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Positivismo: Corrente Filosófica

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Positivismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O positivismo é uma corrente filosófica que surgiu na França no começo do século XIX. Os principais idealizadores do positivismo
foram os pensadores Auguste Comte e John Stuart Mill. Esta escola filosófica ganhou força na Europa na segunda metade do século
XIX e começo do XX. É um conceito que possui distintos significados, englobando tanto perspectivas filosóficas e científicas do
século XIX quanto outras do século XX.[1]
Desde o seu início, com Auguste Comte (1798-1857) na primeira metade do século XIX, até o presente século XXI, o sentido da
palavra mudou radicalmente, incorporando diferentes sentidos, muitos deles opostos ou contraditórios entre si. Nesse sentido, há
correntes de outras disciplinas que se consideram "positivistas" sem guardar nenhuma relação com a obra de Comte. Exemplos
paradigmáticos disso são o positivismo jurídico, do austríaco Hans Kelsen, e o positivismo lógico (ou Círculo de Viena), de Rudolf
Carnap, Otto Neurath e seus associados.
Para Comte, o positivismo é uma doutrina filosófica, sociológica e política. Surgiu como desenvolvimento sociológico do
iluminismo, das crises social e moral do fim da Idade Média e do nascimento da sociedade industrial - processos que tiveram como
grande marco a Revolução Francesa (1789-1799). Em linhas gerais, ele propõe à existência humana valores completamente humanos,
afastando radicalmente a teologia e a metafísica (embora incorporando-as em uma filosofia da história). Assim, o positivismo associa
uma interpretação das ciências e uma classificação do conhecimento a uma ética humana radical, desenvolvida na segunda fase da
carreira de Comte. O positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. De
acordo com os positivistas somente pode-se afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos
válidos. Os positivistas não consideram os conhecimentos ligados as crenças, superstição ou qualquer outro que não possa ser
comprovado cientificamente. Para eles, o progresso da humanidade depende exclusivamente dos avanços científicos.
Método do positivismo de Auguste Comte
A religião da humanidade
O positivismo no Brasil
Ver também
Referências
Bibliografia
Ligações externas
O método geral do positivismo de Auguste Comte consiste na observação dos fenômenos, opondo-se ao racionalismo e ao idealismo,
por meio da promoção do primado da experiência sensível, única capaz de produzir a partir dos dados concretos (positivos) a
verdadeira ciência (na concepção positivista), sem qualquer atributo teológico ou metafísico, subordinando a imaginação à
observação, tomando como base apenas o mundo físico ou material. O positivismo nega à ciência qualquer possibilidade de
investigar a causa dos fenômenos naturais e sociais, considerando este tipo de pesquisa inútil e inacessível, voltando-se para a
descoberta e o estudo das leis (relações constantes entre os fenômenos observáveis).
Índice
Método do positivismo de Auguste Comte
Em sua obra Apelo aos conservadores (1855), Comte definiu a palavra "positivo"
com sete acepções: real, útil, certo, preciso, relativo, orgânico e simpático.
O positivismo defende a ideia de que o conhecimento científico é a única forma de
conhecimento verdadeiro. Assim sendo, desconsideram-se todas as outras formas do
conhecimento humano que não possam ser comprovadas cientificamente. Tudo
aquilo que não puder ser provado pela ciência é considerado como pertencente ao
domínio teológico-metafísico caracterizado por crendices e vãs superstições. Para os
positivistas o progresso da humanidade depende única e exclusivamente dos avanços
científicos, único meio capaz de transformar a sociedade e o planeta Terra no paraíso
que as gerações anteriores colocavam no mundo além-túmulo.
O positivismo é uma reação radical ao transcendentalismo idealista alemão e ao
romantismo, na qual os afetos individuais e coletivos e a subjetividade são
completamente ignoradas, limitando a experiência humana ao mundo sensível e ao
conhecimento aos fatos observáveis. Substitui-se a Teologia e a Metafísica pelo
"Culto à Ciência", o Mundo Espiritual pelo Mundo Humano, o Espírito pela
Matéria.
