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Jusnaturalismo princípios

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS: DO JUSNATURALISMO AO PÓS-POSITIVISMO À LUZ DA
HERMENEUTICA CONSTITUCIONAL.
CONSTITUTIONAL BEGINNINGS: OF JUSNATURALISMO TO THE POWDER-POSITIVISM TO
THE LIGHT OF CONSTITUTIONAL HERMENEUTICA.
Danilo Santos Ferraz
Thaís Cruz de Sousa
RESUMO
A inequívoca valência normativa atingida com a perspectiva pós-positivista dos princípios, ditos
constitucionais, resultou em sua localização no ápice do sistema jurídico, caso em que, uma regra para ser
considerada válida, deve, necessariamente, ser compatível e fundante naqueles. Assim, a aplicação de
qualquer teoria da argumentação racional é justificável por intermédio dos princípios, notadamente e
especificamente com o vetor da proporcionalidade. Entretanto, essa força normativa resultou das
compreensões históricas formuladas pelos cientistas do Direito. O objetivo central desta contribuição,
portanto, é analisar os períodos de superação teórica dos princípios, com ênfase na ótica pós-positivista,
como verdadeiro marco de (re)construção do atual paradigma estatal denominado “Estado Principiológico”.
Pretende-se, sob a luz da hermenêutica constitucional, discutir os métodos de interpretação, bem como o
papel do intérprete frente à aplicação concomitante das regras e dos princípios constitucionais no
ordenamento jurídico. A metodologia desta pesquisa é bibliográfica, descritiva e exploratória. Constata-se
que a inserção dos princípios em patamar constitucional, prescinde de uma reformulação das teorias
hermenêuticas aplicadas para análise das demandas submetidas à apreciação pelo Poder Judiciário, e que
corresponda precipuamente aos anseios dos fundamentos da República Federativa do Brasil, especialmente à
dignidade humana, tanto na dimensão egoística e privatística, como cidadão detentor de direitos e deveres,
quanto no espectro público, enquanto ser humano coletivo e com inserção social. Da mesma forma, que as
alternativas eventualmente encontradas devam considerar os direitos fundamentais relacionados, em toda sua
plenitude e esplendor, reafirmando uma nova hermenêutica constitucional.
PALAVRAS-CHAVES: PRINCIPIOS. FORÇA NORMATIVA. FORMULACAO TEÓRICA.
CONSTITUCIONALIZACÃO. Dignidade. NOVA HERMENEUTICA.
ABSTRACT
The unequivocal normative valency reached with the perspective powder-positivista of the beginnings, said
constitutional, it resulted in his/her location in the apex of the juridical system, I marry in that, a rule to be
considered valid, it owes, necessarily, to be compatible and fundante in those. Like this, the application of
any theory of the rational argument is justifiable through the beginnings, especially and specifically with the
vector of the proportionality. However, that normative force resulted of the historical understandings
formulated by the scientists of the Right. The central objective of this contribution, therefore, it is to analyze
the periods of theoretical superação of the beginnings, with emphasis in the optics powder-positivista, about
true mark of (re)construção of the current paradigm denominated state "Estado Principiológico". it is
Intended, under the light of the constitutional hermenêutica, to discuss the interpretation methods, as well as
the paper of the interpreter front to the concomitant application of the rules and of the constitutional
beginnings in the juridical ordenamento. The methodology of this research is bibliographical, descriptive and
exploratory. It is verified that the insert of the beginnings in constitutional landing, abstracts of a
reformulação of the theories applied hermenêuticas for analysis of the demands submitted to the appreciation
by the Judiciary Power, and that it corresponds precipuamente to the longings of the foundations of the
Federal Republic of Brazil, especially to the human dignity, so much in the dimension egoística and
privatística, as citizen holder of rights and duties, as in the public spectrum, while collective human being and
with social insert. In the same way, that the alternatives eventually found should consider the related
fundamental rights, in all his/her fullness and splendor, reaffirming a new constitutional hermenêutica.
KEYWORDS: BEGINNINGS. FORCES NORMATIVE. THEORETICAL FORMULATION.
CONSTITUCIONALIZACÃO. DIGNITY. NEW HERMENEUTICA.
INTRODUCAO
Para a construção do atual paradigma dos princípios, compreensões teóricas foram elaboradas de
acordo com o posicionamento histórico de suas épocas, com o escopo de melhormente serem aplicadas nas
demandas oriundas da vida em sociedade.
Hordienamente, os princípios encontram-se indubitavelmente, no ápice hierárquico do ordenamento
jurídico brasileiro, cujas normas devem, necessariamente para ser válidas, estarem compatíveis com os
princípios constitucionais. Não exercendo apenas e tão somente a função de suprir lacunas existentes no
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* Trabalho publicado nos Anais do XIX Encontro Nacional do CONPEDI realizado em Fortaleza - CE nos dias 09, 10, 11 e 12 de Junho de 2010 5882
sistema jurídico, os princípios têm uma inequívoca valência normativa, resultando na denominação do
consagrado Estado Democrático de Direito em “Estado Principiológico”. [1]
Robert Alexy[2], debruçando-se sobre os princípios, estabeleceu que eles constituiriam verdadeiros
mandados de otimização, e sua aplicação no ordenamento jurídico seria desenvolvida pelo princípio da
proporcionalidade, no que tange aos aspectos da adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido
estrito, de forma a aplicá-los no caso concreto com maior sucesso.
Destarte, com a proporcionalidade torna-se possível a utilização da teoria da argumentação
racional, em que o mandado da ponderação é amplamente justificável frente aos conflitos a serem sanados.
Para demonstrar a felicidade de tal teorização, utilizar-se-á metodologia de natureza bibliográfica,
descritiva e exploratória. O objetivo desta pesquisa, assim, é analisar os períodos de superação teórica dos
princípios, com ênfase na ótica pós-positivista como marco de uma importante revolução no paradigma
estatal atual, denominado-se essa ficção jurídica necessária de “Estado Principiológico”.
Pretende-se, sob a luz da nova hermenêutica constitucional, discutir os métodos de interpretação,
bem como o papel do intérprete frente à aplicação concomitante das regras e dos princípios constitucionais
num dado ordenamento jurídico.
 
1 QUESTÕES DE ORDEM
Para se obter uma compreensão científica – e satisfatória - acerca do conceito de princípios
jurídicos, é necessário fazer uma abordagem ampla do significado da expressão princípio no âmbito
extrajurídico, para em seguida analisá-la no aspecto jurídico, bem como seus efeitos e outras considerações.
“Princípio” em sentido etimológico refere-se ao ato de principiar; momento em que uma coisa tem
origem; ponto de partida de algo ou de alguma coisa, ou simplesmente, a origem, a base que serve de
alicerce para qualquer tipo de desenvolvimento.[3] 
Os princípios em qualquer ramo de estudo ou conhecimento correspondem a algo direcionador, a
um parâmetro que servirá de norte ao resto do sistema. Em outras palavras, uma bússola com a finalidade de
orientar o operador do ramo de conhecimento a qual se dedica, proporcionando uma “luz”’ a ser seguida,
guiando todo intérprete na labuta da compreensão.
Miguel Reale, acerca das noções propedêuticas sobre princípios, ensina-nos de forma clara que:
“[...] os princípios são verdades fundantes de um sistema de conhecimento [...].” [4], podendo ter sido
comprovada ou não, mas precipuamente por questões práticas, por exigência do cotidiano, da práxis jurídica.
Os princípios, na visão do mestre retro, são verdades, constituem fundamentos de validade do
sistema jurídico de conhecimento, no qual o Direito está inserido como tal. Não se admitindo a
caracterização de validade ou invalidade da assertiva – proposição descritiva. 
J. J. Gomes Canotilho,por sua vez, indica aos princípios uma característica agregadora,
identificando-se como forma de auxiliar na interpretação. Correspondem, nesse caso específico, aos
denominados princípios hermenêuticos:
Os princípios hermenêuticos desempenham uma função argumentativa, permitindo, por exemplo,
denotar a ratio legis de uma disposição [...] ou revelar normas que não são expressas por qualquer
enunciado legislativo, possibilitando aos juristas, sobretudo aos juízes, o desenvolvimento, integração e
complementação do direito. [5]
A função hermenêutica desenvolvida pelo jurisconsulto lusitano possibilita, outrossim, o
desenvolvimento da argumentação para obtenção da finalidade da norma – teoria teleológica. Assim, com o
exercício da interpretação dos princípios existentes nas normas jurídicas, é possível encontrar a intenção do
legislador constituinte para aplicação daquela norma ao caso concreto.
