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em banda passante. A relac¸a˜o entre bases em banda base e banda passante pode ser obtida usando a relac¸a˜o pBP (t) = p(t) · cos(2pifct), o que resulta em: φBP (t) = √ 2 εp · p(t) (24) 4 7.2.2 Modulac¸a˜o em fase • Assim como no caso anterior, o sinal em banda passante seria sm(t) = <{Am·p(t)·exp(j2pifct}. Entretanto, os valores de Am sa˜o: Am = exp ( j2pi(m− 1) M ) (25) • Para p(t) real, ter´ıamos o seguinte sinal em banda passante: sm(t) = g(t) · cos ( 2pifct+ 2pi(m− 1) M ) = g(t) [ cos ( ( 2pi M (m− 1) ) cos(2pifct)− sin ( 2pi M (m− 1) ) sin(2pifct) ] (26) • Definimos a varia´vel auxiliar θm = ( 2pi M (m− 1) ) . • E´ fa´cil verificar que seria necessa´ria uma base com dois elementos para gerar todos os sinais desta mod- ulac¸a˜o se M > 2. Uma boa escolha de base em banda passante e´: φ1(t) = √ 2 εp · p(t) · cos(2pifct) φ2(t) = − √ 2 εp · p(t) · sin(2pifct) (27) o que resulta no sinal sm(t) = √ εp 2 cos(θm)φ1(t) + √ εp 2 sin(θm)φ2(t) (28) • Logo, os s´ımbolos desta modulac¸a˜o sa˜o: sm = [√ εp 2 cos(θm) √ εp 2 sin(θm) ] (29) que, no plano bidimensional, seriam pontos igualmente distribu´ıdos em cima do c´ırculo com raio √ εp 2 . • Podemos calcular os seguintes valores F: – εavg = εm = 1 2 εp. – εbavg = εavg log2[M ] • A distaˆncia entre dois pontos pode ser calculada como: dm,n = √ εp ( 1− cos ( 2pi M (m− n) )) (30) • Logo, a distaˆncia mı´nima e´: dmin = √ εp ( 1− cos ( 2pi M )) (31) que pode ser escrita em func¸a˜o de εbavg como: dmin = 2 √ log2[M ] · sin2 ( pi M ) εbavg (32) • Aumentar o valor de M na˜o aumenta a poteˆncia me´dia, mas diminui dmin. 5 7.3 Modulac¸a˜o QAM - Quadrature Amplitude Modulation • Para o caso PSK poder´ıamos representar o sinal como: sm(t) = Am,r √ εp s · φ1(t) +Am,i √ εp s · φ2(t) (33) • onde Am = Am,r + j ·Am,i. A modulac¸a˜o PSK restringe os valores de Am ao c´ırculo complexo unita´rio. • Eliminando esta restric¸a˜o, poder´ıamos redefinir os valores que Am pode assumir ao permitir que tanto Am,r quanto Am,i assumam os valores de ±1,±3, · · · ,± √ M − 1, para M poteˆncia par de 2. Nesta caso, a constelac¸a˜o seria um conjunto de pontos em cima de uma ”‘grade”’ regular, dentro de um quadrado. • Esta modulac¸a˜o se chama QAM pois tanto a amplitude como a fase dos sinais e´ alterada. • Esta modulac¸a˜o e´ semelhante ao uso de duas modulac¸o˜es PAM em paralelo: uma com base φ1(t) =√ 2 εp · p(t) · cos(2pifct) e outra com √ 2 εp · p(t) · sin(2pifct). • Na˜o e´ necessa´rio que o padra˜o se limite a um quadrado: poder´ıamos ter M = M1 ·M2, com Am,r = ±1,±3, · · · ,±M1 − 1 e Am,i = ±1,±3, · · · ,±M2 − 1. Poder´ıamos restringir tambe´m os pontos a todos aqueles dentro de um c´ırculo complexo com raio √ εmax, que e´ uma restric¸a˜o na poteˆncia ma´xima de um sinal qualquer F. • Caracter´ısticas: – S´ımbolos: sm = [ Am,r √ εp s Am,i √ εp s ] – Energia de cada s´ımbolos: εm = ||sm||2 = εp2 (A2m,r +A2m,i – Energia me´dia para sinais equiprova´veis e M1 = M2 = √ M : εavg = M−1 3 εpF. – Energia me´dia por bit nas mesmas condic¸o˜es: εbavg = M−1 3·log2[M ]εp. – Distaˆncia entre dois s´ımbolos: dmn = √ ||sm − sn||2 = √ εp 2 [(Am,r −An,r)2 + (Am,i −An,i)2] (34) – Distaˆncia mı´nima: dmin = √ εp 2 [(2)2 + (0)2] = √ 2εp = √ 6log2[M ] M − 1 · εbavg (35) 7.4 Sinalizac¸a˜o Multidimensional • As modulac¸o˜es anteriores tem dimensa˜o 2. O aumento de M , mantendo εavg, reduz a distaˆncia mı´nima da constelac¸a˜o. • Comparando o 8−PAM(unidimensional) com o 8−PSK(bidimensional), observamos a seguinte relac¸a˜o entre distaˆncias mı´nimas: d8−PAMmin = √ 36 63 εbavg < √ 1.14εbavg ≈ d8−PSKmin (36) • Assim, parece ser mais eficiente distribuir pontos em espac¸os com dimensa˜o maior. No limite, poder´ıamos ter uma constelac¸a˜o com dimensa˜o igual ao nu´mero de s´ımbolos. • Como consequeˆncia, todos os sinais seriam ortogonais entre si. Uma forma de obter esta ortogonalidade e´ usar frequeˆncias diferentes, que e´ o que acontece na modulac¸a˜o FSK (Frequency Shift Keying). 