Buscar

senado federal

Prévia do material em texto

CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
1
www.pontodosconcursos.com.br
Aula 1 – Administração Senado 
Olá Pessoal! 
Agradeço a confiança e espero retribuir ajudando-os a conseguir
gabaritar as questões de administração. 
Precisei fazer uma alteração na programação das aulas. Segue abaixo a
nova programação. 
Aula 0- 21/02 
evolução da administração 
Aula 01 – 02/03 
Lei no 8.112/90 e suas alterações. Lei 9.784/99. 
Aula 02- 09/03 
Fundamentos da Administração;Abordagem sistêmica; processo decisório;
planejamento e estratégia; ética e responsabilidade; 
Aula 03 –16/03 
administração de operações e da qualidade; funções e habilidades do administrador;
empreendedorismo cultura e ambiente organizacional; mudança e inovação; controle
de processos e gestão da qualidade; administração de projetos 
Aula 04 – 23/03 
Liderança e poder; motivação; comunicação; clima organizacional; estilos de
administração; recrutamento e seleção; treinamento e desenvolvimento; avaliação de
desempenho. 
Aula 05 –30/03 
Lei no 8.666/93 e suas alterações 
Aula 06 - 06/04 
Análise organizacional; instrumentos de pesquisa; layout; análise de processos;
distribuição do trabalho; fluxogramas; formulários; manuais; estrutura e projeto
organizacional; estruturas organizacionais e departamentalização 
Aula 07 – 13/04 
organogramas; sistemas de informações gerenciais; poder; reengenharia; mudança
organizacional; controle organizacional; planejamento e controle de projetos; projeto,
desenvolvimento implantação e documentação de sistemas 
Aula 08 – 20/04 
Administração Pública: Constituição da República – Títulos III, IV, VI e VII; princípios
constitucionais relativos à administração pública; probidade administrativa;
discricionariedade administrativa e atuações do Ministério Público e do Poder Judiciário 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
2
www.pontodosconcursos.com.br
Hoje abordaremos então a lei 8.112/90 e a lei do processo
administrativo genérico na administração pública federal, a lei 
9.784/99. 
Sem mais delongas, passemos à aula. 
Sumário
1. Administração de pessoal no Serviço Público: Lei 8.112/90.. . . ............................................ 3
1.1 Formas de Provimento de Cargo Público . . . ........................................................................ 4
1.2. Concurso Público, Posse, Exercício, Estágio Probatório e Vacância . ................................. 8
1.3 Remoção e Redistribuição (art. 36 e 37). . . ........................................................................ 11
1.4. Substituição (art. 38). . . ..................................................................................................... 13
1.5 Direitos e Vantagens . . . ...................................................................................................... 14
1.5.1.Vencimento e Remuneração (art. 40 a 48). . . .................................................................. 14
1.5.2. Vantagens (art. 49 a 76) . . . ............................................................................................. 15
1.6 Férias. . . .............................................................................................................................. 17
1.7. Licenças e Afastamentos (art. 81 a 96) . . . ......................................................................... 18
1.8 Concessões (art. 97 a 99) . . . ............................................................................................... 21
1.9. Direito de Petição (art. 104 a 115) . . . ................................................................................ 21
1.10. Regime Disciplinar (art. 116 a 141). . . ............................................................................ 22
1.11. Processo Administrativo Disciplinar – PAD (art. 143 a 182). . . ..................................... 28
1.12. Seguridade Social (art.183 a 230) . . . ............................................................................... 36
2. Lei nº 9.784/1999: processo administrativo na Administração Pública Federal. . . . ........... 39
2.1 Abrangência e Aplicação . . . ............................................................................................... 39
2.2 Princípios. . . . ...................................................................................................................... 39
2.3. Direitos e deveres dos administrados.. . . ........................................................................... 41
2.4. Início do processo e legitimados a sua instauração. . . ....................................................... 42
2.5. Impedimento e suspeição. . . ............................................................................................. 43
2.6. Forma, tempo e lugar dos atos do processo . . . .................................................................. 44
2.7. Intimação do Interessado . . . .............................................................................................. 44
2.8. Instrução e Decisão . . . ..................................................................................................... 46
2.9. Desistência e extinção do processo. . . ............................................................................... 48
2.10. Recurso Administrativo . . . .............................................................................................. 49
2.11. Contagem de prazos. . . . ................................................................................................... 50
4. Lista de Questões . . . ............................................................................................................. 52
5. Gabarito . . . ........................................................................................................................... 58
6. Questões Comentadas . . . ...................................................................................................... 59
7. Bibliografia . ........................................................................................................................ 69 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
3
www.pontodosconcursos.com.br
1. Administração de pessoal no Serviço Público: Lei 8.112/90.
A lei 8.112/90 institui o Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis
da União, das Autarquias e Fundações Públicas Federais. Esta lei se
aplica aos ocupantes de cargo efetivo e no que couber aos ocupantes de
cargos em comissão, mas não alcança os ocupantes de cargos políticos,
eletivos e vitalícios. A lei regulamenta os art. 37 a 41 da Constituição no
que diz respeito aos servidores civis da União. 
Os art. 20 e 3o da lei estabelecem conceitos importantes: 
Cargo Público é o conjunto de atribuições e responsabilidades
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um
servidor. 
Servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público. Ensinam
Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino que são os titulares de cargos
públicos de provimento efetivo e de provimento em comissão. São
agentes administrativos sujeitos a regime jurídico-administrativo,de
caráter estatutário, ou seja, de natureza legal, e na contratual. Estão
sujeitos ao regime contratual os empregados públicos, regidos pela CLT
–Consolidação das leis do trabalho. 
Cargos públicos devem ser criados por lei. 
O art 50 lista os requisitos básicos para investidura em cargo público 
 I - a nacionalidade brasileira; 
 II - o gozo dos direitos políticos; 
 III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
 IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
 V - a idade mínima de dezoito anos; 
 VI - aptidão física e mental. 
 § 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos
estabelecidos em lei.§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se
inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam
compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão
reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso. 
 § 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica
federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas
estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
4
www.pontodosconcursos.com.br
É importante ressaltar que a nomeação para cargo efetivo depende
de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
títulos, de acordo com a natureza e complexidade do cargo. 
A nomeação para cargo em comissão independe de aprovação prévia
em concurso público, visto ser um cargo de livre nomeação e
exoneração. Se o ocupante de cargo em comissão não for ocupante de
cargo efetivo ficará vinculado ao RGPS (Regime Geral da Previdência
Social), conforme arto 40 da CF/1988. 
1.1 Formas de Provimento de Cargo Público
É o ato administrativo por meio do qual é preenchido cargo público,
com a designação do seu titular. Conforme vimos acima, de acordo com
a constituição os cargos públicos podem ser de provimento em
comissão ou efetivo. O provimento dos cargos públicos far-se-á
mediante ato da autoridade competente de cada Poder. 
Segundo o STF, as formas de provimento são classificadas como
Originária ou Derivada. A forma de provimento originário ocorre quando
não há vínculo anterior com a Administração. Já a Derivada ocorre
quando anteriormente existia um vínculo com a Administração. A única
forma de provimento originária é a NOMEAÇÃO. 
Vejamos a lista de todas as formas de provimento: 
I - nomeação; 
II - promoção; 
III - readaptação;
IV - reversão; 
V - aproveitamento;
VI - reintegração; 
VII - recondução. 
Vejam esta questão da FGV 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
5
www.pontodosconcursos.com.br
(FGV/FIOCRUZ/2010/GESTÃO DO TRABALHO) 
De acordo com a Lei 8.112/90, são formas de provimento de cargo público,
exceto: 
(A) nomeação. 
(B) promoção. 
(C) remoção. 
(D) recondução. 
(E) readaptação 
Pessoal, fácil! Óbvio que remoção não é forma de provimento. Quando um servidor
é removido por interesse da administração ele leva o cargo com ele, portanto não há
que se falar em provimento. Portanto o gabarito é a alternativa C. 
Para não esquecer, as formas de provimento são: nomeação, promoção,
readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração e recondução. 
I- Nomeação (art. 9 e art.10) 
Pode ocorrer em caráter efetivo ou em comissão, conforme visto 
acima. Se o servidor nomeado não tomar posse, o ato de provimento
será tornado sem efeito. 
