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ANHANGUERA EDUCACIONAL CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE NITERÓI GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA MECANICA PAULO ROBERTO FONTENELLE MEDEIROS JOSEANE PEREIRA DA SILVA ORLANDO LIMA DE CARVALHO Dimensionamento de casco e tampo do vaso de pressão NITEROI 2015 PAULO ROBERTO FONTENELLE MEDEIROS JOSEANE PEREIRA DA SILVA ORLANDO LIMA DE CARVALHO VASOS DE PRESSÃO DIMENSIONAMENTO DO CASCO E TAMPO DO VASO DE PRESSÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário Anhanguera de Niterói (UNIAN) como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Mecânica. Orientador(a): Alvaro Paulino. NITEROI 2015 PAULO ROBERTO FONTENELLE MEDEIROS JOSEANE PEREIRA DA SILVA ORLANDO LIMA DE CARVALHO VASOS DE PRESSÃO DIMENSIONAMENTO CASCO E TAMPO DO VASO DEPRESSÃO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Engenharia Mecânica do Centro Universitário Anhanguera de Niterói (UNIAN) como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Mecânica. Niteroi, 08 de Junho de 2015. Aprovado em / / . BANCA EXAMINADORA: ORIENTADOR Universidade PROFESSOR 1 Universidade PROFESSOR 2 Universidade AGRADECIMENTOS Primeiramente agradecemos a Deus qυ nos permitiu qυ tudo isso acontecesse, longo d nossas vidas, nã somente nestes anos como universitários, m s que m todos s momentos é o maior mestre qυ alguém pode conhece. Eu Joseane uma das integrantes do grupo gostaria de Agradeço ao meu marido Paulo Roberto que também faz parte do grupo de TCC, por estar sempre ao meu lado me apoiando e ajudando nos momentos difíceis. No início era apenas um colega de aula, mas aos poucos foi me conquistando e hoje é uma das pessoas mais importantes da minha vida. Agradeçemos aos nossos amigos do TCC por toda dedicação, paciências e sempre dispostos ajudar. Agradeçemos aos familiares por sempre incentivar e apoiar tudo. E por final, A todos qυ direta υ indiretamente fizeram parte d minha formação, muito obrigada. “Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência.” (HenryFord). RESUMO Um vaso de pressão é considerado como um equipamento de processo que é usado para armazenamento e distribuição de fluidos, tendo dimensões variadas e projetado para resistir a uma grande variedade de pressão interna, bem como a diferentes pressões atmosféricas e não sujeito a chama. Sua aplicação é bastante ampla tendo uma grande importância no processo de diferentes ramos industrias, entre os quais podemos citar: farmacêuticas, hospitalares, termelétrica, nuclear, petróleo, etc. Este presente trabalho tem como objetivo projetar um vaso de pressão para o uso em uma planta industrial de gás ácido, usando as normas adequadas para cálculo das espessuras dos componentes e seleção dos materiais visando a segurança da operação do equipamento. Palavras-Chave: Vasos de pressão, processo, gás acido. ABSTRACT Pressure vesselis considered aprocessequipmentthat is usedfor storing and dispensing fluid shave various dimensions, are designed to withst and several types of different atmospheric pressures both external and internal, and not subject toflame.Having a great importancein the several branches of process of industries among them: pharmaceutical, hospital, thermo eletric, nuclear, oil, etc. This work aimed to design a pressure vessel for use in a acid gas plant, using appropriate standards for complete design and specification of materials for safe operation Keywords: pressure vessels, process, acidgas. LISTA DE FIGURAS Figura 1, Exemplo de processo do gás acido, Fonte Google Images ...................................... 13 Figura 2, Exemplo de um vaso – Fonte, Empresa ASVOTEC. .............................................. 15 Figura 3, Formatos mais comuns de vaso de pressão, Fonte - Silva Teles – 1996. ................ 16 Figura 4, Tipos de Tampo ou Heads, Fonte - ASME, Secção VIII, Divisão 1. ...................... 17 Figura 5, Preparação do chanfro para soldagem de um tampo elíptico – Fonte, G. Images. .. 18 Figura 6, Tampo esférico de grande porte - Fonte, Google Images. ....................................... 19 Figura 7, Soldagem de um tampo hemisférico – Fonte, Google Images. ............................... 19 Figura 8, Tampo cônico em um tambor de coque – Fonte, Google Images............................ 20 Figura 9, Alguns tipos de tampos – Fonte, ASME, Seção VIII, Divisão 1. ............................ 21 Figura 10, Transição de espessura – Fonte, ASME, Seção VIII, Divisão 1............................ 22 Figura 11, Classificação da Pesquisa. Elaborada pelo próprio autor. ..................................... 24 LISTA DE TABELA Tabela 1, com equação do código ASME, para casco cilíndrico. ........................................... 26 Tabela 2, com equação do código ASME, para tampo toro-esferico. ..................................... 27 Tabela 3, de reprodução dos valores do fator M ..................................................................... 27 Tabela 4, Tabela de Seções do código ASME......................................................................... 4 0 Tabela 5, Classif. dos vasos de pressão de acordo com os grupos .......................................... 42 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas TCC –Trabalho de Conclusão de Curso ASME-American Society of Mechanical Engineers URE – Unidade de Recuperação de Enxofre. NR13 – Norma Regulamentadora 13 UTAA – Unidade de Tratamento de Água Acida. DEA – Unidade de Tratamento com Amina. SUMARIO 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 12 1.2 Delimitações do Trabalho: ............................................................................................ 13 1.3 Objetivos ....................................................................................................................... 13 1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................ 13 1.3.2 Objetivos Específicos: ............................................................................................. 