização da CIDASC nas fronteiras. 
A competência legislativa da união é fixada nos artigos 21 a 23 da CF. A união 
tem competência sobre tudo que não tenha interesse local, em regra. Mas, pode ter 
competência em interesse local em casos específicos, como por exemplo, em locais de 
propriedade da união [terrenos] (ocorrem em municípios que vivem na área litorânea). 
O Brasil foi administrado por muito tempo através de vilas, isto trazido 
portugueses que decidiam por meio de câmara de vereadores, em que advém da 
palavra concilhios. Nesta época havia o Juiz ordinário que organizava a vila. Vislumbra-
se que isto vigorou até a família real chegar no país e também até a criação da 
constituição de 1824 (outorgada). 
Com relação aos Estados rege-se pelo artigo 25 CF: 
Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, 
observados os princípios desta Constituição. 
§ 2º - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços 
locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua 
regulamentação. 
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O município não tem competência legislativa formal, salvo aquelas que tenham 
interesse local. 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
Os municípios têm pouco direito, assim, não se endivida muito. Os Estados 
possuem um pouco mais de dinheiro, e, por isso, geralmente se endividam. E a união é 
quem tem bastante dinheiro e não se endivida. 
 
GREVE 
É cada vez mais comum as greves nos serviços essenciais. E, com isso, vai de 
encontro (ao contrário) aquela ideia (princípio) que o serviço público deve ter a 
continuidade. 
A constituição federal diz que o direito de greve será regido por lei específica. 
(art. 37, VII CF). 
Lei dos trabalhadores n. 7.783/89. 
O ministro Gilmar, que foi relator do Mandado de injunção 708/DF, quando há 
greve de servidor público deve usar a lei dos trabalhadores naquilo que couber. 
A lei diz que para realização de greve não pode atrapalhar o serviço, mantendo 
um número x de trabalhadores para não sofrer queda no serviço público. 
Decreto 7777/12 – convênio para substituição dos trabalhadores em casos de 
greve. Sendo que serão descontados os dias dos trabalhadores em greve. 
Repercussão geral é aquela circunstância em que o STF recebe uma quantia x 
de processos que são de interesse de todos. E, resolvendo o mérito de um servirá a 
todos os outros processos. AI 853275 
 
FORMAS ASSOCIADAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 
- Convênio: acordo firmado entre a administração e entidades públicas e pessoas de 
direito privado para atividades de interesse público. Ex.: questões que envolvem 
cultura, esporte, turismo. Ex.: Lei 9790/99 – OSCIP (Organização não governamental – 
ONG). Transfere-se dinheiro da união para estas organizações a fim de ajudar/investir 
nas questões de interesse público. 
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- Consórcio: é regulada pela lei 11.107/05. Estabelece que em algumas circunstâncias 
em que haja interesses comuns pode firmar consórcio entre entes estatais da mesma 
espécie. Municípios e municípios, Estados e Estados. Não há consórcio de municípios 
com a união. Pode haver consórcio de municípios com Estados, podendo entrar a 
União. Ex.: consórcio de saúde, basicamente para fornecimento de medicamentos e 
exames de alto custo. 
 Nestes consórcios pode-se ter uma pessoa jurídica separada, tendo uma toda 
uma estrutura. 
 
CONTROLE JUDICIAL DAS POLÍTICAS PÚBLICAS 
Hoje, vimos o judiciário controlar as políticas públicas por meio da imposição 
das condutas, especialmente, o MP vem com estes termos de condutas obrigando a 
administração à execução de certos atos, e do contrário, propõe ação judicial. 
 - Procedimentalista: Prejudica a cidadania ativa: diz que o judiciário quando 
substitui a atuação política do cidadão que envolve a seleção dos candidatos (políticos) 
é prejudicial, ou seja, a excessiva atuação do judiciário prejudica a cidadania ativa. 
 -Substancialista/garantista: refere-se à Garantia políticas públicas essenciais: 
no sentido do justo. 
Nosso sistema do poder judiciário correlacionado à política é diferente dos 
americanos. O magistrado brasileiro tem o princípio do livro convencimento desde que 
motivado, a discricionariedade. Ou seja, o juiz pode sentenciar a absolvição de uma 
pessoa que furtou cinquenta reais, por entender que é uma quantia baixa. Já nos EUA 
o juiz tem que seguir com rigor a regra penal. 
Vive-se numa situação equidistante dos interesses da administração do 
interesse público. O administrador é gestor nomeador, administrador do que não é 
dele. Não pode atuar na administração com seu próprio interesse, isto já é disciplinado 
pelo princípio da impessoalidade. Nesse sentido, quando o público é prejudicado 
pode-se propor ação popular. 
A afixação do dispositivo legal é relevante, mas muito mais relevante é a 
aplicação pelo poder judiciário. 
 
ADPF 45 (ação de descumprimento de preceito fundamental) – trata da 
legitimidade do poder judiciário da implementação de políticas públicas, aborda-se a 
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questão da legitimidade e da reserva do possível. Essa capacidade para implementar 
políticas públicas ainda está em desenvolvimento. 
 Reserva da possível – 120 mil 
 
AGENTE PÚBLICO 
Está diretamente relacionado com o serviço publico. Ele é a face material do 
serviço público. 
O servidor público é um designativo que abrange o agente público, este que 
abrange toda pessoa física que presta serviços ao Estado e as pessoas jurídicas da 
administração indireta. Portanto, todo aquele que por meio de eleição, nomeação, 
concurso, seja vinculada a administração direta ou indireta são agentes públicos. 
Porém, a responsabilização dos agentes públicos da administração Direta é diferente 
dos da Indireta. 
CLASSIFICAÇÃO [do agente público] 
1) Agentes políticos: segundo o conceito tradicional de Aristóteles, os agentes 
políticos são aqueles que se ocupam dos negócios da polis, ou seja, da cidade. 
Ocupam cargos institucionais. 
Mello entende que eles são os titulares dos cargos estruturais à 
organização política do país. Celso Antônio madeira de Mello diz que seriam os 
cargos eletivos a 1ª escalão do executivo. 
Hely Lopes Meirelles diz que todo aquele que tem autonomia é 
denominado agente político. Ou seja, o que não é sujeito a hierarquia, por 
exemplo, os procuradores federais, sejam os magistrados, sejam os advogados 
da união. O STF acolheu esta tese. 
 
