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Mecânica dos Solos 2 PROFESSORA: ANALICE FRANÇA LIMA AMORIM AULA 2 Investigação do subsolo Universidade Federal de Pernambuco Centro de Tecnologia e Geociências (CTG) Departamento de Engenharia Civil INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO Investigação Geológica-Geotécnica PROBLEMA GEOTÉCNICO CONHECIMENTO DO SUBSOLO SOLUÇÃO Embasamento teórico Experiência acumulada INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO Objetivo geral: • Conhecimento, utilizando técnicas disponíveis, do solo e/ou rocha que será utilizado como material de construção ou fundação onde serão construídas as obras de engenharia. • Obtenção dos parâmetros e características dos solos e/ou rochas sob as diversas condições que a obra de engenharia pode ser submetida durante sua vida útil. Um programa de investigação deve fornecer características e parâmetros necessários para construção e segurança. Segurança •Técnica (não ruptura) – Ex.: Edifícios e Fundação •Ambiental (não contaminação) – Ex.: Posto de Gasolina INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO Objetivos específicos: • SOLO - Determinar extensão, profundidade e espessura de cada camada de solo, e descrição do solo: compacidade (solo granular) e consistência (solo coesivo). • ROCHA - Determinar profundidade da superfície da rocha, classificação, extensão, profundidade e espessura de cada extrato rochoso, direção das camadas, espaçamento de juntas, planos de acamamento, presença de falhas e o estado de alteração e decomposição. • ÁGUA - Informações sobre ocorrência de água no subsolo: profundidade do lençol freático e suas variações e lençóis artesianos. • COLETA DE AMOSTRAS INDEFORMADAS: quantificar propriedades mecânicas do solo (compressibilidade, permeabilidade e resistência ao cisalhamento). INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO Para tanto é necessário: 1. Conhecimento prévio do tipo de obra e problemas específicos: • Interação solo-estrutura (túneis, muro de arrimo, estacas); • O próprio solo é a estrutura da obra (barragens); • Estruturas naturais de solo e rocha (taludes de cortes e encostas naturais). 2. Condições geológicas da área: Pode indicar a ocorrência de áreas que possam trazer problemas às obras. 3. Características do local a ser investigado: Condições físicas do local a ser investigado. Ex: Presença de nível d’água. INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO Etapas de um programa de investigação: 1. Investigação de reconhecimento: Consulta à mapas, perfis geológicos, cartas geológicas para escolha de áreas; 2. Investigação preliminar (anteprojeto): Realizadas em áreas escolhidas na etapa anterior. Onde se determina o perfil do solo e coleta material para ensaios laboratoriais. Estudo de seleção de áreas, escolha de área e projeto básico. 3. Investigação detalhada (projeto executivo): Solução de problemas específicos. 4. Investigação durante á construção: realizadas em obras de grande porte para avaliar o tipo de material e suas características durante a construção (túneis, barragens....). INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO ENSAIOS: CAMPO X LABORATÓRIO ENSAIOS DE CAMPO: VANTAGENS • solo ensaiado no próprio local da obra • menor efeito de amolgamento do solo (ex.: umidade natural) • rapidez / praticidade – maior volume de solo ensaiado • medidas contínuas com a profundidade (CPTU e DMT ) DESVANTAGENS • condições de contorno mal definidas • sem controle da trajetória de tensões • mobilização do equipamento • condições de drenagem e grau de amolgamento desconhecidos INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO ENSAIOS: CAMPO X LABORATÓRIO ENSAIOS DE LABORATÓRIO: VANTAGENS • condições de contorno bem definidas • escolha da trajetória de tensões e drenagem controlada DESVANTAGENS • efeito de amolgamento da amostra • ensaios em amostras pequenas • maior tempo / custo INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO Fluxograma de Ensaios de Campo: Interpretação de ensaios de campo (SCHNAID 2000) INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO Métodos de Investigação: MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO PENETRAÇÃO NO SOLO RETIRADA DE AMOSTRAS Direto SIM SIM Indireto NÃO NÃO Semi-Direto SIM NÃO INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO MÉTODOS DIRETOS: Tipos de amostras • Amolgada ou Deformada • Indeformada Retiradas de amostras: a) Métodos manuais: • Trados Manuais • Poços • Trincheiras b) Métodos mecânicos: • Sondagem à Percussão com circulação d’água - SPT • Sondagem Rotativa • Sondagem Mista • Sondagens Especiais com extração de amostras – tipo Shelby. MECÂNICA DOS SOLOS 2 AMOSTRAGEM (Solos moles e Solos compactos) TIPOS DE AMOSTRAS 1. Amostras Não Representativas • Solos de várias camadas misturados; • Alguns componentes do solo removidos; • Materiais estranhos dentro da amostra. 