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01
Ebook
Contabilidade Gerencial Orçamentária
UNIDADE 1 - Planejamento financeiro – definição, conceito, princípios e tipos
Conceitos e definições ............................................................................................................................07
Conceitos e princípios de planejamento financeiro ....................................................................................12
Horizonte do planejamento .....................................................................................................................16
Níveis de planejamento ..........................................................................................................................17
Planejamento financeiro e sistemas integrados ..........................................................................................20
Elementos essenciais à elaboração de um planejamento financeiro ............................................................23
Síntese ...................................................................................................................................................28
Referências Bibliográficas ........................................................................................................................29
Sumário
05
Caros alunos,
Nesta disciplina serão estudadas as contribuições da Contabilidade Gerencial para o 
processo decisório e de gestão das organizações, particularmente, utilizando uma das 
suas principais ferramentas – as técnicas de finanças. Em particular, entre essas técnicas, 
serão estudadas a elaboração e o controle do plano financeiro/orçamentário e sua 
correlação com o planejamento estratégico e operacional das organizações. 
A relevância desta disciplina no contexto empresarial pode ser demonstrada por meio da 
seguinte afirmação de D’Amato et al. (2012, p. 1):
 A maioria das decisões tomadas por uma empresa é mensurada em termos 
financeiros (lucro, prejuízo, retorno, ganho, perda) e, assim, é natural que o 
administrador financeiro ocupe papel importante na operação da empresa. 
Mas, afinal, vocês sabem o que é planejamento financeiro? Já perceberam que antes de 
viajar ou dar uma festa de aniversário é preciso levantar os custos para saber se cabem 
no orçamento? Para iniciar este conteúdo, é importante que vocês tenham em mente que 
o planejamento financeiro está relacionado ao ato ou efeito de planejar.
Numa economia globalizada, como a que acontece no mundo atual, a rapidez e 
eficácia das decisões é condição imprescindível para o sucesso das organizações, e o 
planejamento e respectivo controle financeiro é uma das mais importantes ferramentas 
para a obtenção de êxito nesse cenário.
Fonte: <www.sxc.hu/photo/1089161>.
Para tanto, cabe aos gestores uma aplicação planejada e efetiva de todo os 
procedimentos que envolvem as finanças, objetivando a adoção das melhores políticas 
em termos de gestão de capital de giro e de origens de recursos, assim como das 
aplicações de longo prazo desses recursos.
Para um bom desempenho na disciplina, leia com o máximo de atenção, confira nossas 
sugestões de materiais complementares e resolva as atividades propostas com dedicação.
Preparado? Então, bom estudo!
Unidade 1Apresentação
07
Capítulo 1Planejamento financeiro – definição, 
conceito, princípios e tipos
Conceitos e definições
Compreender alguns conceitos é de fundamental importância para que você prossiga nesta 
disciplina. Vamos lá?
Contabilidade Gerencial
A Contabilidade Gerencial é o segmento da contabilidade que tem como propósito a utilização 
das técnicas contábeis para que, sem o rigor da obediência aos princípios contábeis, se possa 
contribuir, de forma mais rápida e efetiva, com informações úteis para o processo de tomada 
de decisões. 
Combinada com a Contabilidade Financeira, que demonstra dados e fatos já ocorridos, a 
Contabilidade Gerencial foca a análise e a projeção de posições financeiras/patrimoniais 
e resultados futuros, servindo, também, como instrumento de controle entre aquilo que 
efetivamente ocorreu e o que a organização esperava que ocorresse dentro de determinado 
período.
Para alcançar os seus objetivos, a Contabilidade Gerencial, além das técnicas contábeis, utiliza 
conceitos e práticas de Contabilidade de Custos e de Finanças.
No que se refere às finanças, objeto desta disciplina, a Contabilidade Gerencial contribui, 
principalmente, na elaboração e no controle do planejamento financeiro das organizações. 
Nos próximos tópicos serão explorados, primeiramente, os fundamentos do planejamento 
financeiro, buscando embasar a aplicação das técnicas contábeis na projeção, análise e no 
controle desse importante instrumento de gestão. 