A convocação do candidato habilitado em concurso público para
cargo efetivo será efetuada através de EDITAL,publicado em jornal de
grande circulação e de correspondência dirigida pra o endereço
fornecido pelo mesmo. 
II- Promoção (Parágrafo único art. 10) 
Só ocorre nos cargos escalonados em níveis, ou seja, nos cargos 
com carreiras estabelecidas. Não ocorrem em cargos isolados. 
É a passagem de nível do servidor, dentro da mesma carreira. 
III – Readaptação (art. 24) 
É a forma de provimento derivado que visa adaptar à um novo cargo
o servidor, estável ou não, que sofreu uma limitação, física ou mental,
na sua capacidade laborativa, mas que não ficou incapacitado
totalmente. O novo cargo deve ter atribuições e requisitos compatíveis
com o cargo exercido anteriormente. Diz o art. 24 
Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades
compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em
inspeção médica. 
 § 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado. 
 § 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação
exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de
cargo vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
6
www.pontodosconcursos.com.br
IV – Reversão (art. 25) 
É o retorno à atividade de servidor aposentado.
Só existem duas possibilidades para este retorno: 
1. Quando a aposentadoria tiver ocorrido por invalidez, e junta
médica oficial declarar insubsistentes os motivos da
aposentadoria. Ou seja, não existem mais os elementos
incapacitantes por ocasião da aposentadoria. 
2. Por interesse da administração, desde que cumpridos os
requisitos abaixo: 
• Tenha solicitado a reversão; 
• A aposentadoria tenha sido voluntária; 
• Estável quando na atividade; 
• A aposentadoria tenha ocorrido nos últimos cinco
anos; 
• Exista cargo vago; 
• Possua aptidão física e mental; 
• Tenha menos de 70 anos; 
A reversão será realizada para o mesmo cargo ou cargo resultante
de transformação. 
Este fundamento é regulamentado pelo Decreto 3.644/2000. 
V – Aproveitamento (art. 30,31 e 32) 
É o retorno à atividade de servidor posto em disponibilidade. 
Será realizado em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis 
com o cargo anteriormente ocupado. 
Disponibilidade- ocorre quando é extinto o cargo ou declarada sua
desnecessidade pela Administração, ou em decorrência da reintegração
ou recondução, quando o cargo não puder ser provido por não estar
vago. 
Será tornado sem efeito e cassada a disponibilidade quando o
servidor não entrar em exercício no prazo legal. 
Disponibilidade não é forma de punição. A punição do servidor posto
em disponibilidade é a sua cassação. Aposentadoria gera vacância,
disponibilidade não. 
VI – Reintegração (art. 28) 
É o retorno ao serviço público do servidor estável, que havia sido 
injustamente demitido e que conseguiu por via administrativa ou 
judicial, invalidar sua demissão. 
Embora a CF fale somente em decisão judicial, é certo que também é
possível a invalidação administrativa de tal ato, dado o poder de
autotutela da Administração. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
7
www.pontodosconcursos.com.br
Segundo a CF, caso seja reintegrado o servidor demitido, e o
eventual ocupante da vaga seja estável, será este ocupante
reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, aproveitado
em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço. 
Se ocupante do cargo não for estável, será ele EXONERADO. 
VII – Recondução 
É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e
decorrerá de: 
1. Inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo; 
2. Reintegração do anterior ocupante do cargo. 
Se o cargo de origem estiver ocupado, o servidor será aproveitado
em outro. 
O servidor não aprovado em estágio probatório será exonerado, ou,
se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupado. 
Vamos à uma questão da FGV 
(FGV/FIOCRUZ/2010/GESTÃO DO TRABALHO) 
Segundo a Lei n. 8.112 de 11 de dezembro de 1990, o retorno à atividade de
servidor aposentado por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes
os motivos da aposentadoria, ou no interesse da administração, é conhecido como: 
(A) reversão. 
(B) redistribuição. 
(C) aproveitamento. 
(D) recondução. 
(E) readaptação 
Pessoal, atenção! Retorno de servidor aposentado por invalidez, quando a junta
médica verificar que os motivos da invalidez não mais existem, chama-se reversão.
Para não esquecer: forma de provimento derivado relativo à retorno de aposentadoria
é reversão! Portanto o gabarito é a alternativa A. 
Vejam outra questão da FGV 
(FGV/TRE-PA/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO) 
O retorno de servidor à atividade, quando invalidada sua demissão,corresponde à 
(A) reversão. 
(B) readaptação. 
(C) reintegração. 
(D) recondução. 
(E) recapacitação 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
8
www.pontodosconcursos.com.br
Pessoal, o servidor foi demitido e após novo processo foi verificado que o servidor
não deveria ter sido demitido. Neste caso, ele será reintegrado ao serviço público.
Portanto, o gabarito é a alternativa C. 
1.2. Concurso Público, Posse, Exercício, Estágio Probatório e Vacância
O concurso público na esfera federal se divide em até duas etapas.
Conforme assinala o art. 11, a primeira etapa é de provas ou provas e
títulos e a segunda etapa curso de formação profissional, de acordo com
a natureza dos cargos. 
O concurso pode ter validade de até dois anos, prorrogável pelo mesmo
período. Ressalte-se que esta é uma faculdade da administração
pública. (art. 12) 
Posse e Exercício (art.13 a art. 19) 
Posse é o momento em que o candidato nomeado em cargo efetivo ou
pessoa designada para cargo em comissão aceita a nomeação e cumpre
os requisitos para a investidura em cargo público. 
O prazo para o nomeado tomar posse após a nomeação é de 30 dias,
improrrogáveis.s 
No ato da posse o servidor precisa comprovar possuir os requisitos para
o exercício do cargo, apresentar documentos, comprovante de
residência, declaração de bens e declarar cargos, empregos ou
atividades. 
No caso de nomeação para cargo em comissão é obrigatório a
apresentação de cópia do Imposto de Renda, sendo admitida a
declaração de bens na falta/inexistência de declaração de IR. 
Pessoas estranhas ao serviço público podem ser nomeadas para cargos
em comissão do grupo DAS (Direção e Assessoramento Superior),
porém para as chamadas funções gratificadas (FG) somente servidores
podem ser designados. Notem que neste último caso não se trata de
nomeação, mas sim designação. 
Há uma previsão para interrupção da contagem do prazo, caso o
nomeado seja servidor e esteja licenciado ( art.81) ou afastado (ART.
102) por alguns dos motivos listados abaixo: 
Art. 81. 
 I - por motivo de doença em pessoa da família; 
 III - para o serviço militar; 
 V - para capacitação. 
Art. 102. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
9
www.pontodosconcursos.com.br
 I - férias; 
 IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de
pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; 
 VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; 
 VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser
o regulamento 
 VIII - licença: 
 a) à gestante, à adotante e à paternidade; 
 b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao
longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; 
 e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; 
 f) por convocação para o serviço militar; 
Vejamos uma questão da FGV! 
 (FVG/SENADO/2008/ANALISTA LEGISLATIVO- PROCESSO LEGISLATIVO) 
Analise as afirmativas a seguir: 
I. A nomeação se faz em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de provimento
efetivo, isolado ou de carreira. 
II. Sob pena de demissão, o servidor apresentará declaração de bens e valores que
constituem seu patrimônio no prazo de 30 (trinta) dias contado da data de sua posse. 
III. A reversão do servidor pode decorrer da cessação dos motivos da aposentadoria
por invalidez ou do interesse da administração, mediante determinadas condições
fixadas em lei. 
Assinale: 
(A) se apenas a afirmativa II estiver correta. 
(B) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(C) se apenas a afirmativa III estiver correta. 
(D) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Analisemos as afirmativas: 
Afirmativa I – Exatamente! Está certo. A nomeação para cargo efetivo, isolado ou 
de carreira (não importa, são efetivos) é feito em caráter efetivo. É diferente de 
estabilidade no cargo efetivo, adquirida após estágio probatório. 
Afirmativa II – Está ERRADO. A declaração de bens é requisito essencial para que
o servidor se habilite a tomar posse. 
Afirmativa III – Exatamente! Está certo. É o conceito correto de reversão, retorno
de servidor aposentado à ativa. 
A alternativa B é a correta. 
Só há posse nos casos de provimento por nomeação. Com a posse, o
nomeado passa a ser servidor. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
10
www.pontodosconcursos.com.br
Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público
ou da função de confiança. 