14 1.4 Justificativa .................................................................................................................... 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................................15 2.1 Formato, principais partes e tipos. ................................................................................ 15 2.1.2 Tipos e formatos de vasos de pressão: ................................................................... 16 2.1.3 Posição: ................................................................................................................... 16 2.1.4 Tampos. ................................................................................................................... 16 2.2 Transição de formato de espessura. .............................................................................. 21 2.3 Espessuras de cascos e de tampos ................................................................................ 22 3 METODOLOGIA.................................................................................................................. 24 3.1 Classificação da Pesquisa: ............................................................................................. 24 3.2 Procedimentos técnicos para coleta de dados ............................................................. 25 3.3 Tratamento de dados. ................................................................................................... 25 3.3.1Cálculo de cascos cilíndricos para pressão interna. ................................................ 26 3.3.2 Cálculo para tampo toro-esférico ........................................................................... 27 4 CONLUSÃO ......................................................................................................................... 28 4.1 Casco .......................................................................................................................... 28 4.1.1 Espessura estrutural mínima ................................................................................... 28 4.1.2 Tentativa 1 .............................................................................................................. 28 4.1.3 Verificação de Hipótese Inicial .............................................................................. 28 4.2 Tampos ....................................................................................................................... 29 4.2.1 Espessura estrutural mínima ................................................................................... 30 4.2.2 Considerando o tampo toriesferico falsa elipse ...................................................... 30 4.2.3 Verificação de Hipotese Inicial ............................................................................... 30 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: ................................................................................ 32 6 ANEXO I - MEMORIAL DESCRITIVO ............................................................................. 34 6.1 Projetar e construir vasos de pressão: .......................................................................... 34 6.2 Etapas do Projeto e da Construção: ............................................................................... 34 6.2.1 Definição dos Dados de Projetos: .......................................................................... 34 6.2.2 Dados operacionais ou de processo ....................................................................... 35 6.2.3 Projeto de processo de vaso. .................................................................................. 35 6.2.4 Projeto térmico. ...................................................................................................... 36 6.2.5 Projeto Mecânico. .................................................................................................... 36 6.2.6 Projeto das peças internas. ...................................................................................... 37 6.2.7 Acompanhamento do projeto ................................................................................. 38 6.2.8 Projeto para fabricação. ........................................................................................... 38 6.2.9 Fabricação do vaso. .................................................................................................... 38 6.3 Códigos e normas de projeto. .......................................................................................... 39 6.3.1 Código ASME – Sociedade Americana de Engenharia Mecânica ............................. 40 6.3.2 NR13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulação. .................................................. 41 1 INTRODUÇÃO Vasos de pressão representam uma categoria de equipamentos de maior importância nas indústrias, entre elas, siderúrgicas, petroquímicas, fábricas em gerais, hospitais e setor de exploração, produção e refino de petróleo. Para iniciar um projeto de vaso de pressão deve- se conhecer os dados de projetos, objetivos e condições de operação, de forma a adequá-lo seguramente a operação da planta para a qual foi projetado. A falha em um vaso pode acarretar de uma paralização na produção de uma fabrica até uma catástrofe, pois pelos vasos passam vários tipos de fluidos. (Silva Teles, 1996). Ao projetar um vaso de pressão deve-se tomar cuidados especiais ao seu projeto de fabricação e montagem de forma que haja redução de riscos também pela seleção de materiais adequados o item que é fundamental no projeto para garantir um processo seguro. O objetivo de um vaso de pressão é assegurar que o equipamento exerça suas funções sem riscos operacionais. Para isso devemos utilizar ao projeto normas que atendam diferentes requisitos e especificações e definição cautelosa dos dados do projeto. (Silva Teles, 1996). O processo que vamos utilizar é o gás acido (tratamento de gás com amina) conhecido como remoção de gás que serve para resolver sulfeto de hidrogênio (H2S) e dióxido de carbono (CO2) de gases. Utilizados em refinarias, plantas petroquímicas, planta de processo de gás natural e outras industrias, ele um processo unitário. O gás acido são utilizados em muitas refinarias como exemplo na unidade da URE (Unidade de Recuperação de Enxofre) contido nas correntes de gás acido procedente das unidades de tratamento com amina (DEAs) e das unidades de tratamento de águas acidas (UTAAs) que tratam o gas contendo gás sulfídrico H2S, que é usualmente direcionada para um processo de Claus que é converte em enxofre. O processo de Claus é responsável por 60% a 70% da conversão total do enxofre. (CONAMA382). 