Planejamento
Planejamento é um dos principais instrumentos que, juntamente com a execução e o 
controle, constitui o tripé em que se apoia todo o processo de gestão de uma organização. 
Planejar, segundo Ackoff et al. (1984, p. 2 apud PREZATTI, 2006, p. 8), “[...] significa decidir 
antecipadamente”, ou seja, optar por uma alternativa entre outras, considerando-se “[...] 
preferências, disponibilidades, grau de aceitação do risco etc.”
Para Lucion (2005, p. 144), o planejamento significa:
 [...] o ato ou efeito de planejar; trabalho de preparação para qualquer empreendimento, 
segundo roteiro e métodos determinados”. O autor atribui, ainda, à expressão planejamento, 
os seguintes significados: “planificação, processo que leva ao estabelecimento de um 
conjunto coordenado de ações (pelo governo, pela direção de uma empresa, etc.) visando à 
consecução de determinados objetivos. 
O planejamento tem a função de estabelecer as atitudes gerenciais a serem executadas 
dentro de cenários já preestabelecidos, tendo por objetivo a maximização da riqueza do(s) 
08 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
proprietário(s) do negócio. A aplicação das técnicas de finanças, algumas das quais serão aqui 
estudadas, possibilita o atingimento desse objetivo.
A maximização da riqueza é representada pelo retorno obtido na aplicação dos recursos 
investidos pelos proprietários do negócio, ou seja, é a remuneração pelo investimento 
realizado.
O retorno dos investimentos de uma organização/empresa está diretamente relacionado às 
atividades que ela realiza, às suas operações, à sua atuação no ambiente em que está inserida. 
Hoji (2012, p. 3) convida a uma reflexão sobre o que é uma empresa, que ele define como 
sendo um sistema aberto e dinâmico, representado pelos administradores – diretores, gerentes 
e colaboradores em geral –, que interagem com outros agentes econômicos, como clientes, 
fornecedores e/ou o governo, visando gerar resultados econômicos e financeiros com o 
objetivo de remunerar os acionistas.
Fina
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Empregados
ACIONISTAS
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Fonte: Hoji (2012).
Tipos de Atividades Empresariais e Planejamento Financeiro
Neste contexto, observa-se que a geração de resultados está ligada à atividade empresarial. As 
atividades empresariais podem ser classificadas como:
•	 atividades de operações: ocorrem em função do negócio e são realizadas com o 
objetivo de proporcionar o retorno dos investimentos realizados pelos acionistas/
proprietários. Como exemplo, pode-se citar a compra de matérias-primas que, 
transformadas e comercializadas no processo industrial, são deduzidas das receitas 
como custo realizado;
•	 atividades de investimentos: são aplicações de recursos em caráter temporário 
ou permanente, como suporte a atividades operacionais. A compra de maquinaria, 
a integralização de capital e as aplicações financeiras de curto e longo prazo são 
exemplos;
•	 atividadesde financiamentos: são as decisões tomadas sobre a forma de 
financiamento das atividades de operações e de investimentos. Por exemplo: a 
09
captação de empréstimos bancários, a emissão de debêntures e a integralização de 
capital da empresa.
Pelo que se observa até aqui, todas as atividades empresariais e, particularmente, as de 
investimentos e financiamentos, é quem proporcionarão os retornos financeiros esperados 
pelos sócios ou acionistas, ou seja, o atingimento do objetivo precípuo desses investidores, daí 
a importância do planejamento nas suas diferentes modalidades: estratégico, operacional e 
financeiro. Entre essas modalidades, o objeto do nosso estudo é o planejamento financeiro.
O planejamento financeiro estabelece o método pelo qual as metas financeiras de uma 
organização devem ser atingidas, sendo uma espécie de declaração do que deve ser 
executado, em termos financeiros, num determinado período. Nele são estabelecidas as 
diretrizes para futuro projetos, em que é preciso incluir:
•	 a identificação das metas financeiras de curto e longo prazo;
•	 uma análise das diferenças entre as metas a serem adotadas;
•	 a situação corrente da empresa;
•	 uma avaliação prévia quanto às necessidades para que a empresa atinja suas metas 
financeiras.