6 • Nesta modulac¸a˜o, o sinal em banda base e´: sml(t) = √ 2ε T · exp(j2pim∆ft) 0 ≤ t ≤ T ; m = 1, 2, ..,M. (37) onde ε e´ a energia desejada do sinal e T e´ a durac¸a˜o deste sinal. O valor de ∆f sera´ definido em breve. • O sinal em banda passante vale: sm(t) = <{sml(t) · exp(j2pifct)} = √ 2ε T cos(2pi[fc +m∆f ]t) (38) • O requisito de ortogonalidade exige que: < {∫ T 0 sml(t) · snl(t) } = { 0 m 6= n ε m = n (39) • O desenvolvimento matema´tico resulta na seguinte necessidade: 2εsinc(2T (m− n)∆f) = 0 para m 6= n (40) o que so´ pode ser verdadeiro se 2T (m− n)∆f e´ um nu´mero inteiro. Logo: ∆f = k 2T (41) para qualquer k inteiro diferente de zero. A menor separac¸a˜o de frequeˆncias ocorre quando k = 1, resultando em ∆f = (2T )−1. • A base desta constelac¸a˜o e´, em banda passante: φm(t) = √ 2 T cos(2pi[fc +m∆f ]t) 0 ≤ t ≤ T ; m = 1, 2, ..,M. (42) • Os s´ımbolos podem ser escritos na forma: sm = [0 · · · 0 √ ε 0 · · · 0] (43) com o termo diferente de zero na m-e´sima posic¸a˜o do vetor. • Todos os sinais tem a mesma energia ε. Logo, εavg = ε e εbavg = εlog2[M ] • A distaˆncia entre qualquer par de sinais e´ a distaˆncia mı´nima, que valeF 3: dmn = dmin = √ 2ε = √ 2εavg = √ 2εbavg · log2[M ] (44) • Aqui, diferentemente dos outros casos, o aumento de M aumenta a distaˆncia mı´nima, mantendo o valor de εbavg. Isto acontece pois, ao aumentar M , aumentamos o nu´mero de bits que cada s´ımbolo carrega, aumentando assim a energia de cada s´ımbolo e consequentemente a distaˆncia. • Este aumento em dmin em func¸a˜o de M na˜o e´ gratuita: precisamos de M subcanais com largura ∆f para transmitir estes sinais. 3Vide os s´ımbolos sm para determinar esta distaˆncia mı´nima 7 7.5 Rotulac¸a˜o bina´ria dos s´ımbolos • Ate´ agora tratamos da transmissa˜o de um d´ıgito m, sem nos preocupar qual seria a relac¸a˜o entre os bits transmitidos e os s´ımbolos correspondentes. • Ha´ duas formas principais de rotulac¸a˜o de s´ımbolos: natural e rotulac¸a˜o de Gray. • Na rotulac¸a˜o natural, uma poss´ıvel relac¸a˜o entre bits e s´ımbolo e´: m = 1 + k−1∑ j=0 bj · 2j (45) • Variac¸o˜es sa˜o poss´ıveis: o valor de m pode variar de 0 a M − 1, o primeiro bit fornecido pode ser o mais ou o menos significativo, etc.. • A grande vantagem deste rotulamento e´ a facilidade de escolha de sinal a ser transmitido a partir da sequeˆncia de bits de entrada. A desvantagem e´ que, caso ocorra um erro de transmissa˜o, a troca de um s´ımbolo pelo seu vizinho pode causar muitos erros de bit. Isto aconteceria por exemplo ao trocar um s´ımbolo rotulado por 011 pelo seu vizinho com ro´tulo 100, causando treˆs erros de bit. • Uma alternativa comum e´ utilizar o rotulamento Gray. No rotulamento Gray, o ro´tulo e´ constru´ıdo iterativamente de forma a garantir que s´ımbolos vizinhos possuam apenas um bit de diferenc¸a entre os ro´tulos. Assim, trocar um s´ımbolo pelo seu vizinho (que e´ o erro mais prova´vel) causaria o erro de apenas um bit. • Para a modulac¸a˜o 8-PAM, um ro´tulo pode ser constru´ıdo nos seguintes passos: 1. Inicia-se com dois valores: 0 · 1 2. Reflete-se4 a sequeˆncia de ro´tulos anteriores e adicionamos ao final do ro´tulo o bit 0 aos termos da esquerda e o bit 1 aos termos da direita do ”‘espelho”’, resultando na sequeˆncia de ro´tulos: 0 · 1 o 1 · 0 00 · 10 o 11 · 01 (46) 3. Repetindo o processo novamente chegamos a: 00 · 10 · 11 · 01 00 · 10 · 11 · 01 o 01 · 11 · 10 · 00 000 · 100 · 110 · 010 o 011 · 111 ·