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DISCIPLINA: História Módulo: A relação Brasil x Portugal Nome do Professor : Sílvia Cristina da Silva Nome da Disciplina: História– Faculdade Campos Elíseos (FCE) – São Paulo – 2017. Guia de Estudos – Módulo 02 Faculdade Campos Elíseos SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 O CICLO DE EXPORTAÇÃO DE PALO BRASIL 3 O CASO DAS RELAÇÕES ENTRE BRASIL E PORTUGAL 3.1 As formas genéricas do poder central 4 POR QUE O BRASIL FOI COLONIZADO POR PORTUGAL E NÃO PELOS ESPANHOIS? CONSIDERAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA MÓDULO 02 – A relação Brasil x Portugal Conversa Inicial Este segundo módulo é voltado para o estudo a respeito da relação Brasil x Portugal. Nosso objetivo é que você conheça ainda mais a respeito dessa relação e aporte ainda mais conhecimentos. Desse modo, percorreremos, a respeito do ciclo de exportação de palo Brasil, abordaremos também a questão do caso das relações entre Brasil e Portugal, além de estudar as formas genéricas do poder central, além de verificarmos o por que o Brasil foi colonizado por Portugal e não pelos espanhóis. Diante do proposto, dediquemo-nos com entusiasmo aos estudos! Sucesso! 1 INTRODUÇÃO Em abril de 1500, uma expedição comanda por Pedro Álvares Cabral, chega na costa brasileira, levando a terra em nome do Reino de Portugal. A partir de 1502, a exploração dos recursos naturais começou nos novos territórios. Com a construção de portos na costa brasileira, o comércio atlântico português é finalmente consolidado. Impondo um regime de escravos, os portugueses empregavam trabalhadores aborígenes e africanos nas fazendas de cana, mandioca e tabaco. A produção de açúcar tornou-se muito importante a partir de meados do século XVI. Portugal teve o monopólio da produção de açúcar até o século XVII, quando os holandeses ocuparam a região de Pernambuco, até serem expulsos pelos portugueses trinta anos depois. ABDALA (2003) O Brasil não possuía depósitos de metais preciosos, o que incitava os colonos portugueses a superar a linha marcada em Tordesilhas, em busca de depósitos de ouro. Essas tentativas se refletiram em um avanço gradual dos Lusos em direção ao Rio da Prata e na expansão das fronteiras coloniais para o oeste. Como os espanhóis, os portugueses se comprometeram com o Vaticano a evangelizar os aborígenes, uma tarefa que combinava com o uso desses como trabalho escravo. ABDALA (2003) A produção de açúcar tornou-se muito importante a partir de meados do século XVI. Portugal teve o monopólio da produção de açúcar até o século XVII, quando os holandeses ocuparam a região de Pernambuco, até serem expulsos pelos portugueses trinta anos depois. ABDALA (2003) A partir do século XVII, o Brasil obteve o grau de principado, dentro do Império Português, status que duraria até mesmo iniciando o processo de independência na região e que influenciaria o sistema monárquico estabelecido no país após sua independência em 1822. ABDALA (2003) 2 O CICLO DE EXPORTAÇÃO DE PAU BRASIL De acordo com LOPES VAZQUEZ (2007) os desejos europeus em relação ao Brasil foram desencadeados quando um produto que gozava de grande demanda no continente antigo apareceu em suas costas: verzino ou pau brasil. A existência desta madeira preciosa no território originou o primeiro ciclo exportador da colônia. No litoral, no início do século XVI, cresceu uma cor vermelha ou grelhada, sendo uma árvore de qualidade semelhante ao da Idade Média e era conhecida na Europa como o pau-brasil, que foi muitas vezes utilizado para tingir tecidos durante seu processo de fabricação. Esse nome foi generalizado para todas as madeiras de tingimento e também foi adotada para designar a caesalpinia echinata que se encontrava nas selvas da costa. Os grandes lucros gerados pela comercialização