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aula de história 2

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DISCIPLINA: História 
Módulo: A relação Brasil x Portugal 
 
 
 
 
 
 
Nome do Professor : Sílvia Cristina da Silva 
Nome da Disciplina: História– Faculdade Campos Elíseos 
(FCE) – São Paulo – 2017. 
Guia de Estudos – Módulo 02 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
2 O CICLO DE EXPORTAÇÃO DE PALO BRASIL 
3 O CASO DAS RELAÇÕES ENTRE BRASIL E PORTUGAL 
3.1 As formas genéricas do poder central 
4 POR QUE O BRASIL FOI COLONIZADO POR PORTUGAL E NÃO PELOS 
ESPANHOIS? 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 02 – A relação Brasil x Portugal 
 
Conversa Inicial 
 
 
 
 
Este segundo módulo é voltado para o estudo a respeito da relação Brasil x 
Portugal. Nosso objetivo é que você conheça ainda mais a respeito dessa relação e 
aporte ainda mais conhecimentos. 
Desse modo, percorreremos, a respeito do ciclo de exportação de palo Brasil, 
abordaremos também a questão do caso das relações entre Brasil e Portugal, além 
de estudar as formas genéricas do poder central, além de verificarmos o por que o 
Brasil foi colonizado por Portugal e não pelos espanhóis. 
Diante do proposto, dediquemo-nos com entusiasmo aos estudos! 
 
Sucesso! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Em abril de 1500, uma expedição comanda por Pedro Álvares Cabral, 
chega na costa brasileira, levando a terra em nome do Reino de Portugal. A partir de 
1502, a exploração dos recursos naturais começou nos novos territórios. Com a 
construção de portos na costa brasileira, o comércio atlântico português é finalmente 
consolidado. Impondo um regime de escravos, os portugueses empregavam 
trabalhadores aborígenes e africanos nas fazendas de cana, mandioca e tabaco. 
A produção de açúcar tornou-se muito importante a partir de meados do século 
XVI. Portugal teve o monopólio da produção de açúcar até o século XVII, quando os 
holandeses ocuparam a região de Pernambuco, até serem expulsos pelos 
portugueses trinta anos depois. ABDALA (2003) 
O Brasil não possuía depósitos de metais preciosos, o que incitava os colonos 
portugueses a superar a linha marcada em Tordesilhas, em busca de depósitos de 
ouro. Essas tentativas se refletiram em um avanço gradual dos Lusos em direção ao 
Rio da Prata e na expansão das fronteiras coloniais para o oeste. Como os espanhóis, 
os portugueses se comprometeram com o Vaticano a evangelizar os aborígenes, uma 
tarefa que combinava com o uso desses como trabalho escravo. ABDALA (2003) 
 
 
 
 
 
 
A produção de açúcar tornou-se muito importante a partir de 
meados do século XVI. Portugal teve o monopólio da 
produção de açúcar até o século XVII, quando os holandeses 
ocuparam a região de Pernambuco, até serem expulsos 
pelos portugueses trinta anos depois. ABDALA (2003) 
 
 
A partir do século XVII, o Brasil obteve o grau de principado, dentro do Império 
Português, status que duraria até mesmo iniciando o processo de independência na 
região e que influenciaria o sistema monárquico estabelecido no país após sua 
independência em 1822. ABDALA (2003) 
 
 
 
