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ANTROPOMETRIA PÉLVICA E SUA RELAÇÃO COM A INCONTINÊNCIA URINÁRIA INTRODUÇÃO INCONTINÊNCIA URINÁRIA DEFINIÇÃO: - Qualquer perda involuntária de urina EPIDEMIOLOGIA: - Prevalência varia de 20 a 50% na população em geral - Cerca de 60% das mulheres após os 60 anos CLASSIFICAÇÃO: - Incontinência Urinária de Esforço (IUE) – 50% - Urgeincontinência (IUU) – 10 - 20% - Incontinência Urinária Mista (IUM) – 30 - 14% INTRODUÇÃO QUALIDADE DE VIDA - Higiene - Custo - Vida Social - Vida Sexual - Noctúria - Depressão COMORBIDADES - Infecção - Quedas MORTALIDADE INTRODUÇÃO FATORES DE RISCO: - Idade - Raça - Sexo Feminino - Paridade/ Tipo de Parto - Deficiência Estrogênica - Cirurgia Ginecológica - Doenças Crônicas - História Familiar - Constipação - Uso de álcool, cafeína, diuréticos,… -ANTROPOMETRIA - Peso (IMC) - PÉLVICA (?) INTRODUÇÃO ANTROPOMETRIA PÉLVICA COMO FATOR DE RISCO PARA IU: DeLancey, em 2013 Bony Pelvis Dimensions in women with and whitout stress urinary incontinence. PELVE ÓSSEA ABERTURA SUPERIOR 6 PELVE ÓSSEA PELVE ÓSSEA MÉTODOS ESTUDO OBSERVACIONAL ANALÍTICO CASO E CONTROLE PARTICIPANTES - 27 Pacientes Incontinentes (casos) - 27 Pacientes Continentes (controle) PERFIL DESCRITIVO: ESTILO DE VIDA E HISTÓRIA GINECOLÓGICA ANTROPOMETRIA - PESO E ALTURA - PÉLVICA: REALIZADA COM USO DE PARQUÍMETRO DIGITAL MÉTODOS PONTOS AVALIADOS NA ANTROPOMETRIA PÉLVICA - Distância entre as Espinhas Ilíacas; - Distância entre a EIAS e o Tubérculo Púbico bilateralmente; - Distância entre os Ísquios; - Altura da pelve (crista ilíaca – ísquios); - Comprimento anteroposterior (púbis – sacro); - Peso e altura. MÉTODOS 11 RESULTADOS RESULTADOS ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) - Média de 24,47 no grupo controle (peso normal); - Média de 27.69 no grupo de casos (sobrepeso). RESULTADOS RESULTADOS RESULTADOS Distribuição das médias, desvio padrão e significância nas variáveis estudadas. RESULTADOS Distribuição da mediana da variável distância entre as cristas. DISCUSSÃO Achados de DeLancey: - Primíparas jovens com IU no pós-parto tem pelves ósseas maiores do que primíparas continentes ou nulíparas. - Não existem diferenças significativas nas dimensões pélvicas quando se comparam as mulheres de meia-idade com e sem IU. DISCUSSÃO Com os achados deste estudo, pôde-se constatar: - Houve diferença significativa da pelvimetria no grupo controle e no grupo de casos. - Grupo continente apresentou pelves mais ginecóides. - Grupo incontinente apresentou pelves mais platipelóides. - Mulheres incontinentes na MENOPAUSA apresentam pelves de menores dimensões ►fatores hormonais mais prevalentes em relação aos antropométricos. Excluindo fatores hormonais pelve platipeloide nas mulheres (jovens) incontinentes 19 DISCUSSÃO - Pelve feminina “normal”; - Estreito superior arredondado. - Plana; - Estreito superior elíptico, com maior diâmetro transversal; - Ângulo púbico > 90o. De acordo com DeLancey, ângulos subpúbicos abertos apresentam maior risco de trauma no parto pois podem danificar diretamente o suporte uretral e/ou a musculatura do assoalho pélvico. DISCUSSÃO Relevância de outros achados do trabalho: ►A IU é mais frequente em caucasianas (Hunskaar et al , 2000) ►Oscilação de peso não faz diferença na continência, mas sim o excesso de peso (Bump RC et al,1992) ►Gravidez como fator de risco (Franchest et al, 2009; Baracho et al, 2007; Rortveit et al, 2003) ►Parto vaginal: Dano no assoalho pélvico. (Oliveira et al, 2007; Baracho et al; 2007) ►Constipação, Doencas Crônicas e Cafeína