O prazo para entrada em exercício é de 15 dias após a posse. 
Estágio Probatório.(art.20) 
É a avaliação pela qual o servidor passa para verificar sua aptidão 
para o exercício do cargo. O estágio probatório tem a duração de 36
(trinta e seis) meses. 
A avaliação deve ser realizada observando-se os seguintes fatores: 
 
 I - assiduidade; 
 II - disciplina; 
 III - capacidade de iniciativa; 
 IV - produtividade; 
 V- responsabilidade 
A homologação do estágio probatório deve ser realizada no prazo de
quatro meses antes do final do estágio probatório. 
Cabe ressaltar que servidores em estágio probatório poderão ser
nomeados para cargos em comissão dentro do órgão em que estejam
lotados. Porém somente poderão ser requisitados para cargo em
comissão em outros orgãos, durante o estágio, caso a função seja de
DAS-4, DAS-5 ou DAS-6, ou equivalentes 
30 dias 15 dias 
O servidor só será considerado estável se cumprir os quatro
requisitos abaixo: 
1. Aprovação em concurso público; 
2. Nomeação para cargo público efetivo; 
3. Três anos de efetivo exercício do cargo; 
4. Avaliação especial de desempenho. 
O servidor estável somente perderá o cargo nas hipóteses abaixo: 
• Sentença judicial transitada em julgado; 
• Processo administrativo disciplinar, assegurada ampla defesa; 
• Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei
complementar, assegurada ampla defesa; 
• Excesso de despesa com pessoal. 
Em caso de não aprovação no estágio probatório, as hipóteses são as
seguintes: 
Provas
ou Provas e
Títulos
Curso de
Formação
Profissional
Nomeaçã
o
Posse Exercício Estágio
Probatório
36
meses
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
11
www.pontodosconcursos.com.br
a) Servidor estável (ocupava outro cargo anteriormente e tinha
estabilidade) 
 RECONDUÇÃO 
b) Não estável EXONERAÇÃO (Não se pode falar 
 em demissão, pois exoneração não
é punição) 
Vacância (art. 33) 
São as formas através das quais o cargo público fica vago, é a
maneira pela qual o servidor desocupa o cargo público. Pode decorrer
de: 
 I - exoneração; 
 II - demissão; 
 III - promoção; 
 VI - readaptação; 
 VII - aposentadoria; 
 VIII - posse em outro cargo inacumulável; 
 IX - falecimento 
1.3 Remoção e Redistribuição (art. 36 e 37)
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no
mesmo quadro funcional, com ou sem mudança de sede. O servidor
permanece no mesmo cargo, podendo implicar ou não na mudança de
localidade de exercício do servidor. 
Não é forma de provimento ou de vacância do cargo público. A
remoção de ofício independe da vontade do servidor e será sempre
determinada no interesse da administração. Já a remoção a pedido
pode ocorrer a critério da administração ou, como nos casos abaixo, a
administração pode ser obrigada a concedê-la: 
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi
deslocado no interesseda Administração; 
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas
expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica
oficial; 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
12
www.pontodosconcursos.com.br
 c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados
for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade
em que aqueles estejam lotados. 
Redistribuição é o deslocamento de cargo, ocupado ou vago, no
âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do
mesmo poder. Não é forma de provimento, nem de vacância. 
Permite à Administração readequar seus quadros às reais
necessidades de serviço de seus órgãos ou entidades. 
Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, o
servidor estável que tenha seu cargo extinto ou declarado
desnecessário, não sendo redistribuído, será colocado em
disponibilidade, com proventos proporcionais. 
Alternativamente, poderá ser mantido sob responsabilidade do SIPEC
e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu
adequado aproveitamento. 
São preceitos da Redistribuição: 
 I - interesse da administração; 
 II - equivalência de vencimentos; 
 III - manutenção da essência das atribuições do cargo; 
 IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; 
 V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; 
 VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão
ou entidade 
Vejamos uma questão da FGV 
 (FVG/SENADO/2008/ANALISTA LEGISLATIVO- PROCESSO LEGISLATIVO) 
O deslocamento de cargo efetivo, ocupado ou vago, no âmbito do quadro geral de
pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, constitui: 
(A) redistribuição. 
(B) reintegração. 
(C) remoção. 
(D) recondução. 
(E) aproveitamento 
Fácil, não! A alternativa correta é a letra A. É a própria definição de redistribuição
contida na lei. 
Reintegração é o retorno ao serviço público do servidor estável, que havia sido
injustamente demitido e que conseguiu por via administrativa ou judicial, invalidar sua
demissão. Letra B errada. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
13
www.pontodosconcursos.com.br
Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou de ofício, no mesmo quadro
funcional, com ou sem mudança de sede. Veja que quem é deslocado é o servidor, o
cargo vai junto, mas continua no mesmo órgão ou instituição. Letra C errada.
Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado
decorrente de inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração
do anterior ocupante do cargo. Letra D errada! 
Aproveitamento é o retorno à atividade de servidor posto em disponibilidade. Letra E
errada! 
Vamos a outra questão, desta vez da CESPE 
(CESPE/ STF/2008/TECNICO JUDICIÁRIO- ADMINISTRATIVO) 
Enquanto na redistribuição o interesse da administração configura uma modalidade,
na remoção o interesse da administração configura um preceito pressuposto. 
A afirmativa é ERRADA! Inverteram as bolas: na redistribuição o interesse da
adminsitração é um preceito, na remoção é uma modalidade. A outra modalidade da
remoção é o interesse do servidor. Lembrem-se pode ser a pedido ou de ofícioa
remoção. 
Outra da CESPE. Eles gostam de falar em Redistribuição! 
(CESPE/ STF/2008/TECNICO JUDICIÁRIO- ADMINISTRATIVO) 
Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou
declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável deve ser
imediatamente redistribuído, sendo vedada sua colocação em disponibilidade, já que
tal opção feriria o interesse público. 
A afirmativa é ERRADA! O servidor estável pode ser posto em disponibilidade. 
1.4. Substituição (art. 38)
A substituição se dá em funções de confiança ou cargos em comissão
por serem cargos de DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO. 
Para estes cargos os seus titulares terão substitutos indicados no
regulamento interno, ou, no caso, de omissão, previamente indicados
pelo dirigente máximo do órgão ou entidade, para substituírem os
titulares em seus impedimentos (férias, licenças, etc.). 
Os substitutos poderão escolher entre a remuneração do substituído ou
a sua nos 30 primeiros dias. Após 30 dias o servidor substituto fará jus
a gratificação da função que está substituindo. 
Somente servidores podem ser indicados como substitutos. Note-se que
a pessoa estranha ao serviço público, uma vez nomeada e empossada,
também é servidora, porém não efetiva e não estável. 
Vejam esta questão da CESPE 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
14
www.pontodosconcursos.com.br
(CESPE/ TRE BA/2009/ANALISTA JUDICIÁRIO- ADMINISTRATIVO) 
Os substitutos dos servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e
dos ocupantes de cargo em natureza especial devem ser indicados no regimento
interno ou, no caso de omissão, designados previamente pela chefia imediata do
substituído. 
A afirmativa é ERRADA! Como vimos, os substitutos serão indicados no
regulamento interno, ou, no caso, de omissão, previamente indicados pelo dirigente
máximo do órgão ou entidade. 
Outra da CESPE. 
(CESPE/ STF/2008/TECNICO JUDICIÁRIO- ADMINISTRATIVO) 
O servidor substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de
direção ou chefia ou de cargo de natureza especial, nos casos de afastamentos ou
impedimentos legais do titular, superiores a trinta dias consecutivos, paga na
proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período. 
A afirmativa é ERRADA! Os substitutos optam pela gratificação que for mais
vantajosa nos primeiros 30 dias, e após isto recebem a gratificação do cargo que
estão substituindo. 
1.5 Direitos e Vantagens
1.5.1.Vencimento e Remuneração (art. 40 a 48)
Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público.
Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens
pecuniárias permanentes. A remuneração não pode ser inferior ao valor
do salário mínimo. 
Subsídio é uma forma de remuneração caracterizada por ser em parcela
única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação,adicional, abono ou
prêmio. 
Os agentes púbicos que recebem subsídio são: o membro de Poder, o
detento de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários
Estaduais e Municipais. 