2) Servidores públicos: pessoas que prestam serviços à administração e as 
entidades da administração indireta com vínculo e remuneração paga pelos 
cofres públicos (erário). 
É vedado o serviço gratuito, que não aquele do serviço voluntariado. Sob este 
prisma, não há servidor público que não seja remunerado. 
Estatutários: Se os servidores são estatutários o seu vínculo é regulado por 
meio de estatuto e ocupantes de cargos públicos, conhecidostambém por 
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funcionários públicos. Vislumbra-se que estes não recebem FGTS, que substitui a 
indenização quando são exonerados, por isso é um pouco mais difícil de excluir estes 
funcionários. Ex.: policiais militares, que são regidos pelo Estatuto da PM. 
Celetistas: Quando o servidor não é estatutário, os chamados Celetistas, mas 
se vincula por meio da CLT, observadas os princípios e normas atinentes à matéria, e 
ocupantes de empregos públicos, e, nestes casos, conhecidos por empregados 
públicos. Estes possuem a CTPS anotadas e tem seus recolhimentos previdenciários. 
Ex.: aqueles que trabalham na caixa econômica federal, banco do Brasil. Eles precisam 
fazer concursos públicos, por mais que sejam regidos pela CLT por ser denominados 
empregados públicos. 
Administrativos: São aqueles contratados por tempo determinado com base 
em lei específica para atender a necessidade temporária de excepcional interesse 
público (art. 37, IX da CF) ou programa específico (P.S.F.). 
Art. 37, IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público; 
Os contratos temporários são os conhecidos ACT’s, geralmente, os professores 
em escolas. Eles trabalham e são remunerados pela função que exercem. 
O regime destes servidores administrativos tanto pode ser regido pela CLT, 
quanto podem ser estatutários. 
 
3) Particulares em colaboração com o poder público: São todos aqueles que 
prestam serviços ao estado, sem vínculo de “emprego”, com ou sem 
remuneração. Dentre esses temos os que são designados para a atividade, 
como por exemplo, o mesário. As atribuições que os particulares prestam são: 
- Delegação do Poder público: esta é a forma mais comum. Ela se dá por meio 
de empresa que opera concessão ou permissão e também por meio de 
particulares que exercem função pública (ex. leiloeiro, intérprete). 
- Mediante requisição, nomeação ou designação: é o que acontece quando o 
particular é convocado para o exercício de funções relevantes, normalmente 
não remuneradas. Ex.: jurados e/ou mesários. 
- Gestores de negócios: são aqueles que espontaneamente assumem função 
pública em momento de emergência. Ex.: ocorre um acidente de trânsito e 
uma pessoa se prontifica a controlar o fluxo dos veículos, como uma espécie de 
agente de trânsito, tentando evitar outro acidente. 
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Prof. Wilson DEMO - 
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13/08/2012 
SELEÇÃO DO PESSOAL PARA O SETOR PÚBLICO 
 Esta seleção é regulada nos termos do artigo 37, I e II da CF. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos 
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de 
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma 
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração; 
O Concurso público é o padrão [regra] de ingresso no serviço público, que se dá 
em provimento efetivo (que após 3 anos a pessoa adquire estabilidade e se presume 
que não irão mais sair). 
Sabe-se, também, que além de concurso público poderá o cargo público se 
ocupado mediante nomeação. 
O exercício da função pública é de representação democrática. 
A exceção mais comum ao concurso pública é aquela prevista no artigo 53 do 
ADCT/CF, que hoje em dia quase não tem mais finalidade. (ex.: ex-combatentes). Estes 
serão incorporados ao serviço público, sem prestar concurso. 
Art. 53. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas 
durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, 
serão assegurados os seguintes direitos: 
I - aproveitamento no serviço público, sem a exigência de concurso, com estabilidade; 
Ainda, nos termos do artigo 94 da CF, os advogados podem ser incorporados 
nos Tribunais adquirindo vitaliciedade e todos os direitos através do denominado 
quinto constitucional. 
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos 
Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, 
com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação 
ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla 
pelos órgãos de representação das respectivas classes. 
 
Caderno de Direito ADMINISTRATIVO II 2012.2 
Prof. Wilson DEMO - 
7º SEMESTRE Mário Luiz de Oliveira Rosa Júnior 
junior.oliveira05@hotmail.com 11 
 
Concurso: provas, provas e títulos. Podem ser provas físicas também. 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou 
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei 
de livre nomeação e exoneração; 
Validade: até dois anos, podendo renovar por igual período. Se o concurso ter 
validade de 1 ano poderá renovar por igual período. Normalmente, faz-se concurso 
com validade de 2 anos. 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma 
vez, por igual período; 
 
Questões controvertidas: 
1) Edital: não há regra que diz o que deve constar no edital do concurso. Mas a 
regra é que o edital é a lei do concurso. 
Por lógica, na hipótese de haver uma alteração legal (promulgação de uma 
lei infraconstitucional), estas irão infringir no contexto do edital no decorrer 
do certame. (ex.: se o edital prevê requisito de nível fundamental, mas 
houve uma lei dizendo que para tal cargo é necessário nível médio, os 
candidatos aprovados terão que se adaptar para exercer o cargo). 
Ou seja, as alterações no edital poderão ocorrer durante o certame, desde 
que antes do início das provas, mediante republicação e, confirme o caso, 
novo prazo. 
2) Limite de idade: constitucionalmente não há limite. A súmula 683 do STF 
estabelece os parâmetros a esta questão. 
Geralmente, em concurso da área policial/militar tem-se requisito o limite de 
idade, pois existe a prova física, e ainda, principalmente, se estabelece tal limite 
em razão da função que estes profissionais exercem. 
 
STF Súmula nº 683 - 24/09/2003 - Limite de Idade - Inscrição em Concurso Público 
- Natureza das Atribuições do Cargo a Ser Preenchido 
 O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 
7º, XXX, da, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser 
preenchido. 
 
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Art. 7º XXX CF - proibição de diferença de salários, de exercíciode funções e de critério de 
admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
Há uma jurisprudência do estado do mato grosso que a idade mínima para 
ministério público era de 25 anos e a máxima de 45 anos. (RE 184.635) 
3) Psicotécnico: o problema destas provas é que elas, em geral, não são 
disponibilizadas aos candidatos. Consoante a súmula 686/STF é necessário 
que haja previsão legal. Normalmente, vê-se este tipo de prova em 
profissões que se utilizam de armas de fogo, sendo, mesmo assim, 
necessário o previsão legal. 
Súmula 686 STF - Exame Psicotécnico - Candidato a Cargo Público 
 Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo 
público. 
 