do produto atraíram a ganância dos europeus e levaram à chegada às águas do país de inúmeros traficantes, especialmente de origem portuguesa, espanhola e francesa. LOPES VAZQUEZ (2007) Alguns historiadores portugueses sustentam que o iniciador da exploração comercial de pau brasil foi o navegador Gonzalo Coelho. De maio a junho de 1503, ele partiu de Lisboa com seis navios, um dos quais foi comandado pelo experiente Amerigo Vespucci. Quando a pequena frota se afastou da costa africana, na ilha recentemente descoberta de Fernão de Noronha, que em 1504 se tornaria o pioneiro das capitanias hereditárias, Coelho e Vespucio, de comum acordo, se separaram. LOPES VAZQUEZ (2007) O segundo chegou na Bahia e esperou pacientemente seu chefe por várias semanas. Desesperado por inatividade, Vespucci dedicou-se a reconhecer a costa que visitou um ano antes. Na baía de Porto Seguro, construiu um forte que foi o primeiro povoado europeu no território brasileiro. Durante uma de suas frequentes viagens pelo interior, a caminho da Sierra Dos Aimores, os homens de Vespucio encontraram abundantes florestas de pau brasil. Sem demora, Vespucio carregou seus navios com uma boa quantidade de verzino e retornou a Portugal em abril de 1504. COSTA (1984) Sobre o destino de Coelho e sua equipe tem-se menos detalhes. Sabe-se que ele chegou na "terra de Santa Cruz" - como o monarca português agora gostava de designar suas posses americanas - depois de muitas vicissitudes e superar um naufrágio perigoso. Cerca de dois anos ele estava na baía do Rio de Janeiro, até retornar à sua pátria em 1506 com seus navios cheios da preciosa corante. COSTA (1984) Para muitos historiadores franceses, no entanto, o difusor na Europa do verzino brasileiro era um marinheiro normando que respondeu ao nome de Paulmier de Gonneville. Os dados existentes parecem indicar, no entanto, que a introdução da madeira brasileira era um processo paralelo, uma vez que não é possível atribuir o primado a qualquer pessoa em particular, uma vez que na sua comercialização os A existência desta madeira preciosa no território originou o primeiro ciclo exportador da colônia. No litoral, no início do século XVI, cresceu uma cor vermelha ou grelhada, sendo uma árvore de qualidade semelhante ao da Idade Média e era conhecida na Europa como o pau-brasil, que foi muitas vezes utilizado para tingir tecidos durante seu processo de fabricação. três principais navegantes europeus desempenharam um papel similar. COSTA (1984) Aparentemente, Gonneville estava viajando na costa africana, procurando espécies ou outros itens orientais valiosos, quando ele se desviou acidentalmente de sua rota e foi, como Cabral, à costa do Brasil. O navio francês teria que levar ao continente antigo uma das primeiras remessas de pau brasil americano (1503-1504). COSTA (1984) O sucesso econômico que o tráfego Verzino relatado para Vespucio, Coelho e Gonneville, incentivou muitos comerciantes europeus, especialmente os comerciantes franceses de Honfleur, Dieppe e outros portos, para preparar várias expedições projetadas para extrair o pau-brasil das margens do novo mundo nessa nova operação comercial, a intensa atividade francesa se destacaria, já que desde as primeiras datas os navios começaram a evadir as disposições portuguesas, direcionadas para proibir a extração das madeiras tingidas por navios de outras bandeiras. COSTA (1984) COSTA (1984) destaca que: “A ofensiva comercial do francês, sobre um território que seus cronistase cartógrafos chamaria Equatorial França, foi facilitada pela indiferença oficial da Coroa Português, envolvido em seus negócios oriental, não atribuiu grande importância para a região descoberta por Cabral e que o Tratado de Tordesilhas o concedeu gratuitamente.” (COSTA, 1984, p. 08). Por outro lado, a política portuguesa de