O art. 49 menciona que além do vencimento poderão ser pagas ao
servidor as seguintes vantagens: indenizações, gratificações e
adicionais. As indenizações não se incorporam ao vencimento para
qualquer efeito, enquanto as gratificações e adicionais incorporam-se,
nos casos e condições previstos em lei. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
15
www.pontodosconcursos.com.br
1.5.2. Vantagens (art. 49 a 76)
As indenizações são: ajuda de custo, diárias, transporte e auxílio
moradia. 
As gratificações são: natalina (130), retribuição pela função de
confiança e encargo de curso ou concurso. 
Os adicionais são: insalubridade, periculosidade, atividades
penosas, serviço extraordinário (horas extras), serviço noturno,
adicionais de férias, e outros relativos ao local ou natureza do trabalho. 
Vamos a outra questão da FGV. 
(FVG/SENADO/2008/ANALISTA LEGISLATIVO- ADMINISTRADOR) 
Constituem indenizações as parcelas relativas a: 
(A) diárias, ajuda de custo e transporte. 
(B) transporte, ajuda de custo e atividade insalubre. 
(C) serviço extraordinário, diárias e função de direção. 
(D) ajuda de custo, diárias e adicional noturno. 
(E) transporte, periculosidade e insalubridade. 
Ficou Fácil! Basta entender o quadro acima. A alternativa correta é a letra A.
Indenizações são verbas que não se incorporam à remuneração. O transporte citado
não é auxílio-transporte,lembrem-se! 
Vamos esmiuçá-las um pouco: 
Ajuda de custo 
É concedida ao servidor que é deslocado no interesse da 
administração em caráter permanente com mudança de residência,
para compensar despesas com instalação, não podendo ultrapassar 3
meses de Remuneração. 
Caso o servidor não retorne ao exercício em 30 dias (assumindo o
posto para o qual foi deslocado) deverá restituir o valor integralmente. 
Diárias 
São concedidas ao servidor que é deslocado em caráter transitório 
para cobrir os custos de alimentação, pousada e locomoção urbana.
Caso o servidor não se desloque ou receba diárias a mais, deverá
restituí-las no prazo de 5 (cinco) dias. Se não houver necessidade de
pernoite, o servidor fará jus à meia diária. 
Embora, não ache que seja objeto de concurso, é importante
ressaltar que meia diária não significa que seja 50% do valor da diária.
O órgão pode estabelecer que o valor da diária é de R$ 300,00 e que
meia diária seja R$ 200,00. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
16
www.pontodosconcursos.com.br
Indenização de Transporte
Não confundir com auxílio-transporte. Esta é uma indenização ao 
servidor que utilizar seu transporte particular (carro, moto, etc) para
execução de serviços externos. 
Auxílio-Moradia 
É devido ao servidor que tenha se mudado do local de residência 
para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do grupo
Direção e de provEspecial, de Ministro de Estado ou equivalentes. 
Este valor tem como limite 25% do valor do cargo ocupado e a cada
período de 12 anos, o servidor receberá no máximo por 8 anos. 
Gratificação Natalina 
É o 130 do servidor, pago até o dia 20 de dezembro,
proporcionalmente aos meses em que esteve em exercício. 
Retribuição pelo exercício de função de confiança 
É o adicional pago aos servidores que exercem funções de direção,
chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de
Natureza Especial. 
Gratificação por encargo de curso ou Concurso 
É devida ao servidor que em caráter eventual atuar como instrutor
em cursos, participar de banca de examinadora, participar na
preparação e logística de concursos públicos, quando tais atividades não
estiverem incluídas entre suas atividades. Não gera incorporação, nem
se soma para efeitos de teto remuneratório. 
O valor máximo da hora aula para esta gratificação é de 2,2% do
maior vencimento básico da Administração Pública federal, nos
seguintes casos de atuação como instrutor ou participação em banca
examinadora, comissão de para exames orais, elaboração de provas,
etc. 
Já em caso de participação em logística de preparação e realização
de concurso, aplicação de provas, etc., o valor máximo da hora aula
para esta gratificação será de de 1,2% do maior vencimento básico da
Administração Pública federal. 
Insalubridade, Periculosidade e Atividades penosas 
A insalubridade é devida aos servidores que trabalhem
habitualmente em locais insalubres ou em contato permanente com
substâncias tóxicas ou radioativas. Por exemplo: o técnico de raio-x,
enfermeiras em um hospital com emergência e internação. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
17
www.pontodosconcursos.com.br
A periculosidade é devida aos servidores que coloquem em risco sua
integridade física em razão do desempenho de suas funções. 
O adicional de penosidade é pago aos servidores que trabalhem em
zonas fronteiriças ou localidades cujas condições de vida o justifiquem,
entendendo-se assim localidades com IDH (índice de desenvolvimento
humano) inferior a 0,533. 
Não se pode acumular o recebimento dos adicionais de insalubridade
e periculosidade. Se houver eliminação das condições insalubres ou
perigosas, cessa o direito de recebimento destes adicionais. 
Serviço Extraordinário 
É a chamada “hora extra” e deve ser paga com adicional de 50% 
sobre o valor da hora de trabalho do servidor. São permitidas somente
em situações excepcionais e limitadas à duas horas adicionais por dia. 
Adicional Noturno
Fará jus ao adicional noturno o servidor que desempenhe atividade 
no período compreendido entre 22 horas de um dia e 5 (cinco) horas do
dia seguinte. O valor da hora de trabalho deverá ser acrescido de 25%.
Para contagem do tempo total deverá considerar-se a hora noturna com
duração de 52 minutos e trinta segundos. Sendo assim, o servidor que
trabalhar durante todo este período (22h às 5h) receberá por 8 (oito)
horas de trabalho, com um adicional de 25%. 
Adicional de Férias 
É o valor adicionado ao salário do servidor por ocasião do período de 
férias. Corresponde a 1/3 do valor do salário. 
Vamos a uma questão 
(CESPE/ TRE BA/2009/ANALISTA JUDICIÁRIO- ADMINISTRATIVO) 
 As diárias são devidas ao servidor que se ausenta a serviço da sede da repartição para outro
ponto do território nacional em caráter eventual ou transitório. Se o deslocamento em caráter
eventual ou transitório se der para o exterior, o servidor fará jus ao recebimento de ajuda de custo 
A afirmativa é ERRADA! Nos deslocamentos eventuais para o exterior o servidor
faz jus á diárias. A ajuda de custo é paga para deslocamentos no interesse da
administração em caráter permanente. 
1.6 Férias
O servidor faz jus a 30 dias de férias anuais. Para o primeiro período
aquisitivo são exigidos 12 meses de exercício. Após o primeiro período
as férias podem ser agendadas independentemente do cumprimento de
novo período de 12 meses. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
18
www.pontodosconcursos.com.br
O período de gozo das férias pode ser fracionado em até 3 períodos,
cada um deles nunca inferior a 10(dez) dias. 
O servidor que trabalha diretamente com raio-x ou substâncias
nociva fará jus a gozo de 20 dias de férias a cada seis meses. 
Vejam esta questão da FGV 
(FGV/FIOCRUZ/2010/GESTÃO DO TRABALHO) 
Analise as afirmativas a seguir sobre a administração de pessoal no serviço
público, em conformidade com a Lei n. 8.112/90: 
I. A gratificação natalina não será considerada para cálculo de qualquer vantagem
pecuniária. 
II. Somente será permitido serviço extraordinário para atender a situações
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 4 (quatro) horas por 
jornada. 
III. As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde que assim
requeridas pelo servidor e no interesse da administração pública. 
Assinale: 
(A) se somente a afirmativa I estiver correta 
(B) se somente a afirmativa II estiver correta 
(C) se somente a afirmativa III estiver correta 
(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas 
Analisemos as afirmativas 
I. Perfeito. Uma vez paga a gratificação natalina (13o) não há incidência deste
valor sobre qualquer outra parcela. 
II. Errado. Somente são permitidas horas extraordinárias até o limite de duas
horas diárias. 
III. Certo. Conforme vimos as férias podem ser parceladas em até três etapas,
preservado o interesse da administração. 