Nestes exames deve haver previsão de critérios objetivos. Decisão - RE 243.926 
4) Títulos: são qualidades que o candidato tem, independentemente daquelas 
essenciais ao concurso (publicação de livros, de artigos, participação em 
congressos, conclusão em pós-graduação lato sensu). 
O mero exercício de função pública não constitui título. ADI 3.443. 
5) Aptidão física: segue a mesma regra do psicotécnico, ainda que não haja 
necessidade de previsão legal, ela se justifica para o cargo. 
Possibilidade de alteração de data da prova. Ex.: O sujeito ficou doente 
no dia da prova, apresentando o atestado médico. Conforme o RE 179.500, 
voto do ministro marco Aurélio é possível sim fazer a prova em outro dia. Já 
a ministra Ellen Gracie em seu voto RE 351.142, nega esta possibilidade por 
ferir o princípio da isonomia. 
 
6) Altura Mínima: tem que haver previsão legal. Em regra segue a média de 
idade do IBGE. Para homens e mulheres a altura é diferente. Nas forças 
armadas a altura mínima só difere na Marinha, que os mais baixos podem 
também entrar, em razão dos submarinos que são pequenos. 
AI 598.715. O ministro usou do argumento que os profissionais da área da 
segurança tem que ter uma altura mínima com o fito de impor respeito 
frente a criminalidade. 
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7) Eleição como procedimento seletivo: hoje os diretores são nomeados pelo 
partido da ocasião (pelo governador). Assim, eles não podem fazer eleição. 
8) Obrigatoriedade da Nomeação: a administração tem obrigação de nomear 
os candidatos aprovados no limite de vagas através do chamado princípio 
da proteção à confiança, bem como a segurança jurídica. RE 598.099 
Neste acórdão, verifica-se que em situações excepcionais pode-se não 
nomear o candidato, quais sejam: em questões supervenientes, e estas 
circunstâncias devem ser imprevisível, grave, necessária. Todavia, isto tem que 
ser sempre muito bem motivado. 
 
REQUISITOS BÁSICOS DA INVESTIDURA 
- Nacionalidade brasileira 
- Gozo dos direitos políticos 
- Quitação com obrigações militares e eleitorais. (quem não se alista tem que pagar 
uma multa e um processo administrativo) 
- idade mínima 18 anos 
- aptidão física e mental (por ser avaliada pelo setor médico do órgão competente). 
 
PNE (pessoas portadoras de necessidades especiais): Lei 7853/89, art. 2º: 
Obrigação da Administração Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às 
pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos 
direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e 
à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-
estar pessoal, social e econômico. 
Em nível federal o mínimo que o edital pode prever em vagas para PNE é de 5% 
(Dec. 3298/99) e o máximo é de 20% (Lei 8112/90). Geralmente, os editais adotam o 
percentual de 5%. 
O nanismo é considerado como deficiência física. A deficiência visual, em 
determinados graus, também é considerada deficiência física. 
Art. 37, VIII - a lei [8.112/90] reservará percentual dos cargos e empregos públicos para 
as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua admissão; 
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Todo concurso tem que ter vaga para PNE, se não estiver previsto pode-se impugnar, 
salvo as funções que impossibilitam um portador de necessidade especial atuar, ao 
exemplo dos cargos da segurança pública. 
 
CONCEITOS OPERACIONAIS 
 CARGO: é o lugar instituído na organização do serviço público com 
denominação, atribuições e responsabilidades específicas para ser preenchido 
por titular com remuneração, na forma fixada em lei. 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e 
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, 
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime 
de colaboração seus sistemas de ensino. 
Professor é um profissional da educação que exerce atividades de magistério, 
isto lhe dá a competência (capacidade legal para exercício do cargo). 
Os cargos se dividem em três: 
1) Cargo em comissão (nomeado): ocupado de forma transitória com base no 
critério da confiança. Deve-se sempre atentar ao nepotismo (favorecimento 
de parentes em nomeação e/ou elevação de cargos). 
2) Cargo de provimento EFETIVO: ocupado em caráter definitivo, em regra, 
mediante aprovação em concurso público. 
3) Cargo vitalício: preenchido em caráter definitivo, sendo que seu ocupando 
somente poderá se desligado mediante procedimento próprio, conforme a 
carreira. Ex.: cargo do MP e do magistrado. Pois, estes quando forem 
desligados somente se fará por processo disciplinar, e quando sobrevier a 
condenação por crime eles serão aposentados compulsoriamente. Agora, se 
houver a cassação da aposentadoria aí sim perderá. 
 EMPREGO: versão do cargo sob o regime da CLT. Quando o regime trabalha sob 
regime de estatuto é chamado funcionário, e sob regime da CLT é denominado 
empregado. Ambos podem ser chamados de servidor público, pois trabalham 
para o Estado com certo vínculo. 
 Função: atribuição ou conjunto de atribuições de cada cargo. Por exemplo: o 
cargo de motorista vai especificar o que ele vai dirigir. Nas leis que organizam 
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as categorias profissionais vêm especificado quais as atribuições de cada cargo. 
Ao exemplo que os médicos têm funções que os enfermeiros não podem 
realizar. 
Há possibilidade de ter função sem cargo, por conta da exposição do artigo 37, 
IX, que trata da contratação de profissionais de forma temporária: 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a 
necessidade temporária de excepcional interesse público; 
20/08/2012 
Faltei à aula neste dia. Anotações abaixo feitas por Tamires. 
CRIAÇÃO, TRANSFORMAÇÃO E EXTINÇÃO 
Ela é feita em regra por lei, sendo que cada poder tem sua iniciativa legislativa, 
prevista na CF. No caso do executivo, temos a previsão no art. 84, VI, “b” CF (fala da 
extinção dos cargos) e no art. 61, §1º, II, “a” (fala da criação). A extinção dos cargos 
pode ser feita por decretos, já a criação pode ser feita por lei. 
Dentro do Legislativo também seguem a mesma regra, ou seja, o legislativocompõe-se de Câmara e do Senado. Câmara há previsão no art. 51, IV, CF. No art. 52, 
XIII CF trata-se do Senado Mesa Diretora, art. 48 “caput” CF – são autônomas em 
relação á sanção do Presidente da República. 
Legislativo (art. 51 IV e 52 XIII) sem necessidade de sanção executiva (art. 48 c/c 51 
e 52 CF) 
No judiciário, está previsto no art. 96, II, “b” CF. Tudo passa pelo poder judiciário. 
Ministério público, também tem autonomia administrativa financeira, e está 
previsto no art. 127 § 2º CF. O MP também pode fixar a criação de cargos e funções 
auxiliares. 
ACUMULAÇÃO DE CARGOS OU EMPREGO: (compatibilidade de horários) 
A CF no art. 37, XVI é bem clara: 2 cargos de professor, 2 cargos da área da saúde, 1 
cargo de magistério (professor) + 1 técnico científico (aquele que não é nem da saúde 
nem do magistério). Ex: Não pode dar aula na UFSC e na UDESC, mas na UFSC e na 
UNISUL poderá. Não pode cumular 2 cargos publico (ou público e estadual). 
Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando 
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso 
XI. 
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a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com 
profissões regulamentadas. 
No art. 37, §10º CF – Se a pessoa se aposentados também tem que obedecer a 
regra. Isso serve para evitar tirar vagas das pessoas novas, e também evitar que quem 
se aposente não fique trabalhando. 
Art. 37, § 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria 
decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou 
função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os 
cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e 
exoneração 
Obs. Não há vedação com cumulação de iniciativa privada, a vedação é só pública. A 
vedação é quanto a remuneração. 
 
