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Teoria_Neofreudiana psicologia de jung.doc

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Índice
41. Introdução	�
52.Teoria Neo-freudianas (A psicologia analítica de Carl Jung)	�
52.1 A infância de Jung	�
52.2 Os primórdios da teoria junguiana	�
73. A psicologia analítica de Carl Gustav Jung	�
73.1 Estrutura da personalidade	�
73.1.1 O Ego consciente	�
83.1.2 O inconsciente pessoal	�
93.1.2.1 Complexos	�
93.1.3 O Inconsciente colectivo	�
103.1.3.1 Arquétipos junguianos	�
103.1.3.1.1 Animus e anima.	�
103.1.3.1.2 Persona e sombra.	�
113.1.1.3 Self	�
123.2 Funções e atitudes cognitivas na teoria junguiana	�
123.2.1 Duas principais atitudes psicológicas	�
133.3 Desenvolvimento da personalidade	�
133.4 Religião e Jung	�
143.5 Individualização X transcendência	�
4. Conclusão	15
5. Bibliografia	16
�
1. Introdução 
No presente trabalho iremos falar sobre a Psicologia analítica, também conhecida como psicologia junguiana ou psicologia complexa , que é um ramo de conhecimento e prática da Psicologia , iniciado por Carl Gustav Jung o qual se distingue da psicanálise, iniciada por Freud, e da psicologia de Adler e seus contemporâneos, por uma noção diferenciada e abrangente da libido e o surgimento da função transcendente.
A psicologia analítica foi desenvolvida com base na experiência psiquiátrica de Jung, nos estudos de Freud e no amplo conhecimento que Jung tinha das tradições da alquimia , da mitologia e do estudo comparado da história das religiões, e as quais ele veio a compreender como auto-representações de processos psíquicos inconscientes.
Costuma-se dizer que diferentemente de Freud, Jung via o inconsciente não apenas como um repositório das memórias e das pulsões reprimidas, mas também como um sistema passado de geração em geração, vivo em constante atividade, contendo todo o esquecido e também neoformações criativas organizadas segundo funções coletivas e herdadas. O inconsciente coletivo que propõe não é, apesar das incessantes interpretações de seus críticos, composto por memórias herdadas, mas sim por predisposições funcionais de organização do psiquismo (comparáveis às condições a priori da experiência, de Kant )
2.Teoria Neo-freudianas (A psicologia analítica de Carl Jung) 
2.1 A infância de Jung
Carl Gustav Jung nascido em Julho de 1875 em Kesswil (Suíça cresceu em uma família religiosa; seu pai, o reverendo Paul Jung, era pastor protestante do interior, e sua mãe. Emilie, também era filha de pastor. As teorias de Jung sobre a personalidade eram incomparáveis e suas raízes podem ser remontadas a pensamentos e experiências de sua infância. Das reflexões de Jung sobre sua infância, principalmente dois temas tornaram-se proeminentes vindo, mais tarde, a formar a base de sua teoria sobre a personalidade.
Jung quando criança, era introvertido e retraído e passava muito tempo sozinho, em estado contemplativo ou brincando solitariamente. Ele costumava sentar-se em uma grande pedra no jardim de sua casa e a concentrar-se alternadamente em duas ideias: que ele era um garoto sentado sobre uma pedra e que ele era a pedra em que o garoto sentava-se. 
Sua capacidade de assumir a perspectiva da pedra fez nascer nele a ideia de que ele podia de fato ter mais de uma forma de ser. Esse conceito parecia solidificar-se quando o pai de um amigo castigou-o por uma má acção. No momento em que estava sendo repreendido, de súbito, indignava-se de que aquele homem pudesse tratá-la daquela maneira. Ele era uma pessoa importante e distinta que devia ser respeitada e admirada. Ao mesmo tempo, tinha consciência de que era também uma criança travessa que naquele momento estava sendo repreendida por um adulto. Foi então que Jung se deu conta da sua dual personalidade. 
O segundo tema da infância de Jung intimamente, foi o de que as visões e os sonhos que tinham com frequência não eram coincidências insignificantes mas a transmissão de informações do reino do paranormal. Essa ideia fundamentaria posteriormente, seu conceito sobre o inconsciente colectivo. 