Bem, desta forma estão corretas as afirmativas I e III. Acontece que esta resposta
não existe dentre as alternativas da questão. Inicialmente a banca afirmou que o
gabarito era a alternativa D. Após protestos a questão foi anulada, por absurdo que
era. Portanto o gabarito:ANULADA 
1.7. Licenças e Afastamentos (art. 81 a 96)
Licença por motivo de doença na família
Concedida ao servidor por motivo de doença do cônjuge, filhos, pais,
padrastos, enteados, ou pessoa que viva às suas expensas. É precedida
de exame médico oficial e é vedada a realização de outra atividade
remunerada durante o período da licença. O prazo máximo da licença é
de 150 dias. A licença será concedida com remuneração por 60 dias. O
servidor poderá solicitar a prorrogação da licença por mais 90 dias, 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
19
www.pontodosconcursos.com.br
porém sem remuneração. Ambos os prazosreferem-se a um período
de 12 meses, contados de forma consecutiva ou não. 
(FGV/TRE-PA/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO) 
Marilda da servidora pública federal com estabilidade, requereu licença para
acompanhar seu enteado, Antônio, em um tratamento para leucemia que envolve
transplante de medula óssea. 
Com base nessa situação específica e na Lei 8.112/90, é correto afirmar que 
 (A) a Administração Pública pode conceder licença remunerada a 
Marilda por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, a cada período
de 12 (doze) meses. 
(B) Marilda não tem direito à licença pois não se trata de seu filho, mas
de seu enteado. 
(C) Marilda pode se licenciar sem remuneração por um período de até
120 (cento e vinte) dias, consecutivos ou não, a cada período de 12
(doze) meses. 
(D) a licença por motivo de doença em pessoa da família inclui, além do
enteado, o padrasto e a madrasta do servidor. 
(E) o período de 12 meses a que alude a lei coincide com o ano civil. 
Analisemos as alternativas: 
A: ERRADO. A licença com remuneração é de até 60 dias, consecutivos ou não, a cada
período de 12 meses. 
B: ERRADO. A licença para tratamento de pessoa da família pode ser concedida para
acompanhar cônjuge, companheiro, pais, padrasto, madrasta, filho, enteado ou
pessoa que viva às expensas do servidor, conforme art. 83 da lei 8.112/90. 
C: ERRADO. A Licença sem remuneração pode ser de até 90 dias, consecutivos ou
não, dentro do período de 12 meses. Note que o período sem remuneração pode ser
somado ao período com remuneração, podendo assim alcançar o total de 150 dias. 
D: Perfeito, como comentado acima, estes estão incluídos no rol de pessoas que
podem ser acompanhadas pelo servidor em caso de doença. 
E: ERRADO. O período de doze meses citado no art. 83 da lei 8.112/90 NÃO coincide
com o ano civil, sendo portanto uma inferência em relação aos últimos doze meses,
para efeitos de contagem. 
Portanto, o gabarito é a alternativa D. 
Licença por motivo de afastamento do cônjuge
Concedida ao servidor cujo cônjuge foi deslocado para outro ponto do
território nacional, para o exterior ou para exercício de mandato eletivo.
Se o cônjuge deslocado for servidor, poderá Sr solicitado exercício
provisório em outro órgão da união na localidade onde o cônjuge tiver
sido lotado. 
Licença para o serviço militar
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
20
www.pontodosconcursos.com.br
Concedido ao servidor convocado para o serviço militar. Concluído o
serviço militar o servidor terá 30 dias sem remuneração para reassumir
o cargo. 
Licença para atividade política
Concedida ao servidor candidato a cargo eletivo. Poderá o servidor
solicitar licença a partir do momento em que for escolhido em
convenção partidária para concorre a cargo eletivo. Até o momento do
registro da sua candidatura esta licença será sem remuneração. Após o
registro da candidatura até o 100 dia após as eleições a licença será
remunerada, respeitando-se o limite de três meses. 
Licença para Capacitação
Após cada qüinqüênio de efetivo exercício o servidor poderá requer uma
licença de 90 dias para realizar curso de capacitação, desde que haja
interesse da administração. Este período não é acumulável. 
Licença para tratar de interesses particulares
Concedida ao servidor para tratar de interesses particulares, por até 3
anos consecutivos. A concessão da licença é ato discricionário da
administração. Portanto poderá ser concedida e interrompida, a critério
da administração. 
Licença para o Desempenho de Mandato Classista 
É a licença concedida ao servidor eleito para cargo de direção Ito em
federação, confederação e associação de classe de âmbito nacional,
sindicato ou conselho de classe, ou ainda para participar de gerência ou
administração em sociedade cooperativa constituída por servidores
públicos para prestar serviços aos seus membros. 
Afastamento para servir a outro órgão ou entidade
O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outros órgãos ou
entidades dos poderes da união, dos estados e dos municípios. A cessão
pode ocorrer em razão de exercício em cargo em comissão ou casos
previstos em leis específicas. 
Afastamento para exercício de Mandato Eletivo
O servidor eleito para mandato federal, estadual ou distrital ficará
afastado do cargo e receberá os proventos do cargo para o qual foi
eleito. Se for investido no mandato de prefeito, ficará afastado do cargo
e poderá optar pela remuneração. Se for investido em cargo de
vereador, poderá exercer as duas atividades desde que haja
compatibilidade de horários. 
Afastamento para estudo ou missão no exterior
Concedida pelo Presidente da República ou chefe dos outros Poderes,
para que o servidor ausente-se do país para estudo ou missão no 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
21
www.pontodosconcursos.com.br
exterior. A licença não poderá ser superior a 4 anos. Terminado este
período o servidor somente poderá solicitar novo afastamento após
decorrido igual período ao do afastamento anterior. 
Afastamento para Participação em Programa de Pós-graduação Stricto Sensu no País 
O servidor estável poderá solicitar afastamento para cursar programas
de mestrado e doutorado no país, desde que haja interesse da
administração. 
O afastamento para programas de mestrado só poderá ocorrer após 03
(três) anos de exercício no órgão e para o doutorado após 04 (quatro
anos), desde que não tenham se afastado para tratar de interesses
particulares ou para licença capacitação nos dois anos anteriores à
solicitação. Depois de concluído o programa para o qual foi liberado, o
servidor deverá permanecer por igual período no órgão. 
1.8 Concessões (art. 97 a 99)
Ao servidor estudante será concedido horário especial, quando
comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da
repartição. 
O servidor poderá ausentar-se do serviço pelos motivos e prazos
abaixo, sem desconto: 
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; 
 II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; 
 III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : 
 a) casamento; 
 b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados,
menor sob guarda ou tutela e irmãos. 
Também será concedido horário especial ao servidor Portador de
necessidades especiais, sem necessidade de compensação. 
Há também a previsão para que, em caso de mudança, o servidor
estudante obtenha matrícula em instituição congênere, na localidade
para onde foi transferido. 
1.9. Direito de Petição (art. 104 a 115)
É o direito do servidor de pleitear, junto à administração, com o
objetivo de obter uma informação ou esclarecimento de uma situação. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
22
www.pontodosconcursos.com.br
O requerimento deverá ser encaminhado à autoridade competente
para decidi-lo por intermédio da chefia a que estiver imediatamente
subordinado o servidor. 
Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o
ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. 
Os prazos aqui são de 5 dias para despacho e 30 dias para decisão.
Ainda haverá possibilidade de recurso hierárquico (ao superior da 
autoridade que expediu o ato e para quem foi solicitada
reconsideração). 
O prazo para interposição de pedido de reconsideração e de recurso
é de 30 dias após a ciência da decisão. 
1.10. Regime Disciplinar (art. 116 a 141)
O art. 116 lista os deveres do servidor público, que para efeitos de
concurso é bom listar: 
 I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; 
 II - ser leal às instituições a que servir; 
 III - observar as normas legais e regulamentares; 
 IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; 
 V - atender com presteza: 
 a) ao público em geral, prestando asinformações requeridas, ressalvadas as protegidas
por sigilo; 
 b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de
situações de interesse pessoal; 
 c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
 VI - levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência
em razão do cargo; 
 VII - zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público; 
 VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
 IX - manter conduta compatível com a moralidade administrativa; 
 X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
 XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
 XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder. 
 Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada pela via
hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-
se ao representando ampla defesa. 
Já o art. 117 apresenta as proibições irei listar as proibições por tipos
de penalidades aplicáveis a cada uma delas. 