2 O CICLO DE EXPORTAÇÃO DE PAU BRASIL 
 
 De acordo com LOPES VAZQUEZ (2007) os desejos europeus em relação ao 
Brasil foram desencadeados quando um produto que gozava de grande demanda no 
continente antigo apareceu em suas costas: verzino ou pau brasil. 
A existência desta madeira preciosa no território originou o primeiro ciclo 
exportador da colônia. No litoral, no início do século XVI, cresceu uma cor vermelha 
ou grelhada, sendo uma árvore de qualidade semelhante ao da Idade Média e era 
conhecida na Europa como o pau-brasil, que foi muitas vezes utilizado para tingir 
tecidos durante seu processo de fabricação. Esse nome foi generalizado para todas 
as madeiras de tingimento e também foi adotada para designar a caesalpinia echinata 
que se encontrava nas selvas da costa. Os grandes lucros gerados pela 
comercialização do produto atraíram a ganância dos europeus e levaram à chegada 
às águas do país de inúmeros traficantes, especialmente de origem portuguesa, 
espanhola e francesa. LOPES VAZQUEZ (2007) 
Alguns historiadores portugueses sustentam que o iniciador da exploração 
comercial de pau brasil foi o navegador Gonzalo Coelho. De maio a junho de 1503, 
ele partiu de Lisboa com seis navios, um dos quais foi comandado pelo experiente 
Amerigo Vespucci. Quando a pequena frota se afastou da costa africana, na ilha 
recentemente descoberta de Fernão de Noronha, que em 1504 se tornaria o pioneiro 
 
das capitanias hereditárias, Coelho e Vespucio, de comum acordo, se separaram. 
LOPES VAZQUEZ (2007) 
O segundo chegou na Bahia e esperou pacientemente seu chefe por várias 
semanas. Desesperado por inatividade, Vespucci dedicou-se a reconhecer a costa 
que visitou um ano antes. Na baía de Porto Seguro, construiu um forte que foi o 
primeiro povoado europeu no território brasileiro. Durante uma de suas frequentes 
viagens pelo interior, a caminho da Sierra Dos Aimores, os homens de Vespucio 
encontraram abundantes florestas de pau brasil. Sem demora, Vespucio carregou 
seus navios com uma boa quantidade de verzino e retornou a Portugal em abril de 
1504. COSTA (1984) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sobre o destino de Coelho e sua equipe tem-se menos detalhes. Sabe-se que 
ele chegou na "terra de Santa Cruz" - como o monarca português agora gostava de 
designar suas posses americanas - depois de muitas vicissitudes e superar um 
naufrágio perigoso. Cerca de dois anos ele estava na baía do Rio de Janeiro, até 
retornar à sua pátria em 1506 com seus navios cheios da preciosa corante. COSTA 
(1984) 
 Para muitos historiadores franceses, no entanto, o difusor na Europa do verzino 
brasileiro era um marinheiro normando que respondeu ao nome de Paulmier de 
Gonneville. Os dados existentes parecem indicar, no entanto, que a introdução da 
madeira brasileira era um processo paralelo, uma vez que não é possível atribuir o 
primado a qualquer pessoa em particular, uma vez que na sua comercialização os 
A existência desta madeira preciosa no território originou o 
primeiro ciclo exportador da colônia. No litoral, no início do 
século XVI, cresceu uma cor vermelha ou grelhada, sendo 
uma árvore de qualidade semelhante ao da Idade Média e 
era conhecida na Europa como o pau-brasil, que foi muitas 
vezes utilizado para tingir tecidos durante seu processo de 
fabricação. 
 
três principais navegantes europeus desempenharam um papel similar. COSTA 
(1984) 
Aparentemente, Gonneville estava viajando na costa africana, procurando 
espécies ou outros itens orientais valiosos, quando ele se desviou acidentalmente de 
sua rota e foi, como Cabral, à costa do Brasil. O navio francês teria que levar ao 
continente antigo uma das primeiras remessas de pau brasil americano (1503-1504). 
COSTA (1984) 
O sucesso econômico que o tráfego Verzino relatado para Vespucio, Coelho e 
Gonneville, incentivou muitos comerciantes europeus, especialmente os comerciantes 
franceses de Honfleur, Dieppe e outros portos, para preparar várias expedições 
projetadas para extrair o pau-brasil das margens do novo mundo nessa nova operação 
comercial, a intensa atividade francesa se destacaria, já que desde as primeiras datas 
os navios começaram a evadir as disposições portuguesas, direcionadas para proibir 
a extração das madeiras tingidas por navios de outras bandeiras. COSTA (1984) 
COSTA (1984) destaca que: 
 
“A ofensiva comercial do francês, sobre um território que seus cronistase 
cartógrafos chamaria Equatorial França, foi facilitada pela indiferença oficial 
da Coroa Português, envolvido em seus negócios oriental, não atribuiu 
grande importância para a região descoberta por Cabral e que o Tratado de 
Tordesilhas o concedeu gratuitamente.” 
(COSTA, 1984, p. 08). 
 