não tomar medidas efetivas contra os traficantes transformou as costas brasileiras em uma espécie de terra de ninguém, o que, sem dúvida, contribuiu para aumentar o interesse dos comerciantes do antigo continente. Desta forma, no período entre 1504 e 1532, os franceses eram, na prática, os únicos europeus que mantiveram uma presença sistemática na costa brasileira. Outro resultado do aumento do comércio do verzino foi popularizar pela Europa o termo do Brasil, associado a um território amplo e indefinido do novo mundo que a natureza dotou de florestas ricas da árvore vermelha citada. COSTA (1984) Desse modo, com o objetivo de garantir as fontes do pau brasil, os navegadores franceses procuraram obter a colaboração indígena. Para isso, eles usaram uma política pacífica, aprovada pelo assentamento de seus representantes nas aldeias aborígenes da costa. Eles negociavam com os índios todo objeto que, além do verzino tinha qualquer valor comercial, tais como algodão, pimenta, papagaios, macacos e penas de aves, cedendo bugigangas retorno, machados, facas e até armas de fogo. Os relacionamentos colaborativos mais próximos foram estabelecidos com os tupis, para quem a política amigável dos franceses contrastava abertamente com os constantes esforços portugueses para escravizá-los. COSTA (1984) Para facilitar o seu trabalho, os contrabandistas estabeleceram pequenas fábricas na costa, destinadas a armazenar madeira brasileira e outras mercadorias, à espera de navios da Europa. Mas as fábricas francesas nunca foram formar grupos estáveis da colonização apesar da proliferação de miscigenação: história da mamelucos- em apuros, porque eles foram abandonados começando a desaparecer em torno da madeira corante. COSTA (1984) O extraordinário aumento na atividade de contrabandistas em solo brasileiro, acabando por convencer o monarca Português da necessidade urgente para expulsar os franceses e promover a colonização de suas possessões americanas, definitivamente não perder. De acordo com BÉROUD (1997): “...Por essa razão, em 1526, Portugal enviou ao novo mundo um esquadrão composto de seis navios de guerra, sob o comando do capitão Chistovao Jaques. marinheiro lusitano repente apareceu em Pernambuco, traficantes Aparentemente, Gonneville estava viajando na costa africana, procurando espécies ou outros itens orientais valiosos, quando ele se desviou acidentalmente de sua rota e foi, como Cabral, à costa do Brasil. O navio francês teria que levar ao continente antigo uma das primeiras remessas de pau brasil americano (1503-1504). franceses região infestada onde ele afundou três navios, e capturou cerca de 300 prisioneiros que foram enviados para Portugal. Então Jaques ancorou em um porto cheio de rochas e penhascos, que ele chamou de Recife.” (BÉROUD, 1997, p. 66) Desse modo, em 1531, outra marinha portuguesa chegou a Pernambuco, desta vez com 5 navios e 400 homens, liderados pelo nobre português Martim Alfonso de Sousa. Uma parte da expedição, guiada por Diego Leite, foi para a costa entre Cabo São Roque e a Amazônia, para limpar as suas águas de contrabandistas francesas. Outros navios da frota foram enviados de volta a Portugal, carregando uma valiosa carga de pau brasil; enquanto o resto da equipe, sob o comando do próprio Sousa seguiu para o sul, depois de capturar dezenas de contrabandistas na costa do que mais tarde seria Olinda e na ilha de São Aleixo. COSTA (1984) Em sua jornada para as regiões do sul, Sousa e seus companheiros chegaram à Bahia, onde ele foi pregado uma cidade espanhola-portuguesa fundada por um náufrago Português, Diego Alvarez Correa, a quem os índios chamavam Caramuru, ou seja, "homem do fogo". Caramuru ajudaria o Português, pois sabia do território que dominou a dialética do Tupi e tinha explorado a bacia do rio Paraguaçu. No final de 