12 1.2 Delimitações do Trabalho: Os dados dimensionais que serão definidos neste trabalho serão a pressão suportada no casco, diferentes tampos e espessuras de chapas.Serão definidos os resultados e comentado as diferenças conforme seleção do material apresentado e aplicado de diferentes formas dos componentes. 1.3 Objetivos Logo, vamos ver os objetivos de execução do nosso trabalho, a baixo temos uma figura que ilustra o exemplo de processo do gás acido. Figura 1, Exemplo de processo do gás acido, Fonte Google Images 1.3.1 Objetivo Geral Descobrir por meio dos cálculos, definidos por normas específicas, as espessuras necessárias das chapas de aço usadas para fabricação dos vasos e quais são as suas diferenças referente a limites de pressão que cada material suporta. De acordo com a ASME, o SA516 Gr70 é um aço normalizado e especifico para vasos de pressão. 13 1.3.2 Objetivos Específicos: a) Dimensionar material para fabricação e pressão máxima admissível de trabalho para o casco e tampo, selecionando uma espessura de material obtivel comercialmente, até para facilitar a compra domaterial; b) Basear-se em normas que são elas: ASME VIII seção 1 e 2 (PressureVessel Boiler Code) é utilizado para dimensionamento e a norma brasileira NR13 ( Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulação) que visa a instalação, manutenção, manutenção e operação visando a segurança do projeto. 1.4 Justificativa Existe alguns métodos de aplicação em projeto, fabricação e construção de um vaso de pressão, envolve cuidados para redução de riscos e seleção de parâmetros básicos que é fundamental para um projeto seguro. 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Formato, principais partes e tipos. Vasos de pressão são recipientes estanques de variadas dimensões, formatos e finalidades, é capaz até de manter um fluido pressurizado. Tem uma variedade imensa de equipamentos, vai de um simples exemplo de uma panela de pressão até um reator nuclear. (Silva Teles – 1996). Figura 2, exemplo de um vaso – Fonte, Empresa ASVOTEC. Neste trabalho vamos tratar do dimensionamento de um casco e o tampo, principalmente dos vasos de pressão que são considerados “equipamentos de processo”. Equipamentos de processo são responsáveispela armazenagem, distribuição, operação ou até mesmo distribuição de fluidos. O projeto e construção de um vaso de pressão exige muitos cuidados e aplicações de normas como ASME e NR13, pois a falha deste equipamento pode ocorrer catástrofes, até mesmo botar em risco vida humana.(Valdir A. dos Santos - Prontuário Para Projeto e Fabricação de Equipamentos Industriais). 15 2.1.2 Tipos e formatos de vasos de pressão: Os vasos de pressão são compostos por casco, vaso e tampo de fechamento. Os vasos de pressão tem seu formato padrão de revolução, as formas mais comuns de cascos são: cilíndricos, cônico e esférico (BAKER, KOVALEWSKY & RISK, 1986). Figura 3, formatos mais comuns de vaso de pressão, Fonte - Silva Teles – 1996. Os vasos cilíndricos podem ser instalados na posição horizontal ou vertical, vai depender da necessidade e espaço, na posição vertical ocupa-se menos espaço, também podem ser geminados como indicado na Fig.2 (e), isso resulta nos suportes de espaço ocupado, e nos tampos. (Silva Telles - 1996). 2.1.3 Posição: Os vasos de pressão podem ser instalados na posição vertical ou horizontal, para posição de instalação dever ser avaliado para qual finalidade o equipamento vai ser usado. (ARAUJO FILHO, 1980). 2.1.4 Tampos. Tampos ou Heads são as partes de fechamento do vaso de pressão e tem variados formatos que são: 16 • Formato Plano; • Formato Cônico; • Formato Hemisférico; • Formato Toriesférico; • Formato Elíptico; Figura 4, tipos de Tampo ou Heads, Fonte - ASME, Secção VIII, Divisão 1. Segundo a ASME, Secção VIII,¹ Divisão 1 e Divisão 2, exige que para tampos toriesférico que o raio Rk seja no mínimo 6% do diâmetro,² ou 3 vezes a espessura da chapa – o que for maior -, e que o raio Rc seja no Maximo igual ao diâmetro externo do tampo. Os tampo toriesfericos com esses valores limites, isto é, Rk = 0,06 D e Rc = D, são os menos resistentes de todos ao efeito da pressão interna, exigindo por isso maior espessura de chapa. O tampo elíptico teoricamente tem a seções transversais como geometricamente uma elipse perfeita. No tampo elíptico denominado “normal”, a relação de semi-eixos é 2:1, isto é, o diâmetro do tampo é quatro vezes a sua altura. Esse tampo quase sempre pode ser construído com chapas da mesma espessura usada no casco cilíndrico do vaso, porque a sua resistência à pressão interna é praticamente igual a do cilindro de mesmo diâmetro. (Silva Teles,1996). 