2.2 Os primórdios da teoria junguiana
Só muito anos mais tarde, enquanto estava escrevendo uma pesquisa para um livro, foi que Jung leu a respeito das 'pedras da alma' (localizadas perto de Arlcsheim) e sobre antigas e monumentais estátuas de deuses. À medida que lia formava, facilmente, uma imagem mental das pedras e das estátuas porque eram semelhantes à sua pedra pintada e a seu manequim de infância. Ele nunca antes havia visto uma gravura desses objectos nem havia lido a respeito deles (assim resolveu pesquisar na biblioteca de seu pai para ter certeza) mas os havia criado para si mesmo ainda em tenra idade. Essas ocorrências indicavam para Jung que determinados elementos psíquicos são passados de geração para geração por meio de um canal inconsciente. 
Jung estudou medicina na Universidade de Basileia, onde começou a se interessar pela psiquiatria (para o desânimo de seus professores). Ele se formou em 1900, no mesmo ano em que o livro de Freud Die Traumdeutunq (A Interpretação dos Sonhos) foi publicado. Jung leu esse livro e, em 1906, começou a se corresponder com Freud. Não demorou muito para que ambos desenvolvessem uma admiração mútua. 
Tempo mais tarde já não havia dúvida de que Freud escolhera Jung como seu protegido para dar continuidade â tradição psicanalítica. Porém, embora tudo tivesse permanecido tranquilo durante algum tempo, Jung acreditava que as metas e motivações dos indivíduos eram tão importantes na determinação do curso da vida deles quanto o eram os impulsos sexuais. Ele passou a acreditar na existência de arquétipos universais (símbolos emocionais), reconhecidos por se repetidamente nas conversas com seus pacientes. Enquanto Freud acreditava que grande parte da personalidade já estava formada na metade da infância, aproximadamente Jung preferia ver a personalidade em termos de suas metas e orientação futuras. 
Finalmente, a fenda entre esses dois pilares do pensamento psicológico aumentou a ponto de a separação de caminhos parecer ser a única solução. Eles começaram a seguir caminhos diferentes em 1913. Depois disso, Jung retirou-se para a privacidade de sua casa durante um período de solidão e introspecção que durou vários anos. Nessa época, ele se auto-analisou profundamente, chegando a conhecer cada um dos componentes de sua psique. 
Ao fim desse período, estava mais do que convicto de que os princípios básicos de sua teoria eram universalmente válidos. Para distinguir sua teoria da teoria da psicanálise freudiana, ele a chamou de psicologia analítica.
3. A psicologia analítica de Carl Gustav Jung
A psicologia analítica de Carl Jung (1875-1961) concentrou-se menos na questão sexual, buscou uma direcção mais histórica e era mais sintonizada com o espiritual e o sobrenatural do que a psicologia psicanalítica de Freud.
A psicologia analítica de Carl Gustav Jung foca seus estudos na saúde psíquica, nas crenças humanas, mitologias e fatores ocultos. Discorda e vai contra a ideia freudiana de que tudo tem base sexual.Para ele, existe interação constante entre a consciência e o inconsciente, e os dois não são sistemas separados, mas dois aspectos de um único sistema; A psicologia Jungiana está interessada no equilíbrio entre os dois processos e no aperfeiçoamento dinâmico de seu intercâmbio.Toda a libido tem energia psíquica motivadora de comportamento, não só a libido sexual que Freud considerava.
No Complexo de Édipo de Freud, existe uma paixão entre o filho e a mãe...mas para Jung, não existe essa paixão mas sim uma afetividade grande, normal a díade.
Modelos de psique ou da mente junguiano 
Camada externa: consciência, ego
Camada intermediária: inconsciente pessoal e os complexos 
Camada mais profunda: inconsciente coletivo e arquétipos
3.1 Estrutura da personalidade
De acordo com a teoria junguiana, a mente ou a psique está dividida em três partes: 
O ego consciente, 
O inconsciente pessoal 
 O inconsciente colectivo.
3.1.1 O Ego consciente
O ego proposto por Jung é muito semelhanteem escopo e significado ao proposto por Freud. É o aspecto da personalidade que é consciente e incorpora a percepção do self. (Jung acreditava que essa identidade pessoal, ou ego. desenvolvia-se por volta dos 4 anos.) Parte consciente da mente com funções: (percepções, memórias, pensamentos e sentimentos conscientes, juízo crítico, etc).