Por outro lado, a política portuguesa de não tomar medidas efetivas contra os 
traficantes transformou as costas brasileiras em uma espécie de terra de ninguém, o 
que, sem dúvida, contribuiu para aumentar o interesse dos comerciantes do antigo 
continente. Desta forma, no período entre 1504 e 1532, os franceses eram, na prática, 
os únicos europeus que mantiveram uma presença sistemática na costa brasileira. 
Outro resultado do aumento do comércio do verzino foi popularizar pela Europa o 
termo do Brasil, associado a um território amplo e indefinido do novo mundo que a 
natureza dotou de florestas ricas da árvore vermelha citada. COSTA (1984) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desse modo, com o objetivo de garantir as fontes do pau brasil, os navegadores 
franceses procuraram obter a colaboração indígena. Para isso, eles usaram uma 
política pacífica, aprovada pelo assentamento de seus representantes nas aldeias 
aborígenes da costa. Eles negociavam com os índios todo objeto que, além do verzino 
tinha qualquer valor comercial, tais como algodão, pimenta, papagaios, macacos e 
penas de aves, cedendo bugigangas retorno, machados, facas e até armas de fogo. 
Os relacionamentos colaborativos mais próximos foram estabelecidos com os tupis, 
para quem a política amigável dos franceses contrastava abertamente com os 
constantes esforços portugueses para escravizá-los. COSTA (1984) 
Para facilitar o seu trabalho, os contrabandistas estabeleceram pequenas 
fábricas na costa, destinadas a armazenar madeira brasileira e outras mercadorias, à 
espera de navios da Europa. Mas as fábricas francesas nunca foram formar grupos 
estáveis da colonização apesar da proliferação de miscigenação: história da 
mamelucos- em apuros, porque eles foram abandonados começando a desaparecer 
em torno da madeira corante. COSTA (1984) 
O extraordinário aumento na atividade de contrabandistas em solo brasileiro, 
acabando por convencer o monarca Português da necessidade urgente para expulsar 
os franceses e promover a colonização de suas possessões americanas, 
definitivamente não perder. De acordo com BÉROUD (1997): 
 
“...Por essa razão, em 1526, Portugal enviou ao novo mundo um esquadrão 
composto de seis navios de guerra, sob o comando do capitão Chistovao 
Jaques. marinheiro lusitano repente apareceu em Pernambuco, traficantes 
Aparentemente, Gonneville estava viajando na costa 
africana, procurando espécies ou outros itens orientais 
valiosos, quando ele se desviou acidentalmente de sua rota 
e foi, como Cabral, à costa do Brasil. O navio francês teria 
que levar ao continente antigo uma das primeiras remessas 
de pau brasil americano (1503-1504). 
 
 
franceses região infestada onde ele afundou três navios, e capturou cerca de 
300 prisioneiros que foram enviados para Portugal. Então Jaques ancorou 
em um porto cheio de rochas e penhascos, que ele chamou de Recife.” 
(BÉROUD, 1997, p. 66) 
 