1531 a frota Sousa apareceu na Baía de Guanabara, onde foi construído um forte e gravado sem resultados positivos nos arredores em busca de metais preciosos e minerais e o Português perseguido zelosamente após o sucesso de Hernán Cortés na conquista do México. Logo os barcos continuaram o curso para o sul, e uma parte da expedição chegou até o rio da Prata. ABDALA Júnior (2003) O extraordinário aumento na atividade de contrabandistas em solo brasileiro, acabando por convencer o monarca Português da necessidade urgente para expulsar os franceses e promover a colonização de suas possessões americanas, definitivamente não perder. Por fim, na ilha de São Vicente, Sousa fundou em 22 de janeiro, 1532, uma casa, aproveitando a existência, que os residentes do site de governados de origem portuguesa por João Ramalho estavam envolvidos em escravizar índios. Esses homens, armados com pequenas embarcações, já haviam incorrido em grande parte do litoral entre o Rio de Janeiro e a ilha de Santa Catarina. ABDALA Júnior (2003) Ele aduz que: “O próprio Ramalho foi provavelmente o primeiro europeu que subiu a Serra do Mar, no canto do sudeste do planalto do Brasil, e estabeleceu relações amigáveis com os tamoios, que dominavam toda a região do baixo vale do Paraíba. Sousa e Ramalho examinaram juntos a Serra de Piranaciaba, onde fundaram colonos de onde emergiriam as cidades de Santos e São Paulo.” (ABDALA Junior, 2003, p. 55) Sendo assim, em represália às ações punitivas realizadas por Jaques e Sousa, em 1532, um navio de guerra francês sob Jean Duperret, encarregado de assediar os portugueses, apareceu em Pernambuco. Pela primeira vez desde a descoberta da madeira do brasil, não era um navio de contrabando mais ou menos independente, mas uma expedição organizada com o consentimento oficial do rei da França Francisco I, que causou algum estrago nos domínios lusitanos do Brasil. ABDALA Júnior (2003) Desse modo, em Pernambuco, os franceses tentaram deixar uma pequena fábrica, mas logo foi liquidada por Pedro Lopes de Sousa, que erigiu outro forte português em seu lugar. Este forte, juntamente com as colônias agrícolas do sul, localizado em São Vicente e Piratininga (São Paulo), tornou-se, por enquanto, os únicos assentamentos europeus estáveis na costa brasileira. ABDALA Júnior (2003) 3 O CASO DAS RELAÇÕES ENTRE BRASIL E PORTUGAL O caso das relações entre Portugal e o Brasil - em todos os domínios - é um caso único nos anais, sempre labiríntico e, em última análise, inesgotável, do que se entende pela situação colonial, se supuser colonizador e uma situação colonizada, que era a de Angola, Moçambique, San Tomé, etcétera, ou a do Peru e do México em relação à Espanha. Assimilados, dizimados, rejeitados, os índios, destinados em princípio ao objeto imediato e próprios de uma conquista clássica, nem a esse título, podem ser considerados sujeitos de um processo clássico de colonização. Quase eles eram apenas - e o processo não acabou - objeto de um dos mais monstruosos genocídios da história da humanidade. SILVA e ESPANHA (1993) Os portugueses do Brasil são os agentes deste genocídio - ou seja, os atores da auto colônia de que o Brasil e os brasileiros são o resultado. Sob o nome de "bandeirantes" - epíteto extremamente honorável para a historiografia oficial brasileira e para os nossos "pais"do Brasil - são esculpidos em pedra na grande metrópole de São Paulo, seu local de origem. De acordo com SILVA e ESPANHA (1993): “Já veremos, na verdade, que os portugueses não eram apenas isso; que eram também (e sobretudo) católicos, que eram (muito menos) europeus, que eram hispânicos; que eram, depois, minhotos ou beirões; vassalos do rei ou de um senhor; eclesiásticos, nobres ou plebeus; homens ou mulheres. E que, sendo tudo isto, sem deixarem de ser portugueses, eram portugueses