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�� � Teoria Geral e Crítica do Processo – Simone Daudt 2° Bimestre Lei Processual no Tempo 1) Conflito de leis no tempo: Surge quando duas ou mais normas processuais sucessivas regulam o mesmo fato surgindo a questão de qual das normas deverá ser aplicada. • Princípio da territorialidade: - artigo 1°, CPC; - artigo 1°, CPP. • Princípio da lei no tempo: - Não retroage: garante a segurança jurídica. > Artigo 5°, XXXVI, CF; > Artigo 6°, LICC. EXCEÇÃO: norma de direito material penal para beneficiar o réu. - Aplicação imediata da lei nova: é usada assim que entrar em vigor, atingindo o processo no curso em que estiver. * Valido para CPP e CPC. 2) Processos pendentes: A lei nova atinge o processo no ponto em que este se achar no momento em que ela entrar em vigor, sendo resguardados os atos processuais já praticados. 3) Nulidade dos atos processuais: Vale a lei da data em que os atos foram praticados, disso decorrem duas conseqüências: a) Mantém-se a validade dos atos praticados na vigência da lei antiga ainda que a nova lei considere atos nulos. b) Mantém-se a nulidade dos atos praticados na vigência da lei antiga ainda que a nova lei os considere validos. 4) Prazos processuais em curso: Os prazos iniciados sob o regime de uma lei regulam esta até o seu termino. 5) Provas: Vale a lei do dia em que o ato a provar se realizou, assim como vigora a lei do dia da prática do ato em juízo. 6) Ação: Vigora a lei do dia do surgimento do direito e não do seu ingresso em juízo. � EXCEÇÃO: “ABOLITIO CRIMINIS 7) Recursos: tem a validade a lei do dia em que nasce o direito de recorrer Direito processual sob a perspectiva extra 1) Tradição civil: família Romano dos países europeus, América latina, Japão, África e alguns países árabes. Caracteriza direito. Sendo ela a regra geral e a caso concreto; as decisões nesses países utilizam as leis para seus fundamentos. 2) “Common Law”: é utilizada especialmente nos países de língua inglesa, a fonte do direito nesses países são os precedentes judicias, ou seja, usam as decisões judiciais anteriores para julgar e fundamentar as pretenções. 3) Direito Socialista: decisões. EXEMPLO: URSS. 4) Outras Famílias: • Muçulmano: • Extremo Oriente: 5) Perspectivas para a unificação do direito processual: A) Código modelo de cooperação para a Ibero sugestão). EXEMPLO: artigo 331, CPC. B) Acordos, convenções e tratados valem para os países que os assinarem. ABOLITIO CRIMINIS” tem a validade a lei do dia em que nasce o direito de recorrer Direito processual sob a perspectiva extra nacional família Romano-Germânica, a qual predomina na maioria dos países europeus, América latina, Japão, África e alguns países Caracteriza-se pela codificação das leis como fonte principal do . Sendo ela a regra geral e absoluta que tem incidência no caso concreto; as decisões nesses países utilizam as leis para seus fundamentos. LEGISLATIVO SOCIEDADE é utilizada especialmente nos países de língua inglesa, a fonte do direito nesses países são os precedentes judicias, ou seja, usam as decisões judiciais anteriores para julgar e fundamentar as Direito Socialista: Quando o Estado tem uma participação maior nas decisões. EXEMPLO: URSS. Muçulmano: Caracterizado a partir da religião. Extremo Oriente: A partir dos costumes do direito a força. Perspectivas para a unificação do direito processual: modelo de cooperação para a Ibero - América (apenas uma sugestão). EXEMPLO: artigo 331, CPC. Acordos, convenções e tratados valem para os países que os Jurisdição �� tem a validade a lei do dia em que nasce o direito de recorrer. nacional Germânica, a qual predomina na maioria dos países europeus, América latina, Japão, África e alguns países se pela codificação das leis como fonte principal do bsoluta que tem incidência no caso concreto; as decisões nesses países utilizam as leis para é utilizada especialmente nos países de língua inglesa, a fonte do direito nesses países são os precedentes judicias, ou seja, usam as decisões judiciais anteriores para julgar e fundamentar as cipação maior nas A partir dos costumes do direito a força. América (apenas uma Acordos, convenções e tratados valem para os países que os �� � 1) Teorias: 1.1) Teoria de CHIOVENDA: a jurisdição é uma atividade