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A DANÇA ENQUANTO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

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Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
ADNILSON COLOMBO DA CRUZ
MÁRIO SERGIO FERREIRA BORDON
RENATO OLIVEIRA BARBOSA
A DANÇA ENQUANTO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA
ESCOLAR E ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS
AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CORUMBÁ-MS
2017
ADNILSON COLOMBO DA CRUZ
MÁRIO SERGIO FERREIRA BORDON
RENATO OLIVEIRA BARBOSA
A DANÇA ENQUANTO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA
ESCOLAR E ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Trabalho apresentado ao Curso de Educação Física da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Metodologia do Ensino de Atividade Rítmica e Dança; Educação Física Escolar e Saúde; Metodologia do Ensino da Ginástica Escolar; Educação Física Adaptada e Primeiros Socorros. Prof.ª. Cristiane Pereira Baricati Marangão; Prof. Wilson Rodrigues Ribeiro; Prof. Túlio Moura; Prof.ª Patrícia Proscêncio; Prof.ª Eloise Werle de Almeida; Prof.ª Alessandra Begiatto Porto; Prof.ª Luana Conti.
CORUMBÁ-MS
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................ 5
2.1 A Dança Enquanto Conteúdo Da Educação Física Escolar ..........................5 
2.1 A Dança Enquanto Conteúdo Da Educação Física Escolar ........................ 6 
2.2 Alunos Com Síndrome De Down Nas Aulas De Educação Física.. .......... 7 
2.2 Alunos Com Síndrome De Down Nas Aulas De Educação Física.. .......... 8 
2.2 Alunos Com Síndrome De Down Nas Aulas De Educação Física.. .......... 9
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 10 
 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 11 
5 ANEXO..................................................................................................................... 12 
5.1Entrevista..................................................................................................... 12 5.1Entrevista..................................................................................................... 13
5.2Entrevista..................................................................................................... 14
5.2Entrevista..................................................................................................... 15
6 CONSIDERAÇÕES DO GRUPO SOBRE AS E NTREVISTA....... .........................
INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa compreender a dança enquanto um importante conteúdo da educação física escolar; compreender a importância do domínio de conhecimentos específicos sobre a prática pedagógica com alunos que possuam alguma síndrome ou deficiência nas aulas de educação física e refletir sobre a realidade do professor de educação física no trabalho com alunos com deficiência.
Nos últimos anos a Educação Física tem sido marcada por uma significativa evolução, as propostas pedagógicas demonstram um grande crescimento acerca do ensino. È importante ressaltar que na prática as abordagens utilizadas na escola, estão presentes com misturas entre tendências que não são seguidas à risca, tendo em vista que a ação de cada professor é moldada conforme a necessidade dos alunos, visando à melhor forma de ensino-aprendizagem.
Nesta perspectiva, este estudo buscou investigar as especificidades de alunos com SD, a fim de oferecer uma educação adequada, almejando reunir conhecimentos pertinentes a esta problemática com o propósito de intervir de maneira adequada junto aos alunos com a síndrome acima citada.
2- DESENVOLVIMENTO 
2.1 A DANÇA ENQUANTO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Consideramos a educação formal como possibilidade de socialização de conhecimentos sistematizados e a dança como um conteúdo da Educação Física, expressão da corporeidade de nossos alunos.
 Por isso, pensamos na importância da aprendizagem do movimento e da exploração da capacidade de se movimentar, defendendo a presença da dança na escola de forma criativa. No entanto, cabe questionarmos: Qual o sentido da dança na escola?
Com a pesquisa no campo analisamos parte do contexto do ensino formal, identificando a partir dos dados apresentados que a dança não se desenvolve como conteúdo da Educação Física, esbarrando na “antiga” vivência de festas temáticas da escola, descaracterizando o sentido educacional do dançar.
 Segundo os dados coletados e analisados o ensino da dança resume-se a comemorações de São João, Folclore, Carnaval e fim de ano. Est crítica é levantada por Marques (2001, 2003), Barreto (2004) e Porpino (2006) Ao afirmar que a escola ainda encontra-se de portas fechadas e/ou tratam a dança apenas com suas características de diversão, extravasamento de energia.
A dança, dentro da Educação Física, como conhecimento produzido historicamente pelo ser humano traz consigo sentidos e simbologias de determinadas culturas, denotando grande relevância no que concerne a formação do ser humano, sobretudo por sua característica de expressão e comunicação.