17 Figura 5, preparação do chanfro para soldagem de um tampo elíptico – Fonte, Google Images. Os tampos toriesféricos são constituídos por uma calota central esférica (crown), de raio Rc, e por uma seção toroidal de corcondância (knuckle), de raio RK. O tampo toro- esférico é bem mais fácil de fabricar do que o elíptico, e essa facilidade é tanto maior quanto menos profundo for, isto é, quanto menor for o raio RK. Inversamente, a sua resistência será tanto maior quanto maior for RK, permitindo chapas de menor espessura. Qualquer tampo toriesférico é sempre menos resistente do que um elíptico de mesmo diâmetro e com mesma relação de semi-eixos.o código ASME, seção viii, divisão 1 (parágrafo ug-32) e divisão 2 (parágrafo AD-204), exige para os tampos toriesféricos que o raio RK seja no mínimo 6% de diâmetro, ou 3 vezes a espessura da chapa, o que for maior, e que o raio Rcseja no máximo igual ao diâmetro externo do tampo. Os tampos toriesféricos com esses valores limites, isto é, Rk= 0,06 D e Rc = D, são os menos resistentes de todos ao efeito da pressão interna, exigindo por isso maior espessura de chapa qualquer tampo toriesférico é tanto mais resistente quanto mais seu perfil se aproxima de uma elipse perfeita. De todos os perfis toriesféricos com relação de semi-eixos 2:1, o perfil em que se tem Rk= 0,1727 D e Rc= 0,9045 D (ou seja, Rk / Rc= 0,1909) é o que mais se aproxima da elipse. Esse perfil é conhecido como “falsa elipse” ou como “perfil Foggles”, é o mais empregado de todos os perfis Toriesféricos, e freqüentemente confundido como tampo elíptico verdadeiro. (JUNIOR, VALTER FIRMINO DASILVA,2011). 18 Figura 6, tampo esférico de grande porte - Fonte, Google Images. O tampo hemisférico é considerado o mais resistente, dependendo da situação ele tem cerca da metade da espessura do casco cilíndrico. Porem sua construção é mais complicada além de ocupar mais espaço, até por ser mais alto. É utilizado em geral nos vasos horizontais e vasos verticais quando o diâmetro é muito grande, ou seja 10 metros ou mais. (ENG. ADELINOCARLOS L. DA SILVA, UP-Petrobras). Figura 7, Soldagem de um tampo hemisférico – Fonte, Google Images. Os tampos cônicos, são os mais fáceis de se construir, embora são pouco usados por ter menos resistência. Seu uso é limitado ao tampo inferior dos vasos. Nesses tampos algumas vezes existem concordância toroidal na ligação com o casco. (MIRANDA, JORGERICARDO FONSECA,2007). 19 Figura 8, tampo cônico em um tambor de coque – Fonte, Google Images. O tampo Plano Existe uma grande variedade de tampos planos, como mostram alguns exemplos na figura 8. Os tipos (a) e (b) são tampos não removíveis para vasos de baixa pressão. O tipo (c) tem um flange cego aparafusado removível, e o tipo (d) também é removível mediante a retirada de um anel rosqueado no corpo cilíndrico, que mantém no lugar. Os tipos (e), (f) e (g) são tampos forjados, não removíveis, para vasos de alta pressão. As exigências dimensionais de espessuras, soldadas, distancias,etc, mostradas na figura 8, são do código ASME, seção VIII. (ASME, seção VIII, divisão 1, 2010). Exceto nos casos em que o formato do tampo decorre de uma exigência de serviço, a escolha entre diversos tipos é feita em base econômica, dependendo do diâmetro, pressão de trabalho e recursos de fabricação. (ASME, seção VIII, divisão 1, 2010). 20 Figura 9, Alguns tipos de tampos – Fonte, ASME, Seção VIII, Divisão 1. 2.2 Transição de formato de espessura. Qualquer transição geométrica (forma e/ ou espessura) resulta em uma distribuição irregular e concentração de tensões na região de transição, efeitos esses que serão tanto mais grave quanto mais forte for a mudança de forma ou de espessura. Por este motivo, os códigos de projetofazem uma série de exigências de maneira a minorar este efeito. (Silva Teles, 1996). Na ligação de um corpo cilíndrico com um tampo hemisférico de mesmo diâmetro, a transição de formato é muito pequena, desde que haja tangência perfeita, pode-se admitir que a concentração de tensões e a flexão na parede do vaso estejam dentro de limites aceitáveis, não sendo necessário nem exigido pelas normas nenhum reforço ou outra precaução adicional.(Silva Teles, 1996). Para a ligação de um corpo cilíndrico com um tampo elíptico ou toriesférico, a transição de formato é mais forte, e por isso mesmo em geral existe uma pequena seção cilíndrica integral com o tampo, isto é, uma certa distância entre a linha de tangência e a linha de corte (ou de solda). (BAKER, KOVALEWSKY & RISK, 1986). 21 Figura 10, Transição de espessura – Fonte, ASME, Seção VIII, Divisão 1. 2.3 Espessuras de cascos e de tampos. A espessura da parede de pressão de um vaso deve ser, no mínimo, o maior dos dois seguintes valores: ec + C es ec= espessura calculada mínima necessária para resistir a pressão interna ou externa e demais carregamentos atuantes sobre o vaso. C = margem para corrosão. es = espessura mínima de resistência estrutural. Esta espessura destina-se a garantir a estabilidade estrutural do vaso, para permitir a sua montagem, e evitar o colapso pelo próprio peso ou por ação do vento(BAKER, KOVALEWSKY & RISK, 1986). 22 A espessura de resistência estrutural pode prevalecer sobre a espessura calculada para os vasos de diâmetro muito grande e para pressões muito baixas. Recomenda-se adotar para a espessura mínima estrutural o valor dado pela seguinte fórmula, com o mínimo de 4,0 mm. (SILVA TELES, 1996). es = 2,5 + 0,001 Di + C A margem ou sobrespessura para corrosão é um acréscimo de espessura destinado a ser consumido pela corrosão ao longo da vida útil prevista para o vaso. Teoricamente essa espessura será produto da taxa anual de corrosão (mm/ano) pelo número de anos de vida útil considerada. É prática usual adotar-se os seguintes valores de margem para corrosão em vasos de aço-carbono ou aços de baixa liga: meios pouco corrosivos: 1,5 mm; meios medianamente corrosivos (normais): 3,0 mm; meios muito corrosivos: 4,0 a 6,0 mm. Esses valores poderão ser empregados quando não for possível estabelecer valores confiáveis para a taxa anual de corrosão. A margem para corrosão só pode ser dispensada nos casos em que a corrosão for reconhecidamente nula ou desprezível, ou quando houver uma pintura ou outro revestimento anticorrosivo adequado. (ENG. ADELINOCARLOS L. DASILVA, UP-Petrobras, 2001). O código ASME, seção VIII, divisão 1, exige as seguintes espessuras mínimas para as partes do vaso sujeitas a pressão: • Vasos de aço de alta resistência (parte uht): 6,4 mm; • Vasos para água, vapor ou ar comprimido (QQ MATERIAL): 2,4 mm; • Vasos em geral, não incluídos nos casos acima: 1,6 mm. O