Ross (2010, p. 589) ratifica a afirmação de que o planejamento financeiro é uma “[...] 
declaração do que ser feito no futuro” e cita o comentário de um membro do Conselho de 
Administração da General Motors (GM): “O planejamento é um processo que ajuda a empresa 
a evitar tropeçar no futuro, caminhando para trás”.
Já a visão dos autores Groppelli e Nikbakht (2001, p. 365) é a seguinte:
 Planejamento financeiro refere-se ao processo de estimar as necessidades futuras 
de financiamento e identificar como os fundos anteriores foram financiados e por quais 
propósitos eles foram gastos. Através do planejamento e do controle, a administração de uma 
companhia pode avaliar se os padrões existentes de financiamento e os fundos gastos estão 
alinhados com as metas totais da companhia. Tanto os prazos como as quantias de fundos 
necessárias podem ser determinados através de técnicas de planejamento. 
A elaboração de um planejamento financeiro envolve a adoção de políticas de atuação que 
deverão pautar o seu desenvolvimento e controle. Os elementos básicos dessas políticas devem 
abranger, principalmente, três aspectos: 
1. as oportunidades de investimento que a empresa decide aproveitar;
2. o grau de endividamento que a empresa decide adotar;
3. o montante de dinheiro que a organização julga ser necessário e apropriado distribuir aos 
acionistas.
Como foi visto, as atividades de investimento e financiamento são aquelas que caracterizam o 
planejamento financeiro, posto que serão elas que irão gerar condições para que as atividades 
operacionais se concretizem. Pode-se dizer que as decisões de investimento e financiamento 
geralmente interatuam com o modelo de planejamento. As várias interações entre elas podem 
ser analisadas, embasando melhor o processo de tomada de decisões.
Sabendo-se que os investimentos representam as aplicações dos recursos e que os financiamentos 
representam as origens dos recursos, é importante enfatizar que a inter-relação entre essas 
atividades é que determinará o resultado financeiro esperado e, portanto, devem ser analisadas de 
forma conjunta. Aqui é que se pode observar a importância do planejamento financeiro!
10 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
As decisões de investimento/aplicação dos recursos devem considerar, primeiramente, as 
necessidades da organização no momento em que ela pretende utilizar esses recursos.
Se a organização não souber quando precisará desses recursos, provavelmente, não precisará 
deles no curto prazo, assim deve optar por investimentos com maior prazo de resgate ou cuja 
taxa de atratividade não deturpe o cálculo do tempo de retorno do investimento realizado. 
Todos os investimentos requerem, de forma direta ou indireta, a existência de financiamentos.
Quando analisamos os aspectos financeiros pelo prisma contábil, visualizando o Balanço 
Patrimonial, fica bastante claro que os ativos resultam das aplicações dos recursos captados 
e representados pelo Passivo e Patrimônio Líquido. A própria equação patrimonial (ATIVO 
= PASSIVO + PL) leva ao entendimento de que investimentos e financiamentos são 
interdependentes. Assim, as decisões sobre investimentos podem ser facilitadas quando se 
projetar o montante de financiamentos envolvidos para viabilizar os investimentos. 
Se o processo de planejamento não for conduzido de forma correta, a organização corre 
o risco de não ter recursos suficientes para capital de giro, não suportando os primeiros 
momentos de operação. 
Ou seja, é necessário planejar a quantidade de recursos suficiente para garantir os padrões de 
liquidez da organização no seu início de operação e, principalmente, nos encaixes financeiros 
não estiverem em sintonia. 
O foco está no período médio de recebimento e de pagamento. É importante se ter o 
planejamento dos níveis de endividamento que serão gerados tanto em curto quanto 
em longo prazo, para que a gestão possa perceber as reais necessidades do ponto 
de vista financeiro. E o que acontece em períodos de incerteza? Nesses casos, os 
riscos nas operações empresariais são diretamente proporcionais ao tamanho da crise 
enfrentada, ou seja, o planejamento torna-se uma ferramenta útil nas tomadas de 
decisões que envolvem financiamento e investimentos.