de uma maneira muito menos nítida e unidimensional do que o hoje supomos, à luz dos paradigmas de distinção nacional (agora, em português) 2 estabelecidos desde o século passado”. (SILVA e HESPANHA, 1993, p. 19). Silva e Hespanha destaca que na exaltação desta aventura, o zelo dos portugueses aqui não está por trás dos elogios dos exportadores ou seus descendentes. Somente na historiografia brasileira, este e outros atos, como todo o processo em que estão integrados - processo de formação do Brasil - estão inscritos sob a rubrica do tempo colonial. Entende-se "tempo histórico" do domínio metropolitano e responsabilidade. Qual é, é claro, (embora em termos bastante equívocos, já neste plano), exato, especialmente na esfera estritamente político-administrativa e, relativamente, no econômico. 3.1 As formas genéricas do poder central As formas genéricas do poder central - sempre frágeis entre nós - não foram exercidas de forma diferente em Tras-os-Montes [Portugal], em Madera ou na Bahia. O mundo, depois português, nos aspectos mais diversos, é um tecido mole, mas coerente e unido, seja civil ou administração eclesiástica-jurídica. Os assuntos do que acontece no Brasil são os portugueses que passaram da metrópole, nascidos lá ou seus descendentes, sujeitos e objetos da realidade mal concebível, já fundamentalmente brasileira, que nos manuais é chamada a era colonial. SCHWARTZ (1988) O colonizado absoluto daquela época, aquele que nunca escreverá em seus próprios termos - os únicos apropriados - a verdadeira história da colonização brasileira é, naturalmente, negra, africana. SCHWARTZ (1988) aduz que: “Muitos negros provinham da África ocidental, de culturas em que trabalhos com ferro, gado e outras atividades úteis para a lavoura açucareira eram praticados. Esses conhecimentos e a familiaridade com a agricultura em longo prazo tornavam-nos mais valiosos para os portugueses... Os africanos Os portugueses do Brasil são os agentes deste genocídio - ou seja, os atores da auto colônia de que o Brasil e os brasileiros são o resultado. sem dúvida não eram mais “predispostos” ao cativeiro do que índios, portugueses, ingleses ou qualquer outro povo arrancado de sua terra natal e submetido à vontade alheia, mas as semelhanças de sua herança cultural com as tradições européias valorizavam-nos aos olhos do europeu” (SCHWARTZ, 1988, p. 70). A classe dominante do novo Brasil, o Brasil cada vez mais "brasileira", mais multirracial e multicultural, não poderia fazer o processo de sua própria dominação, continuidade "Luso-colonial" que perpetua sem esmorecer, sem destruir o bases e referências que fundaram sua superioridade econômica, política e cultural. Segundo XAVIER e ESPANHA (1993): “A durabilidade, em Portugal, deste paradigma é notável. Nos finais do século XVII frei João dos Prazeres (no seu Abecedário real, e regia instrução de príncipes lusitanos, Lisboa, 1692) continua a recomendar moderação “na própria Majestade” (p. 65) e cuidado na introdução de novos costumes: “os costumes (...) noveleiros, ameaçam a República”. (XAVIER e HESPANHA (25), 1993, p. 132). Além disso, sua consciente e inconscientemente, ao mesmo-de estratégia em tempo tem sido a de ir esquecendo o seu passado natural e de deslocar sua atenção cultural a novas fontes de cultura (França, Inglaterra, depois dos Estados Unidos), refletindo o século XIX não separar nós dois, que também somos indigentes, nos comportamos da mesma forma em relação à Europa. Apesar da vontade mais que legítima de reforçar sua identidade cultural, a invenção dos mitos "nativistas", o Brasil intelectual do século XIX ainda é muito português e, em certo sentido, nunca foi mais, porque antes da questão de Relacionamentos em termos de "exterioridade" mal e foram colocados sobre a mesa e não havia razão para isso