3.1.2 O inconsciente pessoal
O segundo componente da mente apresentado por Jung é o inconsciente pessoal, que é Formado por conteúdos relacionados às experiências pessoais do indivíduo: elementos reprimidos (suprimidos ) e pelos complexos; contém pensamentos e sentimentos que não fazem parte do conhecimento consciente no presente. Os pensamentos do inconsciente pessoal, entretanto, podem ser acessados. O inconsciente pessoal contém tanto pensamentos quanto impulsos que simplesmente não têm importância no presente e aos quais foram reprimidos de forma intensa por significar ameaça ao ego.
Por exemplo, quando você está assistindo a uma aula de psicologia não está pensando sobre seu encontro amoroso na noite passada (esperamos nós). Essas informações não foram apagadas; apenas não são importantes no momento. A pessoa que está sentada a seu lado pode estar abrigando profundo ressentimento e animosidade para com um irmão ou irmã por causa de inúmeras rivalidades no passado e, contudo, pertencer a uma família em que o amor â família é de suprema importância. Esse indivíduo talvez reprima esses ressentimentos porque eles ameaçam sua capacidade de se ver como uma pessoa 'boa". Tanto esses pensamentos quanto seus impulsos são considerados por Jung como parte do inconsciente pessoal. (Observe que os pensamentos sobre o encontro amoroso na noite passada provavelmente seriam chamados por Freud de "pré-conscientes'.)
Para Jung além disso, o inconsciente pessoal continha informações passadas (retrospectivas) e futuras (prospectivas). Essa constatação partiu da observação de que vários dos seus pacientes tinham sonhos relacionados com problemas e eventos futuros. Isso não quer dizer que eles "viam' o futuro, mas que sentiam coisas que tendiam a acontecer. Concluindo, Jung acreditava que o inconsciente pessoal serve para compensar (equilibrar) atitudes e ideias conscientes. Ou seja, se as opiniões conscientes de uma pessoa forem muito imparciais, o inconsciente pessoal pode salientar o ponto de vista oposto por intermédio de sonhos ou outros meios a fim de restaurar algum tipo de equilíbrio (JLING, 1961 apud, HOWARD S. & MIRIAM, 2009).
3.1.2.1 Complexos
Para Jung, o complexo é um conjunto de sentimentos, pensamentos e ideias carregado emocionalmente, todos relacionados com um tema em particular reprimidos. O potencial de qualquer complexo é determinado por sua libido ou "valor". Complexo: agrupamento de representações e vivências pessoais inconscientes (sentimentos, pensamentos , percepções, memórias), que estão investidos de muita energia psíquica, ou seja, com forte carga emocional (afetos positivos ou negativos). O complexo tem como núcleo um arquétipo.
 Os complexos pode ser constelado (ativado), novas experiências pessoais podem ativar ou constelar os complexos, atuam como se fosse um imã. Quando um complexo é ativado (constelado), perturba o ego e pode dificultar o seu controle.Portanto, complexo é inconsciente, mas afeta a consciência (ego se relaciona com os arquétipos).. Jung acreditava que a personalidade e composta de forças opostas constantemente em luta entre si, estabelecendo (em uma pessoa saudável) algum equilíbrio.
3.1.3 O Inconsciente colectivo
O terceiro componente da psique foi chamado por Jung de inconsciente colectivo. O inconsciente colectivo, talvez o mais controvertido, compreende um nível bem mais profundo de inconsciência e é composto de símbolos emocionais poderosos denominados arquétipos. Essas imagens são comuns a todas as pessoas e vêm sendo formadas desde o início dos tempos (ou seja, elas são "transpessoais”, e não pessoais ou individuais). 
Para Jung nascemos com um inconsciente coletivo e depois de nascidos desenvolvemos o inconsciente pessoal, quando começou a clinicar Jung observou que as imagens mitológicas estavam presentes nos sonhos e nas visões dos seus pacientes, mesmo sem eles conhecerem essas imagens.Não podemos ver o inconsciente coletivo, podemos inferir a sua existência a partir de imagens, símbolos, que surgem nos mitos, nos contos de fada, nos sonhos de todas as épocas e lugares, independentemente de raça ou cultura. 