Desse modo, em 1531, outra marinha portuguesa chegou a Pernambuco, desta 
vez com 5 navios e 400 homens, liderados pelo nobre português Martim Alfonso de 
Sousa. Uma parte da expedição, guiada por Diego Leite, foi para a costa entre Cabo 
São Roque e a Amazônia, para limpar as suas águas de contrabandistas francesas. 
Outros navios da frota foram enviados de volta a Portugal, carregando uma valiosa 
carga de pau brasil; enquanto o resto da equipe, sob o comando do próprio Sousa 
seguiu para o sul, depois de capturar dezenas de contrabandistas na costa do que 
mais tarde seria Olinda e na ilha de São Aleixo. COSTA (1984) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em sua jornada para as regiões do sul, Sousa e seus companheiros chegaram 
à Bahia, onde ele foi pregado uma cidade espanhola-portuguesa fundada por um 
náufrago Português, Diego Alvarez Correa, a quem os índios chamavam Caramuru, 
ou seja, "homem do fogo". Caramuru ajudaria o Português, pois sabia do território que 
dominou a dialética do Tupi e tinha explorado a bacia do rio Paraguaçu. No final de 
1531 a frota Sousa apareceu na Baía de Guanabara, onde foi construído um forte e 
gravado sem resultados positivos nos arredores em busca de metais preciosos e 
minerais e o Português perseguido zelosamente após o sucesso de Hernán Cortés na 
conquista do México. Logo os barcos continuaram o curso para o sul, e uma parte da 
expedição chegou até o rio da Prata. ABDALA Júnior (2003) 
O extraordinário aumento na atividade de contrabandistas em 
solo brasileiro, acabando por convencer o monarca 
Português da necessidade urgente para expulsar os 
franceses e promover a colonização de suas possessões 
americanas, definitivamente não perder. 
 
Por fim, na ilha de São Vicente, Sousa fundou em 22 de janeiro, 1532, uma 
casa, aproveitando a existência, que os residentes do site de governados de origem 
portuguesa por João Ramalho estavam envolvidos em escravizar índios. Esses 
homens, armados com pequenas embarcações, já haviam incorrido em grande parte 
do litoral entre o Rio de Janeiro e a ilha de Santa Catarina. ABDALA Júnior (2003) 
Ele aduz que: 
 
“O próprio Ramalho foi provavelmente o primeiro europeu que subiu a Serra 
do Mar, no canto do sudeste do planalto do Brasil, e estabeleceu relações 
amigáveis com os tamoios, que dominavam toda a região do baixo vale do 
Paraíba. Sousa e Ramalho examinaram juntos a Serra de Piranaciaba, onde 
fundaram colonos de onde emergiriam as cidades de Santos e São Paulo.” 
(ABDALA Junior, 2003, p. 55) 
 
Sendo assim, em represália às ações punitivas realizadas por Jaques e Sousa, 
em 1532, um navio de guerra francês sob Jean Duperret, encarregado de assediar os 
portugueses, apareceu em Pernambuco. Pela primeira vez desde a descoberta da 
madeira do brasil, não era um navio de contrabando mais ou menos independente, 
mas uma expedição organizada com o consentimento oficial do rei da França 
Francisco I, que causou algum estrago nos domínios lusitanos do Brasil. ABDALA 
Júnior (2003) 
Desse modo, em Pernambuco, os franceses tentaram deixar uma pequena 
fábrica, mas logo foi liquidada por Pedro Lopes de Sousa, que erigiu outro forte 
português em seu lugar. Este forte, juntamente com as colônias agrícolas do sul, 
localizado em São Vicente e Piratininga (São Paulo), tornou-se, por enquanto, os 
únicos assentamentos europeus estáveis na costa brasileira. ABDALA Júnior (2003) 
 
 
 
 
 
 
 3 O CASO DAS RELAÇÕES ENTRE BRASIL E PORTUGAL 
 
 O caso das relações entre Portugal e o Brasil - em todos os domínios - é um 
caso único nos anais, sempre labiríntico e, em última análise, inesgotável, do que se 
entende pela situação colonial, se supuser colonizador e uma situação colonizada, 
que era a de Angola, Moçambique, San Tomé, etcétera, ou a do Peru e do México em 
relação à Espanha. Assimilados, dizimados, rejeitados, os índios, destinados em 
princípio ao objeto imediato e próprios de uma conquista clássica, nem a esse título, 
podem ser considerados sujeitos de um processo clássico de colonização. Quase eles 
eram apenas - e o processo não acabou - objeto de um dos mais monstruosos 
genocídios da história da humanidade. SILVA e ESPANHA (1993) 
Os portugueses do Brasil são os agentes deste genocídio - ou seja, os atores 
da auto colônia de que o Brasil e os brasileiros são o resultado. Sob o nome de 
"bandeirantes" - epíteto extremamente honorável para a historiografia oficial brasileira 
e para os nossos "pais"do Brasil - são esculpidos em pedra na grande metrópole de 
São Paulo, seu local de origem. De acordo com SILVA e ESPANHA (1993): 
 
