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o encaminhamento ao juiz para os fins do art. 10 e seus parágrafos do Código de Processo Penal.1 Art. 376. Sempre que houver requerimento de diligências, formulado pelo Ministério Público, os autos serão remetidos à conclusão do juiz, para os fins do art. 16 do Código de Processo Penal. Deferido o pedido, o juiz assinará o prazo para o cumprimento das diligências.2 Art. 377. Se o Ministério Público requerer diligência, em caso de réu preso, ou deixar exaurir, em qualquer caso, sem nenhuma cota, os prazos do art. 46 do Código de Processo Penal, os autos de inquérito policial deverão ser, de imediato, encaminhados à conclusão.3 Art. 378. Somente com a autorização do juízo competente, a autoridade policial poderá: I - remeter autos de inquérito a outra comarca, esteja ou não situada no Estado de São Paulo; II - remeter inquérito para distrito policial diverso dentro da mesma comarca, se isso significar a mudança de competência de uma vara para outra; III - apensar ou juntar autos de inquérito a outros já distribuídos. § 1º O pedido de autorização de remessa ou de apensamento será formulado em representação fundamentada, nos próprios autos do inquérito policial, ouvido sempre o Ministério Público. § 2º A determinação do juiz, para a remessa ou apensamento, a pedido ou de ofício, será imediatamente comunicada à Delegacia de Polícia ou ao Distrito Policial onde foi instaurado o inquérito ou à vara por onde tramitava, para as devidas anotações. Art. 379. Os termos circunstanciados encaminhados pela autoridade policial à unidade judiciária competente, após autuação, serão levados ao conhecimento do juiz, que designará audiência de conciliação, nos moldes dos arts. 69, 72 e 77 da Lei nº 9.099/1995. Só depois da realização daquele ato o juízo poderá examinar providências requeridas pelo Ministério Público, autor do fato, vítima ou representante civil.4 Parágrafo único. Os termos circunstanciados que tiverem de aguardar representação ou queixa serão autuados com capa de folha sulfite. Exercido o direito de queixa ou de representação, substituir-se-á a capa existente pela de papelão. 1 Prov. CGJ 4/85. 2 Prov. CGJ 4/85. 3 Prov. CGJ 2/2001. 4 Provs. CSM 746/2000 e CGJ 32/2001. Seção XI Da Ordem dos Serviços dos Processos em Geral Subseção I Da Autuação Art. 380. Quando do recebimento do inquérito ou processo, ou no curso deste, o ofício de justiça, sem prejuízo das anotações no sistema informatizado oficial, fará referência, na capa dos autos:1 I - à data do fato; II - à classificação penal dos fatos contida na denúncia; III - à pena privativa de liberdade cominada ao crime; IV - idade do acusado; V - às datas de ocorrência das causas de interrupção da prescrição previstas no art. 117 do Código Penal; VI - às datas de prescrição abstrata e concreta para cada delito, considerando-se a pena cominada em lei ou a pena aplicada, observado o disposto no art. 115 do Código Penal; VII - à arma apreendida; VIII - ao objeto apreendido; IX - ao valor apreendido; X - à fiança recolhida; XI - à suspensão condicional do processo, início e término do benefício, bem como frequência das apresentações; XII - à suspensão do processo (art. 366 do CPP); XIII - ao promotor de justiça designado; XIV - ao veículo apreendido.2 § 1º As referências serão acompanhadas da indicação do número das folhas dos autos de onde extraídas as informações, se for o caso. § 2º Feitas as anotações, o escrivão judicial verificará se as armas e objetos foram devidamente encaminhados ao setor competente para armazená-los. Em caso negativo, comunicará a irregularidade ao Juiz Corregedor Permanente, para as providências cabíveis.3 § 3º Após a