Já na visão de Alexy, que construiu sua teoria[6] partindo da premissa de que os princípios, na
qualidade de norma, fazem parte diretamente do ordenamento jurídico, sendo parte integrante desse,
[...] principios son mandato de opmización, que están caracterizados por el hecho de que pueden ser
cumplidos em diferente grado y que la medida debida de su cumplimiento no solo depende de lãs
possibilidades reales sino también de las jurídicas. [7]
Por mandado de otimização, desta feita, entendeu-se algo que serve de orientação e cuja
aplicabilidade deve ser a mais ampla possível, dentre as possibilidades jurídicas existentes para o fato. 
Em linhas gerais, os princípios inseridos no ordenamento jurídico constituem proposições válidas ou
inválidas, e que servem de fundamento e respaldo a todo um sistema normativo e jurídico; por exemplo, no
Brasil é válido o princípio da dignidade da pessoa humana[8], bem como o princípio do acesso à justiça –
inafastabilidade do Poder Judiciário. [9]
Entretanto, a proposição descritiva[10] sobre os princípios aplicáveis é que será tratada como
verdadeira ou falsa; em outros dizeres, é falsa a assertiva de que a pena de morte é proibida, salvo raras
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exceções, haja vista o ordenamento brasileiro vedar em todos os casos a pena de morte em privilégio ao
direito à vida (princípio da dignidade da pessoa humana), que é amplamente tutelado. 
Nesse diapasão, os princípios jurídicos, servem como vetores de coerência geral do complexo de
normas, refletindo sua força sobre as mesmas, de maneira a dinamizar a aplicabilidade da norma ao fato
jurídico. [11]
Como decorrência dos princípios estarem reverenciados como bases ou pilares do ordenamento
jurídico brasileiro, hodiernamente denomina-se o consagrado Estado Democrático de Direito em pujante
Estado Principiológico.[12]
Entretanto, uma longa evolução histórica foi trilhada até o alcance da análise dos princípios sob o
aspecto constitucional - até o advento da normatização dos princípios, ou simplesmente ao estado
principiológico - no qual, estar-se-ão aplicados às pessoas enquanto cidadãos, detentores de direitos e
obrigações, inseridas na coletividade.
Tal evolução histórica trata-se, nesse caso, especificamente dos princípios enquanto normas, na
medida em que prescreve condutas que estão preconizadas no sistema jurídico e que servem de fundamento
para todo o complexo normativo, caracterizando-as como normas prescritivas de condutas heterônomas.[13]
 
2 EVOLUÇÃO DOS PRINCÍPIOS
Analisar a evolução do trato dos princípios permite perceber a divisão em três fases de compreensão
teórica, que não são necessariamente cronológicas. Identificam-se, pacificamente, as seguintes: jusnaturalista;
positivista e pós-positivista.
Ressalta-se que esses períodos correspondem a uma formulação teórica, uma vez que ainda hoje
existem defensores do Direito Natural pertinente à fase jusnaturalista, bem como ainda há defensores do
positivismo, comprovando que as etapas iniciais não se perderam com o decurso do tempo.
2.1 Jusnaturalismo
Na fase jusnaturalista, os princípios correspondem a algo fora da esfera jurídica, existente apenas no
plano da abstratação e cuja normatividade era duvidosa ou simplesmente nula. [14]
A força normativa praticamente nula é justificável sob a alegativa da insuficiência dos princípios
retirados da ordem jurídica para suprir as lacunas existentes, bem como para aplicar em conjunto com a
norma jurídica existente na época.
Nesse momento histórico, os princípios são tidos como filosóficos, que fundamentam os ideais de
justiça, não havia que se falar em positivação; nem possuíam aplicabilidade concreta. Em outras palavras, os
princípios deveriam ser entendidos como algo não aplicável no âmbito jurídico, sendo esse precipuamente um
Direito Natural, decorrentes de um valor ético, em razão da busca pelo senso de justiça. Justiça essa que só
poderia ser encontrada diante das previsões expressas do ordenamento jurídico, que deveriam ser
interpretados concomitantemente como a visão e entendimento do direito natural. [15]
Essa análise jusnaturalista, em decorrência de sua abstratividade, recebe críticas[16] doutrinárias,
principalmente por gerar insegurança e incerteza perante a coletividade.[17] É prejudicial à sociedade
métodos de análise dos conflitos desconhecidos, a depender do poder natural, dessa forma; advindo na
mesma linha a dúvida, quem seria, então, o responsável por julgar a demanda?
Como cada indivíduo é único e singular, cada qual tem o ideal de justiça e de direito que entende
correto e efetivo. E isso é bem peculiar. Assim, em que pese às críticas à fase jusnaturalista, ainda hoje ela
persiste, revigorando-se e reinventando-se.
Com a necessidade teórica e prática jurídica de uma maior clareza referente às normas e aos
princípios – notadamente -, advém apresentar a análise positivista, com a denominada normatização dos
princípios.
2.2 Positivismo
 Diante da insuficiência do exclusivo método do Direito Natural para aplicação jurídica, os
princípios foram inseridos no sistema jurídico, porém apenas e tão somente com eficácia supletiva, sendo
aplicados quando a lei fosse omissa, completando a lacuna existente.
Na fase positivista, os princípios integram os códigos. Paulo Bonavides assim se expressa,
afirmando que os princípios estavam, “[...] entrando já nos códigos como fonte normativa subsidiária”. [18]
Nesse momento, os princípios imiscuíram-se no ordenamento jurídico, sendo positivados no texto
normativo, deixando de ser um instrumento de interpretação, para ser uma norma jurídica (mesmo que em
caráter subsidiário).
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 O que facilmente se percebe, por meio da leitura do artigo 4º da Lei de Introdução ao Código Civil,
que resulta em integração quando houver lacuna ou omissão da lei, verbis, “art. 4º/CC - Quando a lei for
omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais dos direitos.”
(grifo nosso)
Os princípios seriam utilizados para solucionar os litígios coletivos, apenas quando a lei não tratar
de forma explícita do fato ocorrido, suprindo a lacuna que porventura existisse.
Sobre o assunto, Nelson Nery Júnior, aduz que:
Quando se inclui determinado princípio geral no direito positivo do País (Constituição, Leis, etc..), deixa
de ser princípio geral, ou seja, deixa de ser regra de interpretação e passa a caracterizar como cláusula
geral. Assim, as várias classificações que a doutrina tem empreendido nessa difícil problemática
(princípios positivas e não positivados; norma-princípio), passam por caminhos mais tortuosos para
chegar-se asituação parecida: o princípio positivado, ou norma- princípio não é regra de interpretação,
mas norma jurídica. Mais técnico e menos confuso dizer-se que tornam-se cláusula gerais, que têm
conteúdo normativo e que são fonte criadora de direitos e obrigações. [19]
Porém, tal ótica ainda não se mostrava suficiente para obtenção da finalidade precípua dos
princípios atualmente conhecida, qual seja, de parâmetro para aplicação da norma jurídica ao caso concreto,
orientando-a por instrumentos constitucionais, que estariam no ápice do sistema normativo.
Machado Segundo, complementando o acima mencionado, explica por meio da relação entre o
positivismo jurídico e a justiça, entendida essa como sendo aquilo que é justo e adequado à demanda,
objetivo do atual Estado, que,
[...] preocupados apenas com a realidade sensível, vale dizer, aquela que pode ser apreendida através
dos sentidos, os positivistas não consideram possível o exame de valores, que seriam subjetivos,
decorrentes meras emoções etc. Daí não considerarem possível o estudo da Justiça, afastando-a de suas
preocupações cientificas. [20]
Nesse aspecto, o ideal de justiça, daquilo que seria adequado ao caso concreto, efetivando o direito
de quem a pleiteia, representava só o que estivesse escrito no texto normativo (explicitamente).[21] Não há
qualquer tipo de análise valorativa.
O Estado era tido como algoz da liberdade individual, motivo pelo qual, qualquer tipo de
procedimento por ele utilizado deveria estar respaldado nos princípios da estrita legalidade e da taxatividade,
como forma de resguardar preliminarmente a liberdade e outros direitos fundamentais dos cidadãos. 
2.3 Pós-positivismo
Com a postura humanística e teleológica do direito, advém a perspectiva pós – positivista, a partir
da segunda metade do século XX, que é a chamada fase de constitucionalização dos princípios, em que sua
aplicação não ocorre somente quando houver lacunas no ordenamento, mas, a partir de então, sua previsão
consta no texto constitucional, incidindo como fonte para qualquer tipo de julgamento.