O Inconsciente colectivo é a estrutura psíquica universal, conteúdo impessoal (não se refere à história pessoal), resultado do acúmulo de experiências de antepassados (ancestrais humanos, pré-humanos ou animais). O conteúdo inconsciente (pessoal e coletivo) se torna consciente por meio do símbolo, os símbolos (imagens) estão nos sonhos e expressam uma comunicação inconsciente. Os símbolos são parcialmente conscientes e parcialmente inconscientes.
Arquétipos são disposições herdadas pela espécie, para reviver experiências vividas pela humanidade, os arquétipos são coletivos e organizados em temas, com todas as possibilidades (padrões de comportamentos) já vividas pela humanidade. Todos os seres humanos revivem os temas (inconsciente coletivo), mas cada indivíduo revive cada tema de acordo com sua experiência individual (inconsciente pessoal). Jung descreveu vários arquétipos diferentes, dentre eles o herói, o sábio ancião, o trapaceio etc.
3.1.3.1 Arquétipos junguianos 
Alguns arquétipos se desenvolveram tanto que são considerados sistemas autônomos que podem ser relativamente independentes do restante da personalidade: persona, anima-animus e sombra.
3.1.3.1.1 Animus e anima. 
Dois importantes arquétipos são o animas (o componente masculino de uma mulher) e a anima (o componente feminino de um homem). O arquétipo animus significa que toda mulher tem um lado masculino e um conhecimento inato correspondente sobre o que significa ser homem; o arquétipo anima encerra que um lado feminino e portanto, o conhecimento sobre o que significa ser mulher reside em todo homem. 
3.1.3.1.2 Persona e sombra. 
Esses dois arquétipos opostos representam as diferenças entre nossa aparência externa e nosso ser interior. O arquétipo persona (que em latim significa máscara) representa as faces socialmente aceitáveis que apresentamos aos outros. Embora cada persona quando vista externamente, seja idiossincrática, o próprio arquétipo é uma imagem idealizada do que as pessoas poderiam ser; ele é modificado pelo esforço particular de cada indivíduo de alcançar essa meta. 
Em contraposição, o arquétipo sombra é o lado escuro e inaceitável da personalidade — os desejos e motivos vergonhosos que preferimos não admitir. Esses impulsos negativos desencadeiam pensamentos e actos socialmente inaceitáveis, quase mesmo que os desejos incontrolados do id proposto por Freud, que podem instigar comportamentos ultrajantes.
3.1.1.3 Self
Self "si mesmo " ser si mesmo é ampliar-se (desenvolver-se) continuamente, mudar, desenvolver aquilo que é pouco desenvolvido. Self é considerado o arquétipo central, seria o conjunto de processos inconscientes que formam a personalidade em si; Nossa essência, a totalidade,a motivação primeira de cada um, a individuação.
O conceito de self aparece na teoria jungiana nos estudos das religiões orientais (busca da unidade). Relaciona-se ao arquétipo que representa desejo humano da unidade esse arquétipo é expresso pelo símbolo da mandala, Self é a meta da vida: integração, a unidade, a totalidade. A religião é um dos caminhos para essa busca da integralidade, há uma predisposição arquetípica para a religiosidade a busca do homem para se ligar a algo maior e para buscar sentido nas coisas. 
Self precisa que outros elementos da personalidade se desenvolvam primeiro, o arquétipo do self não se torna evidente antes da meia-idade. Nesta fase da vida há um esforço para mudar o centro da personalidade do ego consciente para o self (que é um meio do caminho entre a consciência e a consciência).As opiniões de Jung sobre o inconsciente colectivo e seus arquétipos, embora intrigantes, não podiam ser aceitas sem razoável ceticismo. A psicologia científica moderna duvida da existência do inconsciente colectivo, pelo menos no sentido de memórias no cérebro que resultem de experiências de nossos ancestrais. Contudo, a interpretação mais complexa da ideia de Jung provavelmente tem alguma validade. 