Um dos fatores que leva o distanciamento deste conhecimento sistematizado nas aulas regulares do ensino de Educação Física é a qualificação profissional.
Dança na escola não é a arte do espetáculo, é educação através da arte. A dança tem suma importância para alcançar os objetivos da Educação, um deles sendo o desenvolvimento dos aspectos afetivo e social, portanto esta prática propicia ao aluno grandes mudanças internas e externas, no que se refere ao seu comportamento, na forma de se expressar e pensar. Buscando elevar o padrão cultural dos educandos, vem os a necessidade de um resgate da cultura brasileira no mundo da dança através da tematização das origens culturais, no intuito de despertar a identidade social dos alunos, melhorando o processo de construção da cidadania. Até porque, quando conhecemos e compreendemos os sentidos e significados da dança, conseguimos perceber o desenvolvimento histórico, social e cultural de diferentes civilizações. A dança hoje é tratada como um componente folclórico, uma diversão, ela é descontextualizada no currículo escolar, rara mente é tratada como um conteúdo que possui um conhecimento próprio, capaz de apreender a expressão corporal como linguagem.
A dança também consegue levar o aluno a conhecer outras culturas, outras crenças, modos de viver diferentes, ainda enquanto processo educacional poderá contribuir para aprimorar as habilidades físicas, os potenciais de cada ser humano. Há a possibilidade dos alunos encontrarem uma nova forma de se expressar, se comunicar, descobrindo uma nova linguagem corporal, permite despertar o interesse em pesquisas, assim conseguindo ampliar até o seu conhecimento. E isso leva a formação de cidadãos críticos, participativos, responsáveis, seres transformados. A dança, dentro da Educação Física, com o conhecimento produzido historicamente pelo ser humano traz consigo sentidos e simbologias de determinadas culturas, denotando grande relevância no que dizer respeito a formação do ser humano, sobretudo por sua característica de expressão e comunicação. Os professores de Educação Física nas escolas municipais e estaduais demonstram compreender essa contribuição que se desenvolve no aluno através do conteúdo dança, porém, esse conhecimento fica distante de suas aulas por motivos ora financeiros, ora por falta de qualificação, ora até por não ter afinidade com o conteúdo, porém, os alunos deixam de vivenciar a dança enquanto fonte educacional. Os professores de Educação Física, ainda influenciados, sobretudo pela concepção esportivista, continuam restringindo os conteúdos das aulas aos esportesmais tradicionais, como, por exemplo, basquete, vôlei e futebol. Em muitos casos também, estes conteúdos são distribuídos sem nenhuma sistematização e são apresentados de forma desordenada ou aleatória, ou seja, estes são organizados ou sequenciados sem critérios mais consistentes. 
Não bastasse este fato, é muito comum que estes conteúdos esportivos sejam transmitidos superficialmente, apenas na ótica do saber fazer. O que acaba ocasionando a falta de aprofundamento dos conteúdos propostos para a Educação Física na escola. O processo de ensino-aprendizagem possibilita que os sujeitos – professor e alunos – se encontrem, troquem, socializem conhecimentos, experiências, afetos, histórias, sonhos e utopias. O professor sempre mediando com instrumentos pedagógicos e psicológicos. Os alunos respondendo e também sendo mediadores dos que ainda não conseguiram. Na verdade, alunos e professores vivem numa eterna troca, num processo de interação, onde um aprende com o outro. E nessa troca não existe um único detentor do conhecimento, mas seres inacabados que aprendem e se ensinam mutuamente.
2.2 - ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
A Síndrome de Down foi descrita em 1866 por John Langdon Down, na época chamada de mongolismo. Ele questionou por que crianças européias, muito parecidas entre si, nasciam com traços que lembravam a população da raça mongólica, similares à dos asiáticos. Por isso o nome da Síndrome (SILVA; FERREIRA, 2001). Segundo pesquisas descritas pelo Dr. John, a SD possui traços marcantes, algumas características físicas e outras cognitivas. A mesma pode ocorrer de acordo com a idade materna, e a maior frequência é a partir dos 35 anos, quando os riscos de se gestar um bebê com SD aumentam de forma progressiva
A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46 , como a maior parte da população. As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down estão sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas. 