Essa inserção em patamar constitucional reflete em todos os ramos do Direito, na medida em que,
os demais ramos devem se pautar em diretrizes da Constituição Federal (Carta Magna), no intento de obter a
validade do comando normativo (constitucionalidade do mesmo).
Sobre o pós-positivismo, Bonavides reafirma a importância dos princípios perante o complexo
jurídico: “As novas constituições promulgadas acentuam a hegemonia axiológica dos princípios, convertidos
em pedestal normativo sobre o qual assenta todo o edifício jurídico dos novos sistemas constitucionais.” [22]
Por sua vez, Machado Segundo menciona que: “[...] na determinação da norma aplicável, o
intérprete parte dos textos normativos, mas considera sobretudo os princípios aplicáveis e as peculiaridades
do caso concreto, em face das quais esses princípios serão ponderados.” [23]
Assim, os princípios constitucionalizados que estruturam vários ramos do Direito, podem estar
previstos de maneira explícita, quando estão escritos de forma clara no texto legal, como o princípio da
moralidade, publicidade, eficiência, legalidade e impessoalidade de observância da Administração Pública
(artigo 37, caput/CF); ou de maneira implícita, quando estão subentendidos, no caso do princípio da
efetividade do processo.
De forma mais clara, exemplifica-se com o princípio da dignidade da pessoa humana que constitui
fundamento do Estado Social Democrático e de Direito, e está expresso na Lei Maior, mesmo que não esteja
expresso de forma clara na norma infraconstuticional, sua observância é obrigatória, sob pena de desrespeito
ao cidadão detentor de direitos e obrigações, além de violar uma norma constitucional.
 Frise-se que não existe hierarquia normativa entre os princípios – mesmo aqueles implícitos na
legislação gozam da mesma preponderância normativa dos comandos abstratos explicitados.
Sua violação acarreta a inconstitucionalidade da norma, fato de grave conseqüência jurídica. Sobre
o assunto, sábias as palavras de Uadi L. Bulos,
A violação de um princípio compromete a manifestação constituinte originária. Violá-lo e tão grave
quanto transgredir uma norma qualquer. Não há gradação quanto ao nível de desrespeito a um bem
jurídico. O interesse tutelado por uma norma e tão importante quanto aquele escudado em um princípio.
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Muita vez, uma ofensa a um específico mandamento obrigatório causa lesão a todo o sistema de
comandos.[24]
Depreende-se do pós-positivismo, que houve uma ruptura do paradigma tradicional, no qual,
resultante da interligação entre valores, princípios e regras, conectando o direito com a moral e a política,
analisa-se “a superação dialética da antítese entre o positivismo e o jusnaturalismo[25]”.
Como um dos principais representantes do pós-positivismo, Robert Alexy busca a finalidade dos
princípios, mediante atribuição de novos conceitos, os quais evocam os mesmo como verdadeiros mandados
de otimização e por meio das ponderações para aplicação prática que pode ser obtida pelo procedimento da
proporcionalidade, sopesando princípios[26]. 
Nessa linha de pensamento, o cientista tedesco acima viu que, na ponderação utilizada em razão da
aplicabilidade dos princípios constitucionais,
Ya se ha insinuado que entre la teoría de los princípios y la máxima de la proporcionalidad existe una
conexión. Esta conexión no puede ser más estrecha: El carácter de principio implica la máxima de la
proporcionalidad, y ésta implica aquélla. [...] Los principios son mandatos de optimización con respecto
a lãs possibilidades jurídicas y fácticas. [27] 
Percebe-se a importância da compreensão da Moral para com o Direito na fase pós-positivista, uma
vez que o Direito para ser justo deve ser analisado interligado com aspectos que não sejam estritamente
normativos, sob pena de ineficácia do mesmo.
Outrossim, ressalta-se novamente que as fases anteriormente mencionadas pertinentes aos
princípios, subsistem modernamente, pelo fato de que indivíduo é resultado do meio em que vive,
representando aquilo que compreende correto e justo, motivo determinante da filiação à corrente que melhor
seja adequado ao seu entendimento do que deve prevalecer em cada circunstância. Dessa forma, os períodos
dizem respeito apenas a uma elaboração teórica da matéria, e não uma artificialidade cronológica.
Depreende-se que os princípios, na atual fase de constitucionalização, não se resumiram apenas a
suprir as lacunas legislativas, mas se desenvolveram como parte integrante das normas constitucionais,
explícitos ou não, na medida em que servem de base para a construção do ordenamento jurídico.
 
3 DISTINÇÃO ENTRE REGRAS E PRINCÍPIOS
 
Diversos são os critérios utilizados para a diferenciação de regras e princípios, com o escopo de
melhor compreensão acerca da teoria dos direitos fundamentais, bem como para solucionar crises práticas.
O método mais conhecido corresponde ao critério da generalidade, em que o princípio apresenta um
grau elevado da mesma, enquanto a regras possuem um baixo grau, como exemplifica Alexy,
Un ejemplo de uma norma com un nível relativamente alto de generalidad es la norma que dice que cada
cual goza de libertad religiosa. En cambio, una norma según La cual todo preso tiene El derecho a
convertir a otros presos tiene um grado relativamente bajo de generalidad. [28]
Os princípios, em decorrência do grau de generalidade, têm seu campo de incidência maior e mais
amplo, uma vez que as regras, ao contrário, por terem baixo grau de generalidade, têm sua aplicação restrita
aos fatos por ela descritos.
Outra forma utilizada para a diferenciação materializa-se na hipótese de flexibilidade, quandoda
solução do caso concreto, em que, se há a possibilidade de ocorrer à relativização para a consequência
jurídica, tal norma é princípio.
Desse modo, exemplifica-se com a norma que estipula o prazo para contestar a ação ser de 15
(quinze) dias a contar do dia da citação[29]; quem, por ventura, quiser contestar no 16º (décimo sexto) dia
não poderá, haja vista a oportunidade de tal direito ter decaído pelo decurso temporal.
Percebe-se que não há exceção à regra mencionada; em outras palavras, não há possibilidade de
flexibilização, pois a legislação é taxativa quanto ao prazo, haja vista quem não apresentar a defesa na
modalidade de contestação no prazo estabelecido legalmente (de quinze dias) será penalizado em regra, com
os efeitos da revelia[30], que corresponde à presunção de veracidade dos fatos alegados pela parte contrária,
ora autor da demanda. 
De forma diversa, se a norma prescreve que o processo tem que ser apto a promover as partes que
demandam uma tutela jurisdicional efetiva (objetivo do Estado Democrático e de Direito) não é possível
estabelecer com precisão quais instrumentos materiais ou processuais jurídicos, ou simplesmente, quais
normas devem ser utilizadas para que seja atingido o objetivo almejado.
Basta que o caminho percorrido independente do tipo que seja trilhado, tenha condições de
materializar um processo tempestivo e adequado, fazendo que o processo seja efetivo e resulte em uma
tutela jurisdicional efetiva. Demonstra-se, por conseguinte, ser uma típica situação de norma-princípio.
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Diferentemente acontece com a norma-regra, a qual estabelece o caminho e os instrumentos a serem
utilizados para que, ao final, o objetivo almejado seja alcançado, sob pena de desrespeito ao instituto e a
incidência de penalidade.
Para Robert Alexy, que desenvolveu seus estudos baseando-se na pretensa distinção existente entre
regras e princípios,
El punto decisivo para la distinción entre reglas y princípios es que los princípios son normas que
ordenan que algo sea realizado em La mayor medida posible, dentro de lãs posibilidades jurídicas y
reales existentes. Por lo tanto, lo princípios son mandatos de optimización, que están caracterizados por
el hecho de que pueden ser cumplidos em diferente grado y que la medida debida de su cumplimiento no
solo depende de lãs posibilidades reales sino tambien de lãs jurídicas. [31]
Convém retornar às lições de J.J Canotilho sobre os critérios de diferenciação entre princípios e
regras, que consistem basicamente no critério da abstração, em que os princípios são vagos e abstratos
enquanto as regras têm menor grau de abstratividade, sendo caracterizado por maior concreticidade, e o
critério da fundamentalidade, posto que os princípios fundamentam todo o sistema jurídico em essência.[32]
Observa-se, ainda, a distinção baseada na colisão de regras e na colisão de princípios. O
ordenamento jurídico formado por normas – regras caracterizadas por serem prescritivas de condutas -, não
admite a existência de comandos incompatíveis entre si, na medida em que corresponde ao conflito entre os
mesmos, devendo ao menos que uma dessas prescrições de condutas incompatível seja eliminada.