substitutiva, pois o estado, através do juiz, atua em SUBSTITUIÇÃO a vontade das partes, e secundária, pois a jurisdição só é acionada caso as partes não tenham obtido êxito na solução de suas controvérsias de forma primária. *CRÍTICAS: por considerar a jurisdição uma atividade secundária não explica as situações que envolve o procedimento necessário nos quais as partes não conseguem obter o resultado pretendido sem que haja uma prestação jurisdicional. EXEMPLO: processos penais, interdição, separação consensual, entre outras; 1.2) Teoria de ALLORIO: Segundo essa teoria, a jurisdição caracteriza-se por produzir coisa julgada, tornando-se imutável (artigo 485, CPC). *CRÍTICA: - Não deixa de ser um processo jurisdicional; - A coisa julgada é produzida nos processos de conhecimento, sendo que em processos de execução e cautelares não há coisa julgada; 1.3) Teoria de CARNELUTTI: Para esta teoria a atividade jurisdicional tem como característica a justa composição da lide, só existindo jurisdição para compor um conflito. *CRÍTICA: - Nem sempre quando a jurisdição é acionada existe um conflito, às vezes trata-se de situações de procedimento necessário em que a atividade jurisdicional é exigida - Não é só a atividade que serve para resolver conflitos, muitas vezes a composição pode ocorrer em tribunais arbitrais, de mediação, promotorias especializadas, entre outras; 1.4) Teoria de MICHELLI: Segundo essa teoria, a jurisdição caracteriza- se por ser uma atividade imparcial, pois o juiz coloca-se numa posição equidistante, tomando uma posição estranha dentro da relação. 2) Conceito: É a atividade estatal exercida através de um agente regularmente investido na função que atua quando solicitado para resolver a questão apresentada em juízo, que poderá ser uma lide ou não. �� � 3) Características da Jurisdição: 1°- Inércia: Só atua se for provocada; 2°- Coisa julgada: Sendo a única apita a produzir i sto; 3°- Substitutividade: Pois o juiz atua em substitui ção à vontade das partes; 4°- Imparcialidade: A atividade jurisdicional é exe rcida com imparcialidade sob pena de nulidade. 4) Escopos: *Sociais: • Educar a sociedade: Destina-se a informar os indivíduos a respeito do que não pode ser feito, assim como, orientar como buscar a tutela jurisdicional; • Pacificar a justiça: Através da composição dos litígios, tornando harmônica a vida em sociedade; *Jurídicos: Manter íntegro o ordenamento jurídico, através da aplicação das normas de direito material; *Políticos: • Afirmação do poder estatal: A fim de sustentação do Estado; • Culto as liberdades públicas: Representa a limitação do poder estatal, que não é absoluto, sob pena de contrariar o Estado Democrático de Direito; • Garantia de participação: Através da jurisdição garante-se ao jurisdicionado participar nos destinos da sociedade como, por exemplo, na ação popular e na ação civil pública. 5) Princípios: REVER-LOS * Investidura; * Aderência ao Território; * Inevitabilidade; * Indelegabilidade; * Juiz Natural; * Inércia. 6) Diferença entre as Funções Jurisdicionais e Legislativas: A primeira atua diante de fatos; a sentença se caracteriza por ser lei no caso concreto. �� � Já na segunda atuaem hipóteses abstratas criando normas genéricas aplicáveis aos fatos futuros que venham a se adequar a descrição contida na norma elaborada. 7) Diferença entre as Funções Jurisdicionais e Administrativas: A primeira é exercida com imparcialidade, produzindo coisa julgada, também sendo substitutiva, pois há um terceiro, estranho à relação, que decidirá a questão. Já a segunda é parcial, pois o agente está diretamente interessado no resultado da atividade que exerce, sendo que seu ato é passível de modificação ou revogação a qualquer tempo, ademais de não ser uma atividade substitutiva, uma vez que é o próprio agente do órgão que julgará o processo. 