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Universidade Paulista Instituto Ciências da Saúde Curso de Graduação em Enfermagem Campus Jundiaí Cauan Henrique O. Martins RA: B9974H-5 Cristiane Barbosa RA: D00228-7 Daniele G. Egydio RA: C95BCH-1 Lais Gabriele C De Oliveira RA: T3099G-8 Larissa C. Rocco dos Santos RA: N865JF-5 Valéria de Sá Souza RA: N836JH-1 Transtornos de Personalidade JUNDIAÍ 2017 Universidade Paulista Instituto Ciências da Saúde Curso de Graduação em Enfermagem Campus Jundiaí Cauan Henrique O. Martins RA: B9974H-5 Cristiane Barbosa RA: D00228-7 Daniele G. Egydio RA: C95BCH-1 Lais Gabriele C De Oliveira RA: T3099G-8 Larissa C. Rocco dos Santos RA: N865JF-5 Valéria de Sá Souza RA: N836JH-1 Transtornos de Personalidade JUNDIAÍ 2017 Trabalho apresentado à disciplina de Cuidados à pessoa / Família na Saúde Mental e Psiquiátrica, do 4º semestre do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Paulista UNIP – Jundiaí como parte do requisito para conclusão de semestre. Orientadora Prof.ª Márcia Moraes RESUMO O transtorno de personalidade é caracterizado pela dificuldade ou impossibilidade de se prever um comportamento devido a grandes alterações nos traços emocionais e comportamentais, sendo assim diferente do que a maioria da população apresenta e dificultando a integração do indivíduo na sociedade e sua própria conduta individual. Existem diversos tipos de transtornos de Personalidade, o Paranoide, caracterizado pela desconfiança implacável dos outros; O Esquizoide, caracterizado pelo retraimento ou afastamento dos contatos sociais afetivos; O Antissocial, que apresenta um desprezo em relação as normas e obrigações sociais; O Emocionalmente Instável podendo ser do Tipo Impulsivo que tem como característica marcante a falta de controle dos impulsos, e o do Tipo Borderline, que apresenta falta de controle, impulsividade; Histriônica, caracteriza-se por afetividade superficial, dramatizações, egocentrismo e sugestibilidade; Anancástica ou Obscessivo-Compulsivo, apresenta como comportamento um sentimento de dúvida; Ansiedade que caracteriza-se por sentimentos de tensão, apreensão, insegurança e inferioridade, sensibilidade exagerada a críticas e rejeição; E o Dependente, caracterizado pela incapacidade de tomar decisões e submissão extrema. Não existe uma causa específica para que uma pessoa manifeste o transtorno de personalidade, eles podem ser decorrentes da genética, do meio ambiente, da convivência familiar, social e cultural, e de alguns estressores presentes no dia-a-dia que acometem indivíduos mais vulneráveis. É muito dificultoso identificar se o transtorno se trata de alguma causa patológica ou se é um modo diferente do usual de se viver. O tratamento é baseado em psicoterapia e tratamento farmacológico com medicamentos antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos. A enfermagem deve prestar um cuidado cauteloso a essas pessoas, fortalecendo nos próprios pacientes a conscientização de seu papel no tratamento, trabalhando para garantir a desinstitucionalização, a autonomia, o protagonismo do indivíduo e o relacionamento com os demais. Portanto, o presente trabalho tem por objetivo descrever de maneira minuciosa à cerca dos diversos tipos de transtornos de personalidade, seu tratamento, os cuidados e diagnósticos de enfermagem. Palavras-chave: Transtorno, personalidade, enfermagem. ABSTRACT Personality disorder is characterized by difficulty or impossibility to predict a behavior due to large vaccines and behavioral, thus different from what the majority of the population presents and hinders an individual's integration in society and his own individual behavior. There are several types of personality disorders. The Paranoid, characterized by the relentless distrust of others; Schizoid, a specialist for the recruitment or removal of affective social contacts; Antisocial, which shows a contempt in relation as norms and policies; The Emotionally Unstable can be of the Impulsive Type that has as a characteristic the lack of control of the impulses, and the Borderline Type, which presents lack of control, impulsivity; Histrionic, characterized by superficial affectivity, dramatizations, egocentrism and suggestibility; Anancastic or Obsessive- Compulsive, presents as a behavior a feeling of doubt; Anxiety characterized by feelings of tension, apprehension, insecurity and inferiority, exaggerated sensitivity to criticism and rejection; And the Dependent, condition for the inability to make decisions and extreme submission. There is no specific cause for a person to manifest personality disorder, they may be solvents of genetics, the environment, family, social and cultural coexistence, and some stressors present in everyday life that affect the most vulnerable. It is very difficult to identify if the disorder is