“Já veremos, na verdade, que os portugueses não eram apenas isso; que 
eram também (e sobretudo) católicos, que eram (muito menos) europeus, que 
eram hispânicos; que eram, depois, minhotos ou beirões; vassalos do rei ou 
de um senhor; eclesiásticos, nobres ou plebeus; homens ou mulheres. E que, 
sendo tudo isto, sem deixarem de ser portugueses, eram portugueses de uma 
maneira muito menos nítida e unidimensional do que o hoje supomos, à luz 
dos paradigmas de distinção nacional (agora, em português) 2 estabelecidos 
desde o século passado”. 
(SILVA e HESPANHA, 1993, p. 19). 
 
Silva e Hespanha destaca que na exaltação desta aventura, o zelo dos 
portugueses aqui não está por trás dos elogios dos exportadores ou seus 
descendentes. Somente na historiografia brasileira, este e outros atos, como todo o 
processo em que estão integrados - processo de formação do Brasil - estão inscritos 
 
sob a rubrica do tempo colonial. Entende-se "tempo histórico" do domínio 
metropolitano e responsabilidade. 
 
 
 
 
 
 
Qual é, é claro, (embora em termos bastante equívocos, já neste plano), exato, 
especialmente na esfera estritamente político-administrativa e, relativamente, no 
econômico. 
 
3.1 As formas genéricas do poder central 
 
 As formas genéricas do poder central - sempre frágeis entre nós - não foram 
exercidas de forma diferente em Tras-os-Montes [Portugal], em Madera ou na Bahia. 
O mundo, depois português, nos aspectos mais diversos, é um tecido mole, mas 
coerente e unido, seja civil ou administração eclesiástica-jurídica. Os assuntos do que 
acontece no Brasil são os portugueses que passaram da metrópole, nascidos lá ou 
seus descendentes, sujeitos e objetos da realidade mal concebível, já 
fundamentalmente brasileira, que nos manuais é chamada a era colonial. SCHWARTZ 
(1988) 
O colonizado absoluto daquela época, aquele que nunca escreverá em seus 
próprios termos - os únicos apropriados - a verdadeira história da colonização 
brasileira é, naturalmente, negra, africana. SCHWARTZ (1988) aduz que: 
 
 
“Muitos negros provinham da África ocidental, de culturas em que trabalhos 
com ferro, gado e outras atividades úteis para a lavoura açucareira eram 
praticados. Esses conhecimentos e a familiaridade com a agricultura em 
longo prazo tornavam-nos mais valiosos para os portugueses... Os africanos 
Os portugueses do Brasil são os agentes deste 
genocídio - ou seja, os atores da auto colônia de 
que o Brasil e os brasileiros são o resultado. 
 
sem dúvida não eram mais “predispostos” ao cativeiro do que índios, 
portugueses, ingleses ou qualquer outro povo arrancado de sua terra natal e 
submetido à vontade alheia, mas as semelhanças de sua herança cultural 
com as tradições européias valorizavam-nos aos olhos do europeu” 
(SCHWARTZ, 1988, p. 70). 
 
 
 A classe dominante do novo Brasil, o Brasil cada vez mais "brasileira", mais 
multirracial e multicultural, não poderia fazer o processo de sua própria dominação, 
continuidade "Luso-colonial" que perpetua sem esmorecer, sem destruir o bases e 
referências que fundaram sua superioridade econômica, política e cultural. Segundo 
XAVIER e ESPANHA (1993): 
 
“A durabilidade, em Portugal, deste paradigma é notável. Nos finais do século 
XVII frei João dos Prazeres (no seu Abecedário real, e regia instrução de 
príncipes lusitanos, Lisboa, 1692) continua a recomendar moderação “na 
própria Majestade” (p. 65) e cuidado na introdução de novos costumes: “os 
costumes (...) noveleiros, ameaçam a República”. 
(XAVIER e HESPANHA (25), 1993, p. 132). 
 
