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Resumo Antropologia e Sociologia Jurídica

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Antropologia e Sociologia Jurídica – Pág. 32
ANTROPOLOGIA
Antropologia: é o estudo da humanidade através dos tempos.
Antropologia cultural: estuda a evolução cultural da humanidade.
Antropologia social: estuda o homem e suas relações com a sociedade.
Sociologia e Antropologia: distinguem-se apenas quanto ao método do estudo do objeto. São as mais próximas das Ciências Sociais.
Sociologia: estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições, enfim, em sociedade.]
Cultura:
não decorre de fatores genéticos. É fruto do meio social e das relações do homem com o seu grupo. Resulta de ações reiteradas, que são assimiladas como naturais em um dado grupo de pessoas.
sistema integrado de padrões de comportamento aprendidos que são característicos de uma sociedade e são o resultado de sua herança biológica.
não é instintiva, mas criada.
reflete os postulados básicos de uma sociedade.
a qualidade de vida de uma sociedade dependerá dos seus valores morais.
é relativa, porque variará de acordo com cada sociedade.
não é pré-determinada por fatores genéticos ou ambientais
é relativa
resulta da invenção social
é transmitida às futuras gerações através da comunicação entre as pessoas
Hábitos e costumes: passam a integrar a cultura de um povo e são selecionados com base em padrões de comportamento e valores morais dominantes em um grupo e tidos como benéficos ao convívio social. São os postulados básicos de convivência social.
Tipos de cultura: 
universais: são os Tabus
alternativas: são regras que permitem um certo grau de escolha, sem que haja sanção social ou moral.
especializantes: decorrem de valores específicos de determinados grupos de pessoas
Força coesiva da sociedade: decorre da ação dos valores universais sobre os especializantes. 
A sociedade é constituída de pessoas e a cultura é constituída do comportamento reiterado dessas pessoas. Assim, sociedade e cultura são inseparáveis.
Sistema cultural: surge da necessidade da sociedade de se organizar e sobreviver. É o sistema cultural que estabelecerá quais formas devem ser usadas pelo homem para trabalhar, procriar, constituir família, manter amizades, educar seus filhos, etc.. O sistema cultural muda gradativamente na medida em que o homem precisa obter satisfação em viver. Assim, para o homem não basta existir e sobreviver é preciso obter motivação e satisfação.
SOCIOLOGIA
Objeto de estudo: os fenômenos sociais, analisar o homem na sua relação de interdependência com o grupo em que vive, compreender as diferentes sociedades e culturas.
Aspectos históricos: o principal precursor da sociologia foi Augusto Comte, Montesquieu também foi considerado um pensador sociológico. A sociologia toma consistência como ciência social no século XIX, com o objetivo de explicar e estudar os grandes fenômenos de transformação da sociedade como a Revolução Industrial.
Direito: é um dos principais instrumentos existentes para o controle social e organização das comunidades. É essencial para a vida coletiva e para que haja estabilidade social. O estabelecimento de regras é fundamental para o convívio social.
Classificação do Direito: 
Direito subjetivo: "o interesse protegido pela lei, mediante o recolhimento da vontade individual." (Ilhering).
Direito objetivo: o conjunto de regras jurídicas obrigatórias, em vigor no país, numa dada época.
Material: refere-se o termo à essência ou matéria do direito objetivo, ou seja, as regras abstratas criadoras das relações concretas de direito.
Formal: direito processual (também conhecido como adjetivo) é, segundo diversos autores, aquele que trata do processo, ou seja, da sequência de atos destinados a um fim, que vem a ser aquele identificado com o da jurisdição.
Natural: jusnaturalismo é uma teoria que procura fundamentar o direito no bom senso, na equidade e no pragmatismo.
Positivado: ordenamento jurídico vigente.
Direito: 
Objetivo: regular as relações sociais.
Conteúdo: extrai o seu conteúdo da cultura de determinado povo, por isso é variável.
Dinamicidade: muda conforme muda a sociedade
Fato Social: é o resultado da interação social entre indivíduos e entre indivíduos e grupos. O Judiciário analisa essencialmente o FATO SOCIAL e a NORMA JURÍDICA.
Conceito Sociológico do Direito: é um conjunto de normas obrigatórias que determinam as relações sociais impostas a todo momento pelo grupo que pertencemos.
Sociologia Jurídica: estuda a realidade social investigando o sistema jurídico e suas instituições, incluindo os aspectos funcionais dos indivíduos, grupos e do próprio sistema. Questiona a realidade sociojurídica, visando equacionar problemas e indicar alternativas.
Precursores da sociologia jurídica:
ERICO FERRI (1899/1928) iniciou os estudos sociológicos do crime: Sociologia Criminal. Preocupou-se com as causas sociais do crime e as consequências.
ÉMILE DURKEIN(18581917): no pensamento durkeiniano a sociedade prevalece sobre o indivíduo, pois quando este nasce tem de se adaptar às normas já criadas, como leis, costumes, línguas, etc. O indivíduo, por exemplo, obedece a uma série de leis impostas pela sociedade e não tem o direito de modificá-las.
Para Durkein o objeto de estudo da Sociologia são os fatos sociais. Esses fatos sociais são as regras impostas pela sociedade (as leis, costumes, etc. que são passados de geração à geração).
É a sociedade, como coletividade, que organiza, condiciona e controla as ações individuais. O indivíduo aprende a seguir normas e regras que não foram criadas por ele, essas regras limitam sua ação e prescrevem punições para quem não obedecer aos limites sociais.
AUGUSTO COMTE: estudante da Politécnica aos 16 anos, em Paris. Após tornar-se professor cria a teoria positivista, e concebe, a partir daí, a criação de uma ciência social e de uma política científica. Após decepção amorosa, entrega-se ao trabalho e entre 1851 e 1854 aparecem os enormes volumes do Sistema de política positiva ou Tratado de sociologia que institui a religião da humanidade. Comte proclamou-se grande sacerdote da Religião da Humanidade. Institui o "Calendário positivista" (cujos santos são os grandes pensadores da história), forja divisas "Ordem e Progresso", "Viver para o próximo"; "O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim", funda numerosas igrejas positivistas (ainda existem algumas como exemplo no Brasil). Ele morre em 1857 após ter anunciado que "antes do ano de 1860" pregaria "o positivismo em Notre-Dame como a única religião real e completas".
 Sociologia: é a 'ciência da ordem', porque seus resultados podem ser utilizados com vistas à melhoria dos mecanismos de dominação por parte do Estado ou de grupos minoritários. Desde o início a sociologia vem se preocupando com a sociedade no seu interior, isto diz respeito, por exemplo, aos conflitos entre as classes sociais. No Brasil nas décadas de 20 e 30 a sociologia estava num estudo sobre a formação da sociedade brasileira, e analisando temas como abolição da escravatura, êxodos, e estudos sobre índios e negros.
O controle social e o direito: a socialização consiste em um processo de adaptação do indivíduo à cultura de determinado grupo ou sociedade. O indivíduo não socializado é Homo Ferus (selvagem). O processo de socialização começa no berço e segue até o final da vida. Instituições que existem de fato e de direito ajudam nesse processo de socialização do indivíduo. Aqueles considerados inadaptados são retirados da convivência social por estas instituições ou abandonados à mercê da própria sorte, no que se denomina “Banimento Social”.
Espécies de controle social: 
Controle social formal: feito pelo Direito
Controle social informal: feito pela sociedade.
Direito é conjunto de normas de comportamento que emanam da cultura de um determinado povo, é instrumento de controle formal da necessária socialização do indivíduo. Sua função é a de socializador de última instância, tendo em vista não ter funcionado o controle informal,feito pela sociedade. Seu caráter é sobretudo conservador do status quo existente em uma determinada época. Sua atuação é punitiva/ sancionatória.
O Direito e as normas de trato social: 
o costume e a moral integram o sistema normativo extrajurídico de uma sociedade. São as normas de trato social (comportamentos esperados de convívio: bom comportamento, cortesia).
o direito estabelece a sanção organizada ou incondicionada, visando preservar comportamentos objetivamente exigidos. 
a sanção organizada é aplicada pelo Estado que faz a personificação do poder social. 
as normas sociais estabelecem a sanção difusa ou condicionada.
as normas sociais configuram uma série de exigências muito mais minuciosas e de extensão muito maior que as normas jurídicas.
a sanção é social, que é variada: escárnio social, banimento social, críticas, perda da boa fama, ostracismo.
ESTEREÓTIPOS SOCIAIS & ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
Estereótipos sociais: são generalizações que se baseiam em características não comprovadas e não demonstradas cientificamente a determinados grupos de pessoas. Pode ser favorável ou desfavorável (japonês é inteligente; carioca é boa-vida).