a pathological cause or if it is a different way than usual to live. Treatment is based on psychotherapy and pharmacological treatment with antidepressant, anxiolytic and antipsychotic medications. Nursing should take care of these people with caution, strengthening our own patients and raising awareness of their unprocessed role, working to ensure a deinstitutionalization, autonomy, the protagonism of the individual and relationship with others. On the other hand, the present work aims to describe in a detailed way about the several types of personality disorders, their treatment, nursing care and diagnoses. Key words: Disorder, personality, nursing. SUMARIO 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1 2. METODOLOGIA ................................................................................................... 2 3. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 3 3.1. Transtornos e descrição dos comportamentos ................................. 3 3.1.1. Paranoide .......................................................................................... 3 3.1.2. Esquizoide ........................................................................................ 3 3.1.3. Antissocial ......................................................................................... 3 3.1.4. Emocionalmente instável .................................................................. 3 3.1.5. Histriônica ......................................................................................... 4 3.1.6. Anancástica ou Obsessivo-compulsivo ............................................. 4 3.1.7. Ansiosa ............................................................................................. 4 3.1.8. Dependente ...................................................................................... 5 3.2. Tratamento ........................................................................................ 5 3.3. Cuidados de enfermagem ................................................................. 5 3.4. Diagnóstico de enfermagem ............................................................. 6 3.5. Intervenções de enfermagem ............................................................ 7 4. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................10 1 1. INTRODUÇÃO Em condições normais, indivíduos manifestam um padrão de comportamento e interação emocional com os demais. Esse padrão pode ser previsto, por ser estável, e caracteriza a personalidade. O transtorno de personalidade (TP) se caracteriza pela dificuldade ou impossibilidade de se prever um comportamento devido a grandes alterações nos traços emocionais e comportamentais, sendo assim diferente do que a maioria da população apresenta e dificultando a integração do indivíduo na sociedade e sua própria conduta individual. Os comportamentos são desajustados e contínuos, falhando em se enquadrar as expectativas sociais. Não há causa conhecida para que um indivíduo manifeste algum transtorno de personalidade e acredita-se que são desencadeados por uma combinação de genética, meio ambiente, convivência familiar, social e cultural. Estressores comuns do dia-a-dia podem ser gatilhos para pessoas hereditariamente vulneráveis. Há também bastante dificuldade em identificar o que é patológico e o que é apenas um modo de ser diferente do usual, o que dificulta bastante os estudos epidemiológicos. 2 2. METODOLOGIA Trata-se de revisão da literatura sobre Transtornos de personalidade. Realizou- se em outubro/novembro de 2017 uma busca eletrônica nas bases de dados disponíveis na internet e a referência orientada pela professora . Foram utilizadas as palavras de busca “enfermagem”, “transtorno de personalidade”, “borderline”, “bipolar”. A data de publicação não foi considerada e foram utilizados apenas artigos do Brasil e em português. Foram localizados 17 artigos e conteúdos em sites eletrônicos. Houveram informações relevantes encontradas em 5 artigos e 1 livro que foram, portanto, incluídos no estudo. 3 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1. Transtornos e descrição dos comportamentos 3.1.1. Paranoide O Portador do Transtorno de Personalidade Paranoide tem como principal característica a desconfiança implacável dos outros, mesmo quando não há nenhuma razão para que se possa suspeitar, possui muitas atitudes referentes a si mesmo muito exageradas, são pessoas que se autovalorizam, tem reações agressivas decorrentes de interpretações erradas de outras pessoas, São geralmente pessoas muito frias e distantes. Em suas relações com outras pessoas podem se tornar ciumentas e controladoras. Possuem muita dificuldade de relaxar, está sempre de guarda vigiando, são hostis, teimosas e argumentativas (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 3.1.2. Esquizoide Apresenta-se como