QUADRO DE CAREIRA 
É um conjunto de carreiras, cargos isolados ou funções de um mesmo serviço, órgão 
ou poder. Se estabeleceu que o cargo evolui com o passar do tempo e com 
qualificação do agente. 
Judiciário Federal 
CARGO CLASSE PADRÃO SALARIAL 
Analista (judiciário) C 15 
 R$ 10.436,12 
11 
Técnico (judiciário) B 10 
 R$ 3.993,08 
6 
Auxiliar (judiciário) está em 
extinção. 
A 5 
 R$ 6.551,52 
1 
 
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Obs.: o Cargo de auxiliar era prestado por quem tinha nível fundamental, hoje está 
extinto, mas como ainda tem pessoa trabalhando porque entraram por esse concurso, 
esta valendo até todos se aposentarem. 
Na pratica todos fazem a mesma coisa, técnico e analista. 
LOTAÇÃO – Número de servidores que devem ter exercício em cada repartição ou 
serviço. Pode ser: 
 Numérica: número de cargos. 
 Nominal: distribuição nominal dos servidores. 
PROVIMENTO: é o ato pelo qual se efetua o provimento/preenchimento do cargo 
público. Pode ser: 
 INICIAL/ORIGINARIO – Decorre de concurso e sem vinculação com o cargo 
anterior. Ex: súmula 685 STF 
STF Súmula nº 685 - Constitucionalidade - Modalidade de Provimento - Investidura 
de Servidor - Cargo que Não Integra a Carreira - É inconstitucional toda modalidade de 
provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso 
público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual 
anteriormente investido. 
 
 DERIVADO – Decorre em razão de circunstâncias particulares/própria se efetua 
outro enquadramento. Ex: Readaptação, reversão  retorno da 
aposentadoria, reintegração invalidada a dispensa. 
O provimento têm Três Fases: 
 NOMEAÇÃO: Designação do agente; ato mediante o qual, observados os 
requisitos exigidos, designa-se agente para ocupar cargo ou função pública. 
 POSSE: materializa-se com a assinatura do termo a respectivo. A posse pode ser 
feita por procuração, ou seja, comporta mandato. 
 EXERCÍCIO: efetivo desempenho das funções do cargo. 
ESTÁGIO PROBATÓRIO 
É o Período do exercício (art. 41 “caput” CF) do servidor durante o qual é observada 
e apurada pela administração a conveniência de sua permanência no serviço público. 
Esse período segundo a CF é de 3 anos (STA 310 e 311) 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para 
cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
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A única estabilidade que não há no estágio probatória é , por exemplo, uma pessoa foi 
demitida e eu entro no lugar dele se por acaso ele conseguir volta a pessoa do estagio 
vai para rua. 
STF Súmula nº 21 - Funcionário em Estágio Probatório - Exoneração ou Demissão - 
Inquérito ou Formalidades Legais de Apuração de Capacidade 
Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem 
inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade. 
 
Após o estágio probatório, a pessoa adquire estabilidade. 
ESTABILIDADE: garantia constitucional de permanência no serviço público outorgado à 
servidor que ultrapassar o estagio probatório e avaliação especial de desempenho. 
Isso serve para carreira típica do Estado, como as carreiras da educação, saúde, 
diplomacia entre outras. 
Art. 41, § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação 
especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade. 
PERDA DA ESTABILIDADE: 
 Sentença judicial transitada em julgado 
 Processo administrativo disciplinar (devido processo legal) 
 Avaliação periódica de desempenho. 
 Ultrapassado limite de gasto com pessoal, conforme o Art. 169, §4º 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei 
complementar. 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o 
prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão 
e funções de confiança; 
II - exoneração dos servidores não estáveis 
União Lei 9.801/99 
 
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CONTRAPRESTAÇÃO PECUNIÁRIA 
VENCIMENTO: é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargos públicos, com valor 
fixado em lei,sendo que nenhum servidor receberá menos que o mínimo legal. 
REMUNERAÇÃO: compõem-se de vencimento acrescido das demais vantagens 
pecuniárias previstas em lei, que são basicamente: 
 Indenizações; ex: diárias. 
 Gratificações; ex:Direção chefia acesoriamento, direção/natalina. 
 Adicionais – são por atividades especiais; ex: adicional de insalubridade, 
noturno, de difícil provimento, periculosidade entre outros. 
SUBSIDIO – renumeração para certa carreirasparticulares, compondo-se de parcela 
única. Ex: magistratura. 
 
Teto salarial: 
 - subsidio dos Ministros do STF: R$ 26.723,13. Ocupante do TSE= 16% do 
subsídio do juiz federal substituto. 
 - estabilidade: executivo – governador 
 Desembargador- Judiciário 
 Deputados- legislativo 
Revisão anual: 
 
Vacância situação em que o cargo público torna-se vago. Decorre de 
exoneração, demissão, promoção, readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo 
inacumulável, falecimento. Para atender limite de despesas com pessoal ativo (art. 
169, § 4º/ CF), Lei federal 9801/99 (menor idade, menor tempo de serviço, maior 
salário). 
27/08/2012 
O Estatutário possui prestação básica de vencimento e o celetista de salário. 
A partir de se estabeleceu o TETO SALARIAL, este fixado no artigo 37, XI da CF: 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da 
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e 
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dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, 
percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra 
natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, aplicando-se como li-mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos 
Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, 
o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o sub-sídio 
dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tri-bunal 
Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério 
Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; 
No âmbito federal o teto salarial é aplicado aos ministros do STF. 
Nos Estados e nos municípios há tetos salariais diferenciados. 
Nos Estados há tetos que envolvem o executivo (governador), legislativo 
(deputados), judiciário (desembargadores). 
Nos municípios refere-se aos prefeitos. 
 