Por exemplo, certa norma permite que se fume em ambientes fechados e outra norma preconiza que
é proibido fumar tanto em ambientes fechados como abertos. A esse fenômeno de colisão de regras,
denomina-se antinomia.
Algumas regras de solução de antinomias foram formuladas, porém nem todos os casos de
incompatibilidade conseguem ser sanados por essas regras de solução, momento no qual se distinguem as
antinomias aparentes das antinomias reais.
A antinomia aparente é aquela solucionada pelo próprio ordenamento jurídico, que por si só
encontra um mecanismo de solução[33], enquanto a real é insolúvel, não havendo qualquer regra no sistema
jurídico capaz de solucioná-la, motivo pelo qual, por meio da interpretação (hermenêutica constitucional),
foram criados meios para auxiliar na solução da sobredita antinomia.
Acerca da antinomia real, objeto de colisão entre as regras e que possuem critério de solução, será
aqui tratada para fins de diferenciação com a colisão dos princípios. Esse corte epistemológico é deveras
importante. Assim, conforme as palavras de Tércio S. Ferraz Júnior, as “antinomias reais seriam aquelas para
as quais não há, no ordenamento, regras normativas de solução, sendo aparentes aquelas para as quais
existem critérios normativos”.[34] 
A solução das antinomias (reais) preliminarmente se funda em três critérios: o cronológico, a lei
posterior prevalece no caso concreto sobre a lei anterior; o hierárquico, a lei em patamar superior prevalece
no caso em detrimento da inferior; e o da especialidade, a lei especial prevalece sobre a lei geral.
Busca-se com a aplicação dos métodos da hermenêutica constitucional, a aplicação de uma regra
com o cancelando ou invalidade da regra não aplicada, diante da incompatibilidade dos comandos
normativos[35].
Nas lições oportunas de Robert Alexy, ‘’[...] Un conflicto entre reglas solo puede ser solucionado o
bien introduciendo en uma de lãs reglas uma cláusula de excepción que elimina el conflicto o declarando
inválida, por lo menos, uma de las reglas.’’ [36]
Assim, no ordenamento jurídico não poderá haver colisão de regras, com a finalidade de conservar a
coerência do ordenamento, como requisito de justiça e segurança jurídica do sistema para com a sociedade. 
Em se tratando de princípios, a situação é bem diferente; quando colidem entre si, busca-se a
solução mediante aplicação de um princípio em determinado caso, em detrimento de outro que não obteve
tanta força valorativa para aquele caso específico. Não significa dizer que um princípio foi excluído em
detrimento do outro que prevaleceu. Preserva-se o máximo possível a integridade do princípio preterido e
aplica-se o comando valorativo porventura escolhido. O núcleo principiológico é inviolável, muito embora se
apare as arestas durante o sopesamento axiológico.
O conflito entre princípios, contrariamente ao que acontece com as regras, atua apenas no campo
valorativo, em decorrência da dimensão do peso jurídico que determinado princípio terá naquele caso
concreto, mediante uma flexibilização/ relativização do princípio de menor envergadura.[37]
Na colisão entre princípios, um dos conflitantes é escolhido para a aplicação ao caso concreto, pelo
fato do principio escolhido ter maior importância naquela situação específica que o mitigado, que poderá
prevalecer em outra demanda. 
Ainda sobre o tema da distinção entre regras e princípios, outras formas de diferenciações podem
ser levadas em consideração, sempre com o mesmo objetivo: uma melhor interpretação da matéria, em razão
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da tênue linha divisória entre ambas. Humberto Ávila assim explica,
As regras podem ser dissociadas dos princípios quanto ao modo como prescrevem o comportamento. As
regras são normas imediatamente descritivas, na medida em que estabelecem obrigações, permissões e
proibições mediante a descrição da conduta a ser cumprida. [...] Os princípios são norma cuja qualidade
frontal é, justamente, a determinação da realização de um fim juridicamente relevante, ao passo que
característica dianteira das regras é a previsão do comportamento. [38]
Diante do exposto, percebe-se que as normas correspondem ao gênero do qual fazem parte, como
espécies, as regras e os princípios. Cada qual com suas peculiaridades inerentes ao instituto e que tornam o
ordenamento jurídico completo, na medida emque as lacunas podem ser perfeitamente preenchidas pelos
princípios e que proporcionam uma justiça efetiva. 
 
3.1 Da proporcionalidade
Por influência do direito administrativo alemão, a doutrina brasileira debruçou-se acerca do instituto
da proporcionalidade. Em se tratando de colisão entre princípios, sana-se o problema com o sopesamento
(depuração) dos mesmos, a fim de se verificar qual tem maior aplicabilidade no caso concreto, por meio das
singularidades inerentes à demanda.
Dessa forma, um princípio exclui o outro apenas e tão somente para efeitos de aplicação na
demanda específica. Ambos os princípios continuam válidos e de observância obrigatória no ordenamento
jurídico brasileiro.
Wilson Steinmetz menciona que a base a servir de fundamento a todo o sistema jurídico consistente
na, “[...] teoria dos princípios e a metodologia é aquela que se estrutura no princípio da proporcionalidade,
sobretudo no princípio da proporcionalidade em sentido estrito – este último também chamado ponderação
de bens.” [39]
O procedimento aplicado para a escolha do princípio predominante na situação específica será o da
proporcionalidade, que consiste em três análises detalhadas, quanto à observância da adequação, necessidade
e proporcionalidade em sentido estrito.
Por adequação compreende-se que a medida escolhida para o caso concreto deve ser apta para
promover a obtenção da finalidade almejada, “devendo existir, portanto, congruência entre a medida adotada
e a finalidade da norma.” [40]
Em segundo momento analisa-se a necessidade ou exigibilidade, nesse contexto será buscado o
meio que traga menor prejuízo, o mais brado possível para as partes envolvidas na demanda, no que tange
aos direitos fundamentais e princípios constitucionais envolvidos. Nas palavras de Valeschka, “[...]
exigibilidade é a busca do meio menos injurioso aos bens e valores constitucionalmente protegidos [...].” [41]
Por fim, observa-se a proporcionalidade em sentido estrito que é em essência compreender o
benefício da medida a ser aplicada, ou simplesmente o sopesamento de valores para saber qual dentro das
circunstancia irá prevalecer na situação específica por meio das restrições aos direitos fundamentais com a
escolha do princípio a ser aplicado.
Em outras palavras, é imprescindível saber se o princípio que será utilizado ao julgar é adequado, na
medida em que fomenta o alcance da finalidade almejada; se é necessário como forma mais branda diante de
outras possibilidades de aplicação à situação; e se é proporcional em sentido estrito, devendo buscar nesse
momento a importância do princípio que porventura venha a ser utilizado e o menor prejuízo que se possa
causar à segurança jurídica.
No sistema jurídico brasileiro, em que as normas geralmente possuem proposições baseadas em
princípios, a aplicabilidade do procedimento da proporcionalidade mostra-se necessária, e de suma
importância para o fiel cumprimento da finalidade precípua do texto normativo constitucional, quanto à
apreciação das demandas pelo judiciário.
 
4 DA SUPREMACIA DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS.
Acerca da importância jurídica da constitucionalização dos princípios para o sistema jurídico
brasileiro, a jurista Germana de Oliveira Morais afirma que, 
[...] vivemos uma época de transição: de transição do Direito ‘’ por regras’’, antes reconduzível ao
legalismo, ao Direito ‘’ por princípios’’, consectário do reconhecimento da insuficiência da lei, porque
nem sempre capaz de realizar a Justiça, da lei como parâmetro exclusivo ou primordial das condutas em
sociedade. Vivenciamos concomitantemente a demolição parcial do Direito ‘’por regras’’ e a construção
paulatina do Direito ‘’por princípios’’[42]
Os princípios, na medida em que se inserem no sistema normativo, possibilitam sua aplicabilidade de
forma direta e até mesmo indireta, uma vez que o complexo de condutas formado apenas de regras se mostra
insuficiente perante os anseios oriundos da coletividade (que constantemente varia, sempre de acordo com o
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momento histórico presenciado).
