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Sistemas Fluidotérmicos Ciclo Diesel (Motores de ignição espontânea) Motor diesel CRD de injeção direta de 2,7 litros, Jeep Grand Cherokee 2003 Profa. Dra. Simoni M. Gheno Ciclo Diesel Em 1892 Rudolph Diesel idealizou um novo motor com ignição espontânea, chamado até hoje de motor Diesel. Combustível Diesel Contém grande quantidade de hidrocarbonetos com ponto de ebulição que variam de 180oC a 370oC. Ele é o produto da destilação graduada de óleo cru. As refinarias adicionam produtos craqueados, derivados do óleo pesado através do craqueamento (quebra) das moléculas para a conversão ao combustível Diesel cru. (Bosch, Manual de Tecnologia Automotiva, tradução da 25ª edição alemã, Ed. Edgard Blücher, 2005). Profa. Dra. Simoni M. Gheno Ciclo Diesel Motor Diesel É um motor com pistão alternativo com formação interna de mistura e auto-ignição. Durante o tempo de compressão o ar (admitido) é comprimido para 30....55bar em motores aspirados normais, ou 80...110bar (motores sobrealimentados) de modo que a temperatura aumente para 700oC....900oC. Essa temperatura é suficiente para produzir a auto- ignição no combustível injetado nos cilindros pouco antes do final do tempo de compressão, quando o pistão atinge o ponto morto superior (PMS, ou TDC – centro morto superior). (Bosch, Manual de Tecnologia Automotiva, tradução da 25ª edição alemã, Ed. Edgard Blücher, 2005). Profa. Dra. Simoni M. Gheno Ciclo Diesel Motor Diesel Comportamento da pressão no ciclo Diesel Admissão (a-b) Compressão (b-c) Injeção (c-d) Explosão e Expansão (d-e) Descarga (e-b-a) Profa. Dra. Simoni M. Gheno Ciclo Diesel Tempo Posição das válvulas Variação da Pressão Proce sso A D Admissão A F Pressão constante. igual a pressão atmosférica a – b Compressão F F A pressão aumenta de forma progressiva até o PMS, adiabaticamente b – c Injeção F F Injeção à pressão constante (supostamente instantânea) c – d Explosão e Expansão F F A pressão diminui de forma progressiva até o PMI, adiabaticamente d – e Descarga F A A pressão diminui de forma brusca a volume constante (supostamente instantânea) e – b F A A pressão se iguala a Patm b - a Profa. Dra. Simoni M. Gheno Diferenças fundamentais entre motores Ciclo Otto e Ciclo Diesel Profa. Dra. Simoni M. Gheno Não existem grandes diferenças entre esses dois tipos de motores. Destaca-se a resistência mecânica dos componentes que é bem maior nos motores a Diesel pois estão expostos a maiores esforços (Bosch, Manual de Tecnologia Automotiva, tradução da 25ª edição alemã, Ed. Edgard Blücher, 2005). Profa. Dra. Simoni M. Gheno Sob o ponto de vista mecânico Introdução do Combustível Ciclo Otto Mistura é introduzida já homogeneizada e dosada Exceção: motores de injeção direta de combustível (GDI) Ar é admitido e a injeção do combustível é feita diretamente no interior do cilindo Profa. Dra. Simoni M. Gheno Sob o ponto de vista termodinâmico Introdução do Combustível Ciclo Diesel (MIE) Admite-se apenas o ar Combustível é injetado finamente pulverizado ao final da compressão Faz com que seja necessário um sistema de injeção de elevada pressão Profa. Dra. Simoni M. Gheno Ignição MIF Ignição é provocada pela faísca (necessita de um sistema elétrico para produzí- la MIE Combustão ocorre por autoignição (contato do ar quente com o combustível) Profa. Dra. Simoni M. Gheno Taxa de Compressão MIF Relativamente baixas para não provocar a autoignição MIE Alta o suficiente para ultrapassar a temperatura de