 Revisão Anual: 
Não há mais aquela questão que envolve a isonomia entre as carreiras. 
Deve haver revisão a cada ano referente ao salário dos funcionários públicos, mas 
o governo (executivo) não vem fazendo isso. 
- O art. 39 fala sobre os vencimentos. 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de 
sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da 
administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. 
Regime jurídico único foi uma criação da CF de 1988, que é a determinação 
para que não haja a contratação de dois regimes, ou seja, tem que ser estatutário ou 
celestista. 
 
 Proibições e Penalidades: 
Cada estatuto possui suas proibições. 
Ex.: Art. 117 da lei 8112/90 (estatuto do servidor federal). 
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Art. 117. Ao servidor é proibido: 
 I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe 
imediato; 
 II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto 
da repartição; 
 III - recusar fé a documentos públicos; 
[omissis] 
Quando o servidor comete uma falta ele será passivo das punições tradicionais: 
Advertência, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria/disponibilidade, 
destituição de cargo/função confiança. 
Sabe-se que, em caso de cometido de ilícito penal, o servidor irá responder na 
esfera penal pelo crime infringido. 
 
 Aposentadoria: é a inatividade remunerada. 
Em termos técnicos, aposentadoria significa ato unilateral e complexo que investe 
o ocupante de cargo público na condição de inativo, assegurando-lhe a percepção 
vitalícia de proventos e produzindo a vacância do cargo. 
O Ato administrativo composto tem a participação de mais de um servidor, mas 
somente um pode dar o resultado. Já o ato complexo é que tem participação de 
mais de um servidor, estes com poder de dar o resultado. 
Art. 71, III CF: 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União, ao qual compete: 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a 
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em 
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, 
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato 
concessório; 
Espécies de aposentadoria: 
- Invalidez permanente: só teria proventos integrais em casos decorrentes de acidente 
de trabalho. 
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A emenda 70 alterou a emenda 41. 
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de 
caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos 
servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão 
aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, 
exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa 
ou incurável, na forma da lei; 
- Compulsória: ocorre aos 70 anos. E se dá de forma proporcional ao tempo de serviço 
da pessoa. Assim, no caso de uma pessoa entrar no serviço público com 65 anos, aos 
70 ele terá que se aposentar, e ainda o vencimento será baseado aos 5 anos. 
- Voluntária: 
1) Enquanto homem será com 60 anos de idade e com 35 anos de contribuição 
previdência. Já a mulher somente com 55 anos de idade de 30 anos de contribuição. 
 2) Ainda há possibilidade de se aposentar com 65 anos (homens) e 60 anos 
(mulheres), independente de quanto tempo de contribuição, porém sabe-se que será 
de forma proporcional. 
 Em ambos os casos, de forma voluntária, precisa-se de no mínimo 10 anos de 
efetivo serviço público e 5 anos em seu cargo. 
 
 Competência Judiciária: 
- Estatutário: justiça comum (conforme seu vínculo, isto é, se for servidor federal a na 
justiça federal). 
- Celetista: em regra vai para justiça do trabalho. (art. 114 CF) 
 No caso de estatutário e celetista, aqui demonstrados, é para cargos efetivos. 
- Temporário: sob regime administrativo (lei do ente). Neste, a competência é da 
justiça comum, nos termos da reclamação 4489. O negócio é entrar direto com uma 
reclamação no STF, é uma ação prevista no regime interno do supremo, alegando o 
entendimento quefoi exposto numa ADI. 
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 Prescrição Administrativa: 
Aquela circunstância pela inação da prática do meio processual adequado, em que o 
sujeito perde o seu direito. Ou seja, se o sujeito não exercer seu direito dentro do 
prazo prescricional ele perderá o direito de fazê-lo. 
 Quando se ajuíza uma ação contra o Estado relacionado a assuntos pecuniários, 
sabe-se que só se receberá valores referentes aos 5 anos anteriores. 
- Cinco Anos: previsto no Decreto 20.910/32. Esta é a regra geral, mas havendo prazos 
menores estipulados em lei, utilizam-se eles. 
- 180 dias – advertência. Ex.: o sujeito chegou atrasado no serviço, e a administração 
tem o prazo de 180 dias após este dia para fazer o processo administrativo. 
 
 Responsabilidade do Servidor: 
- CIVIL: 
 Teorias: 
 - Inexistência de responsabilidade: a administração não poderia praticar 
nenhum ato que fosse passivo de pecúnias. 
 - Subjetiva (com culpa): para que haja a responsabilidade tem que se provar a 
culpa (imprudência, imperícia, negligência). Principalmente em questões que 
envolvem a falta de serviço. Ex.: enchentes. Tem um estabelecimento comercial no 
centro, e com a enchente ocorreu prejuízo no local, então, o sujeito terá que provar a 
culpa da administração em não ter oferecido “bocas de lobo” compatível para suportar 
o caso fortuito. 
 - Objetiva (sem culpa): a regra geral é que a responsabilidade da administração 
pública é objetiva. É a responsabilidade sem culpa. Aquela que tendo a administração 
praticada o ato lícito ou ilícito deve ela suportar a indenização. Previsto no art. 37, §6º 
CF. 
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
- Integral: O risco integral é o oposto da inexistência da responsabilidade. É sem 
possibilidade de atribuir culpa. Art. 21, XXIII, c, CF 
 
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Art. 21. Compete à União: 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer 
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a 
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes 
princípios e condições: 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização 
de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; 
 
 Atos Judiciais: regulados pelo art. 133 CPC c/c art. 5º, LXXV CF 
Art. 133. Responderá por perdas e danos o juiz, quando: 
 I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude; 
 II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício, 
ou a requerimento da parte. 
Típica prevaricação. 
O juiz não terá que indenizar, mas o Estado sim. 
 
 Atos legislativos: Em regra, a lei ou a medida provisória não gera indenização, 
salvo se inconstitucional. Todavia, a lei, mesmo constitucionalmente perfeita, 
pode causar dano injusto, quando proporciona sacrifício particular desigual. 
 
