Buscar

Gabarito osmose

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

EFEITOS DA PRESSÃO OSMÓTICA SOBRE OS ERITRÓCITOS Profa. Andrea Sanches 
1)Introdução 
Dois meios com soluções aquosas de diferentes concentrações separados por uma membrana permeável tendem a se 
equilibrar através do fluxo de solutos e de água, de forma que após um período de tempo ambos apresentam a mesma 
concentração de volume. 
Por outro lado, se estes meios estiverem separados por uma membrana semipermeável, isto é, permeável à água, mas 
não aos solutos, o equilíbrio será atingido através do fluxo de pagua, por osmose, através da membrana. Desse modo, a 
água passará do meio de menor concentração para o mais concentrado. Atingido o equilíbrio, os dois apresentarão a 
mesma concentração, porém, com volumes diferentes. 
O fluxo de água do meio menos para o mais concentrado é resultado de uma força que é chamada PRESSÃO OSMÓTICA. 
Esta se desenvolve quando há uma diferença de concentração entre dois meios separados por uma membrana 
semipermeável. 
Para o estudo dos efeitos da pressão osmótica sobre a célula, a membrana plasmática pode ser vista como uma membrana 
semipermeável que separa os líquidos intra e extracelular. Uma diferença de concentração para o mais concentrado. 
A pressão osmótica depende das concentrações e do número de partículas dissolvidas em solução, fatores estes 
diretamente relacionados às características dos solutos (solubilidade, grau de dissociação em solução) e à permeabilidade 
da membrana aos mesmos. 
 
Molécula-grama (mol): Peso molecular em grama (g), isto é, massa de um mol (6, 023 x 1023) de moléculas em g. 
Molaridade: nº de moles/L de água 
Osmolaridade: nº de partículas dissolvidas/L de água 
Osmolaridade = Molaridade x nº partículas/moléculas em solução 
Concentração do líquido intracelular (hemácea) é aproximadamente 0,30 osmolar. 
2)Objetivos 
Avaliar o efeito da pressão osmótica sobre eritrócitos, discutindo os conceitos de tonicidade e osmolaridade. Discutir a 
importância da permeabilidade da membrana plasmática na regulação do volume celular. 
3)Procedimentos experimentais 
Para realizar o exercício, vocês precisarão, ter o conhecimento, antes de tudo: 
- sobre a particularidade de cada molécula (como o seu tamanho e se ela se dissocia em água ou não) 
- se ela é tóxica ou não (ver a resposta do Experimento C, com uréia) 
- Qual a concentração (molaridade) que a faz ser uma solução Isosmótica em relação aos nossos líquidos corporais (ou 
seja, = 0,3 osmol). 
Experimento A 
-Identifique/desenhe 4 tubos de ensaio e em cada um coloque 4mL de água destilada, NaCl 0,075M, NaCl 0,15M e NaCl 
0,30M, respectivamente. Em seguida, adicione 1 ML de sangue em cada tubo. Homogenize por inversão, sem agitar. 
Centrifugue por 5min a 250 rpm. 
RESPOSTA: 
Experimento A [considerando NaCl 0,15M (=2 mol) como solução isosmótica] 
- Água destilada: Como o sangue foi adicionado em um meio hiposmótico, houve hemólise (quebra) das células e o tubo 
ficou todo vermelho (unindo o sangue com a solução). 
- NaCl 0,075M: O sangue adicionado nesta solução também hiposmótica fez com que a água da solução entrasse na 
célula por osmose, pois as células estavam menos concentradas do que a solução (ou seja, o meio estava menos 
concentrado que a osmolaridade do sangue), fazendo com que o tamanho da célula se tornasse maior (túrgida) e a 
quantidade de sangue ficasse aparentemente maior. A célula se comportou de forma hipotônica. 
- NaCl 0,15M: Em relação ao sangue, essa é uma solução isosmótica. Sendo assim, não houve entrada e nem saída de 
líquidos, fazendo com que a quantidade de células permanecesse aparentemente igual. A célula se comportou de 
forma isotônica. 
- NaCl 0,30M: O sangue adicionado nessa solução hiperosmótica (de maior concentração do que a do LIC) fez com que 
as células sanguíneas perdessem líquido para o meio (LEC), havendo plasmólise (perda de água) das células e um 
aspecto de diminuição no volume plasmático. A célula se comportou de forma hipertônica. 
 
Experimento B [considerando glicose 0,30M (= 1 mol) como solução isosmótica] 
-Identifique/desenhe 3 tubos de ensaio e em cada um coloque 4 mL de solução de glicose 0,15M, glicose 0,30M, glicose 
0,60M, respectivamente. Em seguida, adicione 1mL de sangue em cada tubo. Homogenize por inversão, sem agitar. 
Centrifugue por 5min a 250 rpm. 
 
REPOSTA: - Glicose 0,15M: O sangue adicionado nessa solução hiposmótica, com característica hipotônica 
(comportamento celular), causou turgescência nas células (pois entrou muita água), fazendo com que seu tamanho 
ficasse maior. 
- Glicose 0,30M: Em relação ao sangue, essa é uma solução isosmótica (com característica isotônica, em relação ao 
comportamento celular) e, por isso, não houve entrada e nem saída de líquido nas células e nem modificação em seus 
tamanhos. 
- Glicose 0,60M: O sangue adicionado nessa solução hiperosmótica com característica hipertônica fez com que as 
células sanguíneas (LIC) perdessem líquido para o meio (LEC), havendo plasmólise (perda de água) das células e aspecto 
de diminuição do volume de hemácias. 
 
Experimento C [considerando uréia 0,30M (= 1 mol) como solução isosmótica] 
-Identifique/desenhe 2 tubos de ensaio e em cada um coloque 4 mL de solução de uréia 0,075M e uréia 0,30M, 
respectivamente. Em seguida, adicione 1mL de sangue em cada tubo. Homogenize por inversão, sem agitar. Centrifugue 
por 5min a 250 rpm. 
 
RESPOSTA: 
Uréia 0,075M: O sangue adicionado nessa solução hiperosmótica (ou seja, a concentração do LEC é maior que a do 
LIC), fez com que as células sanguíneas aumentassem (e não, diminuíssem, conforme aconteceria com moléculas como 
o de NaCl e glicose) seu tamanho devido ao fato da uréia não estar presente no meio intracelular (alto grau de 
toxicidade) e ser permeável à membrana. Neste caso a uréia passou para o LIC por difusão (carregando água consigo), 
tornando as células com característica hipotônica e houve lise (qu3bra) celular. 
- Uréia 0,30M: Apesar dessa solução ser isosmótica, ela possui característica hipotônica, pelos mesmos motivos 
relatados na concentração anterior.

Outros materiais