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CALOR INTEGRAL E DIFERENCIAL DE SOLUÇÃO 1. OBJETIVOS Determinar, graficamente o calor diferencial, a partir de medidas do calor integral para um série de soluções de etanol e água. O procedimento foi dividido em duas etapas: determinar o calor específico do calorímetro (Prática 10) e calcular o calor diferencial das soluções citadas anteriormente. 2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL PARTE 1: Consiste em adicionar ao calorímetro água a temperatura ambiente e água a temperatura próxima a fusão do gelo e fazer as medições da temperatura até que se atinja o equilíbrio térmico. PARTE 2: Consiste em adicionar solução de água mais etanol no calorímetro e registrar a temperatura até atingir o equilíbrio térmico. O volume de água e etanol foram variados a cada medição. 3. INTRODUÇÃO A variação de entalpia associada à adição de certa quantidade de soluto a uma dada quantidade de solvente, sendo ambos submetidos às mesmas condições de pressão e temperatura, recebe o nome de calor de solução. Esta definição está associada à troca de calor durante a dissolução de uma substância em outra e é subdividida em calor integral e calor diferencial de solução. Calor integral de solução: É o calor liberado ou absorvido quando se prepara, por mistura de dois componentes puros, uma solução de concentração c, ou seja, é o calor total da mistura. Calor diferencial de solução: É definido como o calor trocado quando 1 mol de soluto é dissolvido em uma quantidade infinita de solução com uma concentração conhecida. Como não é possível a determinação de quantidades infinitas, o calor diferencial de solução pode ser definido como a quantidade de calor que acompanhar a dissolução de uma quantidade infinitesimal de soluto em uma quantidade finita de solução. 4. EQUAÇÕES UTILIZADAS PARTE 1: 𝑚1 𝑐1 𝑇𝑒 − 𝑇1 = 𝑚2𝑐2 + 𝑚𝑐𝑐𝑐 𝑇2 − 𝑇𝑒 1 𝑐𝑐 = 𝑚1𝑐1(𝑇𝑒 − 𝑇1) 𝑚𝑐(𝑇2− 𝑇𝑒) − 𝑚2𝑐2 𝑚𝑐 (2) 𝐶 = 𝑐𝑐 𝑥 𝑚𝑐(3) PARTE 2: ∆𝐻1 = ∆𝐻 𝑛2 = 𝐶∆𝑇 𝑛2 (4) 5. REAGENTES E EQUIPAMENTOS EQUIPAMENTOS: Calorímetro com termômetro (± 0,1 ºC). Béquer e Proveta de 250 ml. Proveta de 25 ml. Balança de Precisão. Bacia. REAGENTES: Álcool Etílico Água 6. TÉCNICA EXPERIMENTAL PARTE 1: Pesar o béquer de 250 ml do calorímetro e registrar a massa Adicionar 100 ml de água a temperatura ambiente e registrar a temperatura de estabilização Medir 50 ml de água fria, colocar essa água em banho de gelo até atingir a temperatura de fusão do gelo Adicionar essa água ao calorímetro Fechar o calorímetro e observar a temperatura até atingir o equilíbrio térmico PARTE 2: Adicionar 180 ml de água ao calorímetro e registrar a temperatura Adicionar 20 ml de etanol ao calorímetro com água e registrar a temperatura até atingir o equilíbrio térmico Repetir o procedimento para ao volumes indicados na tabela 7. RESULTADOS E DISCUSSÃO Dados obtidos (PARTE 1): Calor específico da água a 20°C = 1,0005 cal/g°C Calor específico da água a 15°C = 1,0017 cal/g°C Calor específico da água a 5°C = 1,0062 cal/g°C T1(água ambiente): 20°C T2(água fria): 5°C T(equilíbrio) : 15°C m1(água ambiente) : 99,52g m2(água fria): 49,37g m(total): 244,08g mc: 102,7g MM água= 18g/mol MM álcool = 46g/mol Capacidade calorífica do calorímetro = 0,0393 x 102,7 = 4,036 cal/°C Dados obtidos (PARTE 2): V1 /mL V2/M l m1 /g m2 /g n1 n2 C/ (cal/ °C) C/ (J/°C ) Ti/ºC Tf/ºC ΔT/ ºC ΔH1/ J/mo l n1 / n2 180 20 177,5 0 16,07 9,86 0,34 4,036 16,87 20 22 2 99,23 29,0 150 50 145,7 5 38,68 8.09 0,84 4,036 16,87 20 24 4 80,33 9,63 100 100 96,90 81,87 5,38 1,77 4,036 16,87 20 28 8 76,25 3,03 50 150 46,31 120,4 9 2,57 2,61 4,036 16,87 20 24 4 25,85 0,98 20 180 19,80 145,4 5 1,10 3,16 4,036 16,87 20 20 0 0 0,34 Tabela1 - Dados obtidos em aula prática O Calor diferencial é dado por: Quando a reação química é conduzida a pressão constante, a variação de entalpia, designada por ∆H, é dada simplesmente pela diferença entre as entalpias dos produtos e dos reagentes. ∆H2 = ∆HI - ∆HI (n1/n2) ∆H2 = 99,23 – 99,23*29,0 = -2,78 kJ/mol ∆H2 = 80,33 – 80,33*9,63 = - 0,693 kJ/mol ∆H2 = 76,25 – 76,25*3,03 = - 0,155 kJ/mol ∆H2 = 25,85 – 25,85*0,98 = 5,17*10 -4 kJ/mol ∆H2 = 0 – 0*0,34 =0,0 kJ/mol Gráfico1- Calor diferencial de solução ΔH(J/mol) versus (n1/n2) -20 0 20 40 60 80 100 120 0 5 10 15 20 25 30 35 1 2 3 4 5 6 Δ H (J /m o l) n1/n2 ENTALPIA MOLAR EM FUNÇÃO DA FRAÇÃO MOLAR DE ETANOL NA MISTURA 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir do experimento realizado foi possível determinar, graficamente, o calor diferencial de solução a partir das medidas do calor integral para uma série de soluções de etanol e água. Apesar de ter sido utilizado um calorímetro muito rudimentar, foi possível perceber a relação de proporcionalidade entre o calor integral de solução e o número de moles de água e etanol e, também, comprovar o embasamento teórico. 9. CURIOSIDADE O que sentimos após lavarmos a mão com água corrente, seguida da utilização de álcool? Sentimos a mão esquentar! Isto ocorre porque, a mistura de água e etanol é um processo endotérmico já que ∆H > 0, sendo assim a energia final do sistema maior que a energia contida inicialmente, ou seja, o sistema absorveu energia.
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