 Questão Processual - O pólo passivo da demanda é sempre a fazenda pública 
(união, Estado, município), e não o próprio servidor. Porém, pode acontecer o 
servidor pedir para integrar o pólo para poder se manifestar sobre as alegações 
a seu respeito e recorrer da decisão, utilizando-se do litisconsórcio passivo 
facultativo. 
03/09/2012 
- PENAL (Responsabilidade do servidor): 
 É regulada em capítulo próprio do Código penal – DOS CRIMES contra a 
administração pública. Em especialmente, no capítulo I, que vai do art. 312 ao 327. 
O art. 327 trata do conceito de funcionário público para efeitos penais: 
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Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora 
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. 
Embora não seja o servidor público condenado penalmente não se eximirá de 
responder em esfera administrativa, ou seja, o fato de absolvição penal específica não 
implica em questão administrativa. 
Nesse sentido, é o texto da Súmula 18 STF: 
Falta Residual - Absolvição pelo Juízo Criminal - Punição Administrativa - 
Servidor Público 
 Pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível 
a punição administrativa do servidor público. 
 
Efeitos da sentença penal 
Faz coisa julgada quando: 
 - houver sentença de absolvição com negativa da autoria ou fato. Isto é, O juiz 
diz que não aconteceu o fato ou não foi o réu aquele que praticou o fato. Assim, não 
há que se falar em imposição de processo na esfera administrativa pelo mesmo tipo 
específico. 
Não faz coisa julgada quando: 
 - houver absolvição por falta de provas. 
 - houver absolvição por ausência de culpabilidade penal. No sentido de que a 
conduta não se enquadra no tipo. 
 
Em geral, quando há o processo penal o processo administrativo pára. Porém, 
há casos que ambos os processos correm juntos, podendo haver a condenação 
administrativa por demissão. E se o processo penal der favorável ao indivíduo, este 
poderá impetrar mandado de segurança para o retorno de suas atividades com base 
nesta sentença judicial. 
Na hipótese de a sentença penal fazer coisa julgada o indivíduo não irá 
responder na esfera administrativa, mas, do contrário, se ela não fizer coisa julgada em 
sentença absolutória o indivíduo responderá administrativamente. 
 
 
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- ADMINISTRATIVA (Responsabilidade do servidor) 
 Esta decorre da prática de ato ilícito administrativo previsto em estatuto ou lei 
que regule a prática dos atos da administração. 
Ao exemplo de malversação de valores em sua guarda, absenteísmo, 
impontualidade, etc. 
 Art. 5º, LV CF: 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; 
O sujeito de maneira autônoma pode ser processado desde que seja dada a ele o 
direito ao contraditório e ampla defesa. 
As punições administrativas são: 
 - Advertência: 
 - Suspensão: 
 - Demissão: 
 - perda da disponibilidade 
 - Cassação da aposentadoria ou função da confiança (cargo de comissão): são 
raríssimos estes casos, por quem nomeia o cargo é quem irá abrir o processo. 
Art. 137, Lei 8.112/90. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, por infringência do 
art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo público 
federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos. 
 Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for 
demitido ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e 
XI. 
Neste caso, o servidor não irá mais poder prestarconcurso. 
 
- POLÍTICA (IMPROBIDADE) - responsabilidade 
 A improbidade provoca a incapacidade política do indivíduo. Por isso, decorre 
de responsabilidade política, e não penal. 
O sujeito que é honesto é probo, e o que não é honesto chama-se ímprobo. 
 
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- Lei 8.429/92 
- enriquecimento ilícito (art. 9º): quando o sujeito tem bens que não consegue 
provar a origem. 
Para o agente público tem que provar de onde veio os bens que possui, se não 
é improbidade administrativa. 
Aos indivíduos particulares que possuem bens em excesso, o simples fato de 
pagar o IR já se exime da culpabilidade. Mas, ao servidor público, não basta que pague 
apenas o IR, tem de provar de onde conseguiu todos os bens. 
- prejuízo ao erário (art. 10): quando o indivíduo facilita, de alguma maneira, o 
prejuízo ao erário. Ex.: o sujeito que é responsável pela guarda dos veículos 
apreendidos pela polícia, e se descobre que furtaram as peças dos veículos, e mais, 
ainda, que o sujeito estaria envolvido. 
Hoje em dia, nenhum político desvia dinheiro do erário, ou seja, eles não tiram 
dinheiro do caixa. Normalmente, o administrador enriquece terceiro, que depois lhe 
repassa o dinheiro. 
Curiosidade: Na China, o sujeito é condenado por corrupção é morto com um tiro na 
cuca (para não prejudicar os órgãos). A munição é paga pela família e os órgãos do 
indivíduo são de propriedade do Estado. 
 
- atos que atentam contra os princípios da administração pública (art. 11): 
São os princípios constitucionais: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, 
eficiência. E outros princípios doutrinários também. 
 
 
Cumulação de punições: 
 - Corrupção passiva: - art. 317, CP 
 - art. 9º, I, LIP 
 - art. 37, §6º/CF 
 - responsabilidade administrativa 
Em geral, não se pode cumular penas em punições de mesmo fato. Mas, se for em 
esfera diferentes poderá haver cumulação. 
 
 
 
 
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DOMÍNIO PÚBLICO 
 
 É a área de estudos de todas as questões que afetam o patrimônio público. 
O patrimônio público é formado por bens de toda natureza e espécie que 
tenham interesse para a administração ou para a comunidade administrada. 
 A administração pública é dona de tudo aquilo que é de seu interesse. 
 
O conceito de bens públicos está no artigo 98 do Código Civil, justamente para 
deixar expresso que aquilo que não é público é particular. 
 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas 
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que 
pertencerem. 
Quando se vai demandar o município, coloca-se que é pessoa de direito público 
interno ao invés do estado civil. 
Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
 
Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as 
pessoas que forem regidas pelo direito internacional público. 
 
A estas pessoas não se aplica o código civil. 
 
 
Classificação dos bens (art. 99 CC): 
Art. 99. São bens públicos: 
- uso comum do povo: Fruição à coletividade sem discriminação de usuários. Ex.: ruas. 
Não se pode privatizar o espaço público. 
 I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
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O bem comum é para uso de todos, de modo que todos possam ter livre 
acesso. 
- uso especial: Destinado à execução de serviços públicos determinados. Ex.: teatros, 
biblioteca. São inalienáveis. Não são passíveis de usucapião, assim como os outros 
bens públicos. 
 Com usuários determinados vinculados aos serviços públicos. 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento 
da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
 
- bem dominial ou do patrimônio disponível: estes são Alienáveis, mas não são 
passíveis de usucapião. 
São aqueles que integram o patrimônio, mas não têm fim específico. Ex.: 
apreendidos em operações policiais, aqueles que são perdidos em favor da 
administração em razão de sentença condenatória. 
Por isso, eles têm uma condição particular que permite sua alienação mais 
simples que as demais. 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como 
objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
 
Titularidade dos bens públicos 
A grande maioria é da União, nos termos do artigo 20 da CF, que enumeram os 
bens. 
Art. 20, VIII - os potenciais de energia hidráulica; 
Os potenciais (energias) são de titularidade da união. Então, as pessoas não 
podem gerar energia de forma particular, somente se tiverem a licença da união. 
 