É importante esclarecer que o comportamento dos pais não causa a síndrome de Down. Não há nada que eles poderiam ter feito de diferente para evita-la. Não é culpa de ninguém. Além disso, a síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa associada a algumas questões para as quais os pais de vem estar atentos desde o nascimento da criança. As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum com o resto da população do que diferenças. O importante é de saber que uma criança com síndrome de Down pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançará com crescentes níveis de realização e autonomia. Ela é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Poderá ler e escrever de verá ir à escola como qualquer outra criança e levar uma vida autônoma. Em resumo, ele poderá ocupar um lugar próprio e digno na sociedade.
A educação é um direito para todos os alunos com ou sem qualquer tipo de deficiência. Quanto ao que se refere à Inclusão Escolar de crianças com algum tipo de deficiência, independente de qual seja, é dever do professor fazer todo o possível para que todos os alunos aprendam e progridam.
 A inclusão não pode e nem deve ser encarada como uma forma negativa de desafio e, sim apenas como uma consciência sobre as diferenças individuais de cada criança, tal como explica Flórez (1997, p.6), “[...] a dificuldade para aprender não deve ser considerada como algo generalizável a todo tipo de aprendizagem, mas parcelável. 
Nem todas as condutas são afetadas pela deficiência. Para isso, é preciso procurar e esgotar todos os métodos e meios de ensino que permitam aos alunos aprender e alcançar os objetivos educativos, motivando-os a sempre buscar seu melhor”.
São muitos os questionamentos a cerca de como adequar abordagens em aulas de Educação Física às necessidades de alunos com Síndrome d e Down. 
 Alguns estudiosos ligados à área da deficiência mental enfatizam que as pesquisas existentes referentes à SD, são ainda insuficientes para esclarecer e orientar atitudes educacionais para o desenvolvimento dos portadores. Esta constatação aponta para a realidade de uma sociedade que ainda segrega, em parte pelo desconhecimento verificou-se que: a existência de preconceitos historicamente construídos e precariedade de informações ou conhecimentos referentes a potencialidades das pessoas com SD constituem fatores que dificultam sua participação na sociedade.
. A proposta da Educação Física Escolar é inserir a criança em meio à cultura corporal do movimento, para que ela possa compreender aprender e desenvolver suas habilidades, percebendo o meio ambiente e as adaptações que o mundo oferece. A disciplina tem o dever de proporcionar ao aluno práticas que desenvolvam suas dimensões cognitivas, afez tias, motoras e socioculturais. A criança com SD, apesar de ter várias de suas características físicas e psicológicas limitadas, te m uma comprovada capacidade de aprender. A adaptação educativa dos métodos e avaliações faz com que haja progresso dentro do contexto educacional. 
A atividade física para pessoas com síndrome de Down é muito importante no processo de inclusão social, pois auxilia na socialização, na melhora o equilíbrio emocional e também ajuda prevenir doenças congênitas que por acaso venham a atingir estes indivíduos. A promoção da prática pedagógica adaptada as diferenças individuais dentro das escolas do ensino regular deve ser constante, mas para que isso ocorra, são necessários métodos, procedimentos pedagógicos, materiais e equipamentos adaptados. 
A criança com SD tem uma maior facilidade de aprendizado, quando há repetições de atividades na this de mod. ficá-las. As imitações também facilitam, pois além de serem divertidas para as crianças elas acabam por copiarem os movimentos.
Elogiar a criança durante uma brincadeira que foi executada de forma correta, evita que a mesma f iaque frustrada, por exemplo, durante uma atividade que precise ser utilizado os dedos como ato de pinçar, devido a suas limitações, ao não conseguir fazer o movimento a criança com SD, pode lançar o brinquedo, e ao chegar nesse estágio fica um tanto quanto complicado retirá-la do mesmo, porém a música, a dança e movimentos corporais podem ajudar a acalmá-las. Portanto, talvez seja necessário evitar brinquedos e atividades que não sejam compatíveis às limitações. A segurança das crianças e o acompanhamento de perto das atividades realizadas, garantem o primeiro estágio de desenvolvimento, a avaliação do professor, quanto às maiores dificuldades da criança é o que irá facilitar quanto aos métodos e atividades a serem desenvolvidas. É fundamental, que ao se iniciar um processo de atividades para crianças com SD, seja considerado todo o seu contexto sociocultural, suas deficiências corporais, enfim, suas potencialidades. Para que seja construído um trabalho focado no desenvolvimento individual, garantindo o direito ao aprendizado e a cidadania. Portanto o professor de Educação Física pode buscar atividades que sejam compatíveis para o desenvolvimento das crianças com SD, junto às outras crianças, para que haja a socialização e um bom desempenho no aprendizado cognitivo e corporal das mesmas, sem que tenha maiores problemas. 