Estratificação social: Os indivíduos e grupos de uma sociedade diferenciam-se entre si em decorrência de vários fatores. Portanto, inexistem sociedades igualitárias puras. Essa diferenciação de indivíduos e grupos em camadas hierarquicamente sobrepostas denomina-se estratificação social. A estratificação social é a disposição dos elementos sociais em camadas situadas em diversos planos. Os grupos humanos, na estratificação, se compõem hierarquicamente, mediante diferente status social.
Critérios para a estratificação: 
Segundo o sexo: é a forma mais primitiva. Tem suas origens na sociedade patriarcal. Foi mudando a partir da II guerra mundial, com o surgimento do movimento liberal Francês e o movimento feminista.
Estratificação generacional: toma por critério as gerações, a faixa etária das pessoas e tem por base a própria evolução etária.
Estratificação em castas ou classes sociais: é a mais comum onde a sociedade se organiza hierarquicamente tomando por base parâmetro econômico ou a tradição. 
Nas sociedades organizadas em classes sociais a mobilidade social é possível e incentivada. A lei reconhecerá igualdade a todos, independentemente do seu poderio econômico. Há garantia à liberdade individual. A indumentária é livre. A moda é um parâmetro a seguir, o gosto e o preço das coisas vai depender do mercado consumidor. Temos, então, que na estratificação social em classes sociais temos uma sociedade de classes, uma sociedade aberta.
O inverso é o que ocorre nas sociedades estratificadas em forma de castas. Elas são fechadas, há predomínio da tradição sobre a liberdade e a escolha individual. A indumentária é rígida. Há preconceito e valores morais e religiosos menos flexíveis. A honra está vinculada à qualidade do grupo ao qual pertence o indivíduo. A monarquia absoluta fundava-se no sistema estamental/ ou de castas. Esse sistema foi se transformando com o surgimento do movimento burguês, na Revolução Burguesa que acabou por trazer a abolição dos privilégios e estamentos.
Classes sociais e estratificação: as classes sociais decorrem da estratificação social e classificam-se os grupos em diferentes classes para que se possa conhecer melhor o perfil de uma nação, identificar suas necessidades e traçar uma política pública de atendimento e desenvolvimento.
A sociedade e as classes sociais: O homem é um ser social por excelência. O direito visa regular as relações interpessoais e sociais
Classes Sociais no Brasil: Até os anos 50 o Brasil apresentava três classes sociais claramente delimitadas: alta, média e baixa. 
alta: era definida racialmente, fechada. Composta de indivíduos de famílias tradicionais.
média: composta de funcionários públicos de nível médio, diretores de empresas, profissionais liberais e intelectuais.
baixa: correspondia a 50% da população. Era heterogênea composta de trabalhadores operários e subalternos.
Atualmente
alta tradicional: descendente de famílias tradicionais com renda superior a 50 salários mínimos. Convivem com a burguesia internacional. Passam parte de seu tempo no exterior. Frequentam colunas sociais, inclusive internacionais. Seus filhos estudam no exterior boa parte de sua formação escolar.
nova rica ou emergente: composta por descendentes de imigrantes bem sucedidos. Possuem renda superior a 25 salários mínimos, escolaridade superior completa. É composta por empresários, funcionários do 2º escalão, militares, intelectuais, etc. Aspiram poder político e econômico. É conhecida como “Burguesia Estatal”.
média alta: a renda oscila entre 15 e 25 salários mínimos. Composta de profissionais liberais como médicos, professores, economistas, contabilistas, etc. Mobilizam-se para atingir a classe alta. Ideologicamente dividem-se em conservadores e revolucionários. Procuram imitar padrões da classe alta e valorizam a Universidade instrumento de ascensão social.
média-média: Têm renda entre 15 e 10 salários mínimos. Escolaridade entre a média e a universitária. Composta de prof. Liberais e professores do ensino médio. Vivem, geralmente, em apartamento em áreas próximas ao trabalho. Tem sofrido restrições nos últimos anos, sendo que estão se aproximando da classe inferior seguinte.
média-baixa: é proveniente da ascensão das classes mais baixas. É composta do proletariado. Operários. Possui renda entre 5 a 10 salários mínimos. A maioria possui 1º grau completo e 2º grau incompleto. Tem como característica sonhar com a casa própria. Moram em conjuntos habitacionais financiados em bairros não elegantes.
baixa-alta: composta de trabalhadores com renda entre 2 e 5 salários. Alugam imóveis simples. Educação primária incompleta. Raros indivíduos chegam ao segundo grau. Trabalham em funções semiqualificadas e na área rural. Aspiram moradia.
baixa-baixa ou pobre: tem renda máxima de 2 salários mínimos. Trabalham em subemprego ou estão desempregados. Atuam no mercado informal (ambulantes). Parte são analfabetos. 
MOBILIDADE SOCIAL
Mobilidade social: toda passagem de um indivíduo de um grupo social para outro. 
Mobilidade cultural: deslocamento similar de significados, normas, valores, moral.
Mobilidade social e cultural horizontal: significa a passagem de um indivíduo de um grupo social ao outro, situado no mesmo nível econômico.
Exemplo: mudança de emprego ficando com a mesma faixa de renda ou mesma posição profissional.
Mobilidade social e cultural vertical: significa a passagem de um indivíduo de um grupo social para outro, situado em nível diferente. Pode ser:
a) ascendente: ascensão social ou promoção social (ex: promoção profissional com aumento de renda) 
b) descendente: rebaixamento social (insolvência civil, indivíduo que perde seus bens).
A mobilidade social (horizontal e/ou vertical) pode ocorrer tomando por instrumentos: 
Mudanças territoriais: migração 
Família e parentesco: casamento
Escolaridade: nível de escolaridade.
 Ocupação Profissional: emprego/atividade
Mudança Social: é toda transformação observável no tempo que afeta, de maneira que não seja provisória ou efêmera, a estrutura ou o funcionamento da organização social de dada coletividade e modifica o curso de sua história.
Fatores determinantes de mudança social: 
Fatores geográficos: eventos motivados por catástrofes naturais que impulsionam a migração e/ ou transformação de cidades (Tsunami).
Fatores biológicos: doenças, epidemias, rápido crescimento demográfico, miscigenação (ex. Peste negra na Ásia)
Fatores sociais: guerras, invasões, conquistas de novos territórios, lutas de classes, revoluções (revolução industrial).
Fatores Culturais: descobertas científicas que abrem novas perspectivas (descoberta da penicilina) e invenções tecnológicas (internet, telefone, televisão)
CAPITALISMO E CONCENTRAÇÃO DE RENDA
Surgiu com o renascimento urbano e comercial dos séculos XIII e XIV, surgiu na Europa uma nova classe social: a burguesia.O objetivo é o lucro, o acúmulo de riquezas, o controle dos sistemas de produção e a expansão dos negócios.
Capitalismo Industrial começou no século XVIII, quando a Europa passa por uma mudança significativa no que se refere ao sistema de produção. A Revolução Industrial, iniciada na Inglaterra, fortalece o sistema capitalista e solidifica suas raízes na Europa e em outras regiões do mundo. A Revolução Industrial modificou o sistema de produção, pois colocou a máquina para fazer o trabalho que antes era realizado pelos artesãos. 
Capitalismo Monopolista-Financeiro: começou no século XX, esta fase vai ter no sistema bancário, nas grandes corporações financeiras e no mercado globalizado as molas mestras de desenvolvimento. Podemos dizer que este período está em pleno funcionamento até os dias de hoje. Grande parte dos lucros e do capital em circulação no mundo passa pelo sistema financeiro. A globalização permitiu as grandes corporações produzirem seus produtos em diversas partes do mundo, buscando a redução de custos.
COEFICIENTE GINI-BRASIL.
A LUTA PELO DIREITO - Rudolf Von Ihering - FICHAMENTO
INTRODUÇÃO
Primeiramente para Ihering o direito é uma ideia prática, e ele possui uma antítese. O fim e o meio. Tal ideia é responsável por separar a luta e a paz.
-“a paz é o objetivo do direito e a luta é o meio de obtê-la.”
Diz também que o direito não é ideia de lógica mais sim de força:
“O símbolo do direito, a estátua da justiça, como é descrito sustenta em uma mão a balança, o lugar onde o direito é pesado, e na outra mão empunha a espada, que serve para fazê-lo valer. A espada sem a balança é força bruta e a balança sem a espada é o direito impotente, uma completa a outra. O direito reina, quando a justiça emprega a força de empunhar a espada de modo igual à habilidade de manejo da balança.”