 
Além disso, sua consciente e inconscientemente, ao mesmo-de estratégia em 
tempo tem sido a de ir esquecendo o seu passado natural e de deslocar sua atenção 
cultural a novas fontes de cultura (França, Inglaterra, depois dos Estados Unidos), 
refletindo o século XIX não separar nós dois, que também somos indigentes, nos 
comportamos da mesma forma em relação à Europa. 
Apesar da vontade mais que legítima de reforçar sua identidade cultural, a 
invenção dos mitos "nativistas", o Brasil intelectual do século XIX ainda é muito 
português e, em certo sentido, nunca foi mais, porque antes da questão de 
Relacionamentos em termos de "exterioridade" mal e foram colocados sobre a mesa 
e não havia razão para isso acontecer. SCHWARTZ (1988) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Mas sob essas excelentes e naturais relações culturais - com acaloradas 
controvérsias de ambos os lados do Atlântico - estão sendo construídos os fios das 
duas leituras, a construção de uma nova imagem do Brasil, onde a conclusão, mas 
também a primeira pedra espetacular e um objeto diferente, a cultura brasileira do 
século XX, que nunca parou de se afastar voluntariamente não só da cultura-mãe, é 
objeto de ocultação e rejeição inconscientes e também da cultura arquetípica 
ocidental. SCHWARTZ (1988) 
 
 
 
4 POR QUE O BRASIL FOI COLONIZADO POR PORTUGAL E 
NÃO PELOS ESPANHOIS? 
 
 Entre outras coisas, serviu para trazer a paz depois das hostilidades que 
haviam surgido entre as cidades vizinhas após a Guerra da Sucessão Castelhana 
(1475-79). Este conflito ocorreu como resultado da morte do monarca Enrique IV de 
Castela entre os partidários de Isabel, sua irmã, que se casaram com Fernando, e as 
de Juana de Trastámara, sua filha, casaram com o rei Alfonso V de Portugal. RIBEIRO 
(2004). 
Os assuntos do que acontece no Brasil são os portugueses 
que passaram da metrópole, nascidos lá ou seus 
descendentes, sujeitos e objetos da realidade mal 
concebível, já fundamentalmente brasileira, que nos 
manuais é chamada a era colonial. 
 
O rei português renunciou ao trono de Castela e os Reis Católicos 
comprometeram-se a não lutar pelo poder no país vizinho. Além disso, algumas das 
conquistas que foram feitas até então foram compartilhadas. Castilla ficou com as 
Ilhas Canárias e Portugal com a Guiné, a Madeira e os Açores, entre outros. Além 
disso, os conflitos continuaram porque Portugal, que se recusara a financiar a 
expedição de Colombo para as Américas, queria ter controle sobre as terras 
conquistadas em virtude do tratado de Alcáçovas, que, no entanto, se referia apenas 
aos da África e não tinha nada a ver com a América. RIBEIRO (2004) 
A chantagem, ao que parece, era sempre a mesma coisa: “quer me dar o que 
eu quero ou lanço no mar todos os marinheiros espanhóis que passam ao meu lado 
do oceano.” Desse modo, a Rainha Isabel, concordou em negociar contra a opinião 
de seu marido, Fernando, que acreditava que Colombo concordara com Portugal 
traindo a confiança de Castela. RIBEIRO (2004) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cegamente e sem saber o que iriam encontrar ou onde iriam encontrá-lo, 
estabeleceram limites de distribuição das novas terras conquistadas. Em junho de 
1494, os Reis Católicos assinaram o Tratado de Tordesilhas (atual província de 
Valladolid) com Juan II de Portugal, filho de Alfonso V. O objetivo era acabar com as 
hostilidades que poderiam provocar uma nova guerra entre vizinhos e colonização de 
danos. DIAS (1922) 
Os conflitos continuaram porque Portugal, que se 
recusara a financiar a expedição de Colombo para as 
Américas, queria ter controle sobre as terras 
conquistadas em virtude do tratado de Alcáçovas, que, no 
entanto, se referia apenas aos da África e não tinha nada 
a ver com a América. 
 