A ideia-chave do positivismo comtiano é a Lei dos três estados, de acordo com a qual o entendimento humano passou e passa por três
estágios em suas concepções, isto é, na forma de conceber as suas ideias e a realidade:
1. Teológico: o ser humano explica a realidade por meio de entidades supranaturais (os "deuses"), buscando
responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?"; além disso, busca-se o absoluto;
2. Metafísico: é uma espécie de meio-termo entre a teologia e a positividade. No lugar dos deuses há entidades
abstratas para explicar a realidade: "o Éter", "o Povo", "o Mercado financeiro", etc. Continua-se a procurar
responder a questões como "de onde viemos?" e "para onde vamos?" e procurando o absoluto. É a busca da razão
e destino das coisas, é o meio termo entre teológico e positivo.
3. Positivo: etapa final e definitiva, não se busca mais o "porquê" das coisas, mas sim o "como", por meio da
descoberta e do estudo das leis naturais, ou seja, relações constantes de sucessão ou de co-existência. A
imaginação subordina-se à observação e busca-se apenas pelo observável e concreto.
Auguste Comte - por meio da obra "Sistema de Política Positiva" (1851-1854) - institui a Religião da Humanidade. Após a
elaboração de sua filosofia, Comte concluiu que deveria criar uma nova religião: afinal, para ele, as religiões do passado eram apenas
formas provisórias da única e verdadeira religião: a religião positiva. Segundo os positivistas, as religiões não se caracterizam pelo
sobrenatural, pelos "deuses", mas sim pela busca da unidade moral humana. Daí a necessidade do surgimento de uma nova religião
que apresenta um novo conceito do Ser Supremo, a Religião da Humanidade.
Comte foi profundamente influenciado a tal pela figura de sua amada Clotilde de Vaux.
Segundo os positivistas, a Teologia e a Metafísica nunca inspiraram uma religião verdadeiramente racional, cuja instituição estaria
reservada ao advento do espírito positivo. Estabelecendo a unidade espiritual por meio da ciência, a Religião da Humanidade possui
como principal objetivo a "regeneração social e moral".
Assim como o catolicismo está fundamentado na filosofia escolástica de Tomás de Aquino, a Religião da Humanidade está
fundamentada na filosofia positivista de Auguste Comte fundamentada na ciência clássica.
A Religião da Humanidade possui, como Ser Supremo, a Humanidade Personificada, tida como deusa pelos positivistas. Ela
representa o conjunto de seres convergente de todas as gerações, passadas, presentes e futuras que contribuíram, que contribuem e
que contribuirão para o desenvolvimento e aperfeiçoamento humano.
Auguste Comte
A religião da humanidade
A ciência clássica se constitui no dogma da Religião da Humanidade. Também existem templos e capelas onde são celebrados cultos
elaborados à Humanidade (chamada Grão-Ser pelos positivistas). A religião positivista caracteriza-se pelo uso de símbolos, sinais,
estandartes, vestes litúrgicas, dias de santos (grandes tipos humanos), sacramentos, comemorações cívicas e pelo uso de um
calendário próprio, o Calendário Positivista (um calendário lunar composto por 13 meses de 28 dias).
O lema da religião positivista é : "O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim". Seu regime é: "Viver às Claras" e
"Viver para Outrem".
Auguste Comte foi o criador da palavra "altruísmo", palavra que segundo o fundador, resume o ideal de sua Nova Religião.
Seria exagero atribuir aos positivistas a Proclamação da República do Brasil: é
no processo de consolidação desta que se verifica a influênciaque exerceram
destacando-se o coronel Benjamim Constant (que, depois, foi homenageado com
o epíteto de "Fundador da República Brasileira").