Punidos com pena de Advertência: 
 I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe
imediato; 
 II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto
da repartição; 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
23
www.pontodosconcursos.com.br
 III - recusar fé a documentos públicos; 
 IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução
de serviço; 
 V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; 
 VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o
desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
 VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou
sindical, ou a partido político; 
 VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,
companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
 XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 
Punidos com pena de Suspensão: 
 XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em
situações de emergência e transitórias; 
 XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo
ou função e com o horário de trabalho 
Punidos com pena de Demissão: 
 X - participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não
personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
 XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando
se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de
cônjuge ou companheiro; 
 XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de
suas atribuições; 
 XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
 XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas; 
 XV - proceder de forma desidiosa; 
 XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades
particulares 
Cabe ressaltar que agir de forma desidiosa é agir com negligência,
desleixo, preguiça no serviço público. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
24
www.pontodosconcursos.com.br
O parágrafo único deste artigo observa que a participação em
gerência não constitui infração quando for exercida nos conselhos de
administração e fiscal de empresa em que a União participe ou quando
o servidor estiver afastado para interesses particulares, observada a
legislação sobre conflito de interesses. 
Vejam esta questão da CESPE. 
 (CESPE/ TRE BA/2009/ANALISTA JUDICIÁRIO- ADMINISTRATIVO) 
 O servidor em gozo de licença para tratamento de assuntos particulares pode participar de
gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada, bem como
exercer o comércio. 
A afirmativa é CERTA! É a exceção tratada no art. 117 da lei 8112. Somente se
estiver em gozo de licença para assuntos particulares pode o servidor participar de
gerencia de empresa particular. 
O art. 132 tipifica os casos passíveis de demissão: 
 I - crime contra a administração pública; 
 II - abandono de cargo; 
 III - inassiduidade habitual; 
 IV - improbidade administrativa; 
 V - incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
 VI - insubordinação grave em serviço; 
 VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria
ou de outrem; 
 VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; 
 IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
 X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
 XI - corrupção; 
 XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
 XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
25
www.pontodosconcursos.com.br
O Art. 136 complementa: 
A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV,
VIII, X e XI do art. 132, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao
erário, sem prejuízo da ação penal cabível. 
Vejamos uma questão da CESPE sobre o assunto acima 
(CESPE/ TRE BA/2009/ANALISTA JUDICIÁRIO- ADMINISTRATIVO) 
É proibido ao servidor retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da sua repartição. 
A afirmativa é CERTA! Esta é uma proibição punida com pena de advertência. 
Acumulação 
Ao servidor é proibida a acumulação remunerada de cargos públicos,
excetos quando houver compatibilidade de horários nos seguintes
casos: 
I. Dois cargos de professor; 
II. Um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
III. Dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde,
com profissões regulamentadas. 
Também não podem ser acumulados dois cargos em comissão, a não
ser em caráter de interinidade (substituição). 
Quando investido em cargo em comissão o servidor que acumula
licitamente dois cargos, ficará afastado dos dois cargos.
Excepcionalmente pode-se acumular o cargo em comissão com um
deles caso haja compatibilidade de horários. 
Responsabilidades 
O servidor responde civil, administrativa e penalmente por seus atos
irregulares. Tais esferas são independentes e suas sanções poderão
cumular-se. 
Importante notar que a responsabilização decorre de atos omissivos
ou comissivos ( por ação do agente público), doloso ou culposo, ou
seja, com intenção e sem intenção. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
26
www.pontodosconcursos.com.br
Em caso de prejuízo ao erário o servidor deverá reparar o prejuízo. 
Também é importante frisar que apesar das esferas de
responsabilização serem independentes, há casos em que o trânsito em
julgado interfere nas outras esferas. Por exemplo, a absolvição por
negativa de autoria ou por inexistência do fato, acaba absolvendo-o nas
outras esferas,em função da maio amplitude da investigação penal.
Também a condenação penal, por atos do exercício da função, acarreta
em condenação nas outras esferas. 
Já a absolvição penal por insuficiência de provas ou por ausência de
culpabilidade, não interfere nas demais esferas, conforme
pronunciamento do STF, na súmula 18. 
 Penalidades 
Art. 127. São penalidades disciplinares: 
 I - advertência; 
 II - suspensão; 
 III - demissão; 
 IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade;V - destituição de cargo em comissão; 
 VI - destituição de função comissionada 
A advertência será aplicada por escrito. 
A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas
com advertência e das demais proibições que não tipifiquem penalidade
de demissão. 
O servidor que se recusar a se submeter a inspeção médica será punido
com suspensão de 15 dias. 
A suspensão poderá ser convertida em multa, de 50% por dia de
vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer
em serviço. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
27
www.pontodosconcursos.com.br
PENALIDADES Prazo 
para 
aplicação das 
penalidades 
Prazo para 
recorrer das 
penalidades 
Direito de Petição 
Prazo para o 
cancelamento do 
registro das 
penas 
ADVERTÊNCIA 
• Descumprimento dos deveres (art. 116) 
• Desrespeito às proibições (art. 117 – incisos
I ao VIII e XIX) 
180 dias 120 dias 3 anos 
SUSPENSÃO 
 OU MULTA (conversão da suspensão –servidor
recebe 50%) 
• Desrespeito às proibições ( art. 117 – incisos
XVII e XVIII) 
• Reincidência em pena de advertência 
2 anos 120 dias 5 anos 
DEMISSÃO 
• Desrespeito às proibições (art. 117- incisos
IX ao XVI). 
• Ato infracional previsto no art. 132 
5 anos 5 anos ------ 
CASSAÇÃO DE APOSENTADORIA
CASSAÇÃO DE DISPONIBILIDADE 
• Aplicável nos mesmos casos de demissão 
• Aplicável quando o servidor não retornar o
exercício no prazo legal 
5 anos 5 anos ------ 
DESTITUIÇÃO DE FUNÇÃO DE CONFIANÇA
DESTITUIÇÃO DE CARGO EM COMISSÃO 
• Aplicável nos mesmos casos das penas de
suspensão e demissão 
5anos 120 dias ------ 
 
Para aplicação de uma penalidade ao servidor, deve-se sempre
assegurar o contraditório e a ampla defesa do servidor. Por isto, o ato
de imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal e a
causa da sanção disciplinar. 
O prazo para aplicação das penalidades refere-se ao prazo de prescrição
descrito no art. 142. Este prazo começa a contar da data em que o fato
se tornou conhecido. A contagem do prazo é interrompida com a
abertura de sindicância e processo administrativo disciplinar.
Encerrados estes procedimentos o prazo reinicia-se da contagem em
que foi interrompido. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
28
www.pontodosconcursos.com.br
Se por fim a penalidade prescrever, a autoridade que der causa a esta
prescrição será responsabilizada civil, penal e administrativamente,
conforme os art. 121 a 126. 
O prazo para recorrer das penalidades está disciplinado no art. 110,
referente ao direito de petição. 
O prazo para cancelamentos dos registros das penas está disciplinado
pelo art. 131. Decorridos os prazos previstos deverão ser retirados dos
registros funcionais dos servidores as anotações de advertência e
suspensão, caso nenhuma outra infração tenha sido cometida no
período. 
Ressalte-se que nos casos de prescrição da pena, será impossível a
aplicação da pena administrativa, porém os fatos deverão ser
registrados nas fichas funcionais dos servidores. (art. 170) 
1.11. Processo Administrativo Disciplinar – PAD (art. 143 a 182)
CARACTERÍSTIC
AS 
SINDICÂN
CIA 
PROCESSO 
ADMINISTRATIVO 
DISCIPLINAR 
PROCEDIMENTO 
SUMÁRIO 
 PENALIDADES 
Advertência
e Suspensão
até 30 dias 
Qualquer penalidade, sendo
obrigatória a instauração nos casos
de suspensão maior que 30 dias,
demissão, cassação e destituição 
Demissão; cassação
e destituição em
decorrência de
abandono de cargo,
inassiduidade habitual e
acumulação ilegal 
COMISSÃO Conforme
regulamento
Próprio 
03 (três) servidores estáveis 02 (dois) servidores
estáveis 
DURAÇÃO 30 dias +
30 dias 
60 dias + 60 dias 30 dias + 15 dias 
FASES Se utilizada
para aplicação
da pena deverá
adotar as
mesmas fases
do PAD 
1. Instauração 
2. Inquérito administrativo 
2.1. Instrução 
2.2. Defesa 
2.3. Relatório 
3. Julgamento 
1. Instauração 
2. Instrução
Sumária 
2.1. Indiciação 
2.2. Defesa 
2.3. Relatório 
3. Julgamento 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
29
www.pontodosconcursos.com.br
RITO SUMÁRIO 
O procedimento administrativo disciplinar em rito sumário é disciplinado
pelo art. 133 e aplica-se aos casos de acumulação ilegal de cargos,
abandono de cargo e inassiduidade habitual. É instaurado pela
administração. O servidor é indiciado em no máximo três dias após a
instalação da comissão (composta por dois servidores estáveis) e terá o
prazo de cinco dias para apresentar defesa escrita. 