acontecer. SCHWARTZ (1988) Mas sob essas excelentes e naturais relações culturais - com acaloradas controvérsias de ambos os lados do Atlântico - estão sendo construídos os fios das duas leituras, a construção de uma nova imagem do Brasil, onde a conclusão, mas também a primeira pedra espetacular e um objeto diferente, a cultura brasileira do século XX, que nunca parou de se afastar voluntariamente não só da cultura-mãe, é objeto de ocultação e rejeição inconscientes e também da cultura arquetípica ocidental. SCHWARTZ (1988) 4 POR QUE O BRASIL FOI COLONIZADO POR PORTUGAL E NÃO PELOS ESPANHOIS? Entre outras coisas, serviu para trazer a paz depois das hostilidades que haviam surgido entre as cidades vizinhas após a Guerra da Sucessão Castelhana (1475-79). Este conflito ocorreu como resultado da morte do monarca Enrique IV de Castela entre os partidários de Isabel, sua irmã, que se casaram com Fernando, e as de Juana de Trastámara, sua filha, casaram com o rei Alfonso V de Portugal. RIBEIRO (2004). Os assuntos do que acontece no Brasil são os portugueses que passaram da metrópole, nascidos lá ou seus descendentes, sujeitos e objetos da realidade mal concebível, já fundamentalmente brasileira, que nos manuais é chamada a era colonial. O rei português renunciou ao trono de Castela e os Reis Católicos comprometeram-se a não lutar pelo poder no país vizinho. Além disso, algumas das conquistas que foram feitas até então foram compartilhadas. Castilla ficou com as Ilhas Canárias e Portugal com a Guiné, a Madeira e os Açores, entre outros. Além disso, os conflitos continuaram porque Portugal, que se recusara a financiar a expedição de Colombo para as Américas, queria ter controle sobre as terras conquistadas em virtude do tratado de Alcáçovas, que, no entanto, se referia apenas aos da África e não tinha nada a ver com a América. RIBEIRO (2004) A chantagem, ao que parece, era sempre a mesma coisa: “quer me dar o que eu quero ou lanço no mar todos os marinheiros espanhóis que passam ao meu lado do oceano.” Desse modo, a Rainha Isabel, concordou em negociar contra a opinião de seu marido, Fernando, que acreditava que Colombo concordara com Portugal traindo a confiança de Castela. RIBEIRO (2004) Cegamente e sem saber o que iriam encontrar ou onde iriam encontrá-lo, estabeleceram limites de distribuição das novas terras conquistadas. Em junho de 1494, os Reis Católicos assinaram o Tratado de Tordesilhas (atual província de Valladolid) com Juan II de Portugal, filho de Alfonso V. O objetivo era acabar com as hostilidades que poderiam provocar uma nova guerra entre vizinhos e colonização de danos. DIAS (1922) Os conflitos continuaram porque Portugal, que se recusara a financiar a expedição de Colombo para as Américas, queria ter controle sobre as terras conquistadas em virtude do tratado de Alcáçovas, que, no entanto, se referia apenas aos da África e não tinha nada a ver com a América. Desta forma, delimitaram uma linha a 370 léguas a oeste das Ilhas de Cabo Verde, deixando o hemisfério oriental para a Coroa de Portugal e o hemisfério ocidental para a Coroa de Castela. Emboraaparentemente outros marinheiros tenham chegado antes, a descoberta do Brasil é atribuída (esta palavra é comum entre nós europeus, mas os americanos não se sentem muito bem que falam sobre a descoberta de terras que já existiam e foram habitadas por índios) a Pedro Álvares Cabral, que informou o rei Manuel I de Portugal, primo, cunhado e sucessor de João II, que morreu apenas um ano depois de assinar o acordo com os Reis Católicos, que este território estava dentro dos limites acordados com Isabel e Fernando no Tratado de Tordesilhas. DIAS (1922) “O mais surpreendente aspecto do governo no Brasil foi a interpenetração das duas formas supostamente hostis de organização humana: a burocracia e as relações