característica marcante deste transtorno o retraimento ou afastamento dos contatos sociais afetivos, possuem grandes dificuldades de expressarem seus sentimentos, são pessoas frias, distantes de todos inclusive da própria família, não reagem quando recebem elogios ou críticas. É um transtorno que em geral tem seu início na infância do seu portador (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 3.1.3. Antissocial Caracteriza se o transtorno de personalidade antissocial pelo grande desprezo em relação as normas e obrigações sociais, não se preocupam com as consequências de seus atos, está sempre buscando a satisfação imediata, não apresenta sensibilidade aos sentimentos das pessoas, não apresenta tolerância nos momentos de frustações, está sempre culpando alguém por seus atos. Geralmente devido a esses comportamentos levam essas pessoas a se tornarem criminosas (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 3.1.4. Emocionalmente instável A) Tipo impulsivo 4 Este transtorno tem como característica marcante a falta de controle dos impulsos. Não se preocupa com as consequências de seus atos, apresenta quadros de instabilidade emocional, pode estar feliz naquele momento em seguida já se apresenta entristecido. Tem alto risco de ser uma pessoa violenta, só realiza as tarefas quando se oferece uma gratificação por ter feito (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). B) Tipo Borderline (limítrofe) O Transtorno de Personalidade Borderline apresenta falta de controle, impulsividade, que leva a ter dependências por jogos, gasto de dinheiro compulsivamente, consumo exagerado de comida, bebidas alcoólicas e drogas lícitas ou não. As relações interpessoais são muito intensas e instáveis. Tem medo de ser abandonado pela família e amigos, muitas alterações de humor ao longo do dia variando em momentos de muita euforia a momentos com muita tristeza, tendência a comportamento auto destrutivo, autoagressão e tentativa de suicídio (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 3.1.5. Histriônica Caracteriza-se por afetividade superficial, dramatizações, egocentrismo e sugestibilidade. A pessoa não leva em consideração os outros. Tem tendência a ser sempre o centro das atenções. Apresenta comportamento sedutor. Em muitos casos pode ocorrer tentativa de suicídio (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 3.1.6. Anancástica ou Obsessivo-compulsivo Este tipo de transtorno tem como comportamento um sentimento de dúvida, muito perfeccionista está sempre preocupado até com coisas pequenas. É muito rígido, tem comportamentos parecidos com o transtorno obsessivo compulsivo diferencia-se pelo fato que no TOC há ansiedade vivida pela pessoa para livrar-se dos pensamentos intrusivos e de rituais (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 3.1.7. Ansiosa Caracteriza-se por sentimentos de tensão, apreensão, insegurança e inferioridade, sensibilidade exagerada a críticas e rejeição. Apresenta dificuldade em enfrentar situações do cotidiano. Neste transtorno há um isolamento social com medo 5 de existir a possibilidade de ser humilhado criticado por algum ato realizado ou de ser incapaz de realizar alguma atividade proposta (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 3.1.8. Dependente Caracteriza-se por incapacidade de tomar decisões e submissão extrema, subordinando as necessidades pessoais ás dos outros, dos quais são dependentes. Apresenta muito medo de ser abandonado sente-se incompetente, incapaz de realizar tarefas (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 3.2. Tratamento Há dificuldade no tratamento por conta da não aceitação do indivíduo, que muitas vezes acredita que não precisa ser tratado por não se enxergar como doente. O tratamento é baseado em psicoterapia e tratamento farmacológico, e, conforme dito por Stefanelli, Fukuda e Arantes (2008), se faz “de acordo com o tipo de TP (antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos, entre outros). Comumente o tratamento é abandonado pelo cliente, sendo um dos motivos a dificuldade em criar um vínculo com o terapeuta (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 3.3. Cuidados de enfermagem O cuidado de enfermagem era, em meados do século XIX, baseada na disciplina e coerção do indivíduo e na prática dos procedimentos que garantiam as medidas de higiene e conforto, medicações e outras intervenções. (PESSOA JÚNIOR et al. 2014). Vários estudiosos tentaram definir o papel do enfermeiro, mas foi em meados de 1960 que o trabalho de Peplau auxiliou nessa definição. Peplau coloca o enfermeiro como conselheiro ou terapeuta além das tarefas que já desempenhava e foca na necessidade da presença a todo tempo. A questão mais importante pontuada por Peplau é o relacionamento interpessoal com o paciente e sua família (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). 