O autor também deixa claro que somos responsáveis por nossos direitos, e ele sempre será oriundo da luta:
“O direito é um trabalho sem tréguas... o de todo povo. ...Todo aquele que tem em si a obrigação de manter o seu direito, participa neste trabalho nacional...”
Para ele , as leis não valem nada sem o homem ter o sentimento de justiça, e também não basta apenas querer justiça, precisa haver uma ação:
“Os navios estão a salvo nos portos, mas não foi para ficar ancorados que eles foram criados, ou seja, de que valem as leis, onde falta nos homens o sentimento da justiça? ”
	
A obra cita a finalidade do direito, que é dividida em dois tipos:
A FINALIDADE DO DIREITO OBJETIVO: Um Instrumento que impõe e alicerça o ordenamento jurídico do estado aos cidadãos. Ou seja, a ordem legal.
A FINALIDADE DO DIREITO SUBJETIVO: Uma faculdade dos cidadãos, poder e direito de exigir do Estado o cumprimento e a eficácia da norma jurídica (lei) que visam seus interesses legalmente tutelados.
O autor ressalta de que nada vale existirem tantas doutrinas, códigos e tantos outros instrumentos jurídicos sem que os interessados (ou seja, os cidadãos) não conhecerem ou reclamarem por seus direitos.
Também diz, que todas as grandes conquistas em relação ao direito foram conquistadas através da luta.
-“...A abolição da escravidão, a eliminação dos servos, a livre disposição da propriedade territorial, a liberdade da indústria, a liberdade da consciência, não tem sido adquiridas sem uma luta das mais encarniçadas e que freqüentemente tem durado vários séculos, e quase sempre banhadas em ondas de sangue.” 
CAPÍTULO 2
O interesse na luta pelo direito
Segundo o autor a luta pelo direito é um dever do interessado para consigo próprio.
Ihering defende a seguinte tese: “é um dever resistir à injustiça ultrajante que chega a provocar a própria pessoa, isto é, à lesão ao direito que, em consequência da maneira porque é cometida, contém o caráter de um desprezo pelo direito, de uma lesão pessoal. Ë um dever do interessado para consigo próprio; é um dever para com a sociedade, porque esta resistência é necessária para o direito se realize"
Para ele, o indivíduo lesado em seu direito, pode se resolver de duas formas: ele pode resistir ao adversário e pode ceder, e também deve fazer um sacrifício: ou o direito à paz ou a paz ao direito.
“Quando um indivíduo é lesado em seu direito, faz-se... esta consideração , nascida da questão que em sua consciência se apresenta , e que pode resolver como bem lhe aprouver: - se deve resistir ao adversário ou se deve ceder. Qualquer que seja a solução,deverá fazer sempre um sacrifício: - ou sacrificará o direito à paz ou a paz ao direito.”
	
Tal busca pelo direito lesado nem sempre é pelo valor do objeto, ou pela propriedade, e sim pelo reconhecimento do seu direito. Pela dor moral que lhe causa a injustiça de que está sendo vítima.
-”...não se litigia pelo valor talvez insignificante do objeto, mas sim por um motivo ideal, a defesa da pessoa, do seu sentimento pelo direito”...”não é o interesse material, que impele o indivíduo que sofre tal lesão a exigir uma satisfação, mas sim a dor moral que lhe causa a injustiça de que é vítima...”
Ele admite que existem pessoas que buscam a paz, desistindo de lutar pelo seu direito, e outras que trazem a guerra, que estão dispostas a lutar pelo seu direito.
CAPÍTULO 3
A luta pelo direito na esfera individual
Nesse capitulo o autor ressalta a luta pelo direito como um dever:
“Aquele que for atacado em seu direito deve resistir; é um dever para consigo mesmo”
Ele afirma que a vida do homem se divide em dois meios:
O material, onde o homem defende sua propriedade (fim de matrimônio, divisão de patrimônio).
O moral, onde o homem defende sua honra (contratos em geral).
Temos o dever de defender qualquer desses direitos citados, pois nossa existência moral, está ligada à sua conservação, desistir da defesa de seu direito equivale a um suicídio moral.
“Temos, pois o dever de defender nosso direito, porque nossa existência moral está direta e essencialmente ligada a sua conservação; desistir completamente de defesa, o que não é muito prático, porém que poderia ter lugar, equivaleria a um suicídio moral.”
CAPÍTULO 4
A Luta pelo direito na esfera social
O autor nos mostra que as leis só são úteis, enquanto são usadas com frequência, as leis menos usadas ou abandonadas, caem em desuso.
“Enquanto a realização prática do direito público e do penal está assegurada, porque está imposta como um dever... a do direito privado apresenta-se aos particulares como forma de direito, isto é , por completo abandonada a sua prática á sua livre iniciativa e á sua própria atividade.”
Ele nos mostra também que no direito privado cada um deve defender a lei na sua posição, pois quem defende o seu direito defende também todo o direito.
“Portanto, cada um está encarregado na sua posição de defender a lei, quando se trata do direito privado, porque todo o homem está encarregado, dentro da sua esfera, de guardar e de fazer executar as disposições legais.”
A ESSENCIA DO DIREITO É A AÇÃO
”A liberdade de ação é para o sentimento legal o que o ar é para a chama; se a diminuís ou paralisais, acabareis com tal sentimento.”
CAPÍTULO 5
O direito alemão e a luta pelo direito
Nesse capitulo Ihering compara o direito da Alemanha com o Romano
O nosso direito civil para Ihering é repleto de materialismo, porque a maioria das medidas em relação a violação do direito gera um valor material. No direito Romano, a resolução do crime no direito civil, não era por atribuição de valor e sim por decreto de penas.
“O dinheiro não era, pois, o fim que se tinha em vista, mas um meio de atingi-lo. Esse modo de encarar a questão, que o direito romano intermediário tinha. ”
O ladrão quando lesa uma pessoa, ele ataca seu patrimônio, as leis do estado, a ordem legal e a sua moral. Agora quando o devedor de um empréstimo seu, nega de má fé que se lhe fez, acontece o mesmo ataque em relação a moral e as leis do estado mas sua pena geralmente é uma multa.
A Luta pelo Direito - Resenha Crítica 
IHERING, Von Rudolf. A luta pelo direito. São Paulo: CL Edijur,2012.
A LUTA PELO DIREITO
            Rudolf Von Ihering foi um jurista alemão que nasceu em 1818. Formou-se em Direito pela Universidade de Berlim em 1843, aos 25 anos. Entre as suas principais obras publicadas estão “A luta pelo Direito” em 1872, e “A Finalidade do Direito” em 1877. Ihering era defensor do positivismo e influenciou o pensamento de vários juristas em diversos países.
O livro está organizado em cinco capítulos, e aborda como ideia central do direito a antítese inseparável da luta e da paz pela busca da justiça: “a paz é o termo do direito, a luta é o meio de obtê-lo” (p. 11). O próprio símbolo do direito demonstra que o direito não é uma ideia lógica, mas sim de força: a justiça segura em uma das mãos a balança, em que pesa o direito e na outra, a espada, que serve para fazê-lo valer; a espada sem a balança é força bruta, e a balança sem espada é o direito impotente.
            Tais enfrentamentos ocorrem a partir da lesão ou subtração de um direito, onde o indivíduo, sentindo-se afetado com tal injustiça, deve decidir se irá brigar pelo que considera justo, baseado nas premissas do direito subjetivo, ou se vai aceitar passivamente a situação.
           No âmbito dos povos, essa decisão ganha um impacto maior, onde a análise é se o país deve entrar em conflito com o outro na defesa dos seus direitos, considerando as diversas consequências que esta resolução pode provocar. 
            A luta pelo direito do indivíduo representa a defesa não só dos direitos pessoais, mas sim de toda a ordem jurídica e da justiça de uma Nação. O autor não defende uma luta sem motivo, mas sim a manutenção do sentimento de amor à justiça, onde o nobre combate no qual o indivíduo sacrifica suas forças, pela defesa do seu direito é também a defesa do direito da nação. “A luta é o trabalho eterno do direito” (IHERING, 2912, p.109).
            Apesar de ter sido produzida em 1872, as ideias do livro permanecem atuais, já que o norte que conduz a obra é baseado na luta contra as injustiças e tudo aquilo que contraria a ordem jurídica de determinada nação.