NÓS QUEREMOS SABER!
No planejamento financeiro, podem-se destacar os orçamentos, ferramentas necessárias no 
processo de planejamento. Veja a seguir as considerações de Ross (2010, p. 589) sobre o 
assunto:
 O planejamento financeiro obriga a empresa a refletir sobre metas. A meta mais frequente 
adotada pelas empresas é o crescimento. [...] De fato, o crescimento é uma consequência da 
aceitação de projetos com valor presente líquido positivo. 
A verificação dos fluxos de caixa gerados pelos projetos, a fim de observar a potencialidade 
financeira, é de suma importância para que a maximização do valor da empresa seja contínua. 
Assim, pode-se concluir que quase todas as decisões de caráter financeiro envolvem períodos 
longos de implantação.
Neste tópico foi possível verificar que os resultados obtidos estão diretamente relacionados à 
condução das atividades empresariais e que estas dependerão, principalmente, daquelas que 
devem ser amplamente planejadas e analisadas por meio de um planejamento financeiro: as 
atividades de investimento e financiamento.
11
Decisões de curto prazo
Inicialmente, é importante relembrar que as decisões de curto prazo estão associadas 
principalmente às contas do ativo e passivo circulante e que a administração de capital de giro 
trata exatamente das aplicações em ativos circulantes. 
Outro aspecto importante para ser analisado é o da administração do caixa que representa 
o ativo mais líquido no capital de giro de uma organização. Dada a importância da liquidez 
na situação financeira de uma entidade, deve-se exercer controle efetivo sobre o seu fluxo de 
caixa.
Decisões de longo prazo
Já no processo de decisões financeiras de longo prazo, os orçamentos de capital, as políticas 
de dividendos e a estrutura de capital são as ferramentas mais utilizadas no processo de 
tomada de decisões.
Nesse sentido, Ross (2010, p. 599) entende que:
 Não há uma definição universalmente aceita de finanças em curto prazo. A diferença 
mais importante entre finanças de curto prazo e finanças em longo prazo é a duração das 
séries de fluxo de caixa. As decisões financeiras de curto prazo envolvem entradas e saídas de 
caixa num prazo máximo de um ano. 
Ou seja, dentro da estrutura do Balanço Patrimonial, o reflexo, em curto prazo,afeta as contas 
classificadas no ativo e passivo circulante, como já foi dito.
•	 Planejamento financeiro de curto prazo: está ligado diretamente ao capital de 
giro das organizações, ou seja, o gestor se preocupa com as contas que são a 
representação deste item do ativo circulante. Aqui são contemplados os valores 
consoantes, as disponibilidades, as duplicatas a receber e os estoques.
•	 Planejamento financeiro de longo prazo: as análises estão mais concentradas 
em dispêndios de capital, geralmente utilizados para aquisição, modernização e/ou 
substituição. Outros aspectos que podemos enumerar são as atividades de pesquisa e 
desenvolvimento, as ações de marketing e de desenvolvimento de produto, a estrutura 
de capital e as fontes de financiamento.
Atrelado ao planejamento financeiro de longo prazo está o percentual de crescimento, uma das 
metas empresariais. Mas é importante que fique claro que o crescimento é uma consequência 
de decisões.
Para tanto, se pensa no curto prazo, mas principalmente no longo prazo. Daí surge o termo 
“sustentabilidade”, que representa as atitudes do presente que não comprometam o futuro 
empresarial.
O planejamento financeiro de longo prazo, normalmente, abrange períodos de dois a cinco 
anos. De acordo com Ross (2010), esse processo poderá ter até três planos de negócios 
alternativos.
1. Pior cenário: as piores suposições possíveis quanto aos produtos da empresa e à situação 
econômica.
2. 2. Cenário normal: uso das suposições prováveis a respeito da empresa e da economia.