como fatores de risco. (Danforth et al, 2007) CONCLUSÃO A avaliação da antropometria pélvica demonstra que é possível ter uma avaliação mais específica para cada paciente. É um procedimento ambulatorial simples e econômico que pode fazer grande diferença no prognóstico e na abordagem da paciente incontinente. GINECÓIDE X ANTROPÓIDE COMPARAÇÃO Figura 1: Pelve Ginecóide (ângulo de 124o) Figura 2: Pelve Antropóide (ângulo de 103o) ASAS ILÍACAS ANTEVERSÃO /RETROVERSÃO PÉLVICA (MASSA GLÚTEA) FATORES DE CONFUSÃO POSICIONAMENTO PÉLVICO... FATORES POSTURAIS ANTEVERSÃO RETROVERSÃO POSICIONAMENTO DO TORNOZELO; PÉS; ANTEVERSÃO... ANTROPOMETRIA ANTROPOMETRIA PÉLVICA Berger, Doumouchtsis and DeLancey, 2013 Neurourology and Urodynamics 32:37–42 (2013) Primíparas IU - Dimensões Pélvicas mais largas + jovens Não significativo para mais velhas Sugerem alterações pela gravidez e parto Sugerem IU pós-parto ≠ IU da meia idade DIFERENTES MECANISMOS DE MANUTENÇÃO DE CONTINÊNCIA AO LONGO DA VIDA DA MULHER. VAGINA – ANTEPARO RÍGIDO SUPORTE URETRAL EM AUMENTO PIA TRAMPOLIM = AP PÉ = PIA MANGUEIRA = URETRA AUSÊNCIA DO ÚTERO ALTERAÇÃO ÂNGULO VAGINAL DISPAREUNIA ALTERAÇÕES BIOMECÂNICAS ASSOALHO PÉLVICO Conjunto de ossos, músculos, ligamentos e fáscias cuja função é sustentar as vísceras abdominais e pélvicas, resistindo às pressões exercidas pelo aumento da pressão intrabdominal. (Galhardo; Katayma, 2007) ARTROLOGIA: MOVIMENTAÇÃO PÉLVICA No “Encaixamento” do feto: Contranutação Sacral Afastamento dos Ilíacos Aproximação dos Ísquios ABERTURA DO ESTREITO SUPERIOR ARTROLOGIA: MOVIMENTAÇÃO PÉLVICA No Parto: Nutação Sacral Aproximação dos Ilíacos Afastamento dos Ísquios ABERTURA DO ESTREITO INFERIOR Depende da dimensão dos estreitos, forma da escavação. Observar bloqueios e/ou artrose. PR PC IC IC BE TP TS CORPO PERINEAL ou CENTRO TENDÍNEO Fibras do Tipo I Fibras do Tipo II Grande densidade de capilares sangüíneos, mitocôndrias e alta concentração demioglobina(alto potencial aeróbico) Baixo potencial aeróbico pela grande quantidade de enzimasglicolíticase pequena concentração de mitocôndrias, portanto são mais fatigáveis. Contraçãolentae por longos períodos sem sofrer fadiga. Responsável pela manutenção do tônus muscular Caracterizam-se por contrair rapidamente em resposta ao aumento súbito da pressãointrabdominal. Representam 70% das fibras do músculo elevador do ânus Representam 30% das fibras do músculo elevador do ânus COLETTI; HADDAD; BARROS, 2005 IMPORTANTE ASSOALHO PÉLVICO MÚSCULOS PODEM MUDAR! Alterações na fáscia levam a alterações na relação de tensão X comprimento muscular. Hvid et al., 2011 Fáscia Endopélvica As fáscias viscerais interligam-se originando as fáscias vesicovaginal e retovaginal, fundamentais para sustentação desses órgãos. FÁSCIA ENDOPÉLVICA FÁSCIA SUPERFICIAL(TRONCO) SOBREPOSTA A APONEUROSE SUPERFICIAL DA MUSCULATURA CRÂNIO (GÁLEA APONEURÓTICA E MUSC. FACE) POSTERIOR ANTERIOR MÉDIA E PROFUNDA (BAINHA PERICÁRDICA, ESOFÁGICA E DIAFRAGMÁTICA) MANÚBRIO E CORPO DO ESTERNO (PLATISMA) Confunde-se com periósteo LINHA ALBA CORPO DO PÚBIS FÁSCIA CERVICAL E PROCESSOS ESPINHOSOS seguindo pelo trapézio e fáscia tóraco-lombar CÓCCIX MUSCULATURA DO PERÍNEO MÚSCULOS DO SISTEMA CRUZADO AS VÍSCERAS SÃO ESTABILIZADAS NA PELVE MENOR POR VÁRIOS SISTEMAS: SÃO ENCAIXADAS (DISPOSIÇÃO) SÃO SUSPENSAS E COMPARTIMENTADAS (LIGAMENTO LARGO NO COMPARTIMENTO ANTERIOR) (LÂMINAS FIBROSAS DO SACRO AO PÚBIS NO COMPARTIMENTO AP) SÃO ADERENTES (TECIDO FIBROSO) SÃO SUSTENTADAS (MUSCULATURA) OBRIGADO!
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