Desde que nos conhecemos por gente, as pessoas parecem lutar com os mesmos problemas repetidamente. Por exemplo, por milhares de anos as guerras são travadas em nome de Deus e ainda hoje isso continua sendo verdade, Por que ainda estamos interessados em temas como diferenças entre género, e em identificar o 'Deus verdadeiro' ou a 'religião correcta"? Talvez porque, até certo ponto, Jung estava certo. Parece que como pessoas, compartilhamos determinados interesses e paixões de uma maneira que chega às raias do instinto. 
3.2 Funções e atitudes cognitivas na teoria junguiana.
Jung postulou que a mente tem quatro funções:
Sensação (“Há alguma coisa ali?); 
 Pensamento (“O que é aquilo ali?); 
 Sentimento ("Que valor tem isso?); e 
 Intuição ('De onde vem isso e para onde está indo?"). 
Sendo que o pensamento e o sentimento são maneiras de julgar e tomar decisões. O pensamento relaciona fatores lógicos e objetivos para tomar decisões e fazer julgamentos, enquanto o sentimento usa de valores próprios, valores subjetivos, para julgar e decidir; São funções racionais.
A sensação e a intuição são as formas de aprender informações. A sensação leva em conta as experiências diretas e percepção de detalhes, considera os fatos concretos e palpáveis, já a intuição leva em conta experiências passadas, objetivos futuros e os processos inconscientes; São funções irracionais. Embora todas essas funções existam em todos os indivíduos, uma delas normalmente é dominante.
3.2.1 Duas principais atitudes psicológicas
Além dessas quatro funções, Jung descreveu duas principais atitudes a extroversão e a introversão. Os extrovertidos direccionam a libido (energia psíquica) para coisas do mundo externo, enquanto os introvertidos concentram-se mais no mundo interior. As duas atitudes geralmente estão presentes, mas uma predomina sobre a outra. Há desequilíbrio quando uma tendência está exageradamente desenvolvida em detrimento da outra. 
 Essas duas atitudes, combinadas com as quatro funções, geram oito tipos possíveis de personalidade. Tipo psicológico são diferentes modos de funcionamento da consciência, a tipologia de Jung não tinha como objetivo distinguir diferentes indivíduos, mas descrever processos cognitivos.Veja, por exemplo, uma pessoa cuja função dominante é sentir e cuja atitude dominante é a extroversão; o sentimento dessa pessoa seria orientado para o externo. 
Isso quer dizer, em geral, que essa pessoa faria amigos sem dificuldades, tenderia a ser espalhafatosa e seria facilmente influenciada pelos sentimentos emocionais alheios. 
Entretanto, se a atitude predominante fosse a introversão, o sentimento dela seria canalizado para a introspecção e preocupação com experiências interiores, o que poderia ser interpretado por possíveis observadores como fria indiferença e ironicamente, como falta de sentimento. Portanto, veja que qualquer função dominante pode assumir sabor diferente quando unida com uma ou outra de ambas as atitudes, resultando daí oito diferentes categorias ou tipos de personalidade.
3.3 Desenvolvimento da personalidade 
Diferente de Freud, Jung não considerava a personalidade formada na adolescencia para e le a personalidade tendência progressivamente a se desenvolver durante toda vida, na busca da auto-realização (equilíbrio de forças), da integração (self como centro da psique). Jung considerava o passado (causalidade) e Futuro/ meta (teleologia) ambas importantes para a compreensão da personalidade. A hereditariedade tem importante papel na teoria jungiana na herança dos instintos biológicos (instinto como impulso para agir de uma determinada forma) e herança das experiências ancestrais (arquétipos)
A Infância não determinava o comportamento adulto para Jung e afirmava que problemas emocionais de crianças são reflexos de “experiências perturbadoras em casa.Jung via a fase da puberdade (sexualidade e diferenciação dos pais) como um periodo de desnvolvimento de uma atitude extrovertida emquanto que a meia-idade (final dos 30 anos): o individou desnvolvia uma atitude introvertida, buscando a auto-realização, a pessoa tende a tornar-se menos impulsiva.