Essa possibilidade de empregabilidade dos princípios, materializado os fundamentos e objetivos do
Estado Democrático de Direito, vez que a norma originária nem sempre atende aos anseios da sociedade,
pelo fato da evolução da coletividade ser um fato constante e permanente, representa uma segurança jurídica,
bem como uma credibilidade junto ao Poder Judiciário (órgão responsável que chamou para si a
responsabilidade em dirimir as lides sociais, por impossibilidade do exercício da autotutela, que na prática
causava injusta e fomentava a desigualdade).
 Segurança jurídica, em razão da certeza que apesar de determinado tipo de conduta não estar
previsto de forma expressa no texto legal, por ser originário da evolução social histórica, existem princípios
que evoluíram junto com coletividade e que vedaram aquela conduta não desejada.
E credibilidade no Poder Judiciário, por proporcionar à sociedade um provimento judicial efetivo,
na medida em que atende aos reclamos sociais, diante de valores e princípios considerados importantes e que
representam na essência a própria dignidade da pessoa humana.
 A tutela jurisdicional efetiva não é obtida apenas quando o juiz faz cumprir a lei, tal como está
expressa no texto jurídico, aplicando no caso concreto a vontade do legislador da época em que foi criada a
norma; mais que isso, a efetividade da tutela, materializa-se com a análise minuciosa das garantias advinda
dos princípios constitucionais interligados com as peculiaridades da demanda submetida ao Judiciário.
Momento em que o juiz se revestirá da imparcialidade[43], para considerar apenas as situações ao
qual lhes são apresentadas (nos autos processuais), sem interferências pessoais, caso contrário, consistiria em
erro crasso.
 Possibilitar uma análise diante das peculiaridades do caso concreto em conexão com os princípios,
sem esquecer, é claro, das regras pertinentes à situação, corresponde mais que uma justiça propriamente dita.
Resulta no respeito à ordem constitucional, mas também, a condição de cidadania própria dos indivíduos,
protegida pelo princípio da dignidade da pessoa humana, do qual somos todos detentores.
 
5. A HERMENUTICA DOS PRINCÍPIOS FRENTE O PÓS-POSITIVIMO
5.1 Hermenêutica 
A palavra hermenêutica tem origem helênica e corresponde ao ato de interpretar, buscar o sentido
de alguma coisa, diferindo do significado de interpretação por ser mais amplo, abrangendo-o.[44]
Tal sentido é entendido como algo inesgotável[45], sob pena de desnecessidade da hermenêutica.
Só se busca um sentido de alguma coisa, pelo simples fato dessa coisa possuir mais de um sentido; caso
contrário, seria atividade totalmente desnecessária ao intérprete.
Para uma melhor clareza conceitual de hermenêutica, Meton Marques de Lima ensina que:
A hermenêutica busca o significado das manifestações simbólicas; compreende o processo de decifração
que parte de um conteúdo de um significado manifesto para um significado latente ou escondido [...] é,
em sua essência, contrária aos métodos fechados e dogmáticos, afirmando-se no processo dialético
apoiado em categorias como a historicidade, a linguisticidade, a tradição, a retórica, a pré-compreensão,
a experiência, os paradigmas, a critica, o método científico.[46]
Em outras palavras, a aplicação hermenêutica em âmbito jurídico possibilita o conhecimento da
finalidade precípua da norma, bem como a intenção do legislador originário - da época, considerando os
costumes e valores do momento, em decorrência da interpretação histórico evolutiva da época do advento da
lei.[47]
5.2 Métodos de interpretação constitucional
A Constituição Federal sempre fora a lei máxima doordenamento jurídico brasileiro, em que pese
algumas retaliações históricas. Na época ditatorial, onde prevalecia à vontade do ditador, com o poder
concentrado em suas mãos, a atual carta magna era enfrentada por alguns como uma mera carta de
intenções, contendo disposições vazias e abstratas.
Nesse contexto, os métodos hermenêuticos de interpretação das normas constitucionais,
denominado de não-interpretativistas, consideravam o ato de interpretar apenas a conduta de ler e
decodificar, no qual era demandado o mesmo esforço para interpretar uma lei ordinária ou um dispositivo
constitucional.
Os métodos consistiam basicamente: no literal, prevalecendo o que estava disposto na lei, sem a
possibilidade de qualquer interpretação; no sistemático, onde uma norma não podia ser analisada de forma
individual; no teleológico, se levava em conta a finalidade do legislador; e no histórico, onde se analisava a
época em que a lei havia sido elaborada. 
Diante da insuficiência dos métodos hermenêuticos[48], uma vez que são destituídos de valores
(não há uma compreensão do aspecto material da Constituição), com a nova visão constitucional, bem como
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a inserção dos princípios no ordenamento jurídico, Canotilho propõe a atual corrente interpretativista, para
interpretar as normas constitucionais que exige mais esforço que a interpretação das normas ordinárias.
Não há uma contraposição[49] entre as correntes, apenas a interpretativista assume a insuficiência
da primeira e agrega os princípios da: unidade da constituição; efeito integrador; concordância pratica;
máxima efetividade; princípio da forca normativa da constituição e a justeza ou conformidade judicial das
normas constitucionais[50].
A unidade da constituição busca uma interpretação que não fomente a contradição entre as normas
do ordenamento jurídico, observando a compatibilidade com a Carta Magna, é o princípio que por excelência
preserva a Constituição[51], interligado, apresenta-se o princípio do efeito integrador que ao dirimir um
conflito deve-se haver “primazia aos critérios ou pontos de vista que favoreçam a integração política e social
e o reforço da unidade política.” [52] 
O operador do direito utilizar-se-á o princípio da concordância prática para ajustar os bens / valores
jurídicos que estão em colisão com o escopo de estabelecer limites a sua aplicação, promovendo uma
harmonização, nesse sentido busca-se na aplicação da norma constitucional, “o sentido que maior eficácia lhe
dê” [53], por meio do princípio da máxima efetividade.
Como corolário do fato da constituição ser uma lei suprema, deve ter, dessa forma, preferência os
seus pressupostos na análise das demandas submetidas à apreciação – princípio da força normativa da
constituição -, e por fim, “o órgão encarregado da interpretação da lei constitucional não pode chegar a um
resultado que subverta ou perturbe o esquema organizatório-funcional constitucionalmente estabelecido”
[54], por meio do princípio da justeza ou conformidade funcional.
Assim, o intérprete, ao conduzir a norma constitucional ao caso concreto deve aplicá-la de forma
cuidadosa, a verificar a utilização dos métodos próprios para tanto, com a finalidade de aproximar a
interpretação do individuo e da sociedade, demonstrando que a mesma atende aos anseios sociais atuais,
acompanhando o crescimento histórico-evolutivo.
Raimundo Bezerra Falcão menciona o crescimento social e individual relacionado ao ato de
interpretar que,
Cabe ao intérprete levar em conta o crescimento do indivíduo e o da sociedade. [...] acontece que pode
chegar-se a um ponto em que a interpretação se afaste de tal modo do indivíduo e se encaminhe tanto
para o social que isso acarrete ao indivíduo uma ameaça de descaracterização de sua dignidade intrínseca
[...] de igual maneira, pode acontecer de a interpretação distanciar-se tanto do social, tendendo para os
interesses individuais, que, num determinado ponto, comecem os conflitos [...]. [55]
Destarte, com a constitucionalização dos princípios, os métodos de interpretação se tornaram
insuficientes para alcançar a finalidade da norma constitucional, resguardando o indivíduo em todas as
situações, momento em que o Estado deixa de ser inimigo da população e passa a ser responsável ativo pelo
progresso da nação ao qual está inserido (intervencionismo – ações afirmativas).
O intérprete, ao utilizar à hermenêutica para fins constitucionais, deve primar nas demandas
submetidas à apreciação por Poder Judiciário por mecanismos que promovam a aplicação e materialização
dos fundamentos e objetivos da República Federativa do Brasil, elevando a cidadania e dignidade humana, e
pugnando por uma sociedade mais livre, justa, solidária e desenvolvida. 
5.4 Nova hermenêutica constitucional
O positivismo jurídico impossibilitava no exercício da interpretação constitucional a consideração
dos princípios e dos valores, impossibilitando de forma absoluta a tarefa hermenêutica no a ótica material da
constituição.
Com a superação do positivismo pelo pós-positivismo, os princípios e valores constitucionais
tornaram-se indispensáveis para uma compreensão satisfatória da Constituição, proporcionando a inserção
de uma denominada nova hermenêutica constitucional, apta a promover uma reconstrução das teorias até
então existente e resultando na quebra do antigo paradigma do Estado.
