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RESUMO DIREITO PENAL II - parte 1

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RESUMO DIREITO PENAL II – 1ª PARTE
TEORIA DO CRIME 
CRIME é fato típico, ilícito e culpável (FT + I + C)
1º ELEMENTO DO CRIME (FATO TIPICO)
CONDUTA – toda ação ou omissão, consciente/voluntaria, culposa ou dolosa.
AÇÃO (FAZER) apresenta três teorias:
i)NATURALISTA/CAUSAL=>Valoriza-se o resultado, se previsto na lei penal,responde pelo crime;
II)FINALISTA=>Adotada pelo direito penal,o alemão Hans Welzel formulou essa teoria, onde o dolo e a culpa estão na conduta . 
iii)SOCIAL=>Manteve o dolo e a culpa na conduta, mas valoriza o resultado,ou seja, o resultado social é relevante. 
 OMISSÃO (O não fazer; O que devia ser feito)
Apresenta apenas uma teoria, chamada de teoria normativa, que se divide em:
i)crimes omissivos(não fazer) próprios/puros=>deixar de fazer, qualquer pessoa pode praticar.
ii)crimes comissivos(o não fazer) impróprios/impuros=>são crimes comissivos por omissão é o não fazer que deveria ser feito e são praticados por pessoas que são chamadas de garantes(garantidores do resultado)(Art.13 §2º), pois são aqueles que tem por obrigação de cuidar, proteger, vigiar, ou seja, o dever legal.Ex: os pais, os policiais, bombeiros, babas etc.
OBS: SUJEITO ATIVO DA CONDUTA PODE SER: FISICA OU JURIDICA.
RESULTADO=> Consequência da conduta, ou seja, modificação do mundo exterior. Teremos aqui o inter crimines (FASES DO CRIME) que tem quatro fases, que são:
i)Cogitação=>pensa, mentaliza, mas não punível no D.Penal.
ii)Preparação=>Escolhe o lugar, os meios, de que maneira praticar o crime.Em via de regra não é punível.
iii)Execução=>Agente responsável, fato punível.
iv)Consumação=> (Art.14, inciso I) 
Todos os elementos da disposição legal estão completos. A consumação, não esta ligada ao resultado.
NEXO CAUSAL=> Elo entre a conduta e o resultado (Art.13)
Os crimes materiais possuem nexo causal;
TEORIAS:
TEORIA DA CONDITIO SINE QUA NON(TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES CAUSAIS )=> Todos os fatos que antecederam o resultado se equivalem, desde que indispensáveis à sua ocorrência, sendo considerados causa do resultado.
SUPERVENIÊNCIA DE CAUSA=> analisa a conduta do agente, pois quer saber se tal conduta deu causa ao resultado. Sendo assim, a causa superveniente vai ser aquela causa que veio depois da conduta do agente.
Exemplo: atirei em alguém com o dolo de matar. Porém, logo depois a pessoa foi socorrida e foi levada de ambulância para o hospital. Contudo, a ambulância sofreu um acidente e a pessoa morreu de traumatismo craniano. Essa causa “acidente” é superveniente em relação à causa “disparos de arma de fogo”.
SUPERVENIÊNCIA DE CAUSA RELATIVAMENTE INDEPENDENTE=> Tem que checar se a causa superveniente + relativamente independente foi capaz de “POR SI SÓ PRODUZIR O RESULTADO”Se ela produziu o resultado por si só: TENTATIVA
Exemplo:Atirei na pessoa com o dolo de matar. Porém, esta pessoa foi levada para o hospital, vindo a falecer no caminho, em decorrência de um acidente com a ambulância. Ora, quem é baleado morre em decorrência de acidente de trânsito? Não! Sendo assim, o acidente foi capaz de produzir o resultado morte por si só. Responde por tentativa de homicídio.
“O resultado fugiu do desdobramento natural da conduta do agente”
Se ela não produziu o resultado por si só: RESULTADO
Exemplo:Atirei na pessoa com o dolo de matar. Porém, esta pessoa foi levada para o hospital, vindo a falecer alguns dias depois, em virtude de infecção hospitalar. Ora, quem é baleado por vir a morrer em função de infecção hospitalar, durante o tratamento das lesões? Sim! Sendo assim, a infecção hospitalar não seria capaz de produzir o resultado morte por si só. Responde por homicídio consumado.
TIPICIDADE
Adequação a descrição na lei (fato concreto), ou seja, fato concreto+antijuricidade+elementos normativos e subjetivos.
Tipicidade indireta=> precisa de normas complementares.
2º ELEMENTO DO CRIME ( ILICITUDE)
EXCLUDENTES DA ILICITUDE
I) ESTADO DE NECESSIDADE (Art. 24 CP)=>Situação de perigo(ato humano ou por força da natureza)
ii) LEGITIMA DEFESA(Art.25 CP)=> situação de agressão(ato humano)
III)ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL(não definido na lei, apenas previsto na doutrina)
IV)EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO(não definido na lei, apenas previsto na doutrina)
OBSERVAÇÃO: DIFERENÇA ENTRE INJÚRIA, CALÚNIA E DIFAMAÇÃO:
INJÚRIA (Art.140)=>Atribuir a alguém qualidade negativa, que ofenda sua dignidade ou decoro. Ex: “A” chama “B” de ladrão, imbecil etc, constitui crime de injúria .
CALÚNIA (Art.138)=>Impetrar fato criminoso a alguém, ou seja, um fato determinado com crime. Ex: “A” roubou a padaria da esquina ontem.
DIFAMAÇÃO (Art.139)=>Atribuir a alguém fato ofensivo a sua imagem ou reputação. Ex: “A” diz que “B” foi trabalhar embriagado semana passada , constitui crime de difamação.
OBSERVAÇÃO DO TIPO CULPOSO (CONDUTA)
NEGLIGÊNCIA => Falta de cuidado ou desatenção, implica em omissão ou falta do dever. Ex: O pai sai com a família e sabe que os pneus e os freios do carro estão estragados, acontece uma batida por falta de freio a família vem a morrer.Ele não queria matar a família e nem assumiu o risco, porem sua conduta resultou a morte de todos.
IMPERÍCIA=> Requer da pessoa falta de técnica, conhecimento ou até falta de habilidade, erro ou engano na execução de alguma tarefa que ele deveria	saber, ou quando alguém que deveria ter domínio sobre uma determinada técnica não a domina. Refere-se à ausência de conhecimentos básicos, habilidades e ignorância sobre determinados assuntos relacionados à profissão. É o caso do engenheiro mecânico que faz inspeção no cabo do elevador, e após um curto período de tempo o elevador cai por rompimento do referido cabo. O Engenheiro estudou durante anos para dominar a técnica, o que se exige que ele deveria saber sobre a durabilidade do cabo do elevador.
IMPRUDÊNCIA=> falta de atenção ou cuidado, mas o ato pode até se revelar de má fé, ou seja, com conhecimento do mal e intenção de praticá-lo.
Imprudente é a é aquele que não toma os cuidados normais que qualquer pessoa tomaria.
PRINCIPIOS DO DIREITO PENAL
Princípio da Legalidade ou daReserva Legal.
 Expresso na CF em seu artigo 5º, inciso XXXIX, bem como no art. 1º do CP. O brocardo latino: nullum crimen, nulla poena sine lege. Mais especificamente, como está no CP: não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
Princípio da Anterioridade.
 A lei incriminadora deve estar em vigor antes da ocorrência do fato considerado crime.
 