3.4 Religião e Jung
A religiao foi o grande tema da vida de Jung com o pai (uma questão importante para ele).A religiao para Jung é um bem cultural formado por símbolos e coloca o indivíduo em contato com si mesmo. Para Jung a religiao pode ser vista de duas maneiras distintas:
Religião pode ser alienação: uma repetição sem sentido (como era para o pai dele)
Religião pode ser desenvolvimento: pode dar sentido (para o indivíduo se redescobrir, descobrir relações), pode permitir olhar uma situação por diferentes ângulos. Religare – ligar-se a si mesmo.
Numa interpretação psicológica da religião , a religião ativa arquétipos.
3.5 Individualização X transcendência
Em termos psicossociais, a vida adulta intermediária já foi considerada um período relativamente estável. Freud (1906-1942) acreditava que a personalidade está permanentemente bem formada antes dessa idade. Em contrapartida, teóricos humanistas como Abraham Maslow e Carl Rogers viam a meia-idade como uma oportunidade para mudança positiva. Estudos longitudinais mostram que o desenvolvimento psicossocial envolve tanto estabilidade como mudança (Franz, 1997; Helson, 1997 apud PAPALIA,et al 2013 ). 
Mas que tipos de mudanças ocorrem e o que as cau- sam? Diversas teorias buscaram responder essa pergunta. Jung sustentava que o desenvolvimento saudável da meia- idade busca a individualização, onde ocorre a emersão de seu eu verdadeiro por meio do equilíbrio ou integração das partes conflitantes da personalidade, incluindo as que foram anteriormente negligenciadas.
De acordo com Jung, até os 40 anos os adultos estão concentrados nas obrigações com a família e a sociedade e desenvolvem aqueles aspectos da personalidade que os ajudarão a alcançar objetivos externos. Duas tarefas difíceis, porém necessárias, na meia-idade são abrir mão da imagem jovem e reco- nhecer a mortalidade. De acordo com Jung (1966 apud PAPALIA, et al,2013 ), "a necessidade de reconhecer a mortalidade exige uma busca por significado dentro de si mesmo". Esse movimento de interiorização pode ser inquie- tante. Contudo, as pessoas que evitam essa transição e não reorientam suas vidas adequadamente perdem a chance de crescer psicologicamente.
4. Conclusão 
Apos uma pesquisa esautiva sobre a teoria em questao concluimos que a personalidade total ou psique, como é chamada por Carl Gustav Jung, consiste de vários sistemas isolados, mas que atuam uns sobre os outros de forma dinâmica. A visão junguiana sobre a personalidade muitas vezes é comparada com a teoria psicanalítica de Freud, pela enfase que a psicologia junguiana dá ao inconsciente. No entanto, as diferenças parecem ser maiores do que as semelhanças.
Os principais sistemas correspondem, na psicologia analítica de Jung, ao ego, ao inconsciente individual e ao inconsciente coletivo, à persona, à anima ou animus, e à sombra. Tais elementos, como um todo, formam a personalidade total ou Si-Mesmo (em alemão Selbst, e em inglês Self).
O ego ou eu é o responsável pela identidade e continuidade, e é encarado, do ponto de vista da pessoa, como sendo o centro da personalidade. Também é denominado mente consciente ou consciência e é constituído de percepções, memórias, pensamentos e sentimentos conscientes. Contrapondo-se à consciência há o inconsciente, que é dividido em duas regiões: o inconsciente individual e o inconsciente coletivo.
O inconsciente individual é uma região adjacente ao ego, econsiste de experiências que foram reprimidas, suprimidas, esquecidas ou ignoradas. Tais conteúdos são acessíveis à consciência, e há muitas trocas de conteúdos entre este e o ego. Os conteúdos do inconsciente coletivo são arquetípicos, ou seja, são inatos, de natureza universal e são os mesmos em toda a parte e em todos os indivíduos. O termo arquétipo não tem por finalidade denotar uma ideia herdada, mas sim um modo herdado de funcionamento psíquico.
Os arquétipos que se caracterizam mais nitidamente são aqueles que mais frequente e intensamente afetam o eu. São eles: a persona, a sombra, a anima e o animus.
5. Bibliografia 
HOWARD S. F e MIRIAM W. S; Teorias da personalidade-Da pesquisa classica a moderna, 2ª edição, New York, PEARSON Editora, 2009.
PAPALIA, D. E; et al.. Desenvolvimento humano, 12ª edição, New York, AMGH Editora, 2013.

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