sentença condenatória, da qual não tenham recorrido o Ministério Público ou o querelante, o juiz explicitará, no despacho de remessa dos autos à segunda instância, o termo final da prescrição, com base na pena imposta, determinando-se que igual anotação faça constar da capa dos autos.4 Art. 381. No dorso dos autos serão fixadas tarjas coloridas, para assinalar situações especiais, com os seguintes significados: 5 I - uma tarja vermelha, réu preso pelo processo; II - duas tarjas vermelhas, processo em que vítima ou testemunha pede para não haver identificação de seu endereço e dados de qualificação;6 III - uma tarja verde, réu preso por outro processo; IV - duas tarjas verdes, processo em que há mandado de prisão expedido;7 1 Res. CNJ 112/2010. 2 Prov. CGJ 6/2003. 3 Provs. CGJ 5/89 e 2/2001. 4 Prov. CGJ 3/94. 5 Prov.s CGJ 2/2001, 38/2007, 2/2008 e 09/2009. 6 Prov.s CGJ 32/2000, 25/2007, 38/2007 e 2/2008. 7 Prov. CGJ 2/2008. V - uma tarja amarela, processo suspenso com base na Lei nº 9.099/1995; VI - duas tarjas amarelas, ação que envolve conflito fundiário;1 VII - uma tarja azul, réu menor de 21 anos ou maior de 70 anos de idade; VIII - duas tarjas azuis, processo com prescrição próxima;2 IX - uma tarja preta, processo que não pode ser retirado do cartório, ou que corre em sigilo; X - duas tarjas pretas, processo cautelar ou principal que verse sobre violência doméstica e familiar contra a mulher.3 XI – três tarjas verdes, defensoria pública;4 XII – três tarjas azuis, ação penal que tenha como vítimas crianças ou adolescentes;5 XIII – três tarjas amarelas, curador especial/advogado dativo;6 XIV – três tarjas pretas, processo suspenso (artigo 366, CPP);7 XV – três tarjas vermelhas, crimes dolosos contra a vida (vítima mulher em episódio de violência doméstica).8 Subseção II Do Cadastramento, Movimentação e Controle Eletrônico de Processos e Incidentes Processuais Art. 382. Para o cadastramento, movimentação e controle eletrônico dos feitos criminais e de seus incidentes, no sistema informatizado oficial, os ofícios de justiça criminais observarão, obrigatoriamente, o disposto na Seção V do Capítulo III destas Normas de Serviço. Art. 383. Sem prejuízo do disposto no art. 382 e desde que existente a funcionalidade no sistema informatizado oficial, caberá aos ofícios de justiça o cadastramento das seguintes informações: I - documentos que originaram o feito (boletins de ocorrência, auto de prisão em flagrante, inquérito policial, etc) e suas especificações (número, documento, ano, data do fato e autoridade policial responsável pelo procedimento – Seccionais ou Distritos Policiais); II - objetos apreendidos no feito, mencionados nos autos de exibição e apreensão; III - a situação do réu, solto ou preso e, neste caso, se está preso pelo processo ou por outro feito, especificando-se os motivos (flagrante ou preventiva) e o local da prisão; IV - os dados constantes da denúncia ou queixa (data do oferecimento, réus contra os quais foi oferecida a denúncia, artigos do Código Penal ou legislação especial); V - a movimentação e a prática dos atos processuais, tais como a decisão inicial (de recebimento ou rejeição da denúncia ou queixa, ou de aplicação do art. 28 do CPP), decretação da prisão preventiva, concessão da liberdade provisória, relaxamento de prisão, decretação de revelia, citações, intimações, juntadas de mandados e respectiva data, termos, despachos, cargas, sentenças, remessas à instância superior para recurso, entrega ou remessa de autos que não importem em 1 Prov. CGJ 7/2012 e Recomendação CNJ nº 22. 2 Prov. CGJ 9/2009 3 Prov. CGJ 2/2008. 4 Prov. CG 23/2016. 5 Prov. CG 23/2016. 6 Prov. CG 23/2016. 7 Prov. CG 23/2016. 8 Prov. CG 23/2016.