8) Espécies de Jurisdição: a) Jurisdição Contenciosa e Voluntária: Diz respeito ao modo como o juiz se manifesta no processo. Contenciosa quando há conflito, as partes se vêem como adversárias, cabendo ao juiz decidir a lida dizendo qual das partes tem razão. Voluntária ocorre quando não há um conflito entre as partes, que não se vêem como adversárias, o juiz é incumbido de aplicar a tutela jurisdicional; b) Jurisdição Civil e Penal: Diz respeito à matéria. Tudo o que não cabe a jurisdição penal cabe, por exclusão, a jurisdição civil, também chamada de extra penal. A jurisdição civil costuma-se dividir em jurisdição civil propriamente dita (Stricto Sensu), sendo regida pelo CPC e legislações específicas, e jurisdição Trabalhista, que é regulamentada pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT); c) Jurisdição Comum e Especial: Relacionado com a matéria a que versa o litígio. Na jurisdição comum se conhecem todas as controvérsias pelo caráter geral, excluídas aquelas que a lei reserva jurisdição especial, assim como jurisdição estadual (particulares) e federal (quando uma parte for a União, suas autarquia, entre outras). Já na especial, somente se conhece expressamente indicadas na lei, tal como a jurisdição trabalhista, a eleitoral e a militar; d) Jurisdição de Direito e Equidade: Quanto à forma de decidir o litígio. Jurisdição de direito é aquela em que o juiz estabelece a norma do �� � caso concreto em conformidade com a lei. Já a jurisdição de equidade é aquela em que o juiz recebe o poder de reformular a regra do caso concreto segundo a sua própria consciência, é excepcional, só podendo ser utilizada nas situações previstas em lei, tais como: • Artigo 127, CPC; • Artigo 25, lei 9099/95; • Artigo 11, II, lei 9307/96; • Artigo 1109, CPC; • Na área penal, é a individualização da pena; e) Jurisdição Inferior e Superior: Diz respeito quanto à hierarquia do órgão julgador em relação a outro. 9) Diferenças entre Instância e Grau de Jurisdição: Instância é o termo ligado a organização judiciária, enquanto que o grau de jurisdição é relacionado com o número de análises. Os órgãos de 1° instância são inferiores aos de 2° instância, que por sua vez, sã o inferiores aos de 3° instância. Na maioria das vezes o 1° grau de jurisd ição é exercido em 1° instância, e os respectivos seguem a mesma ordem, porém existem exceções como: • Mandado de Segurança (MS) contra a governadora, 1° vez que é analisada a sentença, porém, é feita diretamente pela 2° instância; • Turmas recursais → turmas de juízes de 1° instância. 10) Limites de Jurisdição: 10.1)Limites Internacionais: Diz respeito as normas internas de cada Estado, respeitando os limites territoriais, a soberania e a competência da cada Estado (artigos 88 e 89, CPC). *De caráter pessoal: Garante imunidade de jurisdição a certas pessoas com o objetivo de garantir a soberania dos estados, como exemplos têm-se os agentes diplomáticos e chefes de estados estrangeiros; 10.2)Limites Internos: Não há categoria de direitos que não possa ser apreciada, os limites internos são regulados pela fixação de competência de cada órgão (artigos 91 a 124, CPC). �� � Noções de competência: 1) Conceito: É o poder (dever) atribuído a um órgão jurisdicional para desenvolver aquela parcela de atividade, a competência é atribuída ao órgão e não a figura física do juiz que ocupa aquela função; 2) Critérios para determinar a competência: 1°- Em relação a matéria: Dependendo da matéria que versa o conflito, terá competência uma justiça especializada ou comum; 2°- Pessoa: Para determinar a competência é necessário analisar as pessoas envolvidas na ação; 3°- Funcional: Serve de base para a divisão de cada órgão da justiça em tipos diferentes; 4°- Territorial: Estabelece a competência em todo o território do país, fixando-a a partir de diferentes critérios; 3) Competência Absoluta e Relativa: A primeira é aquela que não pode ser modificada, existe apenas um órgão competente para analisar aquela ação, qualquer ato decisório praticado por um juiz incompetente é nulo. Já a segunda é aquela competência que pode ser modificada se não for obedecida no prazo legal à exceção de incompetência. Observação: *1°- Prevenção ocorre quando há duas ou mais ações conexas tramitando perante juízes que tem a mesma competência territorial, considerando-se prevento aquele que despachar primeiro uma das ações; *2°- Chama-se perpetuação de jurisdição a estabiliz ação da competência do juízo. Ação: 1. Classificação da ação: 1.1. Civil: � � a) Conhecimento: É aquela em que o juiz conhece os fatos, avalia-os a luz das normas existentes e determina as conseqüências estabelecidas pelas normas abstratas ao caso concreto, é uma ação que há a ampla produção probatória; a.1) Declaratória: É aquela que busca a declaração judiciária sobre a existência ou não de uma relação jurídica incerta e controvertida, ou seja, é para determinar se algum fato vai ou não acontecer; a.2) Condenatória: Busca uma declaração sobre a situação jurídica deduzida e a imposição do comando ao réu para que cumpra a obrigação de que foi reconhecido devedor, como exemplos pode-se citar as ações de indenização e cobrança. Observação: Desde 2005, com o advento do cumprimento de sentença, deixou de existir as ações puramente condenatórias; a.3) Constitutiva: São aquelas que visam uma sentença que crie, modifique ou extinga uma relação jurídica controvertida, assim como a dissolução de sociedade empresarial ou até a dissolução de um contrato; b) Execução: É aquela em que a lei permite a utilização de maios coercitivos para a exigência do comando contido numa sentença ou em título que a lei atribua força executiva; c) Cautelar: É aquela que visa assegurar o eficaz desenvolvimento de resultado das ações, caracteriza-se pela provisoriedade, a qual evita que o direito posto em juízo seja prejudicado. Exige dois requisitos: 1°- Fumus boni iuris: É a fumaça do bom direito, cabe ao autor demonstrar indícios de que tem direito a sua pretensão; 2°- Periculum in mora: Deve demonstrar os riscos e prejuízos que eventual demora ocasionará. Como exemplo, o Arresto (“pré- penhora”); d) Mandamental: É aquela que busca uma ordem, um mandamento judicial, assim como o MS, retificação de registro civil, entre outros; e) Executivas latu sensu: São aquelas que a sentença contém uma condenação, declaração ou constituição e também um comando de execução, por exemplo, a ação de despejo. � � Observação: Alguns autores enquadram a Ação Mandamental e a Executiva latu sensu, dentro da condenatória. 1.2. Penal: a) Pública: Vista como regra geral. • Incondicionada: É privativa do Ministério Público e independe de qualquer representação do ofendido; • Condicionada: Depende da representação do ofendido para que o MP proponha a ação. b) Privada: • Exclusivamente Privada: É aquela de iniciativa do ofendido, somente se procede mediante queixa, como exemplo, crimes contra a honra; • Subsidiária da pública: é quando o MP não promove a ação penalpública no prazo legal, podendo o ofendido ou quem tenha qualidade para representá-lo, para ajuizar a ação. 1.3. Trabalhista: → Divisão: A) Dissídio individual: Quando o interesse tutelado diz respeito a uma pessoa; B) Dissídio coletivo: É quando os interesses tutelados dizem respeito a uma coletividade, por exemplo, uma ação envolvendo sindicatos. 2. Pressupostos processuais: São requisitos para o desenvolvimento regular do processo. 2.1. Pressuposto de Existência: Para existir; a) Petição inicial: Pedido; b) Juiz investido de jurisdição: No local certo; 2.2. Pressuposto da Validade do processo: São os pressupostos de desenvolvimento valido e regular do processo conforme a exigência legal, ausência de pressuposto implica na extinção do processo. 2.2.1. Pressuposto Processual positivo: O que tem que ter; a) Subjetivos: Diz respeito aos sujeitos envolvidos no processo a.1) Relativo ao juiz: Competência (absoluta) e Imparcialidade (o juiz não pode estar impedido de atuar no processo); ��� � a.2) Relativo as partes: 1°- Capacidade de ser parte: Contempla a capacidade de direito (artigo 1° do CC) e entes despersonalizados previst os em lei (artigo 12 do CPC); 2°- Capacidade processual: É a capacidade para o processo, a capacidade de estar em juízo; 3°- Capacidade postulatória: A lei estabelece que a pessoa que possui é o advogado; b) Objetos: b.1) Intrínsecos: b.1.1) Petição inicial apta: Para ser considerada apta, deverá preencher os requisitos exigidos em lei, como por exemplo indicar o juízo dirigido, os fatos e fundamentos, indicar os pedidos, qualificação das partes, valor da causa, as provas com que o autor pretendo demonstrar o alegado, entre outros. Caso algum dos requisitos não existir, será exigido que se arrume ela, caso contrário, será indeferida (artigo 295 do CPC); b.1.2) Citação válida: É o ato pelo qual o réu, ou interessado, é chamado ao processo para defender, se quiser fazer-lo. Somente será válida se observada a forma exigida pela lei: - Correio; - Oficial de justiça; - Edital; b.2) Extrínsecos (negativos): São aqueles que não podem existir numa relação jurídica processual, sob pena de acarretar na extinção do processo sem análise de mérito. b.2.1) Litispendência: Ocorre quando uma ação for idêntica a outra, considera-se idêntica a ação que tenha as mesmas partes, mesmo pedido e causa de pedir. b.2.2) Coisa julgada: Caracteriza-se pela decisão judicial que não cabe mais recurso. Observação: Existe Coisa Julgada formal e material. Na primeira, não se analisa os fatos, somente as características para a existência. Já na segunda, analisa-se os fatos, a legitimidade das partes. ��� � b.2.3) Perempção: É a perda do direito de demandar em razão do processo ter sido extinto por três vezes pelo abandono. Observação: O autor poderá usar a matéria das três ações anteriores para sua defesa. b.2.4) Convenção de arbitragem: Se as partes convencionam a solução da controvérsia através da arbitragem, eventual ação judicial deverá ser extinta a fim de preservar o pacto entre as partes. 3. Ausência de pressupostos: 3.1. Existência: Ocasiona a inexistência do processo; 3.2. Validade: Acarreta na extinção do processo sem a análise de mérito, exceto nos casos de impedimento do juiz e de incompetência do mesmo, com isso será remetido para outro juiz. 4. Condições da ação: 4.1. Legitimidade das partes: Tem legitimidade aquele que tem o direito, pois ninguém pode pleitear, em nome próprio direito alheio, salvo se autorizado por lei. Quem tem legitimidade para sofrer (legitimidade passiva) a ação é aquele que tem a obrigação de satisfazer a pretensão; Observação: - Legitimidade ordinária: Quem tem o direito, tem a legitimidade; - Legitimidade extraordinária: Quando a lei atribui legitimidade a outra pessoa para demandar a pretensão em nome de outrem. 4.2. Interesse: Para que exista, é preciso o desatendimento a uma pretensão, logo, o interesse será necessário; 4.3. Possibilidade jurídica do pedido: A situação afirmada pelo autor deverá ser, em tese, protegida pelo ordenamento jurídico para que possa ser possível a apreciação do juiz. Observação: A ausência de qualquer pressuposto da ação acarreta na extinção sem a resolução do mérito. 5. Elementos da ação: Servem para identificar a ação a fim de evitar os pressupostos extrínsecos; ��� � a. Partes (quem?): Dizem respeito à identificação da parte passiva ou ativa, podendo ser sozinha ou litisconsórcio (mais de um autor ou mais de um réu) b. Pedido (o que?): Diz respeito ao objeto da ação, o que está postulado. Temos pedido imediato, que é o pedido da prestação judicial, e o pedido mediato, e o bem tutelado ou com uma utilidade que o autor pretende, sempre tem que ser expresso, claro e preciso; c. Causa de pedir (por quê?): Refere-se aos fundamentos da ação. Têm-se dois: 1°- De fato: É a descrição dos fatos ocorridos que servem para fundamentar o pedido; 2°- Jurídicos: A base legal que autoriza a sua pretensão. Processo: 1- Conceito: É o instrumento através do qual as pretensões são exercidas, é um conjunto de atos voltados a uma finalidade que é a prestação jurisdicional. *É diferente de Procedimento = Sequência, a ordem de atos a serem observados no processo, ou seja, como os atos são desencadeados; *É diferente de Autos = São a materialidade dos documentos nos quais se corporificam nos atos dos procedimentos. 2- Classificação: É igual a da ação. 2.1- Conhecimento: É aquele em que há a ampla cognição judicial, o juiz analisa os fatos, avalia as provas e resolve a pretensão; 2.1.1- Declaratório: É aquele em que se busca uma mera declaração judicial a respeito da existência de uma relação jurídica; 2.1.2- Condenatório: 2.1.2.1- Meramente Condenatório: Aquele que busca uma sentença que declare e condene (até 2005 → lei que obriga, após a declaração, a fazer → obrigação de cumprimento de sentença); ��� � 2.1.2.2- Mandamental: É aquele em que a sentença concede uma ordem judicial, um mandamento (MS, HC, entre outros); 2.1.2.3- Executiva Latu Sensu: São aquelas em que a sentença declara, condena e executa no mesmo processo, como exemplos, a ação de despejo; 2.1.3- Constitutivo: É aquele que declara e extingue, modifica ou constitui uma relação jurídica, como exemplo, a separação; 2.2- Execução: São aquelas em que pode se utilizar meios coercitivos para a satisfação da pretensão, a faze cognitiva