autoignição do combustível (TAI) Profa. Dra. Simoni M. Gheno Ciclo Otto Ciclo Diesel Taxa de compressão varia de 8 a 12 Taxa de compressão varia de 14 a 23 Ciclo Diesel Rendimento () - pode ser calculado considerando-se a quantidade de calor introduzido (Qcd) e a quantidade de calor retirado (Qeb) do sistema m Q m Q - 1 m Q m Q m Q m Q m W cd eb cd ebcd cd ciclo beeb cdcd uuQ hhQ Profa. Dra. Simoni M. Gheno Ciclo Diesel Taxa de compressão (r) rc rb c b v v v v r Razão de corte (rc ): razão entre o volume antes e depois do o processo de combustão b c b c T T v v cr Profa. Dra. Simoni M. Gheno Ciclo Diesel Pressão média efetiva ) V V 1(V W VV W me 1 2 1 ciclo 21 ciclo P 1 1 1 P RT V Profa. Dra. Simoni M. Gheno Ciclo Diesel Quando o ciclo Diesel é analisado em uma base de ar-padrão frio, as seguintes expressões devem ser utilizadas para o processo isentrópico cte)(k r V V T T 1-k 1-k c b b c c d c c 1-k1-k e d d e V V r :corte de razão a é r compressão de taxaa ér cte)(k rV V T T c r v p c c k Profa. Dra. Simoni M. Gheno Exemplo Um projeto de motor de combustão interna a diesel de ar padrão indica que a pressão e a temperatura no início da compressão são 95kPa e 300K, respectivamente. Ao final da adição de calor, a pressão é 7,2MPa e a temperatura 2150K. Determine: a) taxa de compressão b) razão de corte c) eficiência térmica do ciclo d) pressão média efetiva, em kPa Profa. Dra. Simoni M. Gheno Exemplo Determinando as propriedades em cada ponto: Ponto 1: T1=300K, P1=95kPa Com esses dados extraímos da tabela as propriedades: u1=214,07kJ/Kg, vr1=621,2, Pr1=1,3860 Ponto 2: Podemos agora calcular Pr2: Com o valor de Pr2 podemos calcular as proriedades do ponto 2: T2=979,6K, vr2=26,793, h2=1022,82kJ/Kg 04,105 95 7200 3869,1 P P PP 1 2 r1r2 Profa. Dra. Simoni M. Gheno Exemplo Ponto 3: T3=2150K, P1=7200kPa Com esses dados extraímos da tabela as propriedades: h3=2440,37kJ/Kg, vr3=2,175 Ponto 4: 6,10 2150 979,6 . 26,793 621,2 T T . v v T T . v v v v . v v v v 3 2 r2 r1 3 2 2 1 3 2 2 1 3 4 98,22v. v v v r3 3 4 r4 Com esses dados extraímos da tabela as propriedades: T4=1031K e u4=785,75kJ/Kg Profa. Dra. Simoni M. Gheno Exemplo (a) Razão de compressão 19,23 26,795 621,2 v v v v r2 r1 2 1 r (b) Razão de corte 19,2 979,6 2150 T T v v 2 3 2 3 cr (c) Eficiência térmica )h( )u()h( m Q m W 23 1423 cd ciclo h uh 59,7%ou 0,597 )82,1022440,32( )07,21485,757()82,1022440,32( Profa. Dra. Simoni M. Gheno Exercício Considere então um problema atual do ciclo diesel de ar padrão cujas condições no início da compressão são fixadas por P1=200kPa, T1=380K. A taxa de compressão é 20 e a adição de calor por unidade de massa é 900kJ/Kg. Considere a expansão isentrópica V4/V3=12,08. Determine: a) temperatura máxima, em K (Resposta: 1879,5K) b) razão de corte (Resposta: 1,66) c)trabalho líquido por unidade de massa, em kJ/Kg (Resposta: 543,5kJ/kg) d) eficiência térmica (Resposta: 0,604) e)pressão média efetiva (Resposta: 1049kPa) Utilize a Tabela a seguir para auxiliá-lo a resolver o problema. T (K) h (kJ/Kg) u (kJ/Kg) S (kJ/Kg.K) Pr vr 380 380,77 271,69 1,94001 3,176 343,4 840 866,08 624,95 2,77170 57,60 41,85 860 888,27 641,40 2,79783 63,09 39,12 1120 1184,28 862,76 3,09825 179,7 17,886 1140 1207,57 880,35 3,11883 193,1 16,946 1850 2065,3 1534,9 3,7023 1475 3,601 1900 2127,4 1582,6 3,73541655 3,295Profa. Dra. Simoni M. Gheno ) V V 1(V W VV W me 1 2 1 ciclo 21 ciclo P 1 1 1 P RT V R=8,314kJ/KgK Profa. Dra. Simoni M. Gheno
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