Para o caso de acumulação ilegal este procedimento é instaurado
quando o servidor, notificado por sua chefia imediata para apresentar
opção por cargo inacumulável, não o fizer no prazo de dez dias. 
Após a instalação da comissão o servidor ainda terá até o último dia do
prazo de defesa para apresentar opção por um cargo, o que
caracterizará boa-fé e configurar-se-á então em pedido de exoneração
do outro cargo. Caso contrário restará configurada a má-fé e o servidor
sofrerá a pena de demissão. 
Os outros casos são: 
Inassiduidade habitual - falta ao serviço interpoladamente por sessenta
dias ou mais durante o período de doze meses; 
Abandono de cargo - falta ao trabalho por 30 dias consecutivos ou
mais. 
Vejam esta questão da CESPE. 
(CESPE/ TRE BA/2009/ANALISTA JUDICIÁRIO- ADMINISTRATIVO) 
O rito sumário do processo administrativo disciplinar aplica-se apenas à apuração das
irregularidades de acumulação ilícita de cargos públicos, abandono de cargo e inassiduidade
habitual. 
A afirmativa é CERTA! São os únicos casos passíveis de procedimento sumário. 
SINDICÂNCIA (art. 143 a 146) 
É o procedimento de apuração de denúncias apresentadas à
administração. Conforme explícita o art. 145, da sindicância pode
resultar o arquivamento do processo, a aplicação de penalidade de
advertência ou suspensão até 30 dias e instauração de processo
administrativo disciplinar. 
Se durante a sindicância ficar provado que o ilícito deverá ser
penalizado com suspensão acima de 30 dias, demissão, cassação de
aposentadoria ou disponibilidade ou destituição de cargo em comissão,
será obrigatória a instauração de processo administrativo disciplinar. 
O prazo para apuração por parte da comissão de sindicância é de 30
dias prorrogáveis por mais 30 dias. A comissão de sindicância não tem 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
30
www.pontodosconcursos.com.br
um formato especificado em lei. O regimento de cada órgão poderá
regulamentar sua formação. 
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR – PAD (art. 148 a 182) 
A comissão do PAD deverá ser formada por três servidores estáveis. 
Não poderão participar da comissão de sindicância ou comissão do PAD
servidores quês sejam cônjuges, companheiros ou parentes do acusado,
até o terceiro grau. 
O processo disciplinar tem as seguintes fases: 
 I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; 
 II - inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; 
 III - julgamento 
1. Instauração 
Dá-se a instauração do PAD com a publicação da portaria de 
designação da comissão encarregada de proceder aos trabalhos
de investigação. O PAD será conduzido por comissão composta
por três servidores estáveis designados pela autoridade
competente, dentre eles será escolhido o presidente, que deverá
ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter
nível de escolaridade igual ou superior ao indiciado. 
2. Inquérito Administrativo 
2.1. Instrução 
Caso tenha havido uma sindicância prévia à instauração do PAD, 
seus autos o integrarão como dado informativo. Na hipótese da
comissão de sindicância concluir que a infração está capitulada como
ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos
ao Ministério Público, independente da imediata instauração do PAD. 
Na fase do inquéritoa comissão promoverá a tomada de
depoimentos, acareações, investigações e diligências cabíveis,
objetivando a coleta de prova. Pode recorrer-se a técnicos e peritos.
Será indeferido o pedido de perícia, quando a comprovação do fato
independer de conhecimento especial de perito. 
O servidor pode acompanhar todo o processo pessoalmente ou
por meio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir
provas e contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de
prova pericial. 
O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do
contraditório, assegurada ao acusado ampla defesa. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
31
www.pontodosconcursos.com.br
Concluídos todos os procedimentos, a comissão, de posse de
elementos comprobatórios, decidirá se o servidor deverá ou não ser
indiciado.Caso entenda que não, o processo será arquivado, do
contrário, formulará a indiciação do servidor. 
A partir da indiciação o servidor deverá ser citado para que
apresente defesa escrita. 
Prazos para apresentação de defesa escrita: 
a) Se houver apenas um indiciado, 10 dias contados da data de
aposição de sua ciência na cópia da citação, ou, caso se
recuse a assinar, conta-se o prazo da data declarada em
termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação,
com assinatura de duas testemunhas; 
b) Se houver mais de um indiciado, o prazo será comum a todos, de
20 dias, contados da data de ciência do últmo citado. 
c) O prazo para apresentação da defesa pode ser prorrogado pelo
dobro, pelo presidente da comissão, caso sejam necessárias
diligências para preparação da defesa. Desta forma, se houve
somente um indiciado o prazo poderá ser de 30 dias (10+20)
e se houver mais de um o prazo poderá ser de 60 dias
(20+40); 
d) O prazo para defesa, quando a citação for feita por edital, será de
15 dias, contados da data da publicação do último edital. A
citação por edital ocorre quando o servidor se encontra em
local desconhecido e deve ser feita no DOU e em jornal de
grande circulação na localidade do último domicílio conhecido
do servidor. 
1.2 Defesa 
Devido ao princípio da verdade material (o que importa é a 
produção da verdade), caso o indiciado não apresente sua defesa
escrita no prazo estipulado, não surge nenhuma presunção legal
contra o servidor e, para defender o revel, a autoridade instauradora
do processo designará um servidor como defensor dativo, que
deverá ser ocupante de cargo efetivo superior. Desta forma sempre
haverá defesa escrita. A revelia não possui efeito de confissão. 
1.3 Relatório 
Analisados os elementos de defesa e os autos, a comissão 
elaborará relatório minucioso, em que resumirá as peças principais
dos autos e mencionará as provas que basearam sua decisão. O
relatório deve ser conclusivo quanto à inocência ou responsabilidade
do servidor. 
2. Julgamento 
Se houver penalidade a ser aplicada, o julgamento do processo 
deverá ser feito pela autoridade competente para aplicar essa
penalidade. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
32
www.pontodosconcursos.com.br
A autoridade não está totalmente vinculada à conclusão do
relatório, uma vez que verificado que o relatório contraria as provas
do auto, esta poderá agravar a penalidade, abrandá-la ou isentar o
servidor de responsabilidade. 
O prazo para julgamento por parte da autoridade é de 20 dias. 
As autoridade competentes para julgamento são descritas no art.
141, conforme a pena a ser aplicada: 
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: 
 I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos
Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e
cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão,
ou entidade; 
 II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas
mencionadas no inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias; 
 III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou
regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias; 
 IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de
cargo em comissão 
Outra questão da FGV 
(FVG/SENADO/2008/ANALISTA LEGISLATIVO- ADMINISTRADOR) 
Em relação ao servidor estatutário federal, assinale a afirmativa correta. 
(A) Incorpora ao vencimento, após cinco anos, as parcelas relativas às indenizações. 
(B) Não se considera punido quando lhe é aplicada a medida de destituição de cargo
em comissão. 
(C) Não tem direito à interrupção da licença para tratar de interesses particulares. 
(D) Tem direito à recondução quando é invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial. 
(E) É sujeito a demissão se pratica ato de improbidade administrativa. 
A alternativa correta é a letra E! Evidente, se o servidor pratica ato de improbidade
administrativa tem de ser demitido! 
A alternativa A é errada! Indenizações não são incorporadas ao vencimento! 
A alternativa B é errada! Destituição de cargo em comissão é punição! 
A alternativa C é errada! Indenizações não são incorporadas ao vencimento. 