código ASME, seção VIII, divisão 2, exige as seguintes espessuras mínimas para as partes do vaso sujeitas a pressão: • Partes em aço-carbono ou aços de baixa liga: 6,4 mm • Partes em aços inoxidáveis ou em metais não-ferrosos: 3,2 mm 23 3 METODOLOGIA. De acordo com Castro (1978), o método de pesquisa não deve servir apenas para auxiliar a compreensão do produto da pesquisa mas, também se inserir no próprio processo de pesquisa, possibilitando assim o desenvolvimento de forma ordenada, de todos os procedimentos que a envolvem, atuando como estrutura de pesquisa. Este capítulo apresenta a metodologia utilizada na busca do conhecimento científico. O conhecimento científico deve ser provado. O conhecimento surge da dúvida e comprovado concretamente, gerando leis válidas. Deve ser verificado e investigado, então acaba encontrando respostas aos fenômenos acercado ser humano. Usa métodos para encontrar respostas através de leis comprobatórias, as quais regem a relação do sujeito com a realidade. 3.1 Classificação da Pesquisa: De acordo com o objeto de estudo e os objetivos propostos, a presente pesquisa pode ser classificada: quanto a sua natureza, quanto a forma de abordagem do problema e quanto aos seus objetivos, conforme ilustra a figura abaixo. Figura 11, Classificação da Pesquisa. Elaborada pelo próprio autor. Quanto a sua natureza, de acordo com Gil (2008),podemos classificar a pesquisa como sendo aplicada, tendo em vista que seu objetivo é produzir conhecimentos que venham a ter uma aplicação prática, visando solucionar problemas reais e específicos, que envolvem 24 verdades e interesses locais. Quanto à forma de abordagem, a pesquisa pode ser classificada como qualitativa, tendo em vista que o pesquisador desenvolve conceitos, ideias e entendimentos a partir de padrões encontrados nos dados (ARAÚJO; OLIVEIRA, 1997). Quanto aos objetivos,deverá ser classificado como pesquisa explicativa, tendo como finalidade identificar os fatores que determinam ou auxiliam para a ocorrência dos fenômenos. Aprofundando o conhecimento da realidade, por vez explica a razão, o “porquê” das coisas. Em procedimentos para coleta de dados, foram utilizados doismétodos, à saber: Pesquisa Bibliográfica e Pesquisa Documental (GIL, 2008). 3.2 Procedimentos técnicos para coleta de dados Para poder alcançar os objetivos deste estudo, a coleta de dados foi desenvolvida através de uma vasta pesquisa bibliográfica. Durante a pesquisa bibliográfica foram coletados dados específicos e gerais, relacionados ao tema, disponíveis em artigos científicos, sites, dissertações, teses e livros. A revisão da literatura compreendeu levantamento de artigos pesquisados no Google Scholar, com as palavras-chave: vaso de pressão, NR-13, ASME. Com a revisão da literatura, foram utilizados os artigos a seguir, destacando os principais pontos pararealização da pesquisa. Estes pontos são formas de cálculos e dimensionamento de tampos Toro-esférico e casco cilíndrico de vasos de pressão, para uma planta industrial para atenderpara armazenamento de gás e separação de enxofre e determinar condições de processo e segurança, normas aplicáveis a vasos de pressão, materiais aplicáveis no processo de fabricação. 3.3 Tratamento de dados. Uma vez sendo realizada a coleta dos dados dos questionários, os mesmos foram editados e tratados no sistema computacional Microsoft ® Office Word. A análise consistiu na estruturação dos dados de forma ordenada e aplicação das fórmulas de cálculo de acordo com as normas ASME competentes, uma vez calculados, os resultados serão tabuladosno 25 sistema computacional Microsoft ® Office Excel para apresentação.Cálculo do vaso de pressão pela norma ASME Seção VIII, Divisão 1. Vamos ver agora os critérios básicos e formulas seguindo o código ASME, para calcular e dimensionar os componentes que estamos abordando neste trabalho Casco e Tampo do vaso de pressão. 3.3.1Cálculo de cascos cilíndricos para pressão interna. Segunda a ASME Seção VIII, Divisão 1, é considerado casco de grande espessura a partir de que tenha: e> ½ R, ou P> 0,385 SE. e = espessura mínima de pressão interna R = raio interno do casco (cilindro) P = dado de projeto (pressão interna); deve se acrescentar o efeito da coluna hidrostativa do líquido do contido, quando for o caso. S = tensão admissível do material, essas tensões são obtidas por tabelas do código ASME e estão anexas neste trabalho. E = coeficiente de qualidade de solda, vamos ver a seguir:Tabela 1, com equação do código ASME, para casco cilíndrico. 26 3.3.2 Cálculo para tampo toro-esférico Tabela 2, com equação do código ASME, para tampo toro-esferico. Tabela 3, de reprodução dos valores do fator M 27 4 CONLUSÃO Vamos especificar, conforme as condições de projeto, qual a espessura de chapa comercial a ser adotada para um vaso de pressão cilíndrico: P projeto = 25 kgf/ cm² T projeto = 371ºc Di = 3000 mm CET = 10.000 mm C = 3mm (sobre espessura de corrosão) Material: ASTM A - 516 Gr60 4.1 Casco: Adotamos a premissa que o vaso é de pequena espessura, então devamos fazer uma checagem no final do trabalho. 4.1.1 Espessura estrutural mínima: A espessura estrutural mínima, deve se considerar o maior valor entre: Logo, temos 2,5 + (0,001 x 3000) +3 = 8,5mm Para achar o valor de Sadm (tensão admissível), vamos ter que interpolar os valores obtidos da tabela UCS 23. Pois na tabela indica P / T = 350ºC e P / T = 375 ºC - Sadm = 1053kg/cm², e para T = 371 ºC - Sadm = ?, logo adotaremos Sadm = 1053kg/cm². 4.1.2 Tentativa 1: 28 OBS: e REQ = 42,61mm (em função da resistência mecânica) e PROJ = 42,61mm + 3mm = 45,61mm (em função da sobreespessura de corrosão) De acordo com o código ASME, devemos adotar espessuras nominais comerciais, que são: Segundo a ASTM A-20, quando a espessura for superior a 50mm, devemos adotar valores inteiros. Entre 44,5 e 47,5, adotamos o valor 47,5 mm. 4.1.3 Verificação da hipótese inicial: De acordo com a ASME, quando temos espessuras acima de 1 ¼’’ deve ter raio X total. Como a espessura adotada é 47,5 ou seja maior que 31,75 (1 ¼’’) devemos ter o raio X total. Recalculando, agora com E = 1: Então, adotamos um valor comercial como foi citado a cima, 41,3 mm. OBS: e REQ = 36,13 (em função da resistência mecânica) e PROJ = 36,13 mm + 3 mm = 39,13 mm (em função da sobreespessura de corrosão) 4.2 Tampos: Considerando-se todos os itens para radiografia total e se: Di ≤ 1800 mm ( vamos usar apenas uma chapa). Logo, E=1 (não haveria solda de chapas para fazer o tampo) Nesse caso: Di = 3000 mm > 1800 mm Não poderemos usar uma chapa apenas. 