2. Amostras Representativas – amolgadas ou deformadas • Estrutura do solo destruída; • Variação na umidade ou índice de vazios; • Sem variação nos constituintes do solo. 3. Amostras Indeformadas • Sem destruição (amolgamento) da estrutura do solo; • Sem variar umidade, índice de vazios e composição química. (HVORSLEV, 1949 apud OLIVEIRA, 2002) AMOLGAMENTO DE AMOSTRAS 1. Tipos de Amolgamentos (HVORSLEV 1949) • Variação nas condições de tensão. • Variação na umidade e no índice de vazios. • Amolgamento da estrutura do solo. • Variação química. • Mistura e separação dos constituintes do solo. 2. Fatores Causadores (JAMIOLKOWSKI et al., 1985) • Variação nas tensões devido a abertura do furo. • Remoção das tensões cisalhantes de campo. • Geometria e tipo de amostrador. • Método de cravação do amostrador. • Relação entre diâmetro do amostrador e do corpo de prova. • Transporte, armazenagem e manuseio no laboratório. COLETA DE AMOSTRAS INDEFORMADAS – MÉTODO MANUAL Obtenção de cilindros cortantes e blocos AMOSTRAGEM EM BLOCOS Procedimento executivo: Moldagem do bloco AMOSTRAGEM EM BLOCOS Parafinagem do bloco.Preparação do bloco para parafinagem. AMOSTRAGEM EM BLOCOS Moldagem de corpos de provas para ensaios de laboratório Acondicionamento do bloco AMOSTRAGEM EM BLOCOS Coleta de amostras – Alto do reservatório para determinação de parâmetros de resistência – Estabilidade de talude AMOSTRAGEM – TRADO MANUAL Trados Manuais: Processo simples, rápido e econômico para investigações preliminares nas camadas superficiais do solo. OBJETIVOS: • Classificação táctil-visual das camadas atravessadas; • Retirada de amostra amolgada; • Definição de perfil geotécnico (tipo de solo, espessura da camada, profundidade d’água, anomalias); • Auxiliar na abertura do furo para execução de outros tipos de sondagens ou na instalação de equipamentos. AMOSTRAGEM – TRADO MANUAL Tipos de trados manuais: AMOSTRAGEM – TRADO MANUAL Trado Concha (cavadeira) Tipos de trados manuais: Ótima : até 6m Boa : até 8m Profunda: até 12m Muito Profunda : até 15m Trado Torcido Trado Helicoidal AMOSTRAGEM – TRADO MANUAL Procedimento: AMOSTRAGEM – TRADO MANUAL vantagens desvantagens • rápida e barata; • colhe um volume razoável de amostra, suficiente para a realização de ensaios de caracterização e compactação; • não exige equipamento nem mão de obra especializada. • Rasas. Geralmente inadequadas para projetos de fundações; • não colhe amostras indeformadas, permitindo somente a realização de ensaios onde a estrutura de amostras não precisa ser preservada; • não dá ideia e nem oferece um índice de resistência, como no caso do SPT. AMOSTRAGEM – TRADO MANUAL • Presença de nível d’água; • Presença de camadas de pedrgulhos, pedras, matacões; • Areias muito compactas ou argilas duras (utilizar o trado com motor); • Camada de areia muito fofa com teor de umidade muito baixo; • Profundidade de perfuração acima de 10m de profundidade(depende do solo – compacidade ou consistência) Limitações: AMOSTRAGEM – TRADO MANUAL Deve conter: • Local de sondagem ; • Número do furo; • Profundidade da amostra ; • Número da amaostra; • Classificação táctil-visual do solo amostrado; • Sondador; • Data Etiqueta das amostras coletadas: AMOSTRAGEM – TRADO MANUAL Escolha dos trados: • Trado de caneco standard – utilizável em quase todos os tipos de solo, com exceção de solos secos muito soltos ou granulares. • Trado de caneco para solos argilosos – possui uma ponteira e caçamba desenvolvidas para facilitar a penetração e retirada da amostras de solo muito coesos e úmidos. • Trado de caneco para solos arenosos – possui uma ponteira desenvolvida para reter materiais poucos coesos (secos, soltos ou granulares). • Trado de rosca – possibilita a amostragem em solos coesos, variando de macios a muito duros, não retendo materiais secos, soltos ou granulares. • Trado holandês – desenvolvido especificamente para solos de várzeas com presença considerável de materiais fibrosos e raízes. • Trado plano – utilizado normalmente em conjunto com o trado de caneco e amostradores tubulares, com a finalidade de limpar e nivelar o fundo de furos já realizados. AMOSTRAGEM – TRINCHEIRAS Trincheiras – dimensões de 1,5 m de comprimento por 1,2 m de largura e 2,0 m de profundidade Objetivos: • Classificação táctil-visual das camadas atravessadas; • Retirada de amostra amolgada; • Obtenção do perfil geotécnico ao longo da escavação; • Inspeção de estruturas abaixo do nível do terreno • Equipamento: Escavadeiras, pá, picareta e etc. AMOSTRAGEM – POÇOS Poços : Objetivos: • Classificação táctil-visual das camadas atravessadas; • Retirada de amostra amolgada; • Retirada de amostras indeformadas de argilas médias, rijas e duras (bloco); • Obtenção do perfil geotécnico ao longo da escavação;
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