            Segundo Comte-Sponville (1999, p.33) a pessoa justa é aquela que não viola as leis nem os direitos do outro, e vai além, quando afirma que o justo resiste às injustiças, conforme pode ser lido no trecho extraído do livro “Pequeno tratado das grandes virtudes”:
 (...) alguém que põe sua força a serviço do direito, e dos direitos, e que, decretando nele a igualdade de todo homem com todo outro, apesar das desigualdades de fato ou de talentos, que as inúmeras, instaura uma ordem que não existe, mas sem a qual nenhuma ordem jamais poderia nos satisfazer. O mundo resiste, e o homem. Portanto, é preciso resistir à eles – e resistir antes de tudo à injustiça que cada um traz em si mesmo, que é si mesmo. É por isso que o combate pela justiça não terá fim. (COMTE-SPONVILLE, 1999, p.44).
            
            Na introdução do livro, o autor desenvolve a teoria sobre a luta pelo direito, apontando que esta circunstância, através da qual os povos não chegam ao direito sem penosos esforços, sem inúmeros trabalhos e lutas continuas, é que faz com que se crie um laço íntimo entre os povos e seu direito: “A energia e o amor com que um povo defende suas leis e seus direitos estão em relação proporcional com os esforços e trabalhos empregados em alcançá-los” (IHERING, 2012, p.23). 
            Já no capítulo II, trata do interesse na luta pelo direito, trazendo à discussão a dúvida se deve o sujeito demandar contra aquele que subtraiu um direito seu ou não, sobre se é mais oneroso resistir ao adversário ou ceder a ele. Na continuação, no capitulo III, trata da luta individual como meio de restaurar o estrago provocado pela dor moral da injustiça; a intensidade dessa dor depende da forma e do objeto da lesão. E conforme a intensidade da dor será o indivíduo movido ou não a lutar pelo resgate dos seus direitos.
As constantes lutas travadas na atualidade contra as desigualdades sociais também corroboram esta tese de Ihering, quando este afirma que a conservação da existência humana é essencial, tratando não apenas da vida material como também da existência moral. O princípio da dignidade da pessoa humana, por exemplo, considerado um direito fundamental e que consta nas constituições de diversos países, é uma conquista adquirida através da luta dos povos, e que se consolidou com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu Art. 1º - “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos”. 
            No capítulo IV, a tese de que a defesa do direito é um dever para com a sociedade. Em uma sociedade em que os indivíduos lutam pelos seus direitos e o Estado provê o seu cumprimento, garante que as normas não caiam em desuso: não há direito subjetivo se a lei – o direito objetivo – não estiver mais vigente. 
            No último capítulo, traça considerações sobre o Direito Alemão e o quanto este se afasta dos pressupostos trabalhados ao longo do livro. Tece críticas quanto a aplicação das penas de ressarcimento – a maioria delas de cunho material – e que não restauram o sentimento de injustiça sofrido pelo indivíduo. 
            Conclui afirmando que tudo no direito foi conseguido com lutas – muitas delas longas e banhadas em sangue. Bobbio (1992, p.2) afirma que os direitos do homem, por mais fundamentais que sejam, são históricos; nasceram em certas circunstâncias, caracterizadas por lutas em defesa de liberdades, contra velhos poderes; nasceram de modo gradual. Essas lutas devem permanecer e se renovar, em consonância com a evolução dos povos e do próprio direito, que precisa atualizar-se e adaptar-se às exigências das nações, cujas ânsias por mais justiça e igualdade estão interconectadas na modernidade.
            O livro tece importantes conceituações sobre de onde o direito nasce e os caminhos pelos quais vem se transformando. Embora tendo sido escrito há mais de 140 anos, suas teses continuam válidas e necessárias para repensar a forma como o direito é tratado e como os indivíduos da modernidade se afastam e tem receio de lutar pelos seus direitos: a lei parece, para a grande maioria das pessoas, algo distante e inalcançável, quando deveria ser o contrário. 
            Enfim, que cada indivíduo possa retomar seu sentimento natural de lutar pelo direito, para que ele não perca sua função social. Nas palavras de Ihering (2012, p. 110) “A luta é o trabalho eterno do direito”.
Referências
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
COMTE-SPONVILLE, Andre. Pequeno tratado das grandes virtudes. São Paulo: Martins Fontes, 1999. p.153
A2 – 29/05
DOS DIREITOS SOCIAIS
	Os direitos sociais são aqueles contemplados especificamente no artigo 6º da CF. Através da implementação dos direitos sociais se garante o mínimo e bem-estar social e qualidade de vida a uma sociedade. 
	Os principais direitos sociais, como Saúde, Previdência e Assistência Social compõe o que se denomina “Seguridade Social”, tratada de forma expressa no artigo 194 da CF que estabelece: 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
V - eqüidade na forma de participação no custeio;
VI - diversidade da base de financiamento;
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados
A ASSISTÊNCIA SOCIAL
Brasil tem16,2 milhões em situação de pobreza extrema, aponta IBGE. Número equivale a aproximadamente 8,5% da população brasileira e considera as pessoas com renda de até R$ 70,00 reais. Pesquisas sociológicas indicam que se o governo aplicasse o índice de correção monetária ( inflação – INPC ) ao valor de R$70,00, o número de pobres no Brasil subiria para 22,5 milhões de pessoas. Pobreza extrema significa situação de indigência, onde a pessoa não consegue se alimentar todos os dias. 
A Assistência social enquanto direito deve ser fornecida a todos aqueles que dela necessitarem. Significa essencialmente amparo, ajuda.
Assim, a assistência social, política pública não contributiva, é dever do Estado e direto de todo cidadão que dela necessitar. Entre os principais pilares da assistência social no Brasil estão a Constituição Federal de 1988, que dá as diretrizes para a gestão das políticas públicas, e a Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), de 1993, que estabelece os objetivos, princípios e diretrizes das ações.
A Loas determina que a assistência social seja organizada em um sistema descentralizado e participativo, composto pelo poder público e pela sociedade civil. A IV Conferência Nacional de Assistência Social deliberou, então, a implantação do Sistema Único de Assistência Social (Suas). Cumprindo essa deliberação, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) implantou o Suas, que passou a articular meios, esforços e recursos para a execução dos programas, serviços e benefícios socioassistenciais.
O Suas organiza a oferta da assistência social em todo o Brasil, promovendo bem-estar e proteção social a famílias, crianças, adolescentes e jovens, pessoas com deficiência, idosos – enfim, a todos que dela necessitarem. As ações são baseadas nas orientações da nova Política Nacional de Assistência Social (PNAS), aprovada pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) em 2004.
A transparência e a universalização dos acessos aos programas, serviços e benefícios socioassistenciais, promovidas por esse modelo de gestão descentralizada e participativa, vem consolidar, definitivamente, a responsabilidade do Estado brasileiro no enfrentamento da pobreza e da desigualdade, com a participação complementar da sociedade civil organizada, através de movimentos sociais e entidades de assistência social.
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS) 
O Sistema Único de Assistência Social (Suas) é um sistema público que organiza, de forma descentralizada, os serviços socioassistenciais no Brasil. Com um modelo de gestão participativa, ele articula os esforços e recursos dos três níveis de governo para a execução e o financiamento da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), envolvendo diretamente as estruturas e marcos regulatórios nacionais, estaduais, municipais e do Distrito Federal.
Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Sistema é composto pelo poder público e sociedade civil, que participam diretamente do processo de gestão compartilhada. Em julho de 2010, 99,7% dos municípios brasileiros já estavam habilitados em um dos níveis de gestão do Suas. Do mesmo modo, todos os Estados, comprometidos com a implantação de sistemas locais e regionais de assistência social e com sua adequação aos modelos de gestão e cofinanciamento propostos, assinaram pactos de aperfeiçoamento do Sistema.
O Suas organiza as ações da assistência social em dois tipos de proteção social. A primeira é a Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social. A segunda é a Proteção Social Especial, destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros aspectos.
O Suas engloba também a oferta de Benefícios Assistenciais, prestados a públicos específicos de forma articulada aos serviços, contribuindo para a superação de situações de vulnerabilidade. Também gerencia a vinculação de entidades e organizações de assistência social ao Sistema, mantendo atualizado o Cadastro Nacional de Entidades e Organizações de Assistência Social e concedendo certificação a entidades beneficentes, quando é o caso. 
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) estrutura sua atuação a partir de cinco temáticas: Assistência Social, Bolsa Família, Segurança Alimentar e Nutricional, Inclusão Produtiva e Avaliação e Gestão da Informação. 
A Secretaria Extraordinária para Superação da Extrema Pobreza é responsável pela coordenação das ações e gestão do Plano Brasil Sem Miséria. A Secretaria articula e mobiliza os esforços do governo federal, estados e municípios para a superação da extrema pobreza.  Seu principal foco de atuação são os 16 milhões de brasileiros cuja renda familiar per capita, é inferior a R$ 70,00 mensais, visando sua inserção na cidadania. 