29 4.2.1 Espessura estrutural mínima: 4.2.2 Considerando o tampo toriesférico falsa elipse (2:1): L = 0,904 x D = 0,904 x 3000 = 2712 mm R = 0,173 x D = 0,173 x 3000 = 519 mm M = ¼ (3+ √L/r) = ¼ (3 + √2712/519) = 1,32. Logo: Conforme já citamos acima as espessuras comercias, teremos que adotar o valor de 54 mm devido ao resultado ter sido superior a 50mm. 4.2.3 Verificação de hipótese inicical: Como já citamos acima também, devido a chapa ter dimensão superior a 31,75 mm, devemos ter raio X total. 30 Então temos este valor entre 44,4 mm e 47,5 mm, então adotamos 47,5mm. Na verificação da espessura comercial do tampo é maior ou igual a espessura comercial do casco, está OK. Observação para o tampo: H = 0,25 H = Lc + h + eCOM (tampo) Para Lc, o codgo ASME determina: E se: 31 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS: PEDRO C. SILVA TELES, 2º edição atualizada – LTC (Livro Tecnico e Cientifico da editora LTDA). CARLOS FALCÃO, Projeto mecânico vasos de pressão e trocador de calor cascos e tubos, Revisado em maio de 2008 (Texto registrado sob o numero 284827 do livro 514). ARAUJO FILHO, Heitor Augusto de. Vasos de pressão Horizintais. Simpósio Brasileiro de Vasos de Pressão, Rio de Janeiro, 1980. ASME, Boilet and Pressure Vessel Code, seção VIII, divisão 1, Americas Society of Mechanic Engenneer 2013. ASME, Seção II, Materials, part-A, Forrous Materials 2013. NR13 – Caldeiras, vaso de pressão e tubulação. (Redação dada pela portaria MTE, n.º 594, de 28 de abril de 2014). BAKER KOVALEWSKY & RISK.Structural Analysis of Shells.Roberto Krieger Publishing Co. Malabar, Florida, 1986. ARAÚJO, Aneide Oliveira; OLIVEIRA, Marcelle Colares,Tipos de pesquisa. Trabalho de conclusão da disciplina Metodologia de Pesquisa Aplicada a Contabilidade, Departamento de Controladoria e Contabilidade da USP. São Paulo, 1997. CASTRO, C.C. A Prática da Pesquisa. São Paulo: McGraw Hill, 1978. GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4ª Edição. São Paulo: Atlas, 2008. CHUSE, Robert, Pressure Vessels – The ASME Code Simplified. McGraw – Hill Book Co. New York, 1977. BARROS, Stenio Monteiro de. Soldagem. Petrobrás – Petróleo Brasileiro S.A. Sedes/ CEN-SUD. Rio de Janeiro. HARVEY, John F. Theory and Design of Modern Pressure Vessels, Van Nostradan Reinhold Co. New York, 1974. Norma Técnica da Petrobras – N-253 Projeto de Vasos de Pressão. 32 Norma Técnica da Petrobras – N-266 Apresentação de Projetos de Vasos de Pressão. RUIZ RUBIO, Carlos. Proyect Contrucción de Recipientes a Presión. Urmo S.A. Ediciones, Bilbap, 1976. KARCHER, G.G. & ECOFF Jr., R.A. Recent Advances in the ASME Sec. VII, Div. 1 and Div. 2 – Pressure Vessels Code. Jornal of Pressure Vessels Technology. New York, fev. 1981. SYNDICAT NATIONAL DE LA CHAUDRONNERIE, TOLERIE ET TUY EUTERIE INDUSTRIES. Constrution des Appareils a Pression. Regles de calcul. Paris GUTTERMAN, G Specify the Right Heat Exchanger. Revista Hydrocarbon Processing. Houston, abr. 1980. HEINZE, A.J. Pressure Vessel Design for Process Engineers. Revista Hydrocarbon Processing. Houston, maio 1979. 33 6 ANEXO I - MEMORIAL DESCRITIVO 6.1 Projetar e construir vasos de pressão: Um número relevante dos vasos, são equipamentos feitos por encomendas, sob medidas para atenderem, e, cada caso, a determinados requisitos e especificações, sendo bastante raros os casos em que esses equipamentos sejam itens padronizados de linhas de fabricação de algum fabricante (CHUSE, 1977). 6.2 Etapas do Projeto e da Construção: Nos casos normais, tanto projetar quanto construir vasos de pressão, tendem a seguir etapas que mesmo usuais tem particularidades, portanto as etapas ser ordenadas visando sinergia e viabilidade (SILVA TELES, 1996). 6.2.1 Definição dos Dados de Projetos: Nesta etapa são consideradas condições locais e preferências de operação. Definição de dados básicos que são normalmente considerados (ARAUJO, 1997). a) As normas adotadas podem ser: 1- oficiais (sociedades de normalização nacionais (NR-13, da ABNT-obrigatória) ou estrangeiras), 2- Usuários, 3- Fabricante. b) Vida útil mínimo, ou tempo projetado do vaso; c) Modelo desejado de vasos e/ou sistemas de construção (se houver); d) Materiais exigidosconsiderando o conteúdo local. e) Características climáticas e meteorológicas do local. f) Área disponível. g) Características dimensionais e capacidade de peso para transportar o equipamento. Quando necessário, as seguintes informações podem ser importantes: h) Altitude de onde será instalado o equipamento. i) Utilidades como: (água, vapor, energia elétrica, etc). j) Limites ou níveis sonoros admitidos – Poluição sonora. k) Características de subsolo. 34 l) Local em condições práticas de montagem. 6.2.2 Dados operacionais ou de processo. Nessa etapa são calculados para o desempenho de operaçãoe indicados nos fluxogramas de processo para a instalação. Alguns dados incluídos: a) Tipo do vaso, (vaso de armazenamento, trocador de calor, reator, torre de fracionamento, etc). b) Finalidade, características dos materiais (característica química, concentração, densidade, impurezas e contaminaçõesetc). Vasão, temperatura e pressão de todas as correntes fluidas que entram ou quem saem dos equipamentos (valores de regime e valores máximos e mínimos possíveis de ocorrer). c) Dados operacionais do equipamento como temperatura e pressão (valores de regime, valores máximos e mínimos possíveis e variações). d) O volume que será armazenado, ou período que o equipamento resiste considerando o cálculo de projeto e o coeficiente de segurança. Vasos com nível livre de líquidos, é fundamental indicar a posição padrão de regime e os as marcações máximas de nível. Os equipamentos de troca de calor os dados de processo ainda devem incluir as seguintes informações que se aplicarem: e) Capacidade, carga térmica. f) Temperatura, viscosidade e peso molecular dos fluidos (condições de entrada e de saída). g) Coeficiente de deposito. h) A perda de carga máxima admitida do equipamento. (CASTRO, C.C, 1978). 