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Resposta do caso concreto 1 direito processual penal II

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Caso concreto 1 
 
 Na tentativa de identificar a autoria de vários arrombamentos em residências agrupadas em 
região de veraneio, a polícia detém um suspeito, que perambulava pelas redondezas. Após 
alguns solavancos e tortura físico-psicológica, o suspeito, de apelido Alfredinho, acabou por 
admitir a autoria de alguns dos crimes, inclusive de um roubo praticado mediante sevícia 
consubstanciada em beliscões e cusparadas na cara da pessoa moradora. Além de admitir a 
autoria, Alfredinho delatou um comparsa, alcunhado Chumbinho, que foi logo localizado e 
indiciado no inquérito policial instaurado. A vítima do roubo, na delegacia, reconheceu os 
meliantes, notadamente Chumbinho como aquele que mais a agrediu, apesar de ter ele 
mudado o corte de cabelo e raspado um ralo cavanhaque. Deflagrada a ação penal, o 
advogado dos imputados impetrou habeas corpus, com o propósito de trancar a persecução 
criminal, ao argumento de ilicitude da prova de autoria. Solucione a questão, 
fundamentadamente, com referência necessária aos princípios constitucionais. 
 
Resposta 
O advogado agiu corretamente ao impetrar o remédio constitucional Habeas corpus, pois a 
Constituição Federal, no seu art. 5º, inc. LVI, diz: são inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos. O caso concreto narrado demonstra que a confissão foi adquirida 
por meio de tortura, sendo este meio considerado um crime previsto na lei 9.455/97 (Lei de 
Tortura). Não é admissível no direito brasileiro a obtenção de prova advindas de uma ilicitude 
ou seja provas sem a observância das garantias previstas na ordem constitucional ou em 
contrariedade ao disposto em normas fundamentais de procedimento, configurando uma 
afronta ao princípio constitucional do devido processo legal. 
As provas derivadas das provas ilícitas: por força da teoria ou princípio dos frutos da árvore 
envenenada (fruits of the poisonous tree) a prova derivada diretamente da prova ilícita 
também é ilícita. A proclamação de nulidade do processo por prova ilícita se vincula à 
inexistência de outras provas capazes de confirmar a autoria e a materialidade; em caso 
contrário, deve ser mantido o decreto de mérito, uma vez que fundado em outras provas. 
 
Questão objetiva 
Letra D

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