3. 3. Melhor cenário: fazer um estudo com base nas hipóteses mais otimistas, como exemplo 
expansão ou lançamentos de novos produtos.
12 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
Ainda segundo Ross (2010), as principais consequências da elaboração de vários 
planejamentos são:
•	 interações: deixam explícitas as ligações entre as propostas de investimento para 
as várias atividades operacionais da empresa e as alternativas de financiamento 
disponíveis;
•	 opções: dão à empresa a oportunidade de examinar suas várias opções de 
investimento e financiamento. Avaliar opções de fechamento de unidades ou 
lançamentos de novos produtos;
•	 viabilidade: vários planos devem encaixar-se no objetivo geral de maximização de 
riquezas do acionista;
•	 evitar surpresas: o planejamento financeiro deve identificar o que pode ocorrer no 
futuro caso certos eventos aconteçam.
Para tanto, um planejamento financeiro não deverá ser transformado em uma atividade 
simplesmente mecânica. Caso isso ocorra, possivelmente, se concentrará nos aspectos errados. 
Agora, reflita sobre as diferenças entre planejamento financeiro de curto prazo e planejamento 
financeiro de longo prazo: será que este entendimento está claro?
Conceitos e princípios de planejamento 
financeiro
Agora que você já tem o entendimento sobre Planejamento Financeiro, procure entender e 
associar os conceitos teóricos estudados até o momento, de forma a favorecer as aplicações 
em nível organizacional. Neste sentido, tem-se o estudo de Welsch (1983, p. 21), que nos diz 
que:
 O planejamento e controle de resultados pode ser definido, em termos amplos, como 
um enfoque sistemático e formal à execução das responsabilidades de planejamento, 
coordenação e controle da administração. 
Ainda no entender de Welsch (1983, p. 21):
 [...] este tipo de planejamento envolve especificamente, a preparação e a utilização de 
objetivos globais e de longo prazo da empresa; um plano de resultados em longo prazo, 
desenvolvido em termos gerais; um plano de resultados a curto detalhado de acordo com 
diferentes níveis relevantes de responsabilidade (divisões, produtos, projetos etc.); e um 
sistema de relatórios periódicos de desempenho, mais uma vez para os vários níveis de 
responsabilidade. 
Segundo Frezatti (2009, p. 8), “[...] a gestão das organizações considera três elementos, que 
são o planejamento, a execução e o controle.” Cada organização deverá entender e defini-los 
de acordo com as próprias necessidades.
As organizações também devem adotar três tipos de decisões:
1. estratégicas: voltadas para os problemas externos, mas especificamente relacionadas com 
a escolha do composto de produtos e dos mercados em que tais produtos e/ou serviços serão 
colocados;
13
2. administrativas: decisões sobre organização, estrutura de conversão de recursos, obtenção 
e desenvolvimento de recursos, conflitos entre estratégias e operações, conflitos entre objetivos 
pessoais e institucionais e interações entre variáveis econômicas e sociais fazem parte dessa 
categoria de decisão;
3. operacionais: obter resultado desejado, objetivos e metas operacionais. Por exemplo: 
preços e produção, controle etc. 
O planejamento sempre antecederá a execução: em determinado momento, por um período 
curtíssimo; em outras situações, a antecedência terá um período longo. Porém, sempre existirá 
o esforço para realizar um planejamento.
Será que vale a pena tomar decisões antecipadamente?
NÓS QUEREMOS SABER!
Welsch (1983, p. 64-65) enumera as seguintes vantagens quando se realiza um planejamento:
 1. Obriga a análise antecipada das políticas básicas.
2. Exige uma estrutura administrativa adequada, isto é, um sistema definido de atribuição de 
responsabilidades a cada função da empresa.
3. Obriga todos os membros de administração, nos seus mais diversos níveis, a participarem 
do processo de estabelecimento de objetivos e preparação de planos.
4. Obriga os chefes de departamentos a fazerem planos em harmonia com os planos de 
outros departamentos e de toda a empresa.
5. Exige da administração a quantificação do que é necessário para um desempenho 
satisfatório.