Desta forma, delimitaram uma linha a 370 léguas a oeste das Ilhas de Cabo 
Verde, deixando o hemisfério oriental para a Coroa de Portugal e o hemisfério 
ocidental para a Coroa de Castela. 
Emboraaparentemente outros marinheiros tenham chegado antes, a 
descoberta do Brasil é atribuída (esta palavra é comum entre nós europeus, mas os 
americanos não se sentem muito bem que falam sobre a descoberta de terras que já 
existiam e foram habitadas por índios) a Pedro Álvares Cabral, que informou o rei 
Manuel I de Portugal, primo, cunhado e sucessor de João II, que morreu apenas um 
ano depois de assinar o acordo com os Reis Católicos, que este território estava 
dentro dos limites acordados com Isabel e Fernando no Tratado de Tordesilhas. DIAS 
(1922) 
 
“O mais surpreendente aspecto do governo no Brasil foi a interpenetração 
das duas formas supostamente hostis de organização humana: a burocracia 
e as relações pessoais de parentesco. A sociedade colonial demonstrava 
uma incrível habilidade para abrasileirar os burocratas – ou até a burocracia 
– isto é, integrá-los dentro dos sistemas existentes de poder e 
apadrinhamento. Os atrativos oferecidos pelos grupos e indivíduos da colônia 
e os desejos dos magistrados davam início ao processo de 
Interpenetração” 
(SCHWARTZ, 1979, p. 251). 
 
 
 
 
 
 
 
Essa é a razão pela qual o Brasil era uma colônia portuguesa e não 
espanhola. 
 
 
 
Em junho de 1494, os Reis Católicos assinaram o 
Tratado de Tordesilhas (atual província de Valladolid) 
com Juan II de Portugal, filho de Alfonso V. O objetivo 
era acabar com as hostilidades que poderiam provocar 
uma nova guerra entre vizinhos e colonização de danos. 
 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Como pudemos perceber, sempre que começamos a estudar a história, 
analisamos os eventos que ocorreram no passado, as figuras históricas importantes, 
os povos ou as civilizações que eram importantes em algum tempo remoto, os 
movimentos ou modas que marcaram um tempo ... etc. 
A história nos ajuda a entender o presente ao estudar o passado, a importância 
da história reside no fato de que pessoas que não se lembram de sua história e correm 
o risco de repeti-las. As coisas são agora como são graças à história passada. Nunca 
dói conhecer o passado de um povo ou o passado da nossa raça humana. Logo, 
estudar nossos antepassados e a forma pela qual hoje nos constituímos sociedade 
em um país democrático, temos razões de sobra para termos esse parâmetro através 
dos estudos aqui elencados. 
 
 
Ao final deste módulo, queremos incentivá-lo a permanecer na busca constante 
por conhecimento e informação! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
A experiência portuguesa no processo de colonização do 
Brasil. Disponível em: 
<http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/artigos_pdf/Carmelindo_Rodrigues_d
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PERGUNTA: 
 
 
 Uma (1) pergunta para o Fórum. 
Identifique o porquê o domínio no Brasil não foi dos espanhóis. 
 
LEITURA COMPLEMENTAR: 
 
 
2 LEITURAS COMPLEMENTARES: 
 
file:///C:/Users/Silvia/Desktop/A%20rela%C3%A7%C3%A3o%20Brasil%20e%20Port
ugal%20pag%20100.pdf 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_entre_Brasil_e_Portugal 
 
 
 
SUGESTÃO DE VÍDEO: 
 
Vídeo para complementar os conhecimentos: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=_TwFrFFbc_g

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