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América II - Hegemonia dos EUA nas Américas. Isolacionismo Desde a sua fundação, os Estados Unidos pautaram sua política externa pelo neutralismo e pelo isolacionismo. A Doutrina Monroe (1823) era a expressão mais completa dessa perspectiva, que mostrava os interesses dos EUA voltados para a sua hegemonia continental nas Américas. As anexações ocorreram de modo violento (como no caso mexicano) ou pacífico (compra de territórios). Em 1867, o Alasca é comprado à Rússia por 7 milhões de dólares. Já com relação ao resto do mundo, sobretudo à Ásia, os EUA defendiam a política do “open door”, igualando-se às potências européias em sua expansão global. Em 1880 a pauta de exportações dos EUA chegavam a gerar cerca de 835 milhões de dólares. Em 1900, chegava a 1 bilhão e 400 mil dólares. A onda expansionista é retomada, e os EUA controlarão as ilhas do Pacífico, sobretudo o arquipélago de Samoa (cobiçado por alemães e ingleses) e o Havai (que será definitivamente incorporado à federação em 1898). A Doutrina do Direito Manifesto é retomada com energia, agora para garantir os interesses dos trustes, no seu processo expansionista por novos mercados e novos fornecedores de matérias-primas. A Expansão: O Tratado de Zanjón é assinado em 1878, sob os olhares atentos dos EUA e demais potências européias. A Espanha ignora os termos do tratado, atuando com uma repressão ainda mais brutal. O representante da Espanha nos EUA escreve uma carta ofensiva ao presidente americano McKinley. A destruição do couraçado americano “Maine” foi o estopim da guerra em 1898. Em poucos meses os EUA vencem a guerra, resultando na destruição da esquadra espanhola. Cuba e Porto Rico são ocupados. A Espanha também é obrigada a ceder as Filipinas aos EUA. Porto Rico se torna colônia. Cuba, um protetorado. A independência das Filipinas é duramente combatida. Em 1902 terminava a ocupação militar direta em Cuba. Mas nesse mesmo ano, os EUA pressionaram e conseguiram inserir uma emenda na Constituição Cubana. A emenda permitia aos Estado Unidos intervir na política interna cubana sempre que julgasse necessário (em defesa da sua soberania e liberdade???). Era a Emenda Platt. Novos Horizontes A guerra contra a Espanha reacende antigo projeto americano de construir uma passagem que ligasse os dois oceanos, o que era estratégico sob o ponto de vista econômico e militar. Em 1901 o Congresso Americano delibera que o melhor local para a obra seria o Ístimo do Panamá. O problema era que o Ístimo do Panamá era parte do território da Colômbia, que recusa o projeto. A fim de garantir seus objetivos, os EUA incitam e financiam uma rebelião de panamenhos, o que culminará com a separação do Panamá da Colômbia. Imediatamente o governo do presidente Theodore Roosevelt reconhece o novo país. O Panamá assina o tratado com os EUA, concedendo de modo perpétuo a faixa de terra onde seria construído o futuro Canal do Panamá. O mundo para Theodore Roosevelt se dividia entre “nações civilizadas” e “nações bastardas”,o que servia de argumento subjacente à intervenção e dominação. Mas os EUA não estavam sós. Inglaterra se arrogara a missão de “proteger” a África e a Índia. O Japão faria o mesmo no Extremo Oriente. Aos EUA cabiam as Américas. De T. Roosevelt à eleição de Franklin Delano Roosevelt em 1933 (menos de 30 anos), os Estados Unidos realizaram mais de 60 intervenções em assuntos internos de países latino-americanos. O alívio dessa política vem com F.D. Roosevelt, que vai inaugurar a fase da “política da boa vizinhança”. Os EUA passam a atuar como mediadores internacionais nos conflitos e litígios.
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