Essa nova hermenêutica concentra-se na unidade da Constituição Federal (bem como, nos métodos
de Canotilho, anteriormente mencionados), como sendo lei suprema de todo o sistema jurídico e que
compreende em sua estrutura princípios e valores que servem de fundamento e legitimidade para a prolação
dos julgados judiciais. 
Verifica-se a inserção do conceito de concretização, em que as disposições normativas
constitucionais são vagas, amplas, abstratas cabendo ao operados do direito / intérprete constitucional
fomentar a integração da norma vaga com o fato ocorrido, de maneira de “encaixar” o ordenamento jurídico
com as hipóteses de incidência da norma.
Com a renovação da hermenêutica, uma estrutura jurídica foi resultante em que nas lições de Paulo
Bonavides:
[...] o reconhecimento da eficácia normativa dos princípios gerais de direito, convertidos doravante em
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princípios constitucionais e, portanto, erguidos do seu grau de subsidiariedade interpretativa nos
Códigos até o topo da hierarquia normativa do sistema jurídico [...] a expansão normativa do Direito
Constitucional a todos os ramos do Direito, acompanhada de uma firmação definitiva de superioridade
hierárquica, e, finalmente, a tese vitoriosa de que a Constituição é direito e não idéia mero capitulo da
Ciência Política.[56] 
Se a Constituição Federal é encarregada de estudar o ordenamento positivado e delimitar as
relações de forma genérica, mas que servirá de fundamento e diretriz para o estabelecimento das relações de
forma específica, preconizadas nos variados ramos do Direito, nada mais justo do que moldá-la de princípios
e valores constitucionais que acompanham a evolução história e que privilegiam o respeito aos indivíduos.
Por meio do pós-positivismo, o Direito Constitucional tem como parte de maior ênfase a
hermenêutica, haja vista ser ela responsável por dar aplicabilidade prática por meio da interpretação das
normas contidas na Carta Magna.
5.5 Teoria da argumentação racional.
Os princípios tidos por constitucionais, aplicados como critério de valoração (princípio da
proporcionalidade), devem ser utilizados por meio uma teoria da argumentação racional, emque há
possibilidade de o operador do direito, de forma clara e precisa demonstrar, justificar a valoração, bem como
a solução encontra ao caso específico. [57] Marcel Mota, sobre a teoria mencionada explica que,
A teoria do discurso constitui uma terceira via entre o relativismo e o absolutismo ético. Ao descartar o
relativismo ético, a teoria do discurso oferece a possibilidade de discussão racional sobre questões
jurídicas e morais. Rejeita-se o ceticismo jurídico. Ao superar o absolutismo ético, atende as exigências
das sociedades pluralistas regidas por uma constituição democrática. [58]
Por outro lado, a teoria do discurso foi desenvolvida por Alexy para ser aplicada no caso concreto,
com o emprego da ponderação de valores, sopesando-os, em que o operador do direito justifica sua análise,
primando pela observância dos direitos fundamentais, em que “com base em uma teoria da argumentação
racional, é possível justificar racionalmente o mandado de ponderação.” [59]
A Constituição de 1988 foi pródiga na previsão de direitos e por ser o “centro em torno do qual
giram várias ordens normativas fragmentadas” [60] não há como entender qualquer direito sem obtemperar
o esboço que a Carta Magna faz dele.
Diversos direitos foram dotados pelo constituinte de uma condição de fundamentalidade, compondo
o rol dos direitos fundamentais que “são direitos público-subjetivos de pessoas (físicas ou jurídicas), contidos
em dispositivos constitucionais e, portanto, que encerram caráter normativo supremo dentro do Estado.”
 [61]
Assim, pode-se citar alguns direitos fundamentais a título meramente ilustrativo: de liberdade – de
culto, de pensamento, de expressão –; de incolumidade física – vedação de penas cruéis ou desumanas; de
segurança jurídica – propriedade, ato jurídico perfeito, direito adquirido, coisa julgada; de um processo
justo – devido processo legal, inafastabilidade da jurisdição, contraditório e ampla defesa; etc.
Ressalta-se que por interpretação do artigo 5º, parágrafo 2° da Constituição Federal: “os direitos e
garantias fundamentais expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte.”
Demonstrando assim, o papel integrador do texto constitucional, qual seja, proporcionar uma
relação direta da Constituição por meio dos direitos e garantias fundamentais com os tratados
internacionais.[62]
A legislação processual civil pátria (artigo 461-A) estabelece, outrossim, que o devedor
inadimplente poderá sofrer a expropriação de seus bens, com a finalidade de satisfazer a obrigação objeto da
penhora; entretanto, a decretação de tal procedimento deve ser revestida de análise minuciosa, pois o
exeqüente tem a seu favor o direito de crédito e a prerrogativa da boa fé, uma vez que a obrigação tinha sido
por ambos anteriormente pactuada. Em contraponto, o executado é resguardado pelo devido processo legal,
pela dignidade da pessoa humana, dentre outras direitos e princípios que privilegiam sua condição. Eis um
grande desafio da nova hermenêutica que se pretende delinear nos dias hodiernos, qual seja, satisfazer
interesses contrários e constitucionalmente assegurados.
 O magistrado, dessa forma, terá que sopesar por meio do vetor da proporcionalidade o princípio
constitucional da segurança jurídica e as garantias também constitucionais, para que o provimento judicial
seja o mais brando possível, sendo, porém, o mais efetivo e justo às peculiaridades das partes que demandam.
Esse sopesando além de servir como controlador da atividade do operador do direito exerce a
função de tutelar a liberdade, bem como, “[...] por igual, em nível hermenêutico, um excelente mecanismo de
controle, apto a solver, por via conciliatória, problemas derivados de uma eventual colisão de princípios.”
[63]
Em síntese, sob o prisma da teoria da argumentação racional, e considerando os princípios
verdadeiros postulados normativos constitucionais, de observância obrigatória em todo ramo do
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conhecimento jurídico, o operador do direito, em cada situação concreta, analisando as peculiaridades em
jogo, deverá justificar suas atitudes, suas escolhas, tudo com a base na Constituição Federal, para obtenção
de um resultado racional, justo e constitucional. 
 
CONCLUSÃO
Os princípios, de maneira ampla, podem possuir definições diversas, que variam consoante o caso
em que se quer aplicar, podendo ser princípio hermenêutico, princípio como verdade de um sistema de
conhecimento, ou simplesmente, princípio como norma. Uma vez constitucionalizados, constituem
fundamento de validade das demais normas do sistema jurídico.
A fase de constitucionalização, ou simplesmente pós-positivista, foi resultado de uma evolução
histórica, compreendendo as análises: jusnatural, em que os princípios correspondiam a algo abstrato, fora do
sistema normativo; positivista, que passam a integrar o sistema jurídico como fonte subsidiária de aplicação;
e, por fim, a pós-positivista, sendo os princípios encarados como normas positivadas constitucionalmente, de
observância obrigatória.
 Esses períodos percorridos pelos princípios devem ser entendidos como etapas de uma
interpretação teórica, pelo fato de ainda hoje existirem doutrinadores defendendo a teoria jusnaturalista,
relacionada ao Direito Natural e teoria positivista, seu contraponto.
A constitucionalização dos princípios proporcionou a utilização de forma clara no caso concreto do
procedimento da proporcionalidade, que consiste basicamente numa técnica de argumentação relativa à
colisão de princípios, a fim de obter para a aquela determinada situação uma melhor solução, analisando
cuidadosamente com base na adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito.
Os princípios, como espécies do gênero norma, acarretam uma confusão teórica sobre os critérios
entre aqueles e as regras, o que possibilita uma série de critério para diferenciá-los, tais como grau de
generalidade, relativização ou flexibilização, critério de solução de conflito, entre outros.
 Diante da impossibilidade de o legislador prever todas as situações em que a sociedade pode se
submeter, o sistema jurídico brasileiro, por vezes, pode apresentar lacunas que, a depender do caso, podem
ser supridas pela existência de princípios.
Os princípios, na atual fase de constitucionalização, não se resumiram apenas a suprir as lacunas
legislativas, mas correspondente a fazer parte integrante das normas constitucionais, sejam explícitos, sejam
implícitos, na medida em que servem de base para a construção do ordenamento jurídico.
Essa constitucionalização permitiu o desenvolvimento de uma nova hermenêutica constitucional que
proporciona ao operador do direito garantir a supremacia da Constituição Federal, principalmente no que
tange a observância dos direitos fundamentais, que só podem ser respeitados se a norma for válida e estiver
em acordo com os princípios norteadores do ordenamento jurídico.