pessoais de parentesco. A sociedade colonial demonstrava uma incrível habilidade para abrasileirar os burocratas – ou até a burocracia – isto é, integrá-los dentro dos sistemas existentes de poder e apadrinhamento. Os atrativos oferecidos pelos grupos e indivíduos da colônia e os desejos dos magistrados davam início ao processo de Interpenetração” (SCHWARTZ, 1979, p. 251). Essa é a razão pela qual o Brasil era uma colônia portuguesa e não espanhola. Em junho de 1494, os Reis Católicos assinaram o Tratado de Tordesilhas (atual província de Valladolid) com Juan II de Portugal, filho de Alfonso V. O objetivo era acabar com as hostilidades que poderiam provocar uma nova guerra entre vizinhos e colonização de danos. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como pudemos perceber, sempre que começamos a estudar a história, analisamos os eventos que ocorreram no passado, as figuras históricas importantes, os povos ou as civilizações que eram importantes em algum tempo remoto, os movimentos ou modas que marcaram um tempo ... etc. A história nos ajuda a entender o presente ao estudar o passado, a importância da história reside no fato de que pessoas que não se lembram de sua história e correm o risco de repeti-las. As coisas são agora como são graças à história passada. Nunca dói conhecer o passado de um povo ou o passado da nossa raça humana. Logo, estudar nossos antepassados e a forma pela qual hoje nos constituímos sociedade em um país democrático, temos razões de sobra para termos esse parâmetro através dos estudos aqui elencados. Ao final deste módulo, queremos incentivá-lo a permanecer na busca constante por conhecimento e informação! BIBLIOGRAFIA A experiência portuguesa no processo de colonização do Brasil. Disponível em: <http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/artigos_pdf/Carmelindo_Rodrigues_d a_Silva_artigo.pdf> Acesso em 01 de dez de 2017. ABDALA Júnior, Benjamin (2003). Incertas Relações – Brasil Portugal no século XX, São Paulo, Ed. Senac p. 55. ADORNO, Theodor. Indústria Cultural e Sociedade. Tradução: Júlia Elisabeth Levy. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. AMORIM, Embaixador Celso (1995). A palavra do Brasil nas Nações Unidas.1946- 1995. Fundação Alexandre de Gusmão, Brasília; BÉROUD, Sophie & WEYDERT, Jean. O Futuro da Europa. Que Futuro? Porto, Editora Âmbar, 1997, p. 66. COSTA, J.P. (1984). Pau Brasil: um pouco da sua história Pau Brasil. In: Pau Brasil n.º 1, Ano I, 9-12p. DIAS, Carlos Malheiro (Coord.). História da Colonização Portuguesa do Brasil (t. I). Porto: Litografia Nacional, 1922. HESPANHA, Antônio M. A Família. In: HESPANHA, Antônio M. (Org.). História de Portugal. Vol. 4. Lisboa: Estampa, 1993. LOPES VAZQUEZ, José. Comércio Exterior Brasileiro. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007. RATTI, Bruno. Comércio Internacional e câmbio. 10 ed. São Paulo: Aduaneiras, 2000 RIBEIRO, Cláudio Oliveira. Brasil, África, Portugal: da política externa independente à CPLP. In Leviathan – Cadernos de Pesquisa Política – N.1, P. 99- 117, DCP –USP, 2004. SCHWARTZ, Stuart B. Burocracia e Sociedade no Brasil Colonial. São Paulo: Perspectiva, 1979, p. 70. XAVIER, Ângela B. e HESPANHA, Antônio M. As Redes Clientelares. In: HESPANHA, Antônio M. (Org.). História de Portugal Vol. 4. Lisboa: Estampa 1993. PERGUNTA: Uma (1) pergunta para o Fórum. Identifique o porquê o domínio no Brasil não foi dos espanhóis. LEITURA COMPLEMENTAR: 2 LEITURAS COMPLEMENTARES: file:///C:/Users/Silvia/Desktop/A%20rela%C3%A7%C3%A3o%20Brasil%20e%20Port ugal%20pag%20100.pdf https://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_entre_Brasil_e_Portugal SUGESTÃO DE VÍDEO: Vídeo para complementar os conhecimentos: https://www.youtube.com/watch?v=_TwFrFFbc_g
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