Em tubarão, a união é titular das margens do Rio Tubarão. Se o município 
quiser fazer alguma coisa, cortar as árvores, por exemplo, precisa de licença da união. 
 
Aos Estados, geralmente, possuem titularidade dos bens daqueles que sobram 
da união, este enumerados no artigo 26. 
 
Aos municípios são poucos os bens. Art. 29 CF. 
 Aos municípios compete legislar sobre assuntos de interesse local. (art. 30, I 
CF). 
 
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Os municípios não podem desapropriar os bens da união. Já a união pode desapropriar 
os bens do município. 
 
REGIME JURÍDICO da Administração dos BENS PÚBLICOS 
São os princípios formados ou as regras aplicadas aos bens públicos. 
 
1) Inalienabilidade – típica dos bens de uso comum e especial. Estes bens até 
podem ser alienados, sendo que os de uso especial devem ser desafetados. 
Desafetar significa retirar a condição de interesse da sociedade, isto é, 
retira a utilização pública do bem. 
Para alienar tem que seguir a regra do artigo Art. 17, Lei 8666/93. 
Tipicamente, os bens dominiais são alienáveis. 
 
2) Impenhorabilidade – é a condição de que não pode ser penhorado. Os bens 
inalienáveis, logo, são impenhoráveis, nos termos do artigo 649, I, CPC. 
Execução por meio de precatório (art. 100/CF). 
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital 
e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica 
de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de 
casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este 
fim. 
Precatório é aquela situação que administração não paga custas, e não precisa 
dar garantia a execução. 
Precatórios são formalizações de requisições de pagamento de determinada quantia, 
superior a 60 salários mínimos por beneficiário, devida pela Fazenda Pública, em face de uma 
condenação judicial.Ao fim da execução judicial, o juiz, a pedido do credor e após parecer favorável do 
Ministério Público, emite um ofício ao presidente do tribunal ao qual se vincula, para requerer 
o pagamento do débito. As requisições recebidas no Tribunal até 1º de julho são autuadas 
como Precatórios, atualizadas nesta data e incluídas na proposta orçamentária do ano 
seguinte. 
 
3) Imprescritibilidade – estabelece que os bens públicos não são passíveis de 
usucapião. Sob os bens públicos não incide prescrição aquisitiva. 
Usucapião = capacidade de uso. 
Art. 183, §3º e art. 191, PU, ambos da CF. 
Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e 
cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, 
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que 
não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
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§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à 
mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 
§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
 
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua 
como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, 
não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua 
família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. 
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
10/09/2012 
ALIENAÇÃO 
 - Bens  Meio, não Fim. 
O bom administrador não é aquele que mostra ser econômico durante a sua 
administração, e sim aquele que mostra mais obra, compras, investimentos na 
administração com o dinheiro público. 
Os primeiros artigos da lei de licitações preveem conceitos para os termos 
utilizados na própria lei. Sendo que a partir do art. 21 é que começa explicitar as 
modalidades de licitações. 
Art. 17 da Lei de licitações (8.666/93). Para alienar um bem tem que verificar se não 
está mais atendendo ao interesse público devidamente motivado pelo administrador 
público. 
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de 
interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às 
seguintes normas: 
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração 
direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades 
paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, 
dispensada esta nos seguintes casos: 
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos 
seguintes casos: 
Após isto tem que se proceder em conformidade os procedimentos cabíveis. 
 - Para Imóveis: tem que ter autorização legislativa; realizar uma avaliação 
prévia; e utilizar a modalidade de licitação de Concorrência, com a possibilidade de 
dispensa. 
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Uma destas possibilidades é por causa da investidura. Ou seja, é uma alienação 
do imóvel desapropriado ao confrontante (aquele pessoa que é proprietária de um 
imóvel ao lado ou que faz limite com o imóvel público). Pormenorizando esta 
situações, exemplifica-se que se a administração quer alienar metade de um terreno, 
poderá fazê-lo sem licitação somente se for para o proprietário do terreno que faz 
limite com este, do contrário é necessário a licitação, atendendo a metragem legal. 
Pois, ocorre muito se leiloar parte de um imóvel, e, dessa maneira, torna o bem 
não edificável, devendo, então, atentar-se se o leilão está se dando pela totalidade do 
bem estipulado na matrícula. 
Se a construção de uma rodovia passar no meio de um imóvel, inutilizando o 
imóvel, a administração é obrigada a desapropriar o excedente, isto é, não somente 
aonde passou a construção como também a parte do imóvel que sobrou e ficou 
próxima. 
É comum a doação de bens para entidades sem fins lucrativos, apesar de que a 
lei não prevê isto, pois está previsto que os bens somente possam ser usados na 
administração. 
- Para Móveis: não precisa autorização legislativa; somente avaliação prévia 
feita por comissão; e normalmente a modalidade de licitação para esta circunstância é 
a de Leilão. 
Comumente a administração faz leilões de máquinas, veículos. 
- Os bens imóveis ou móveis chamados DOMINICAIS (art. 19, da lei de 
licitações) exigem procedimento especial para alienação, qual seja: 
Precisa de avaliação prévia; motivação do administrador; e licitação na 
modalidade de leilão ou concorrência. 
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de 
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da 
autoridade competente, observadas as seguintes regras: 
I - avaliação dos bens alienáveis; 
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação; 
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão. 
 
AQUISIÇÃO do bens 
Também segue as mesmas regras da lei de licitações. 
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Art. 22. São modalidades de licitação: 
I - concorrência; 
II - tomada de preços; 
III - convite; 
IV - concurso; 
V - leilão. 
§ 1
o
 Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase 
inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação 
exigidos no edital para execução de seu objeto. 
§ 2
o
 Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente 
cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o 
terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 
§ 3
o
 Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu 
objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela 
unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório 
e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu 
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas. 
§ 4
o
 Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de 
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos 
vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com 
antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias. 
§ 5
o
 Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens 
móveis inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou 
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior 
lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
 
- Demais formas do direito civil: Ex.: doação (sem ônus), dação em pagamento. 
 