O professor deve valorizar as reações afetivas de seus alunos e estar atento o seu comportamento global, para solicitar recursos mais sofisticados como a revisão medica ou psicológica. E outro fato de extrema importância na educação especial é o fato de que o professor deve considerar o aluno como uma pessoa inteligente, que tem vontades e afetividades e estas devem ser respeitadas, pois o aluno não é apenas um ser que aprende.Um dos desafios para o momento é justamente a interação entre os vários profissionais que lidam com essa deficiência, pois o problema apresenta facetas que permeiam diferentes esferas do comportamento e níveis de análise do movimento humano. Estudos mostram que pessoas com deficiências, notadamente os portadores da síndrome de Down, alguns tendem a se tornar sedentários, levando-os a desenvolverem problemas como obesidade, diabetes, colesterol e triglicérides altos, hipertensão e doenças cardíacas. O estudo lembra que os portadores desta síndrome têm tendência natural a uma compulsão alimentar, o que pode levar a uma alta do peso corporal, assim como uma pré-disposição à doenças do coração. Por isso, especialistas afirmam ser fundamental que os portadores da síndrome sejam estimulados desde criança à prática regular de alguma atividade física.
Os exercícios mais indicados para quem tem esta necessidade especial são a caminhada, a corrida, a natação, andar de bicicleta, a dança e outras atividades que a própria pessoa considere como algo saudável para o bem estar fisco e principalmente cognitivo.. São atividades que podem ser feitas sem grandes dificuldades por estas pessoas e vão ajudar a uma melhora da condição corpórea, prevenindo doenças provocadas por uma vida sedentária e ajudando a melhorar a auto-estima e o equilíbrio emocional dos portadores da síndrome de Down. A realização de atividades motoras deste aluno, além de exercer papel preponderantemente no seu desenvolvimento somático e funcional, estimula e desenvolve as suas funções psíquicas.
O maior desafio para os profissionais da Educação Física é facilitar o envolvimento de todas as pessoas, incluindo quem tem a Síndrome. Não há sombra de dúvida de que os indivíduos com Down respondem positivamente aos programas de atividade motora. Esses benefícios envolvem desde a sua aptidão física e saúde, até a própria qualidade da execução motora. A atividade física, seja no âmbito escolar ou fora dele, deve ser considerado como um nível de grande importância para o desenvolvimento físico e mental dos deficientes e da consequente necessidade de exercícios. Porém a princípio, fica necessário que o professor responsável destas aulas tenha conhecimento das atividades para que os alunos se interessem na prática de uma atividade física e esportiva, afinal, são seres humanos, e requer o mesmo respeito e consideração como todas as outras pessoas.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 O processo de ensino-aprendizagem da Educação Física de verá estabelecer uma prática que contextualize a realidade do aluno. É preciso que se criem políticas públicas educacionais que viabilize recursos materiais e humanos para o tratamento com as práticas de movimento no âmbito educacional, assim como, essas qualificações precisam articular-se de forma mais reflexiva na elaboração de planejamentos com o tratamento da dança, para que este conteúdo possa efetivamente participar na construção formativa do ser humano na disciplina de Educação Física.
 Com relação a alunos com SD, cabe ao professor oferecer meios e estratégias proporcionando o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo do aluno com esta síndrome, propiciando a construção de conhecimento e habilidades mais complexas. Nesse pressuposto entende-se que a Educação Física Escolar desempenha um papel fundamental de inclusão social, quando articulada a sua prática pedagógica está a construção e adaptação de diferente s estratégias a serem utilizadas, para que ocorram relações afetivas entre alunos ditos “normais” e com SD. Neste caso, o professor de Educação Física, precisa aprimorar seus conhecimentos, para que as aulas sejam dinâmicas, criativas e motivadoras, lembrando-se de sempre aplicar as devidas precauções, superando problemas e dificuldades.
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BOCCARDI, D. Programa de intervenção motora lúdica inclusiva: Análise motora e social de casos específicos de Deficiência Mental, Síndrome do X-Frágil, Síndrome de Down e criança típica. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Educação Física, 2003.
BRASIL. Constituição Federal do Brasil. Brasília: Congresso Nacional. (1989). LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 5ª edição, Brasília: câmara, 2010.
MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.
NADER, S. Preparando o caminho da inclusão: dissolvendo mitos e preconceitos em relação às pessoas com Síndrome de Down. Rev. Bras. Ed. Esp.2003, v.9, p 57-78.