Outro ponto a se considerar, com a inserção dos princípios no comando normativo, foi à utilização
do vetor hermenêutico da proporcionalidade para sopesar os princípios quando colidirem no caso concreto,
momento em que o magistrado se valerá de uma teoria da argumentação racional para fundamentar seu
julgado. Eis uma verdadeira teoria da argumentação racional, conforme lições de Alexy.
Assim, promove-se aos administrados considerados em sua individualidade e à coletividade uma
maior segurança jurídica e credibilidade junto ao Poder Judiciário, mormente em que a decisão será
devidamente fundamentada sob o ponto de vista constitucional, não desmerecendo qualquer comando
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2004.
[1] A expressão “Estado Principiológico” é utilizada pelo autor Humberto Ávila, na obra Teoria dos Princípios: da definição a
aplicação dos princípios jurídicos. 4 ed. São Paulo: Malheiros, 2005.
[2]Cf. ALEXY, Robert. Teoria de los derechos fundamentales. Madrid: Centro de estudios políticos y constitucionales, 2002.
[3] Dicionário Aurélio Básico da língua portuguesa. Fortaleza: Verdes Mares, 1998, p. 529.
[4] Cf. REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. São Paulo: Saraiva 1980, p. 299.
[5] Cf. CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2003, p.
1161.
[6] Nesse sentido Steinmetz acerca da teoria de Alexy, afirma que: “ela tem como elementos básicos, a distinção teórico - estrutural
entre princípios e regras, segundo a qual os princípios são mandamentos de otimização e as normas mandamentos definitivos [...].”
STEINMETZ, Wilson. A vinculação dos particulares a direitos fundamentais. São Paulo: Malheiros, 2004, p. 203.
[7] Tradução livre, “Os princípios são mandado de otimização, caracterizados pelo fato de ser cumpridos em diferente grau e que a
medida devida ao seu cumprimento não depende apenas das possibilidades reais, mas das jurídicas também.” Cf. ALEXY, Robert,
op. cit., p. 86.
[8] O princípio da dignidade da pessoa humana constitui fundamento do atual Estado Democrático de Direito, conforme artigo 1º, III
da Constituição Federal de 1988, conforme Bulos afirma que: “[...] a dignidade da pessoa humana é o valor constitucional supremo
que agrega em torno de si a unanimidade dos demais direitos e garantias fundamentais do homem, expressos nesta Constituição. Daí
envolver o direito à vida, os direitos pessoais tradicionais, mas também os direitos sociais, os direitos econômicos, os direitos
educacionais, bem como as liberdades públicas em geral.” BULOS, Uadi Lammêgo. Constituição Federal anotada. 5. ed. São
Paulo: Saraiva, 2003, p. 81
[9] Previsto no artigo 5º, XXXV da Constituição Federal. Sobre o assunto explica Bulos que: “[...] através desse princípio, todos têm
acesso à justiça para pleitear tutela jurisdicional preventiva ou reparatória a lesão ou ameaça de lesão a um direito individual, coletivo,
difuso e até individual homogêneo. Constitui, portanto, um direito público subjetivo, decorrente da assunção estatal de administração
da justiça, conferido ao homem para invocar a prestação jurisdicional, relativamente ao conflito de interesses qualificado por uma
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pretensão irresistível.” Ibid., p. 220.
[10] Distinguindo norma jurídica de proposição jurídica, Kelsen defende que a proposição descritiva: “Descreve as normas jurídicas
produzidas através de atos e conduta humana e que hão de ser aplicadas e observadas também por atos de conduta e,
consequentemente, descreve as relações constituídas, através dessas normas jurídicas, entre os fatos por ela determinados. As
proposições ou enunciados nos quais a ciência jurídica descreve estas relações devem, como proposições jurídicas, ser distinguidas
das normas jurídicas que são produzidas pelos órgãos jurídicos, a fim de por eles serem aplicados e serem observadas pelos
destinatários do direito.” KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. (tradução João Batista Machado). São Paulo: Mastins Fontes,
1999, p. 70. 
[11] ALEXY, Robert op. cit., p. 70.
[12] ÁVILA, Humberto, op. cit., p. 15-16.
[13] São normas que estabelecem as condutas em sociedade, o poder de dizer o direito de forma abstrata e se houver litígio,
corresponde ao poder de dizer o direito no caso concreto.
[14] Conforme Bonavides ensina: “[...] Os princípios habitam ainda esfera por interior abstrata e na sua normatividade, basicamente
nula e duvidosa, contrasta com o reconhecimento de sua dimensão ético – valorativa ou idéia que inspira os postulados de justiça.”
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 24. ed. São Paulo: Malheiros, 2009, p. 259. 
[15] MACHADO SEGUNDO, Hugo de Brito. Fundamentos do direito. São Paulo: Atlas, 2010, p. 27.
[16] Machado Segundo continua afirmando que: “esses defeitos decorreriam do fato de não ser supostamente possível determinar, de
forma objetiva, o conteúdo da tal ordem suprapositiva paradigmática ou ideal, vale dizer, do direito natural. [...] muitas das ideais
jusnaturalistas não só não resolvem a questão, mas às vezes, podem ate mesmo agravar os problemas que visam a resolver. Admitir a
possibilidade de ser afastar a ordem positiva em face de uma ordem ideal, mais justa, pode ser muito bom, mas pode também ser
muito tuim.” Ibid., p. 28-29.
[17] MACHADOSEGUNDO, Hugo de Brito, op. cit., p. 30.
[18] Cf. BONAVIDES, Paulo, op. cit., p. 262.
[19] Cf. NERY JÙNIOR, Nelson. Contratos no Código Civil. In: FRANCIULLI NETO, Domingos; MENDES, Gilmar Ferreira;
MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva (coord). O Novo Código Civil: Estudos em Homenagem ao Prof. Miguel Reale. São Paulo:
LTr, 2003, p. 406.
[20] Cf. MACHADO SEGUNDO, Hugo de Brito, op. cit., p. 40.
[21] Ibid., p. 41.
[22] Cf. BONAVIDES, Paulo, op. cit., p. 264.
[23] Cf. MACHADO SEGUNDO, Hugo de Brito, op. cit., p. 61.
[24] Cf. BULOS, Uadi Lammêgo, op. cit., p. 71.
[25] GUERRA FILHO, Willis Santiago. Processo constitucional e direitos fundamentais. 2 ed. São Paulo: Celso
Bastos/IBDC,2001. p. 52-53.
[26] Por sua vez Marcel Mota explica que: “Parte da distinção dworkiniana entre regras e princípios jurídicos e, através de
refinamentos e elaboração de novos conceitos, destacando-se a conceituação dos princípios como mandados de otimização, edifica
uma teoria estrutural dos direitos fundamentais, que fornece as categorias analíticas adequadas à solução de variados problemas
relativos aos direitos fundamentais, como o de sua restringibilidade e do caráter restritivo. As ponderações são analisadas de acordo
com sua devida importância na dogmática jusfundamental, o que se confirma pela determinação de uma lei da ponderação,
indispensável no exame promovido pelo procedimento da proporcionalidade.” MOTA, Marcel Moraes. Pós-positivismo e restrições
aos direitos fundamentais. Fortaleza: Omni, 2006, p. 66.
[27] Tradução livre: “Há de ser considerado que entre a teoria dos princípios e da máxima da proporcionalidade, existe uma conexão.
Esta conexão não pode ser mais estrita. O caráter do princípio implica na máxima da proporcionalidade e esta implica naquela [...] os
princípios são mandados de otimização com respeito as possibilidade jurídicas e fáticas.” ALEXY, op. cit., p. 111-112.
[28] ALEXY, Robert, op. cit., p. 83 - 84.
[29] Conforme se extrai do artigo 297 do Código de Processo Civil: “O réu poderá oferecer no prazo de 15 (quinze) dias, em petição
escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.”
[30]Conforme se extrai do artigo 319 do Código de Processo Civil: “Se o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos
afirmados pelo autor.”
[31] Tradução livre: “O ponto decisivo para distinção entre regras e princípios, é que os princípios são normas que ordenam que algo
seja realizado na maior possibilidade e medida possível, dentro das possibilidades jurídicas e reais existentes. Para tanto, os princípios
são mandado de otimização, que esta caracterizado por poder ser cumprido em diferente grau e que a medida devida de seu
cumprimento não so depende das possibilidades reais, mas das jurídicas também.” Alexy, op. cit., p. 86.