é restrita; 2.2.1- Execução de título extrajudicial: Quando a parte possui um documento que a lei atribui força executiva, pode-se citar cheque e nota promissória; 2.2.2- Cumprimento de sentença: Quando se tem uma sentença transitado em julgado e assim inicia sua faze de exigência, caso o demandado não cumpra espontaneamente; 2.3- Cautelar: É aquele que conserva os meios para que o processo seja eficiente, garante a prestação da tutela eficaz e tempestiva. Podendo ser antes do processo principal, ou durante seu transcorrer. *Diferente da antecipação de tutela: É um pedido liminar (urgente) que antecipa total ou parcialmente os efeitos da sentença, os requisitos são: • Prova inequívoca; • Verossimilhança das alegações; • Perigo de dano irreparável ou de difícil reparação. 3- Natureza jurídica: Tenta explicar a natureza jurídica do processo; 3.1- Contrato: Para essa teoria o processo sé era um acordo de vontade entre as partes de se sujeitar a um árbitro; 3.2 Quase-contrato: Estabeleceu que a diferença entre o contrato e o processo é que neste o réu poderia ser conduzido a força caso se negasse em comparecer; 3.3- Serviço público: Aqui pensa-se que não há relação jurídica processual, apenas a prestação de um serviço público; 3.4- Relação jurídica:Com o processo existe um vínculo entre os particulares e com o juiz que integra a relação jurídica processual. ��� � Com a formação de uma relação jurídica surgem três sujeitos, juiz, réu e autor, cujo objeto é a prestação jurisdicional. 4- Características: a- Autonomia: Independe da relação com o direito material; b- Caráter público: Porque a justiça é pública; uma vez acionada a jurisprudência, esta será obrigação do Estado; c- Triangularidade: Com a citação, a relação processual passa a ser triangular entre autor, réu e juiz. d- Complexidade: Pois há uma série de atos a serem realizados, ônus impostos as partes, provas a serem produzidas. e- Unidade: É único; tudo num só processo; f- Progressividade: O processo não fica parado, estático, ele progride. 5- Sujeitos do processo: Vários na relação processual, mesmo sem serem partes. a- Estado-juiz: O juiz é o agente do Estado que exprime a vontade deste, caracterizando-se pela imparcialidade. Poderes: Decidir, instrumento (determinar se faz ou não uma prova), cautelar, dirigir as audiências, administrar sua audiência; Deveres: Imparcialidade, fundamentar suas decisões, fazer progredir o processo, entre outras; b- Partes: b.1- Autor: É aquele que demanda a pretensão insatisfeita, ocupando o pólo ativo da relação; b.2- Réu: É aquele que sofre o pedido, em outras palavras, a quem a pretensão está sendo dirigida, ocupando o pólo passivo da relação. Poderes: De fazer as alegações que entender desde que comprove. Incumbe ao autor comprovar os fatos constitutivos de seus direitos, e ��� � ao réu os fatos modificativos, impeditivos ou extintivos do direito do autor. Deveres: Lealdade processual, agir com boa-fé, não alterar a verdade dos fatos, não usar o processo para conseguir objetivo ilegal, não interpor recursos meramente protelatórios, entre outros; Observações: - Litisconsórcio: Ocorre quando duas ou mais pessoas litigam no pólo ativo e/ou passivo da relação jurídica. • Litisconsórcio Facultativo: Opcional; • Litisconsórcio necessário: Quando a lei exige, ou pela natureza jurídica da ação o juiz tenha que decidir de forma uniforme para todas as partes. - Intervenção de terceiros: Quando terceiros chamados a um processo ou demonstram interesse de participação nesse processo. As formas de intervenção de terceiros podem ser: oposição, nomeação a autoria, denunciação da lide e chamamento ao processo; c- Advogado: Como regra geral, só ele tem capacidade postulatória, salvo em exceções (JEC em causas com no máximo 20 salários mínimos); d- Ministério Público: Podendo ser parte nas ações penais públicas e civis, ou interveniente, quando atua como fiscal da lei, por exemplo, nas causas em que há o interesse de menores, pátrio poder, separação, interdição, tutela, demanda coletiva pela posse rural, e outras definidas em lei. 6- Auxiliares da justiça: Escrivão (chefe de secretaria), oficial de justiça (faz as diligências), distribuidor, contador, perito, intérprete, entre outros.
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