6 Com a Reforma Psiquiátrica, que ganha força em 1980, o modelo de assistência psicossocial passou a ser multiprofissional.O enfermeiro passou a ser parte integrante dessa equipe, fortalecendo nos pacientes a conscientização de seu papel no tratamento, trabalhando para garantir a desinstitucionalização, a autonomia, o protagonismo do indivíduo, o relacionamento entre enfermeiro-paciente e paciente- sociedade (PESSOA JÚNIOR et al. 2014). Terapias diferenciadas também são ministradas pela enfermagem, como a musicoterapia, atividades motoras ou ioga, entre outras, que trazem benefícios quando ministradas juntamente com o tratamento convencional e podem ser aplicadas por enfermeiros capacitados (PESSOA JÚNIOR et al. 2014). O Enfermeiro tem o dever de orientar adequadamente. Uma vez que o indivíduo portador do transtorno de personalidade provavelmente não procurará ajuda, pois sua percepção de mundo é outra, a enfermagem tem que estar preparada para atuar como mediadora entre ele e a sociedade (LIMA, OLIVEIRA, FROSSARD, 2012). 3.4. Diagnóstico de enfermagem Segundo o livro Enfermagem Psiquiátrica em suas dimensões assistenciais, no processo de enfermagem, há também o diagnóstico de enfermagem aos clientes com transtornos psicóticos, que foram elaborados segundo a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA). Alguns dos diagnósticos são: 1- Risco de automutilação relacionado à intoxicação por substâncias psicoativas e impulsividade, evidenciado por enfrentamento inadequado. 2- Processos familiares interrompidos relacionados ao uso de substâncias psicoativas e à falta de habilidades para resolver problemas. 3- Isolamento social relacionado à incapacidade de engajar-se em relacionamentos pessoais satisfatórios, valores e comportamentos sociais inaceitáveis, recursos pessoais inadequados e interesses imaturos. 4- Processo de pensamento perturbado relacionado à interpretação não acurada do ambiente. 5- Enfrentamento defensivo relacionado à hipersensibilidade ao menosprezo ou à crítica e projeção de culpa ou responsabilidade, ambos caracterizados pela racionalização de falhas e sentimento de superioridade em relação aos outros, às vezes evidenciados por risco hostil ou ridicularização dos demais. 6- Risco de solidão relacionado ao isolamento social. 7 7- Desesperança relacionada ao isolamento social. 8- Risco de suicídio relacionado à depressão, quando presente. 9- Interação social prejudicada em decorrência da interação disfuncional com o grupo familiar e social. 10- Manutenção ineficaz da saúde relacionada à não percepção de si mesmo como pessoa com o transtorno de personalidade incapaz de controlar-se, identificar ou buscar ajuda para a manutenção da saúde. 11- Não-adesão ao tratamento relacionada à não aceitação da necessidade do tratamento decorrente da falta de percepção de seu estado de saúde. 12- Tensão do papel do cuidador (profissional ou familiar) relacionada a expectativas não realistas de si mesmo e em relação aos membros da equipe; comportamentos inadequados em decorrência do comportamento manipulativo e de outros não aceitos socialmente. 13- Percepção sensorial perturbada relacionada principalmente à presença marcante do comportamento manipulativo, o qual propicia a interpretação ambiental segundo seus desejos em detrimento das necessidades do outro. 14- Enfrentamento ineficaz relacionado ao nível inadequado de percepção, de controle e suporte social inapropriado criado pelas características dos relacionamentos familiares e sociais consequentes à resolução inadequada de problemas, do comportamento destrutivo em relação a se e aos outros, das mudanças nos padrões habituais e do uso abusivo de substancias psicoativas. (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008 apud NANDA, 2006) 3.5. Intervenções de enfermagem A Intervenção em um paciente com transtornos ou desordem de personalidade é de total importância. O profissional tem que estar ciente que para ter um bom relacionamento com o paciente deve sempre ajudar o mesmo a expressar os seus sentimentos sem deixar de intervir pelo seu diagnóstico. É importante para o paciente não ser julgado pelos seus comportamentos pela equipe de enfermagem, o enfermeiro tem que usar muitas vezes a sua personalidade, compreensão e habilidade para se desenvolver com o paciente e conforme o paciente vai se expressando o profissional deve mostrar interesse e manter a firmeza deixando sempre o paciente se sentir seguro e nunca desconfiado durante o tratamento (MARTINS, 1999). O mais importante é o apoio, permanecer ao lado do paciente, é necessário impor limites, ajudar em suas expressões, o que diminui as suas crises de ansiedades. Enfermeiro precisa estimular o paciente a se comunicar, precisa entender os seus 8 sentimentos e ideias de auto depreciação, é necessário