6.2.3 Projeto de processo de vaso. Em muitos casos inclui se também ao projeto de processo a indicação básica dos materiais de construção do vaso, bem como dos materiais de peças internas e dos revestimentos internos, quando existentes. Não se trata da especificação completa do 35 materiais, que é sempre parte integrante do projeto mecânico. No projeto de processo de faz e apenas a indicação básica (SILVA TELES, 1996). 6.2.4 Projeto térmico. É aplicado somente em equipamentos de troca de calor. a) Modelo, Tipo do equipamento. b) Região de troca de calor e dimensões do equipamento. c) Numeração e arranjo de casco (quando houver mais de um), número de passagens. d) Arranjo de tubulação com padrões de espaçamento, espelhos, serpentinas etc. e) Tubos para troca térmica (lisos e aletados etc), e dimensões. f) Chicanas: Quantidade, tipo, arranjo e espaçamento, defletores e outras peças internas. (SILVA TELES, 1996). 6.2.5 Projeto Mecânico. Definição ou cálculo. a) Seleção e especificação completa de todos os materiais do vaso (casco e tampos) e de todos as suas partes e acessórios. b) Dimensões finais do vaso (baseada nas dimensões gerais do projeto de processo). c) Especificar tipo de tampos, caso não seja especificado por exigência do processo; d) Normas de projetos adequadas, construção e inspeção que devam ser empregadas. e) Especificar eficiências de soldas e do tipo e grau de inspeção das soldas. f) Cálculo estrutural completo de vaso, considerando: dimensões dos reforços, flanges especiais, espelhos peças internas e externas etc. g) Todas as dimensões e espessuras das peças de jazente, colunas, berços e suportes do vaso. h) Arranjo detalhando as posições, tipo e diâmetro de todos os parafusos e chumbadores; i) Arranjo com: elevação e orientação de bocais, bocas de visitas, instrumentos, peças internas e externas, inclusive anéis de reforços, orelhas de fixação de escadas, 36 plataformas, detalhes típicos e informações relevantes que facilite o acompanhamento e construção. j) Projeto:Calcular: pressão máxima admissível e pressão de teste hidrostático. k) Projeto:Calcular: 1- estimativa de pesos do vaso quando vazio, 2- em operação,3- em parada, 4- em teste hidrostático. l) Especificar condições de transporte do vaso: transportado inteiro ou em secções. m) Arranjo: desenho mecânico completo do vaso com todos acessórios. n) Diagrama de carga sobre as fundações, o projeto mecânico deve incluir também todos os casos que foram aplicáveis, devem ser especificados: - Tratamento térmico - Isolamento térmico, tipos e espaçamento padrão. - Montagem no campo e testes de inspeção. - Soldagem. Havendo outras exigências, o projeto mecânico pode incluir outros cálculos: - Análise de tensões devido a carga localizada ou a fadiga. - Deslocamento por dilatação térmica do vaso. - Forças e momentos admissíveis do vaso. - Modo mais provável: falha, rupturas do vaso considerando com excesso de pressão, de temperatura, e considerar o tempo indefinido de operação e outras causas. (CHUSE, 1997). 6.2.6 Projeto das peças internas. O projeto das peças internas que é feito com base nos dados de processo e no projeto de processo, devem incluir cálculos e detalhes: a) Arranjo de detalhesdas peças. b) Especificação de materiais como: chapas, perfis, tubos, parafusos, juntas, e outros acessórios. c) Cálculo estrutural completo, considerando: espessuras de todas as peças e reforços. d) Detalhamento completo dessas peças. e) Pesos de todos os itens a serem montados, incluindo estimativa de peso de solda. f) Cuidados, padrões de transporte e de montagem. (GIL, 2008) 37 6.2.7 Acompanhamento do projeto. Acompanhar o projeto consiste em orientartecnicamente, ou de forma gerencial, para garantir aqualidade, adequação do projeto e cumprimento de prazos e requisitos contratuais, como a finalidade de solucionar duvidas e alternativas que apareçam no decorrer do projeto antes que seja utilizado para fins de cotação. (SILVA TELES, 1996) 6.2.8 Projeto para fabricação. É o detalhamento e arranjo de montagem do equipamento para permitir: fabricação, montagem e transporte. Também devem ser incluídos análises de tensão, inspeção de soldas e documentos de acompanhamento que permita uma fabricação eficiente e eficaz. (SILVA TELES, 1996). 6.2.9 Fabricação do vaso. Considerando vasos que possam ser transportados inteiro o vaso é preferencialmente montado em seções pré-fabricadas, isso possibilita dividir o trabalho em pequenas partes, obtendo facilidades tanto na logística quanto definição de profissionais com expertises diferentes. Neste momento não está sendo falado o âmbito humano, onde todos podem aprender com todos desenvolvendo novas competências, o que é positivo para pessoas e negócios. “O negócio são pessoas”. Orlando Lima A fabricação deve incluir teste hidrostáticos e testes não destrutivos, sendo possível incluir itens como citados abaixo e da requisição de materiais dependendo de fatores, internos, externos e acordados. a) Peças (matéria prima). b) Instalações: Revestimentos e isolamentos. c) Peças internas d) Recheios e catalizadores. e) Ensaios não destrutivos e radiografias. 38 f) Tratamento térmico. g) Pintura. h) Peças sobressalentes. i) Equipamentos, consumíveis, materiais de montagem. j) O transporte, os meios, padrões, cuidados e o trajeto. (BRITISH STANDAR INSTITUTION, 1976.). 