A miséria tem rostos e necessidades diferentes conforme a região. A realidade no campo é uma, na cidade é outra. Por isso, o Brasil Sem Miséria tem ações nacionais e regionais, baseadas em três eixos: garantia de renda, inclusão produtiva e acesso a serviços públicos. No campo, o objetivo central está sendo aumentar a produção dos agricultores. Na cidade, qualificar a mão de obra e identificar oportunidades de geração de trabalho de renda para os mais pobres. 
Atualmente mais de 13,7 milhões de famílias de todo o país vão receber os recursos do programa de transferência de renda. Em Julho o Programa Bolsa Família pagou mais de R$ 2,1 bilhões a quase 13,8 milhões de famílias em todos os municípios
A lista que segue traz o índice que representa o percentual de habitantes que estavam abaixo da linha de pobreza, que é igual a R$ 70,00 per capita ao mês, com base no valor proposto pelo Banco Mundial. O Brasil é uma república federativa formada pela união de 26 estados federados, além do Distrito Federal. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010 o estado com a menor incidência de pobreza extrema era Santa Catarina, com apenas 1,7% da população vivendo abaixo da linha de pobreza. Em contrapartida, está o Maranhão, o estado com maior incidência, com mais de 26% de sua população vivendo na pobreza. 
Nas últimas décadas houve no Brasil uma evolução positiva dos indicadores sociais do país, especialmente em relação ao aumento da expectativa de vida, queda da mortalidade infantil, acesso a saneamento básico, coleta de lixo e diminuição da taxa de analfabetismo. Apesar da melhora desses índices, há nítidas diferenças regionais, especialmente em relação ao nível de renda.
Segundo os dados do IBGE, o Estado de SC possui apenas 1,7% da população em extrema pobreza, o melhor índice. São Paulo tem 2,7% da população vivendo com setenta reais por mês, e o Rio Grande do Sul, 2,9 %. Graças a desigualdade social gerada pela má distribuição de renda o Brasil possui o maior número de pobres na região norte. Segundo dados oficiais os Estados que lideram o ranking da pobreza extrema são: Maranhão: 26,3%; Piauí: 21,6%, Alagoas 20,5%; Roraima 17,9% , Paraíba 16,3%, Pernambuco 16,1%, Sergipe 15,3%, Tocantins 11%, Rio Grande do Norte 13%. A pobreza no Estado do Maranhão equivale a pobreza existente nas regiões miseráveis da África do Sul. 
Mapa dos estados brasileiros por porcentagem de extrema pobreza em 2010. 
	  até 6%
  + 6%
  + 12%
	  + 18%
  + 24%
  + 30%
IDH NO BRASIL E NA REGIÃO
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Brasil cresceu 47,5% entre 1991 e 2010, segundo o “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013". Os dados oficiais foram divulgados no último dia 29 de julho e decorrem de pesquisa feita pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento ( Pnud ). Na região de Franca a cidade de Jeriquara foi o município com o melhor resultado. Nesse município, IDHaumentou 93% se comparados com os números apurados em 1991. Rifaina registra a segunda melhor evolução na qualidade de vida da população, com um aumento de 68%, seguida de Cristais Paulista que registrou 66%, Ribeirão Corrente - 61%, Restinga 60% e Itirapuã – 58%. O município de Franca teve um aumento de 37% em relação ao índice anterior, calculado em 1991, permanecendo entre as cidades com melhor qualidade de vida na região.
O IDHM é usado para a classificação geral do Brasil nas estatísticas de desenvolvimento humano e qualidade de vida. Entre os três indicadores que compõem o IDHM, o que mais contribuiu para a pontuação geral do Brasil em 2013 foi o de longevidade, com 0,816 (classificação "desenvolvimento muito alto", seguido por renda (0,739; "alto") e por educação (0,637; "médio"). Nos municípios do Brasil, de forma geral e média, o indicador que mais cresceu nos últimos 20 anos foi a educação (128%). Segundo o Pnud, esse avanço é motivado por uma maior frequência de jovens na escola (2,5 vezes mais que em 1991). No indicador longevidade, o crescimento médio nacional foi 23% entre 1991 e 2010; no caso de renda, a alta foi de 14%.
O aumento no número, que reflete a melhoria no IDHM, não é, então, fenômeno registrado apenas na região de Franca. A melhoria na classificação municipal aconteceu de forma geral no Brasil. Segundo o Pnud, o pais mudou de "muito baixo" (0,493), em 1991, para "alto desenvolvimento humano" (0,727), em 2010. Em 2000, o IDHM geral do Brasil era 0,612, considerado "médio".
O IDHM é um índice composto por três indicadores de desenvolvimento humano: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). Dessa forma, o número final apurado e que indica o IDHM é resultado da apuração da avaliação desses três indicadores. 
INDICADORES REGIONAIS
Apesar do resultado positivo no índice geral, alguns municípios registraram um baixo crescimento no ítem “acesso ao conhecimento”, ou seja, na educação. A cidade de São José da Bela Vista, por exemplo, tem um IDHM com aumento geral de 50%; contudo, no setor educacional o município registrou a menor evolução, 0,580, considerado o pior número de toda a região de Franca. Em São José da Bela Vista apenas 39% dos jovens 18 anos ou mais possui o ensino fundamental completo. A renda per capita também não evoluiu bem, sendo apurado um crescimento de apenas 0,679 em relação a pesquisa de 1991, o terceiro pior resultado da região. Entretanto, no item longevidade, São José da Bela Vista está no ranking regional registrando a melhor evolução: 0,844. Na prática, os números mostram um aumento de apenas 5% na renda da população no período entre 1991 a 2010 nessa cidade.
	No mesmo quesito – educação – a cidade de Jeriquara, que em 1991 estava classificada como a cidade com o pior índice de acesso à educação, registrou um excepcional desempenho entre 1991 a 2010, tendo sido apurado um aumento de 436%. O número indica que houve uma grande democratização do ensino no município com aumento no oferecimento de vagas e frequência nas escolas. Já a renda per capita na cidade aumentou 17% e a longevidade 14% .
	 Em 1991, a pesquisa já indicava Franca como o município com a melhor evolução no IDHM em toda a região. Em 2010 a cidade manteve-se no ranking registrando também a melhor evolução no setor educação e renda per capita, com aumento de 121% e 6%, respectivamente. No item expectativa de vida, o município é o segundo colocado no relatório regional, com 10% de evolução em relação a longevidade registrada em 1991. Na cidade, 63% dos jovens com mais de 18 anos já completou o ensino fundamental.
	A análise detalhada do relatório do IDHM de 2010 indica que Cristais Paulista tem a menor índice de evolução no quesito longevidade (0.802) enquanto São José da Bela Vista, o melhor: 0,844.
	Franca manteve os melhores indicadores de acesso à educação e também a melhor renda, que é estimada em R$846,57 por habitante. Restinga é o município com a pior renda per capita da região, não atingindo o valor de um salário mínimo: R$ 499,24 (0,664), mas o IDHM geral da cidade registrou aumento de 60%. 
PANORAMA NACIONAL INDICA MELHORIA NA QUALIDADE DE VIDA DOS BRASILEIROS
	O relatório do “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013" é um documento importante para o diagnóstico da evolução sociocultural e econômica do Brasil. Para os municípios, os números indicam quais setores devem receber maior atenção e investimentos públicos. 
O IDHM do país não é a média municipal do índice, mas é um cálculo feito a partir das informações do conjunto da população brasileiras em relação aos três indicadores. O IDH municipal também tem critérios diferentes do IDH global, que o Pnud divulga anualmente e que compara o desenvolvimento humano entre países. 
Em 20 anos, 85% dos municípios do Brasil saíram da faixa de “muito baixo desenvolvimento humano”, segundo classificação criada pelo Pnud. Atualmente, 0,57% dos municípios, ou 32 cidades das 5.565 do país, são consideradas de “muito baixo desenvolvimento humano”.
De acordo com os dados do "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013", 85,8% dos municípios brasileiros faziam parte do grupo de “muito baixo desenvolvimento humano” em 1991. Em 2000, esse número caiu para 70% e, em 2010, despencou para 0,57%.
As regiões Sul e Sudeste têm a maioria dos municípios concentrada na faixa de “alto desenvolvimento humano”, 64,7% e 52,2%, respectivamente. No Centro-Oeste e no Norte, a maioria dos municípios é considerada como “médio desenvolvimento”: 56,9% e 50,3%, respectivamente.