SILVA, R.D. Intervenções na Educação Física em crianças com Síndrome de Down, Revista da Educação Física/UEM Maringá, v. 12, n. 1, p. 69-76, 1. sem. 2001.
5-ANEXO
5.1 ENTREVISTA
Entrevista realizada na Escola Particular Tenir , Corumbá/MS com o professor José Padilha da Conceição, que respondeu a s seguintes perguntas:
1 -Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com alunos com deficiência? 
R: Sim. Educação Inclusiva, Educação Física Adaptada, dentre outras
2 -Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses alunos? 
R: A educação física tem muito a colaborar no processo de desenvolvimento dos alunos através de suas prática s, rompendo obstáculos do preconceito, originando integração e oportunizando ascensão à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer e acima de tudo à atividade física.
3-Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas?
R: Sim, deficiente físico. Procurei leituras na área, conversei com profissionais da área da deficiência, com a família da criança, orientações com a coordenação pedagógica da escola, além d as reuniões pedagógicas. Junto com a equipe de apoio da escola, Coordenação Pedagógica e Setor de Psicologia pensaram num trabalho para atender essas crianças. 
Tive a oportunidade de através de um registro diário e as conversas com a Coordenação, repensar o meu dia -a-dia. Pude reformular o planejamento, podendo assim atender esses alunos. O meu trabalho foi feito com o objetivo de proporcionar atendimento individualizado a este aluno.
4-Quais foram as deficiências com as quais você trabalhou? (Caso a resposta seja sim). Fale um pouco sobre essa experiência. 
R: Deficiênca física, é uma situação bastante adversa. Para trabalhar com este aluno tive que reformular minhas aulas e adequá-la para que ele e toda a turma participasse sem se sentir diferente. 
Foi uma experiência ótima, aprendi junto com o aluno.
5-Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada com alunos com deficiência? 
R: O preconceito, a barreira é criada muitas vezes pela família do portador de necessidade especial. A sociedade em si nã compreende que muitas vezes eles é quem tem algo para nos ensinar
6-Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência? 
R:Sim, completamente preparado.
7-Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a aula de educação física? 
R: Torções de membros, contusões por quedas, joelhos ralados.
 8Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros, quem realiza esse atendimento? A escola dispõe de um kit de materiais para este fim? 
R: Caso ocorra, eu como responsável pela aula levo o aluno até a coordenação que presta o primeiro atendimento. A escola possui Kit de Primeiros Socorros. Caso necessário, levamos o aluno ao médico que presta serviço a escola e comunicamos os pais que estamos levando ele para este atendimento emergencial.
9-Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorro?
R: Sim, a Disciplina Primeiros Socorros.
5.2 ENTREVISTA 
Entrevista realizada na escola Estadual Rotary Clube , Corumbá/MS com professor José Alexandre de Moraes, que respondeu as seguintes perguntas: 
1-Na sua graduação, você teve algumadisciplina que abordasse o trabalho com alunos com deficiência? 
A Educação Física deve ser abrangida como uma prática pedagógica que está em parceria com áreas da saúde pelo fato de auxiliar n o com bate de varias doenças e os profissionais irão lidarem com o s diversos tipos de pessoas com vários problemas de saúde em função disto creio eu que todas a s graduações abordam trabalhos pra pessoas com deficiência, na minha graduação houve essa abordagem sim. 
 2- Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses alunos? A Educação Física pode colaborar no processo d e desenvolvimento motor de uma pessoa com necessidades especiais, no grau em que estruture um espaço que adapte vivências motoras capazes de desenvolver su a habilidade para determinar as tarefas expostas pelo ambiente social na qual está inserida. 
3- Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? (Caso a resposta seja sim). Fale um pouco sobre essa experiência. 
Não tive até o momento nenhum aluno especial. Mas seria muito importante que venha ter no futuro para poder ajuda -lo no seu desenvolvimento além de colocar em pratica o que apreender durante a minha graduação. 
 4- Quais as maiores dificuldades encontradas e m sua prática pedagógica realizada com alunos com deficiência? 
 Não tive o privilégio ainda de ter trabalhado com crianças especiais, porém já percebi a falta de material necessário para essa pratica n a escola além de uma falta grande de material didático. 
5- Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência? 
O desafio do professor de Educação Física, deve ser o de desenvolver programas de atividades físicas para populações específicas, podendo ser trabalhadas individualmente ou em grupos. Sinto – me que estou preparado para essa atuação. 
6- Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a aula de educação física? Na ma ioria das vezes é alguma queda no recreio que causa raladuras, mas a alguns casos em que o aluno cai da cadeira traquinando e se corta necessitando de cuidados mais levados. 
7- Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros socorros, quem realiza esse atendimento? 
A escola dispõe de um kit de materiais para este fim? Quem realiza esse primeiro atendimento é o profissional de Educação Física e encaminha e acompanha até o hospital m ais próximo do local. Sim a escola disponibiliza kits de primeiros socorros. 
8- Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros? 
Sim, é uma disciplina de grande valia p ara o aprendizado e para a prática no campo escolar quando acontecer uma situação para primeiros socorros. 
 
5.3 CONSIDERAÇÕES DO GRUPO SOBRE AS E NTREVISTA 
Para o grupo as entrevistas foram de grande importância neste portfólio. Compreendemos que inclusão pressupõe a adaptação e transformação, não cabe mais aos alunos especiais, e sim à sociedade. Portanto, a idéia de buscar a normalização, desconsiderando-se e/ou eliminando-se as diferenças dá lugar ao altruísmo. Não cabe mais entender a escola como o lugar das padronizações, no qual prevalecem as características ditas normais.
Na escola particular vimos que o atendimento ao aluno com alguma deficiência é inclusivo até mesmo por parte dos alunos. Eles recebem informação sobre a deficiência do colega e compreendem que ele pode se desenvolver assim como eles.
O professor tem apoio da coordenação e direção da escola, tem também material diferenciado para trabalhar com este aluno, caso o mesmo possua alguma dificuldade motora, e visa sempre incluir este aluno em todas as atividades.
Na escola pública a realidade é um pouco diferente. O professor ainda não trabalhou com aluno portador de deficiência. 
Observando a escola vimos que o governo não disponibiliza material necessário para trabalhar com um aluno portador de necessidade especial. Sabemos que o governo exige a educação inclusiva, mas nem sempre disponibiliza o mínimo necessário para que isso aconteça. 
A realidade é diferente do que se prega em educação inclusiva.
 Fica explícito que a classe especial não recebe o mínimo necessário para seu desenvolvimento. Não há, portanto, uma proposta de inclusão educacional mais ampla, no sentido de possibilitar aos alunos o acesso a uma educação completa e da interação com os demais membros da comunidade escolar. Poderíamos, amparados por Sassaki (2002), considerar uma proposta de segregação por detrás da pretensa inclusão, quando na verdade a classe especial serve de locus no qual as crianças especiais são postas a fim de evitar o convívio (contaminação) com os demais alunos. Na realidade, é uma forma de segregação ainda mais intensa do que em uma escola especializada.
Outrossim, ficaram pistas de que a grande maioria dos pais dos alunos especiais se ausentam das questões sobre o aprendizado de seus filhos. Infelizmente, provavelmente em função das dificuldades do dia a dia, aumentadas pelo nascimento de uma criança carente de cuidados especiais, nem todos os pais estão preocupados com o crescimento e o desenvolvimento de seus filhos, o que importa para estes é a presença de seus filhos na escola, independentemente do modo com que ela se dá.
Pudemos observar como, de fato, se dão as políticas de inclusão em uma escola pública, para muito além dos discursos politicamente corretos que pregam chavões sem pisar no “chão da escola”
Por fim, vimos que o ensino na escola particular para alunos portadores de necessidade s especiais é bastante evoluído e inclusivo, dotando de materiais específicos, esclarecimento aos alunos que irão receber este aluno portador de deficiência e até mesmo curso de capacitação para os professores.
Já na escola pública vemos que o governo não auxilia com materiais ou capacitação dos profissionais para receber este aluno. 
O envolvimento com os alunos com Síndrome de Down e com as tentativas de inclusão (ou integração) nos mostrou que, se por um lado a criança com Síndrome de Down tem muito a ganhar, em termos sócio-afetivos, permanecendo no ensino regular, a descrição da escola investigada demonstrou poucas alternativas para incluir esses alunos. A questão que deixamos para futuras investigações é a de como evitar a exclusão e ao mesmo tempo incentivar a criança em seu desenvolvimento intelectual e emocional. De uma coisa sabemos: os professores precisam estar conscientes de sua importância e da função que desempenham, caso tenham um aluno com Síndrome de Down em sala, pois é na relação concreta entre o educando e o professor que são fornecidos os elementos que possibilitam decisões educacionais mais acertadas.

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