6.3 Códigos e normas de projeto. A principal norma para projeto e fabricação de vaso de pressão é o código ASME. Existem outras normas para especificação de projeto de vaso de pressão como a EN13445 ( antiga B5500), AD MERKBATTER e JIS. No Brasil, a especifica a ser usada e o código ASME para projetos, porem temos uma norma regulamentadora que trata de inspeção, manunteção e operação com seguraça que e NR-13. (SILVA TELES, 1996) 6.3.1 Código ASME – Sociedade Americana de Engenharia Mecânica Este é o código tradicionalmente utilizado no Brasil, sendo responsável por ditar os requisitos necessários para materiais, projeto, fabricação e montagem e testes da maioria dos vasosde pressão, permutadores e caldeiras utilizadas na indústria do petróleo. O Código ASME, possui diversas seções conforme tabela. (ASME, 2010) 39 Tabela 4 – Tabela de Seções do código ASME. I Caldeiras (Rules for Construction of Powers Boilers) II Materiais Part A – Ferrous Material Specifications Part B – Nonferrous Material Specifications Part C – Specifications for Weldings Rods, Electrodes, and Filer Metals Part D – Properties (Customary) Part D – Properties (Metric) III Instalações Nucleares Subsection NCA – General Requeriments for Division 2 Division 1 Subsection NB – Class 1 Components Subsection NC – Class 2 Components Subsection ND – Class 3 Components Subsection NE – Class MC Components Subsection NF – Supports Subsection NG – Core Support Structures Subsection NH – Class 1 Components in Elevated Temperature Service Appendices Division 2 – Code for Concrete Containments Division 3 – Containments for Transport and Storage of Spent Nuclear Fuel and High Level Radioactive Material and Waste IV Caldeiras para aquecimento (Rules for Construction of Heating Boilers) V Ensaios não destrutivos VI Instalação e recomendações para operação de caldeiras para aquecimento (RecommendedRules for theCareandOperationofHeating Boilers) VII Instalação e recomendações para operação de caldeiras (RecommendedGuidelines for theCareof Power Boilers) VIII Vasos de Pressão Rules for Construction of PreassureVassels Division 1 Division 2 – Alternative Rules Division 3 – Alternatives Rules for Construction of preassureVassels IX Qualificação de Soldagem (WeldingandBrazingQualifications) X Vasos de pressão de plástico (Fiber-reinforcedPlasticPressureVassels) XI Recomendações para inspeção de instalaçãoNucleares (Rules for Insevice and Inspection of Nuclear Power Plant Components) XII Recomendações para fabricação e extensão de uso de tanques transportáveis (Rules for Constructionand Continues Service ofTransportTanks) 40 6.3.2 NR13 – Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulação. O Manual Técnico sobre a Norma Regulamentadora nº 13 (NR–13) “Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulação”, elaborado pelo Grupo Técnico Tripartite, em 1996, trás conceitos e determinações a respeito de caldeiras e vasos de pressão. O anexo III da norma determina as condições para enquadramento de um equipamento na NR-13: I. A NR deve ser aplicada aos seguintes equipamentos: a) qualquer vaso cujo produto "PV" seja superior a 8, onde "P" é a máxima pressão de operação em KPa e "V" o seu volume geométrico interno em m³, incluindo: - permutadores de calor, evaporadores e similares; - vasos de pressão ou partes sujeitas a chama direta que não estejam dentro do escopo de outra NR, nem do item 13.1 desta norma; - vasos de pressão encamisados, incluindo refervedores e reatores; - autoclaves e caldeiras de fluido térmico que não o vaporizem; b) vasos que contenham fluido da classe "A", independente das dimensões e do produto "PV". II. A NR não se aplica aos seguintes equipamentos: a) cilindros transportáveis, vasos destinados ao transporte de produtos, reservatórios portáteis de fluido comprimido e extintores de incêndio; b) os destinados à ocupação humana; c) câmara de combustão ou vasos que façam parte integrante de máquinas rotativas ou alternativas, tais como bombas, compressores, turbinas, geradores, motores, cilindros pneumáticos e hidráulicos e que não possam ser caracterizados como equipamentos independentes; d) dutos e tubulações para condução de fluido; 47 e) serpentinas para troca térmica; f) tanques e recipientes para armazenamento e estocagem de fluidos não enquadrados em normas e códigos de projeto relativos a vasos de pressão; g) vasos com diâmetro interno inferior a 150mm para fluidos das classes "B", "C" e "D", conforme especificado no anexo IV desta norma. O anexo IV da norma trata da classificação de vasos de pressão, conforme descrito abaixo: 41 Os vasos de pressão são classificados em categorias segundo o tipo de fluido e o potencial de risco. Os fluidos contidos nos vasos de pressão são classificados em classes conforme tabela 13. Quando se tratar de mistura, deverá ser considerado para fins de classificação o fluido que apresentar maior risco aos trabalhadores e instalações, considerando-se sua toxicidade, inflamabilidade e concentração (SILVA TELES, 1996). Os vasos de pressão são classificados em grupos de potencial de risco em função do produto "PV", onde "P" é a pressão máxima de operação em MPa e "V" o seu volume geométrico interno em m³, conforme segue: Vasos de pressão que operem sob a condição de vácuo deverão enquadrar-se nas seguintes categorias: - categoria I: para fluidos inflamáveis ou combustíveis; - categoria V: para outros fluidos. 48 Tabela 5, Classificação dos vasos de pressão em categorias de acordo com os grupos de potencial de risco e classe de fluido contido. GRUPO DE POTENCIAL DE RISCO 1 2 3 4 5 P.V ≥ 100 P.V <100 P.V ≥ 30 P.V < 30 P.V ≥ 2,5 P.V < 2,5 P.V ≥ 1 P.V < 1 CATEGORIAS “A” Inflamáveis, Combustível com temperatura ≥ 200 °C Tóxico com limite de tolerância ≤ 20 ppm Hidrogênio Acetileno I I II III III “B” - Combustível com temperatura < 200°C’ Tóxico com limite de tolerância > 20 ppm I II III IV IV “C” - Vapor de Água, Gases Asfixiantes Simples e Ar comprimido I II III IV V “D” - Água ou outros fluídos não enquadrados nas classes “A”, “B” ou “C” com temperatura > 50°C 42
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