 	Segundo dados do IBGE/2010, o Brasil possui 16,2 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema. Número equivale a aproximadamente 8,5% da população brasileira e considera as pessoas vivendo com renda de até R$ 70,00 por mês. O Estado com o maior número de pobres é o Maranhão. Lá 26,3% da população vive em pobreza extrema. O segundo estado mais pobre é o Piauí, com 21,6% das pessoas nessa situação econômica. O IBGE/2010 indica que a cidade mais pobre do Brasil é Centro do Guilherme ( MA ) que possui 12.517 habitantes, sendo que 95,32% da população vive com 70 reais por mês (11.931 pessoas). No estado de São Paulo apenas 2,7% da população vive em extrema pobreza. O Estado com o menor índice de pobres é SC com 1,7%. 
PREVIDÊNCIA SOCIAL.
A CF trata da previdência social a partir do artigo 201. A Previdência Social é um seguro que garante a renda do contribuinte e de sua família, em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice. Oferece vários benefícios que juntos garantem tranqüilidade quanto ao presente e em relação ao futuro assegurando um rendimento seguro. Para ter essa proteção, é necessário se inscrever e contribuir todos os meses (INSS). Assim, de acordo com o texto da CF, o regime geral de previdência social, que é aquele oferecido pelo Governo Federal a todos os trabalhadores, empregados ou não. É organizada como sendo de caráter contributivo e filiação obrigatória. A previdência Social é um direito social que integra a “seguridade social”, tal qual disposto no artigo 194 da CF/88. 
Existe um limite para o pagamento do INSS, o que se denomina : Limite de contribuição. Há também um teto para receber os benefícios. A previdencia social está inserida em um conceito mais amplo que é o da Seguridade Social, que por sua vez está dividida em três áreas de atuação: saúde, assistência social e previdência Entre os benefícios da previdência social, contam-se, dentre outros, os seguintes: auxílio-doença; pensão por morte; aposentadoria por invalidez, velhice ou tempo de serviço; auxilio reclusão, seguro desemprego, auxilio maternidade, salário família. Todos os benefícios estão citados no artigo 201 da CF.
A Previdência Social paga, atualmente, mais de 22 milhões de pessoas. Estima-se que, direta e indiretamente, esteja beneficiando 77 milhões de pessoas, sendo, assim, é um fator muito importante no combate à pobreza e à desigualdade, promovendo aos idosos e as pessoas por ela beneficiadas umarelativa estabilidade social. O sistema previdenciário engloba uma grande massa de recursos e obrigações e, para que ele continue a funcionar, é necessário que cada participante contribua com parte de sua renda durante sua vida ativa. A Previdência brasileira baseia-se no sistema de partição simples: o trabalhador ativo de hoje financia os inativos, e posteriormente aqueles serão financiados por trabalhadores ativos quando chegarem à inatividade. Assim sendo, nao existe contribuição dos Inativos no regime geral de previdencia social, ou seja, o segurado que já está recebendo a aposentadoria, por exemplo, nao vai ter descontado dela o INSS.
Os funcionários públicos estatutarios podem contribuir para regimes especiais de previdência social. 
A Lei Orgânica da Previdência Social é a norma jurídica mais que estabelece as regras gerais de estruturação do setor e dispõe sobre os benefícios previdenciários citados pelo artigo 202. Foi a LOPS (Lei n° 3.807, de 26 de agosto de 1960) que unificou a legislação referente aos Institutos de Aposentadorias e Pensões até então existentes até 1960. Tal lei sofre regulamentações por outras normas jurídicas que podemos entender como sendo integrantes do Direito Previdenciário. Toda ação contra a previdência Social é de competência da Justiça Federal.
Outra lei importante é a de n° 6.439, de 1° de setembro de 1977, instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social - SINPAS, orientado, coordenado e controlado pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, responsável "pela proposição da política de previdência e assistência médica, farmacêutica e social, bem como pela supervisão dos órgãos que lhe são subordinados" e das entidades a ele vinculadas. Em 1984 é aprovada a Consolidação das Leis da Previdência Social.
Em 1991, é foi aprovada a Lei 8.213, de 14 de julho (DOU 14 de agosto de 1991), que "Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências". Essa foi uma reforma crucial no Sistema Previdenciário Brasileiro, embora muitas outras mudanças tenham sido incorporadas através de Medidas Provisórias, Emenda Constitucional, Decretos, entre outros.
A previdência social tem como estrutura básica o Ministério da Previdência Social (MPS), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DATAPREV) e os Órgãos Colegiados.
O Ministério da Previdência Social é integrante da administração direta. Atua tanto na Previdência Social quanto na Previdência Complementar. É responsável pela formulação e gestão de políticas previdenciárias. Faz isso tanto em relação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) quanto em relação ao regime próprio de previdência dos servidores públicos civis da União, estados, Distrito Federal e municípios. É segmentado em diversas secretarias.
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR
A Previdência Complementar tem seu fundamento constitucional no artigo 202 da Carta Magna. É de caráter facultativo, onde o contratante capitaliza recursos visando uma aposentadoria de natureza privada. 
 
A previdência complementar é um benefício opcional, que proporciona ao trabalhador um seguro previdenciário adicional, conforme sua necessidade e vontade. É uma aposentadoria contratada para garantir uma renda extra ao trabalhador ou a seu beneficiário. Os valores dos benefícios são aplicados pela entidade gestora, com base em cálculos atuariais. 
Além da aposentadoria, o participante normalmente tem à sua disposição proteção contra riscos de morte, acidentes, doenças, invalidez etc. No Brasil existem dois tipos de previdência complementar: a previdência aberta e a previdência fechada.
Ambas funcionam de maneira simples: durante o período em que o cidadão estiver trabalhando, paga todo mês uma quantia de acordo com a sua disponibilidade. O saldo acumulado poderá ser resgatado integralmente ou recebido mensalmente, como uma pensão ou aposentadoria tradicional. 
As instituições que trabalham com planos de previdência aberta são fiscalizadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), do Ministério da Fazenda.
PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR FECHADA
As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), mais conhecidas como fundos de pensão, são instituições sem fins lucrativos que mantêm planos de previdência coletivos. São permitidas exclusivamente aos empregados  de uma empresa e aos servidores da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores; e aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou setorial, denominados instituidores. Exemplo: OABprevi/ Brasilprevi, Sabesprev. 
A fiscalização das EFPC é feita pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc e regulada pela Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC), do Ministério da Previdência Social. 
Em 2003, trabalhadores vinculados a entidades representativas, como sindicatos, cooperativas e órgãos de classe passaram a ter direito à previdência complementar fechada, numa modalidade denominada previdência associativa. 
A previdência complementar é, então, de natureza privada. 
Nela temos o que se denomina: 
Patrocinador : é empresa ou grupo de empresas de direito privado, e os entes de direito público, que oferecem aos seus empregados ou servidores,  plano de benefícios de natureza previdenciária, operado por Entidade Fechada de Previdência Complementar sem finalidade lucrativa. 
Participante e Assistido: é a pessoa física que, vinculada a um patrocinador ou instituidor , adere a plano de benefício de natureza previdenciária, operado por Entidade Fechada de Previdência Complementar - EFPC , com o objetivo de formar uma poupança previdenciária para a garantia de renda futura para si ou para os seus beneficiários.
A previdência complementar ou privada é regida por Lei Complementar. 
A pessoa que participa da previdência complementar fechada possui um mecanismo eficiente e seguro de ampliação da proteção social como recompensa pelos esforços contributivos que fez ao longo da vida laborativa ou contra a perda da capacidade laborativa. Assim, além dos benefícios de natureza programada e continuada, como a aposentadoria, geralmente os planos de benefícios oferecem também proteção contra riscos de morte, acidentes, doenças, invalidez etc.
Quando se fala em previdência, quanto mais cedo se ingressa num plano de benefícios, menor o esforço contributivo ao longo do tempo. Somam-se a isso as vantagens tributárias que tornam o benefício previdenciário melhor, haja vista que as contribuições dos participantes e dos empregadores podem ser deduzidas da base de cálculo para fins de recolhimento do imposto sobre a renda das pessoas físicas e jurídicas. Além disso, os ganhos e rendimentos das aplicações dos recursos previdenciários submetem-se a regime tributário diferenciado, ou seja, o governo geralmente dá incentivos de redução /restituição de alguns tributos relacionados a essa modalidade de investimento.
A previdência privada aberta é aquela onde, individualmente se celrbra contrato de previdência junto a uma instituição financeira: PGBL ou VGBL
DIREITOS E OBRIGAÇÕES
Além das condições expressas no regulamento do plano de benefícios, documento contratual no qual constarão os seus direitos e as suas obrigações, os participantes e assistidos têm os seguintes direitos:- pleno acesso às informações relativas a gestão do patrimônio do plano de benefícios; proteção do Estado em relação à defesa dos seus direitos;- inserção nos Conselhos Deliberativos e Fiscal das Entidades Fechadas de Previdência Complementar.Dentre as suas obrigações, independentemente da prerrogativa fiscalizadora do Estado, destaca-se o dever de conhecer as regras do plano e zelar pelo seu fiel cumprimento.
SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - SUAS
A Assistência Social é um direito do cidadão e dever do Estado, instituído pela Constituição Federal de 1988. A partir de 1993, com a publicação da Lei Orgânica da Assistência Social– LOAS, é definida como Política de Seguridade Social, compondo o tripé da Seguridade Social, juntamente com a Saúde e Previdência Social, com caráter de Política Social articulada a outras políticas do campo social.
A Assistência Social, diferentemente da previdência social, não é contributiva, ou seja, deve atender a todos os cidadãos que dela necessitarem. Realiza-se a partir de ações integradas entre a iniciativa pública, privada e da sociedade civil, tendo por objetivo garantir a proteção social à família, à infância, à adolescência, à velhice; amparo a crianças e adolescentes carentes; à promoção da integração ao mercado de trabalho e à reabilitação e promoção de integração à comunidade para as pessoas com deficiência e o pagamento de benefícios aos idosos e as pessoas com deficiência.
Em 2005, é instituído o Sistema Único de Assistência Social – SUAS, descentralizado e participativo, que tem por função a gestão do conteúdo específico da Assistência Social no campo da proteção social brasileira.
Consolida o modo de gestão compartilhada, o cofinanciamento e a cooperação técnica entre os três entes federativos que, de modo articulado e complementar, operam a proteção social não contributiva de seguridade social no campo da assistência social.
Em 6 de julho de 2011, a Lei 12.435 é sancionada, garantindo a continuidade do SUAS.
O sistema organiza as ações da assistência social em dois tipos de proteção social. A primeira é a Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social. A segunda é a Proteção Social Especial, destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros aspectos.
O SUAS engloba também a oferta de Benefícios Assistenciais, prestados a públicos específicos de forma articulada aos serviços, contribuindo para a superação de situações de vulnerabilidade. Também gerencia a vinculação de entidades e organizações de assistência social ao Sistema, mantendo atualizado o Cadastro Nacional de Entidades e Organizações de Assistência Social e concedendo certificação a entidades beneficentes, quando é o caso.
A gestão das ações e a aplicação de recursos do Suas são negociadas e pactuadas nas Comissões Intergestores Bipartite (CIBs) e na Comissão Intergestores Tripartite (CIT). Esses procedimentos são acompanhados e aprovados pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e seus pares locais (Conselhos Estaduais e Municipais), que desempenham o controle social.
PAPEL DO ESTADO
Cabe ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado Desenvolvimento Social – Seds, um papel estratégico na coordenação da política de desenvolvimento social do Estado: estabelecer rumos, diretrizes e fornecer mecanismos de apoio às instâncias municipais, ao terceiro setor e à iniciativa privada.
Ao manter a responsabilidade pelo apoio financeiro aos municípios e entidades de assistência social, a Seds fixa sua atuação no apoio técnico, capacitação, monitoramento e avaliação das ações sociais desenvolvidas em todo o Estado.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde. Anteriormente, a assistência médica estava a cargo do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), ficando restrita aos empregados que contribuíssem com a previdência social; os demais eram atendidos apenas em serviços filantrópicos. Do Sistema Único de Saúde fazem parte os centros e postos de saúde, hospitais - incluindo os universitários, laboratórios, hemocentros (bancos de sangue), os serviços de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental, além de fundações e institutos de pesquisa, como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Vital Brazil.
Antes do advento do Sistema Único de Saúde (SUS), a atuação do Ministério da Saúde se resumia às atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças (por exemplo, vacinação), realizadas em caráter universal, e à assistência médico-hospitalar para poucas doenças; servia aos indigentes, ou seja, a quem não tinha acesso ao atendimento pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. O INAMPS foi criado pelo regime militar em 1974 pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que hoje é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); era uma autarquia filiada ao Ministério da Previdência e Assistência Social (hoje Ministério da Previdência Social), e tinha a finalidade de prestar atendimento médico aos que contribuíam com a previdência social, ou seja, aos empregados de carteira assinada. O INAMPS dispunha de estabelecimentos próprios, mas a maior parte do atendimento era realizado pela iniciativa privada; os convênios estabeleciam a remuneração por procedimento.
A Constituição de 1988 foi um marco na história da saúde pública brasileira, ao definir a saúde como "direito de todos e dever do Estado". A implantação do SUS foi realizada de forma gradual: primeiro veio o SUDS; depois, a incorporação do INAMPS ao Ministério da Saúde (Decreto nº 99.060, de 7 de março de 1990); e por fim a Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990) fundou o SUS. Em poucos meses foi lançada a Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990, que imprimiu ao SUS uma de suas principais características: o controle social, ou seja, a participação dos usuários (população) na gestão do serviço. O INAMPS só foi extinto em 27 de julho de 1993 pela Lei nº 8.689.
O Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de Saúde, em 1990, com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988. 
Os princípios da universalidade, integralidade e da equidade são às vezes chamados de princípios ideológicos ou doutrinários, e os princípios da descentralização, da regionalização e da hierarquização de princípios organizacionais, mas não está claro qual seria a classificação do princípio da participação popular.
UNIVERSALIDADE
"A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal. Naturalmente, entende-se que o Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível tornar todos sadios por força de lei. Integralidade A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas (ou de grupos) devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da maioria. Equidade Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no entanto, o Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam. Por isso, enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político consideram mais importante lutar pela eqüidade do SUS. Participação da comunidade O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela Lei nº 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os trabalhadores outro quarto. Descentralização político-administrativa O SUS existe em três níveis, também chamados de esferas: nacional, estadual e municipal, cada uma com comando único e atribuições próprias. Os municípios têm assumido papel cada vez mais importante na prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde; as transferências passaram a ser "fundo-a-fundo", ou seja, baseadas em sua população e no tipo de serviço oferecido, e não no número de atendimentos. Hierarquização e regionalizaçãoOs serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade; o nível primário deve ser oferecido diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas quando necessário. Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência e contra-referência entre os serviços de saúde, melhor a sua eficiência e eficácia. Cada serviço de saúde tem uma área de abrangência, ou seja, é responsável pela saúde de uma parte da população. Os serviços de maior complexidade são menos numerosos e por isso mesmo sua área de abrangência é mais ampla, abrangência a área de vários serviços de menor complexidade. 
Segundo o artigo 200 da Constituição Federal, compete ao SUS:
“Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;
Executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
Ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
Participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;
Incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
Participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
Colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho”.
O SISTEMA DE SAÚDE COMPLEMENTAR é oferecido através da iniciativa privada, conforme permite a CF no artigo 198. 
Em 1998 entrou em vigor Lei Federal que regulamenta as obrigações, direitos e deveres das operadoras e dos conveniados. Tal lei federal é regulamentada pela ANS – Agência Nacional de Saúde que, além de baixar as normas que obrigatoriamente devem ser observadas pelos convênios, também acompanha o funcionamento, fiscalizando-os e, se necessário, punindo as operadoras de saúde complementar. 
Os convênios médicos têm sido os campeões de reclamações junto aos Procons do País. Tal ranking pode ser atribuído, em parte, à maior conscientização dos conveniados que já estão mais conscientes de seus direitos. 
ATENÇÃO ALUNOS: é preciso a leitura da lei dos convênios, no site indicado, especialmente e relação às atribuições da ANS e direitos e deveres das operadoras de saúde e dos conveniados. Segue o link para que possam acessar a lei e estuda-la: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9656.htm
	
	Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998.
	
	Dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde.