[32] Cf. CANOTILHO, José Joaquim Gomes, op. cit., p. 166-167.
[33]Sobre o assunto Bobbio: “Devido à tendência de cada ordenamento jurídico se construir um sistema, a presença de antinomias em
sentido próprio é um defeito que o interprete tem que eliminar. [...]” BOBBIO, Norberto. Teoria do ordenamento jurídico. Trad.
De Maria Celeste C.J. 10 ed. Brasília: Universidade de Brasília, 1999, p. 93.
[34] Cf. FERRAZ JÚNIOR, Tércio Sampaio. Introdução ao estudo do direito: técnica, decisão, dominação. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2003, p. 212.
[35]Poderá ocorrer ainda, o conflito no que tange ao critério, podendo ser aplicado ao caso concreto dois ou mais critérios sobre a
mesma regra. Nessa situação outro procedimento deve ser seguindo. Em outras palavras, ocorrendo conflito entre o critério
hierárquico e cronológico, prevalecerá à norma superior em detrimento da posterior, da mesma forma, entre havendo conflito entre o
critério da especialidade e o cronológico, prevalecerá à lei especial. Situação diferente é o acontecimento de conflito entre o critério
hierárquico e o especial, em que não há superioridade a ser aplicada no caso, cabendo uma interpretação para decisão de qual norma
será escolhida. Bobbio a respeito da decisão, explica a gravidade do problema: “[...] a gravidade do conflito deriva do fato de que
estão em jogo dois valores fundamentais de todo ordenamento jurídico, o do respeito da ordem, que exige o respeito da hierarquia e,
portanto, do critério da superioridade, e o da justiça, que exige adaptação gradual do Direito as necessidades sociais, e portanto,
respeito do critério da especialidade.” Bobbio, Norberto, op. cit., p. 109. Se, os critérios se mostrarem insuficientes, caberá de acordo
ainda com o mencionado autor, ao juiz exercer seu poder discricionário: “[...] no caso de um conflito no qual não se possa aplicar
nenhum dos três critérios, a solução do conflito e confiada à liberdade do interprete; poderíamos quase falar de um autentico poder
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discricionário do interprete, ao qual cabe resolver o conflito segundo a oportunidade, valendo-se de todas as técnicas hermenêuticas
usadas pelos juristas por uma longa e consolidada tradição e não se limitando a aplicar uma só regra.” Bobbio, op. cit., p. 100.
[36] Tradução livre: “Um conflito entre regras só pode ser solucionado, se introduzido em uma das regras, uma clausula de exceção,
que elimina o conflito declarando a invalidade por pelo menos uma das regras.” Cf. ALEXY, Robert, op. cit., p. 88.
[37] SILVA BRAGA, Valeschka. Princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2009, p. 45.
[38] Cf. ÁVILA, Humberto, op. cit., p. 129-130.
[39] Cf. STEINMETZ, Wilson, op. cit., p. 203.
[40] Cf. BRAGA, Valeschka e Silva. Princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2009, p. 111.
[41] Ibid., p. 112.
[42] Cf. MORAES, Germana de Oliveira. Controle jurisdicional da administração pública. 2.ed. São Paulo: Dialética, 2004, p.
185.
[43] Ressalte-se que a imparcialidade representa o fato do magistrado de não interferi no processo, de forma a favorecer uma parte em
detrimento da outra, diferindo da neutralidade que corresponde as convicções internas do juiz, que normalmente será utilizada para
julgamento da demanda submetida a apreciação. Note-se que a linha divisória é tênue entre os institutos, mas isso não interfere na
atuação do juiz, que deve se manter distante dos interesses individuais das partes envolvidas na demanda. Nesse sentido Dallari: “Há
juízes que, por convicção ou interesse pessoal, são cúmplices de governos, pessoas e grupos privados violadores de direitos humanos
e, a partir daí, protetores dos agentes diretos da violação. [...] essa cumplicidade, em certos casos, é muito clara e indisfarçável, mas
em outros guarda a aparência de neutralidade. Estes são, talvez, os juízes mais perigosos, porque simulam um desejo de justiça e
envolvem suas decisões numa capa de respeitabilidade.” DALLARI, Dalmo de Abreu. O poder dos juízes. 3.ed. São Paulo: Saraiva,
2007, p. 39
[44] In LIMA, Francisco Meton Marques de. O resgate dos valores na interpretação constitucional. Por uma hermenêutica
reabilitadora do homem como ser moralmente melhor. Fortaleza: ABC, 2001, p. 241-242.
[45] Sobre o assunto Falcão: “Se o sentido não fosse tão rico, se ele fosse único, não existiria qualquer motivo para se cogitar da
Hermenêutica. Sobretudo de uma hermenêutica voltada a totalidade. O resultado da interpretação seria o mesmo.” FALCÃO,
Raimundo Bezerra. Hermenêutica. São Paulo: Malheiros, 1997, p. 243. 
[46] Cf. LIMA, op. cit., p. 247.
[47] De forma complementar Falcão explica que o papel da hermenêutica é: “permitir a utilização de todas as alternativas possíveis
de realização do ser humano na justiça, por intermédio do Direito. E essa missão lhe é imposta pela inesgotabilidade do sentido, a
qual, na mesma proporção em que ratificaa grandeza do homem, pode transviar-lhe o espírito e, em conseqüência, a conduta, em
face da escolha errada do sentido para si e para outrem, na permanente interpretação que é a vida[...] FALCÃO, op. cit., p. 260.
[48] Como complementa Bonavides: “Tratar a Constituição exclusivamente como lei é de todo impossível. Constituição é lei, sim,
mas é, sobretudo direito, tal como a reconhece a teoria material da Constituição. [...] significa, enfim, desatá-la dos laços silogísticos e
dedutivistas, que lhe embargavam a normatividade e a confinavam, pelo seu teor principial, ao espaço da programaticidade destituída
de juridicidade.” BONAVIDES, Paulo, op. cit., p. 582.
[49] Mesmo porque como observa Luís R. Barroso: “A interpretação constitucional serve-se de alguns princípios próprios e apresenta
especificidades e complexidades que lhe são inerentes. Mas isso não a retira do âmbito da interpretação geral do direito, de cuja
natureza e características partilha. Nem poderia ser diferente, à vista do princípio da unidade da ordem jurídica e do conseqüente
caráter único de seu interpretação. Ademais, existe uma conexão inafastável entre a interpretação constitucional e a interpretação das
leis, de vez que a jurisdição constitucional se realiza, em grande parte, pela verificação da compatibilidade entre a lei ordinária e as
normas da Constituição.” BARROSO, Luis Roberto. Interpretação e aplicação da constituição. São Paulo: Saraiva, 1996, p. 98.
[50] Cf. CANOTILHO, J.J Gomes, op. cit., p. 1186.
[51] BONAVIDES, Paulo, op. cit., p. 595.
[52] CANOTILHO, J.J Gomes, op. cit., p. 1187.
[53] Ibid., p. 1187.
[54] Ibid., p. 1188.
[55] Cf. FALCÃO, Raimundo Bezerra, op. cit., p. 248.
[56] BONAVIDES, Paulo, op. cit., p. 583-584.
[57] In MOTA, Marcel Moraes. Teorias axiológicas dos direitos fundamentais e hermenêutica constitucional . In: MATIAS,
João Luis Nogueira (coord.). Neoconstitucionalismo e direitos fundamentais. São Paulo: Atlas, 2009, p. 99.
[58] Ibid., p. 99.
[59] Cf. ALEXY, Robert op. cit., p.99.
[60] In CLÈVE, Clémerson Merlin. O controle de constitucionalidade e a efetividade dos direitos fundamentais. In: SAMPAIO,
José Adércio Leite (coord.). Jurisdição constitucional e direitos fundamentais. Belo Horizonte: Del Rey, 2003, p. 387.
[61] In DIMOULIS, Dimitri; MARTINS, Leonardo. Teoria geral dos direitos fundamentais. São Paulo: Revista dos Tribunais,
2007, p.54.
[62] Complementa Uadi, “[...] dessa forma, abriu-se espaço para a existência de um direito constitucional comunitário, pois há muito
tempo o binômio ordem interna versus ordem internacional vem cedendo espaço para um terceiro gênero, onde encontramos um
campo fecundo e concreto para a resolução dos problemas jurídicos.” Uadi, op. cit., p. 401.
[63] BONAVIDES, Paulo, op. cit., p. 635.
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