Princípio da Humanidade.
 A sua fundamentação constitucional está no artigo 1º, III, a dignidade da pessoa humana. Este princípio impõe uma obrigação negativa ao Estado. Proíbe a aplicação de penas que violem os direitos e garantias fundamentais, como penas cruéis ou degradantes.
Princípio da Legalidade Estrita
Que proíbe o uso da analogia " in malam partem" no direito penal e sim,analogia "in bonan partem", ou seja a favor do réu. 
Princípio da intervenção mínima: O estado só deve intervir pelo DP “quando os outros ramos do Direito não conseguirem   prevenir a conduta ilícita.” 
Princípio da ofensividade: Não basta que a conduta seja imoral ou pecaminosa, ela deve ofender um bem jurídico provocando uma lesão efetiva ou um perigo concreto ao bem.
Princípio Insignificância ou Bagatela: Baseia no pressuposto de que a tipicidade penal exige um mínimo de lesividade ao bem jurídico, reconhecendo a “atipicidade do fato nas perturbações jurídicas mais leves.” (JESUS, 2009,  p. 10). 
Princípio da culpabilidade: Só será penalizado quem agiu com dolo ou culpa cometeu um fato atípico e antijurídico.
Princípio da humanidade: O réu deve ser tratado como pessoa humana.
Princípio da Proporcionalidade da pena: “A pena não pode ser superior ao grau de responsabilidade pela prática do fato.” 
Princípio do estado de inocência: “Ninguém será culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.” (CF/88, art. 5º, LVII).
Princípio da igualdade: Todos são
iguais perante a lei. (CF/88, art. 5º, caput).
Princípio do “ne bis in idem”: É dizer que ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato.
 
PRINCÍPIOS DO CONFLITO APARENTE DE NORMAS PENAIS
Há Conflito Aparente de Normas quando temos um crime, e aparentemente 2 ou mais leis aplicáveis, é preciso considerar 4 Princípios :
Princípio da Subsidiariedade, da Especialidade, Consução e da Alternatividade.
 
 Subsidiariedade-> Comprovado o fato principal, afasta se o subsidiário, conforme dito, comprovado o roubo, afasta se o furto
 Especialidade-> Lei geral será aplicada tão somente quando uma norma de caráter mais específico sobre determinada matéria não se verificar no ordenamento jurídico. Referencia Legislativa Art. 12 CP.
 Consunção-> Quando um crime de menor importância é absorvido pelo crime de maior importância.
 Alternatividade-> Quando o tipo penal prevê mais de uma conduta em seus variados núcleos. Exemplo: Art. 16 da Lei nº 6.368/76, – “Adquirir, guardar ou trazer consigo, para uso próprio, substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

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