De acordo com VALENTIM (2010):
“ A partir da segunda metade do século XIX,as ideias de Auguste Comte permearam as
mentalidades de muitos mestres e
estudantes militares, políticos, escritores,
filósofos e historiadores. Vários brasileiros
adotaram, ou melhor, se converteram ao
positivismo, dentre eles o professor de
matemática da Escola Militar do Rio de
Janeiro Benjamin Constant, o mais influente
de todos. Tais influências estimularam
movimentos de caráter republicano e
abolicionista, em oposição à monarquia e ao
escravismo dominante no Brasil. A
Proclamação da República, ocorrida através
de um golpe militar, com apoio de setores da
aristocracia brasileira, especialmente a
paulista, foi o resultado “natural” desse
movimento. ”
A conformação atual da bandeira do Brasil é um reflexo dessa influência na
política nacional. Na bandeira lê-se a máxima política positivista Ordem e
Progresso, surgida a partir da divisa comteana O Amor por princípio e a Ordem
por base; o Progresso por meta, representando as aspirações a uma sociedade
justa, fraterna e progressista.
Outros positivistas de importância para o Brasil foram Nísia Floresta (a primeira
feminista brasileira e discípula direta de Auguste Comte), Miguel Lemos, Euclides da Cunha, Luís Pereira Barreto, o marechal
Cândido Rondon, Júlio de Castilhos, Demétrio Nunes Ribeiro, Carlos Torres Gonçalves, Ivan Monteiro de Barros Lins, Roquette-
Pinto, Barbosa Lima, Lindolfo Collor, David Carneiro, David Carneiro Jr., João Pernetta, Luís Hildebrando Horta Barbosa, Júlio
Caetano Horta Barbosa, Alfredo de Morais Filho, Henrique Batista da Silva Oliveira, Eduardo de Sá e muitos outros.
Houve no Brasil dois tipos de positivismo: um "positivismo ortodoxo", mais conhecido, ligado à Religião da Humanidade e apoiado
por Pierre Laffitte, discípulo de Comte, e um "positivismo heterodoxo", que se aproximava mais dos estudos primeiros de Augusto
Comte que criaram a disciplina da Sociologia e apoiado por outro discípulo de Comte, Émile Littré.
O positivismo no Brasil
O lema Ordem e Progresso na bandeira
do Brasil é inspirado pelo lema
positivista: "Amor como princípio e
ordem como base; o progresso como
meta". Foi usado na bandeira, pois
várias pessoas envolvidas na
Proclamação da República do Brasil
eram seguidores das ideias de Auguste
Comte.[2]
A Capela Positivista de Porto Alegre,
Rio Grande do Sul
Antipositivismo
Discurso sobre o espírito positivo
Igreja Positivista do Brasil (em português)
A igreja positivista da Rua Benjamin Constant (em português)
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Positivismo&oldid=51583555"
Esta página foi editada pela última vez à(s) 20h03min de 21 de março de 2018.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada
(CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de uso.
1. John J. Macionis, Linda M. Gerber, Sociology, Seventh
Canadian Edition, Pearson Canada
2. Hilton, Ronald (27 de abril de 2003). «BRAZIL: Order
and Progress» (http://wais.stanford.edu/Brazil/brazil_or
derandprogress42703.html). wais.stanford.edu/. World
derandprogress42703.html). wais.stanford.edu/. World
Association of International Studies. Consultado em 21
de fevereiro de 2016
ALONSO, Ângela. Ideias em movimento: a geração
1870 na crise do Brasil-Império. São Paulo: Paz e
Terra, 2002.
KREMER-MARIETTI, Angèle. Le kaléidoscope
épistémologique d'Auguste Comte: Sentiments Images
Signes. Paris, L'Harmattan, 2007.
PEREIRA SOARES, Mozart. O Positivismo no Brasil:
200 anos de Augusto Comte. Porto Alegre: UFRGS,
1998.
TRINDADE, Hélgio (org.). O Positivismo: teoria e
prática. 3ª ed. Porto Alegre: UFRGS, 2007.
VALENTIM, Oséias Faustino. O Brasil e o Positivismo.
Rio de Janeiro: Publit, 2010. ISBN 9788577733316
Ver também
Referências
Bibliografia
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