        O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
        Art. 1o  Submetem-se às disposições desta Lei as pessoas jurídicas de direito privado que operam planos de assistência à saúde, sem prejuízo do cumprimento da legislação específica que rege a sua atividade, adotando-se, para fins de aplicação das normas aqui estabelecidas, as seguintes definições: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        I - Plano Privado de Assistência à Saúde: prestação continuada de serviços ou cobertura de custos assistenciais a preço pré ou pós estabelecido, por prazo indeterminado, com a finalidade de garantir, sem limite financeiro, a assistência à saúde, pela faculdade de acesso e atendimento por profissionais ou serviços de saúde, livremente escolhidos, integrantes ou não de rede credenciada, contratada ou referenciada, visando a assistência médica, hospitalar e odontológica, a ser paga integral ou parcialmente às expensas da operadora contratada, mediante reembolso ou pagamento direto ao prestador, por conta e ordem do consumidor; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        II - Operadora de Plano de Assistência à Saúde: pessoa jurídica constituída sob a modalidade de sociedade civil ou comercial, cooperativa, ou entidade de autogestão, que opere produto, serviço ou contrato de que trata o inciso I deste artigo; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        III - Carteira: o conjunto de contratos de cobertura de custos assistenciais ou de serviços de assistência à saúde em qualquer das modalidades de que tratam o inciso I e o § 1o deste artigo, com todos os direitos e obrigações nele contidos. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 1o  Está subordinada às normas e à fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS qualquer modalidade de produto, serviço e contrato que apresente, além da garantia de cobertura financeira de riscos de assistência médica, hospitalar e odontológica, outras características que o diferencie de atividade exclusivamente financeira, tais como: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        a) custeio de despesas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        b) oferecimento de rede credenciada ou referenciada; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        c) reembolso de despesas; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        d) mecanismos de regulação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        e) qualquer restrição contratual, técnica ou operacional para a cobertura de procedimentos solicitados por prestador escolhido pelo consumidor; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        f) vinculação de cobertura financeira à aplicação de conceitos ou critérios médico-assistenciais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 2o  Incluem-se na abrangência desta Lei as cooperativas que operem os produtos de que tratam o inciso I e o § 1o deste artigo, bem assim as entidades ou empresas que mantêm sistemas de assistência à saúde, pela modalidade de autogestão ou de administração. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 3o  As pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior podem constituir ou participar do capital, ou do aumento do capital, de pessoas jurídicas de direito privado constituídas sob as leis brasileiras para operar planos privados de assistência à saúde. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 4o  É vedada às pessoas físicas a operação dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o deste artigo. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 5o É vedada às pessoas físicas a operação de plano ou seguro privado de assistência à saúde. 
       Art. 2o  (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
       Art. 3o (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
      Art. 4o (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
     Art. 5o Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
     Art. 6o (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        Art. 7o A Câmara de Saúde Suplementar é composta dos seguintes membros: (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        Art. 8o  Para obter a autorização de funcionamento, as operadoras de planos privados de assistência à saúde devem satisfazer os seguintes requisitos, independentemente de outros que venham a ser determinados pela ANS: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        I - registro nos Conselhos Regionais de Medicina e Odontologia, conforme o caso, em cumprimento ao disposto no art. 1° da Lei no 6.839, de 30 de outubro de 1980;
        II - descrição pormenorizada dos serviços de saúde próprios oferecidos e daqueles a serem prestados por terceiros;
        III - descrição de suas instalações e equipamentos destinados a prestação de serviços;
        IV - especificação dos recursos humanos qualificados e habilitados, com responsabilidade técnica de acordo com as leis que regem a matéria;
        V - demonstração da capacidade de atendimento em razão dosserviços a serem prestados;
        VI - demonstração da viabilidade econômico-financeira dos planos privados de assistência à saúde oferecidos, respeitadas as peculiaridades operacionais de cada uma das respectivas operadoras;
        VII - especificação da área geográfica coberta pelo plano privado de assistência à saúde.
        § 1o  São dispensadas do cumprimento das condições estabelecidas nos incisos VI e VII deste artigo as entidades ou empresas que mantêm sistemas de assistência privada à saúde na modalidade de autogestão, citadas no § 2o do art. 1o. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 2o  A autorização de funcionamento será cancelada caso a operadora não comercialize os produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, no prazo máximo de cento e oitenta dias a contar do seu registro na ANS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 3o  As operadoras privadas de assistência à saúde poderão voluntariamente requerer autorização para encerramento de suas atividades, observando os seguintes requisitos, independentemente de outros que venham a ser determinados pela ANS: (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        a) comprovação da transferência da carteira sem prejuízo para o consumidor, ou a inexistência de beneficiários sob sua responsabilidade; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        b) garantia da continuidade da prestação de serviços dos beneficiários internados ou em tratamento; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        c) comprovação da quitação de suas obrigações com os prestadores de serviço no âmbito da operação de planos privados de assistência à saúde; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        d) informação prévia à ANS, aos beneficiários e aos prestadores de serviço contratados, credenciados ou referenciados, na forma e nos prazos a serem definidos pela ANS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        Art. 9o  Após decorridos cento e vinte dias de vigência desta Lei, para as operadoras, e duzentos e quarenta dias, para as administradoras de planos de assistência à saúde, e até que sejam definidas pela ANS, as normas gerais de registro, as pessoas jurídicas que operam os produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, e observado o que dispõe o art. 19, só poderão comercializar estes produtos se: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        I - as operadoras e administradoras estiverem provisoriamente cadastradas na ANS; e (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        II - os produtos a serem comercializados estiverem registrados na ANS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 1o  O descumprimento das formalidades previstas neste artigo, além de configurar infração, constitui agravante na aplicação de penalidades por infração das demais normas previstas nesta Lei. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 2o  A ANS poderá solicitar informações, determinar alterações e promover a suspensão do todo ou de parte das condições dos planos apresentados. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 3o  A autorização de comercialização será cancelada caso a operadora não comercialize os planos ou os produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei, no prazo máximo de cento e oitenta dias a contar do seu registro na ANS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 4o  A ANS poderá determinar a suspensão temporária da comercialização de plano ou produto caso identifique qualquer irregularidade contratual, econômico-financeira ou assistencial. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        Art. 10.  É instituído o plano-referência de assistência à saúde, com cobertura assistencial médico-ambulatorial e hospitalar, compreendendo partos e tratamentos, realizados exclusivamente no Brasil, com padrão de enfermaria, centro de terapia intensiva, ou similar, quando necessária a internação hospitalar, das doenças listadas na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, da Organização Mundial de Saúde, respeitadas as exigências mínimas estabelecidas no art. 12 desta Lei, exceto: (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        I - tratamento clínico ou cirúrgico experimental; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        II - procedimentos clínicos ou cirúrgicos para fins estéticos, bem como órteses e próteses para o mesmo fim;
        III - inseminação artificial;
        IV - tratamento de rejuvenescimento ou de emagrecimento com finalidade estética;
        V - fornecimento de medicamentos importados não nacionalizados;
        VI - fornecimento de medicamentos para tratamento domiciliar, ressalvado o disposto nas alíneas ‘c’ do inciso I e ‘g’ do inciso II do art. 12;       (Redação dada pela Lei nº 12.880, de 2013)      (Vigência)
        VII - fornecimento de próteses, órteses e seus acessórios não ligados ao ato cirúrgico; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        VIII -  (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        IX - tratamentos ilícitos ou antiéticos, assim definidos sob o aspecto médico, ou não reconhecidos pelas autoridades competentes;
        X - casos de cataclismos, guerras e comoções internas, quando declarados pela autoridade competente.
        § 1o  As exceções constantes dos incisos deste artigo serão objeto de regulamentação pela ANS. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 2o  As pessoas jurídicas que comercializam produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei oferecerão, obrigatoriamente, a partir de 3 de dezembro de 1999, o plano-referência de que trata este artigo a todos os seus atuais e futuros consumidores. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 3o  Excluem-se da obrigatoriedade a que se refere o § 2o deste artigo as pessoas jurídicas que mantêm sistemas de assistência à saúde pela modalidade de autogestão e as pessoas jurídicas que operem exclusivamente planos odontológicos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        § 4o  A amplitude das coberturas, inclusive de transplantes e de procedimentos de alta complexidade, será definida por normas editadas pela ANS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        Art. 10-A. Cabe às operadoras definidas nos incisos I e II do § 1o do art. 1o desta Lei, por meio de sua rede de unidades conveniadas, prestar serviço de cirurgia plástica reconstrutiva de mama, utilizando-se de todos os meios e técnicas necessárias, para o tratamento de mutilação decorrente de utilização de técnica de tratamento de câncer. (Incluído pela Lei nº 10.223, de 2001)
Art. 10-B.  Cabe às operadoras dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o, por meio de rede própria, credenciada, contratada ou referenciada, ou mediante reembolso, fornecer bolsas de colostomia, ileostomia e urostomia, sonda vesical de demora e coletor de urina com conector, para uso hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, vedada a limitação de prazo, valor máximo e quantidade. (Incluído pela Lei nº 12.738, de 2012)     (Vigência)
        Art. 11.  É vedada a exclusão de cobertura às doenças e lesões preexistentes à data de contratação dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1o do art. 1o desta Lei após vinte e quatro meses de vigência do aludido instrumento contratual, cabendo à respectiva operadora o ônus da prova e da demonstração do conhecimento prévio do consumidor ou beneficiário. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 2001)
        Parágrafo único.  É vedada a suspensão da assistência à saúde do consumidor ou beneficiário, titular ou dependente, até a prova de que trata o caput, na forma da regulamentação a ser editada pela ANS.

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