tempo disponível, pois o paciente demora para conseguir elaborar respostas. Necessitamos da confiança do paciente para poder traçar um plano de cuidados e conseguir uma melhora (MARTINS, 1999). As metas com esse processo interpessoal em todos os serviços de atendimento de saúde mental e psiquiatria são: Educar o cliente e a família sobre promoção, manutenção e recuperação de comportamento que contribua para o seu funcionamento integrado; Contribuir para melhorar suas habilidades de enfrentamento de desafios à saúde mental, sem desconsiderar as outras dimensões da pessoa. O cliente é sempre visto como uma pessoa, família ou comunidade, com seus direitos e deveres em relação à sua saúde (STEFANELLI, FUKUDA, ARANTES, 2008). A administração de medicamentos a doentes de transtornos de personalidade exige muito cuidados, existem aqueles pacientes que se recusam a tomar medicações, outros que fingem aceitar e logo depois jogam fora e tem aqueles que acumulam os medicamentos para ingerir tudo de uma vez. Nunca conseguimos saber o que o mesmo está pensando, a equipe de enfermagem que faz essas administrações precisa ficar bem atenta (POSSI, 2010) Na intervenção da enfermagem na urgência, o paciente pode chegar muito agitado, agressivo, com desconfiança e angustias. A maioria dessas situações não necessita de um tratamento longo, por isso o profissional precisa estar apto a intervir e com isso evitar que aconteça uma crise forte (POSSI, 2010). É importante para o paciente e o tratamento do mesmo a conversa com o enfermeiro. Podemos entender se o paciente está tendo alucinações e delírios, sintomas considerados primários, ou pode estar tendo solidão, isolamento social e problemas afetivos, que são os sintomas secundários. Conseguimos também levantar histórico de saúde do mesmo e da família, pois ajuda com o tratamento saber como o paciente com transtorno está se sentindo e agindo. (CANABRAVA, 2012) 9 4. CONCLUSÃO O T.P (Transtorno de Personalidade) se contradiz, pois, suas patologias e diagnósticos são muito discordantes. Conseguimos ter um diagnóstico de Enfermagem mais preciso graças aos instrumentos apresentados para nós no dia-a- dia. A aceitação do indivíduo é muito enreda, pois ao olhar dele, está completamente saudável, ocasionando a rejeição de fármacos (antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos, etc.) e psicoterapia. O que mais dificulta no tratamento é o próprio abandono do paciente, dificultando o vínculo entre o profissional da saúde e paciente. A musicoterapia, atividades físicas motoras, ioga, etc, convém para o tratamento visando a autonomia e integridade do paciente. É dever do Enfermeiro (a) orientar e educar, sempre que for necessário, de uma forma adequada para que a informação passada transpareçaao educando, e que sua informação se prolifere para a população. 10 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS CANABRAVA, Danielly Souza et al. Diagnóstico e intervenções à pessoa com transtorno mental com base na consulta de enfermagem. Cogitare Enfermagem, v. 17, n. 4, 2012. Disponível em < http://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/30363> Acesso em 02/11/2017. LIMA, Bruno; OLIVEIRA, Edilene; FROSSARD, Leonardo de Souza. Transtornos de personalidade anti-social e boderline: diagnósticos e intervenções de enfermagem. Webartigos, 2012. Disponível em <http://www.webartigos.com/artigos/transtornos-de-personalidade-anti-social-e- boderline-diagnosticos-e-intervencoes-de-enfermagem/91806/#ixzz4xZzYSd48> Acesso em 02/11/2017. PESSOA JÚNIOR, João Mário, NUNES DE MIRANDA, Francisco Arnoldo, ARAÚJO SANTOS, Raionara Cristina, CARVALHO DANTAS, Magnus Kelly, GURGEL COSME DO NASCIMENTO, Ellany, Ações e cuidados de enfermagem em saúde mental num hospital-dia psiquiátrico: uma revisão integrativa. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online 2014, 6 (Abril-Junho) Disponível em <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=505750622038> Acesso em 02/11/2017 MARTINS, Luciana Monteiro Mendes. Assistência de enfermagem a pacientes com desordem bipolar e sentimentos da estudante de enfermagem: estudo de caso. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 33, n. 4, p. 421-427, 1999. Disponível em <http://www.ee.usp.br/reeusp/upload/pdf/478.pdf> Acesso em 02/11/2017 POSSI, Karine Carvalho. A assistência de enfermagem ao paciente portador de transtorno de personalidade orgânica nas emergências psiquiátricas e crises decorrentes da patologia primária. Psychiatry online Brasil, v. 15, n. 2, 2010. Disponível em < http://www.polbr.med.br/ano10/art0210.php#cima> Acesso em 02/11/2017 11 STEFANELLI, Magda Costa; FUKUDA, Ilza Marlene Kaue; ARANTES, Evalda Cançado. Enfermagem psiquiátrica em suas dimensões assistenciais. Barueri (SP): Manoel, 2008.
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