A alternativa D é errada! Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo
anteriormente ocupado decorrente de inabilitação em estágio probatório relativo a
outro cargo ou reintegração do anterior ocupante do cargo. A definição dada refere-se
a reintegração. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
33
www.pontodosconcursos.com.br
RECURSOS 
O direito de recorrer é assegurado pela previsão do direito de
petição, discutido acima. Os prazos já esquematizei acima, no quadro
com as penalidade e os prazos para recorrer destas. Vejamos a
literalidade dos art.104 a 110. 
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de
direito ou interesse legítimo. 
 Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e
encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente. 
 Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou
proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado. 
 Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsideração de que tratam os artigos
anteriores deverão ser despachados no prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta)
dias. 
 Art. 107. Caberá recurso: 
 I - do indeferimento do pedido de reconsideração; 
 II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. 
 § 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o
ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades. 
 § 2o O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver
imediatamente subordinado o requerente. 
 Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30
(trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida 
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente. 
 Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os
efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado. 
 Art. 110. O direito de requerer prescreve: 
 I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou
disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de
trabalho; 
 II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado
em lei. 
 Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do atoimpugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado. 
Favor rever o item Direito de petição para ver a diferença entre
reconsideração e recurso. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
34
www.pontodosconcursos.com.br
REVISÃO DO PROCESSO 
O processo disciplinar poderá ser revisto a qualquer tempo, a pedido ou
de ofício, quando aparecerem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis
de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade
aplicada. 
Essa revisão do processo não pode ser encarada como uma segunda
instância administrativa, visto que só caberá se houver fatos novos. 
No processo revisional o ônus da prova é do requerente, ao contrário do
PAD. 
Caso seja deferida a revisão do processo ( o juízo de admissibilidade
compete ao Ministro de Estado ou equivalente), será constituída uma
comissão revisora, a qual terá 60 dias, improrrogáveis, para conclusão
dos seus trabalhos. 
O prazo para julgamento, pela mesma autoridade que aplicou a
penalidade é de 20 dias. 
Da revisão não pode resultar agravamento da pena. 
Vamos à uma questão da FGV 
(FGV/TRE-PA/2011/ANALISTA JUDICIÁRIO) 
O servidor público federal é sujeito à disciplina legal diferenciada dos trabalhadores da
iniciativa privada. 
O regime disciplinar do servidor público federal determina que 
, 
 (A) a advertência será aplicada por escrito no caso de o servidor aceitar comissão,
emprego ou pensão de Estado estrangeiro. 
(B) a demissão será aplicada nos casos de falta injustificada por mais de trinta dias
interpolados, acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas,
corrupção e improbidade administrativa, entre outros. 
(C) a demissão ou a destituição de cargo em comissão em virtude de corrupção
implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. 
(D) a punição para o servidor que injustificadamente se recusar a ser submetido à
inspeção médica determinada por autoridade competente é a suspensão por
trinta dias, que pode ser convertida em multa. 
(E) a responsabilidade administrativa do servidor não será afastada no caso de
absolvição criminal. 
Analisemos as alternativas 
A: Esta é uma infração punida com demissão, segundo inciso XIII do art. 117. 
B: A falta ao serviço por trinta dias consecutivos configura abandono de cargo e a
inassiduidade habitual refere-se ás faltas interpoladas que somadas passem de 60,
num período de doze meses. Portanto a alternativa está incorreta. 
C: Perfeito, é o que diz o art. 136 da 8.112/90 
D: Errado. A punição para esta infração é de até 15 dias, podendo ser convertida em
multa de 50% da remuneração do período. 
E: Errado. Se a absolvição for motivada pela comprovação da inocência, a esfera
administrativa estará vinculada. 
Portanto, o gabarito da questão é a alternativa C. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
35
www.pontodosconcursos.com.br
Vamos a mais uma questão da FGV! 
(FVG/SENADO/2008/ANALISTA LEGISLATIVO- ADMINISTRADOR) 
Considerando-se o regime estatutário dos servidores públicos federais, é correto
afirmar que: 
(A) o vencimento é a retribuição pecuniária composta por uma parcela de
remuneração correspondente ao cargo público e por outra relativa às vantagens
pecuniárias. 
(B) o servidor estável só perde o cargo em virtude de sentença judicial transitada em
julgado ou mediante processo administrativo no qual se lhe tenha garantido ampla
defesa. 
(C) a única condição exigida para a aquisição do direito à estabilidade consiste no
decurso de 3 (três) anos de efetivo exercício pelo servidor titular de cargo efetivo. 
(D) em caso de reincidência de faltas punidas com advertência, o servidor está sujeito
à penalidade de suspensão, que, em nenhuma hipótese, pode exceder de noventa
dias. 
(E) não é vedada a acumulação remunerada de cargo público com emprego exercido
em fundação governamental de direito privado, desde que haja compatibilidade de
horários. 
A alternativa correta é a letra D! Vimos em aula que a reincidência de faltas
punidas com advertência pode resultar em suspensão, e esta não pode ser superior a
90 dias. 
A alternativa A é errada. Vencimento não é remuneração. Remuneração é a
soma de todas as parcelas pagas ao servidor habitualmente. 
A alternativa B é errada. O servidor estável pode perder o cargo em virtude de
reprovação em avaliação de desempenho, que irá gerar um processo administrativo e
também por declaração de excesso de pessoal. 
A alternativa C é errada. Além dos três anos de efetivo exercício é exigido
aprovação em estágio probatório. 
A alternativa E é errada. Esta é flagrantemente errada. Não se pode acumular
cargo com emprego, a não ser as exceções previstas na constituição. 
Viram como uma questão cobra conhecimentos de vários aspetos da
lei? 
Vejam esta outra questão da FGV 
(FGV/FIOCRUZ/2010/GESTÃO DO TRABALHO) 
De acordo com a Lei n. 8.112 de 11 de dezembro de 1990, assinale a opção incorreta: 
(A) a posse do servidor ocorrerá no prazo de 30 dias contados da publicação do ato de
provimento. 
(B) o prazo para o servidor empossado em cargo público entrar em exercício é de 30
dias, contados da data da posse. 
(C) ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo
ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 meses. 
(D) o servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada
em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada
ampla defesa. 
(E) exoneração, aposentadoria e falecimento são formas de vacância de cargo público 
Vamos avaliar as alternativas : 
A: Correto. O prazo para a posse é de 30 dias após a publicação da nomeação em 
Diário Oficial. 
CURSO ON‐LINE – PROFESSOR MARCELO CAMACHO
36
www.pontodosconcursos.com.br
B: Errado. O prazo para entrada em exercício após a posse é de 15 dias. 
C: Pessoal esta a banca considerou correto. De fato a Lei 8.112/90 menciona que 
o estágio probatório é de 24 meses. Porém, a Emenda Constitucional 19 /98 alterou o
prazo de aquisição de estabilidade de 24 para 36 meses. Ora se a estabilidade só é
adquirida após o estágio probatório criou-se um vácuo. O entendimento do executivo,
através de parecer da AGU, TCU e Ministério do Planejamento é de que o estágio
probatório é de 36 meses. Em 2008, a Medida Provisória 431 prometia dar fim a esta
polêmica alterando o artigo 20 da lei 8.112, passando o prazo do estágio na lei para
36 meses, porém, infelizmente, o artigo da medida provisória não foi convertido em
lei. Em recente julgado, porém, o STJ, adotou o entendimento de que o estágio
probatório é de 36 meses (Terceira turma, Ministro Relator Felix Fischer). Desta forma
esta assertiva também estaria incorreta e poderia provocar a anulação da questão.
Apesar de muitos protestos e recursos, a questão não foi anulada. 
D: Correto. O servidor só perde o cargo em sentença judicial que não caiba mais
recursos ou em processo administrativo disciplinar, em que seja garantida ampla
defesa. 
E: Perfeito. As forma de vacância são: exoneração, demissão, promoção,
readaptação, aposentadoria, posse em outro cargo inacumulável e falecimento. 
Sendo assim, segundo a banca, o gabarito é a alternativa B. 
1.12. Seguridade Social (art.183 a 230)
Aposentadoria
As regras para aposentadoria sofreram mudanças em virtude da 
Emenda Constitucional 41/2003 
As regras atuais para aposentadoria são: 
 I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente
em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e
proporcionais nos demais casos; 
 II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo
de serviço; 
 III - voluntariamente: 
 Com provento integrais: 
a) aos 60 (sessenta ) anos de idade, se homem, e aos 55 (cinqüenta

Continue navegando

Outros materiais