- Confisco: se dá na forma do art. 91, II, CP. E do artigo 243/CF 
A união é titular dos bens que o condenado tenha utilizado para a prática do delito. 
Art. 91 - São efeitos da condenação: 
I - tornar certaa obrigação de indenizar o dano causado pelo crime; 
II - a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: 
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou 
detenção constitua fato ilícito; 
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a 
prática do fato criminoso. 
 
 
Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de 
plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao 
assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem 
qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
 
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UTILIZAÇÃO DOS BENS PÚBLICOS POR TERCEIROS 
 
 Os ambulantes, com a devida licença (alvará) municipal, devem circular, mover-
se. E não que façam um ponto na cidade. Ou seja, a licença deles é para que se movam 
durante as festas, utilizando o espaço público para venda dos produtos. Mas, não 
podem fazer um ponto fixo, isto é algo temerário, pois não se pode privatizar o espaço 
público. 
Conceito de ambulante: é o vendedor que pode vender seu produto sem ponto 
definido. 
 
- Autorização de uso: serve para auxiliar interesses particulares em eventos ocasionais 
ou temporários. 
- Ato unilateral, discricionário e precário. A administração não é obrigada a conceder o 
direito ao uso do espaço público, e pode cancelar a qualquer tempo. 
- independe de Lei. Pela própria natureza de natureza tem o direito de gerir os bens 
necessários. 
- pode ser em caráter gratuito ou oneroso. Geralmente, a administração concede o 
alvará gratuitamente. 
- período determinado ou indeterminado. 
 
PERMISSÃO DE USO (permanente em local fixo) 
 
É uma forma que há interesse da administração na utilização daquele especial. 
Quando a administração faz uma permissão de uso do espaço público (por 
exemplo de um ponto de táxi), ela exige que o indivíduo se utilize do local para prestar 
o serviço, sendo que do contrário, poderá perder a sua permissão. Diferentemente da 
utilização por terceiros, os ambulantes, que a venda de seus produtos depende deles 
mesmos, em que a administração não interfere nisto. 
 
- Menor grau de precariedade, porque, em regra, envolve interesse público. Ex.: banca 
de revista ou jornais. 
Ex.: pontos de táxi. O táxi é o transporte público individual, os taxistas possuem uma 
permissão da prefeitura para transportar as pessoas. Isto é feito por processo 
legislativo com licitação. Não pode haver alienação de pontos de táxi, e a 
administração obtendo ciência disto tomará posse do ponto, e aquele que vendeu e o 
que comprou perderão. 
 
 
 
 
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CESSÃO DE USO 
 
 É a transferência gratuita da posse de um bem público de uma entidade para 
outra nas condições estabelecidas em termo. Pode ser temporária ou indeterminada. 
Envolve a utilização de espaços públicos por ordens da própria administração pública. 
 Se a rodovia for federal ou estadual, o município não pode mexer. Em 
Imbituba, há briga do DENIT dizendo que a prefeitura deve colocar lâmpadas na 
estrada, ocorre que se o prefeito fizer isso responde inclusive por improbidade 
administrativa, já que as lâmpadas daquela estrada são da união. 
 
CONCESSÃO DE USO 
 
 Há que se separar a concessão de uso com a cessão de uso. 
- A concessão de uso acontece quando a administração dá ou transfere a 
utilização exclusiva de bem de seu domínio a particular para que o explore, segundo 
destinação específica. Por isso, requer, em regra, autorização legislativa e licitação. 
Por exemplo: a concessionária tem a concessão de uso para prestar serviço na BR101. 
No caso assistência aos motoristas e manutenção da rodovia. 
 
Toda a concessão de serviço, em regra, vem atrelada a de uso. 
 
CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO 
 
- Direito real resolúvel para fins específicos de regularização fundiária de interesse 
social no tocante à urbanização, industrialização, edificação, cultivo (só adquire 
propriedade depois de 10 anos) ou qualquer outra circunstância equivalente. Requer 
autorização legislativa. 
 
Se fosse uma doação, por consequência o sujeito adquiriria a propriedade 
sobre um bem. E sendo concessão o sujeito não terá a propriedade, apenas receberá o 
título de uso, em que a propriedade será depois de 10 anos. 
 
ENFITEUSE OU AFORAMENTO 
 
É uma invenção dos romanos. 
 
Art. 2.038 Cód. Civil. Fica proibida a constituição de enfiteuses e subenfiteuses, 
subordinando-se as existentes, até sua extinção, às disposições do Código Civil anterior, Lei n
o
 
3.071, de 1
o
 de janeiro de 1916, e leis posteriores. 
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Esta figura está extinta. Salvo as enfiteuses já estabelecidas ou aquelas da 
administração 
 
- Laudêmios é o percentual incidente cobrado sobre o valor da transferência do 
domínio útil. No caso da União é de 5%. 
Ao exemplo que o sujeito é titular de um terreno de Marinha e ao alienar o 
imóvel que foi constituído sobre este terreno, terá que conceder um percentual de 5% 
sobre a venda do domínio a título de laudêmio à união. 
 
- Foro: valor pago anualmente à união. Quem usa terreno de marinha paga o foto 
anual a união, em razão do termo de ocupação provisório de imóvel público. A 
ocupação é provisória e precária. 
 
 
LOCAÇÃO 
 
 Conceito de locação está no Art. 565 Código Civil. 
Art. 565. Na locação de coisas, uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo 
determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição. 
A locação sempre será onerosa. Se for gratuita será comodato. 
 
A administração direta não pode locar nada, nem para outrem nem para si. 
Salvo os casos previstos em locação da lei 8666 (licitações), e nada regido por lei de 
locação. 
A administração só está em mora se passados 90 dias, isso se não estiver em 
estado de emergência, que neste não há mora. 
 
COMODATO 
O conceito de comodato está no art. 579 Código Civil. 
Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a 
tradição do objeto. 
 
 
BENS PÚBLICOS DO ESTADO BRASILEIRO 
 
Terra devoluta é no sentido de que ninguém se apossou, nem possui finalidade 
pública. Não foi ainda demarcada. Terra devoluta, em outras palavras, é terra sem 
registro. 
Ação discriminatória: Lei 6383/76. É a ação que se usa para discriminar as terras 
devolutas e posteriormente poder usucapir. 
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17/09/2012 
Anotação da aula deste dia por José Carlos. 
Terrenos de Marinha 
1. Bens da união. Vão do preamar médio de 1831 até 33 metros. Para terra. 
Nos rios navegáveis e lagos em contato com o mar, relacionados com as enchentes 
médis. 
Prevê o pagamento do foro (10,6%) anual e laudêmio

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