6. Exigem dados contábeis históricos adequados e apropriados.
7. Obriga a administração a planejar o uso econômico de mão de obra, matéria-prima, 
instalações e capital.
8. Estimula, em todos os níveis administrativos, o hábito de análise oportuna, cuidadosa e 
adequada de todos os fatores relevantes antes de serem tomadas decisões importantes.
9. Reduz custos ao aumentar a amplitude do controle, pois exige menor número de 
supervisores.
10. Liberta os executivos de muitos problemas internos rotineiros, graças a políticas 
predeterminadas e relações de autoridade bem definidas, dando-lhes mais tempo para 
planejar e usar sua criatividade.
11. Tende a eliminar as incertezas especialmente existentes nos grupos administrativos 
inferiores em relação às políticas e aos objetivos básicos da empresa.
12. Destaca as áreas de eficiência ou ineficiência.
13. Promove a compreensão mútua de problemas entre os membros da administração.
14. Força a administração a dedicar parte de seu tempo e atenção aos efeitos das tendências 
esperadas das condições econômicas gerais.
15. Força uma autoanálise periódica da empresa.
14 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
16. Ajuda o processo de obtenção de crédito bancário.
17. Permite a verificação de progresso em relação aos objetivos da empresa. 
Pode-se concluir que essas vantagens proporcionarão uma coordenação entre as atividades 
destinadas a buscar e gerenciar recursos para atender a metas e objetivos de maneira eficiente 
e competitiva.
A decisão antecipada é de suma importância no desenvolvimento do negócio, gerando um 
comprometimento de forma coletiva e fazendo com que o comportamento de cada área não 
seja o comportamento da empresa no todo, o que se anseia no processo de planejamento.
O processo de planejamento vai gerar maior transparência à empresa, o que não ocorre em 
posturas centralizadoras. Isso exige, no entanto, que as responsabilidades sejam definidas; 
assim, poderá haver uma efetiva cobrança dos resultados e, consequentemente, uma avaliação 
se houve ou não progresso (FREZATTI,2009).
Mesmo com muitas vantagens, será que não existem limitações em um processo de 
planejamento de uma organização?
Welsch (1983, p. 13-14) afirma que há limitações importantíssimas e faz uma lista delas:
 a) Um planejamento é baseado em estimativas, então, a administração deve estar 
preparada para rever e ajustar metas ao longo do período planejado. Assim, revisar é algo 
importante para validar o processo.
b) Deverá adaptar às circunstâncias, ou seja, revisões periódicas dos instrumentos passam por 
uma análise de custo/benefício do processo.
c) A execução do processo não é automática, significando que os gestores conhecem o plano, 
entendem, sabem como atingir suas metas, estão comprometidos com as mesmas e procuram 
agir conforme o planejado.
d) O plano não deve tomar o lugar da administração, assim as atividades que não 
estão previstas no processo de planejamento devem ser avaliadas pela administração e 
implementadas, caso considerem que são adequadas aos seus objetivos. 
Frezatti (2009, p. 14) nos diz que “[...] planejar é quase uma necessidade intrínseca, como o é 
alimentar-se para o ser humano. Não se alimentar significa enfraquecimento e o mesmo ocorre 
com a organização.”
Existem diversos elementos que farão parte do processo de planejamento na organização, que, 
através de um banco de dados, terá a informações sobre o desempenho passado. 
Com as expectativas dos interesses externos e internos, define-se a visão estratégica do 
negócio, a partir da qual irá elaborar o orçamento, que implementará as decisões do 
plano estratégico e que, após a sua elaboração e o seu desenvolvimento, passará por um 
acompanhamento para corrigir desvios e realimentar o processo de planejamento.
15
Fonte: Frezatti (2009, p. 15).
O conceito de planejamento financeiro e controle de resultados implica a necessidade de 
realismo, flexibilidade e atenção permanente a seus princípios, visando a função de controle 
para a administração. 
Em relação aos princípios do planejamento, podemos classificá-los nas seguintes categorias.
Princípios Gerais
•	 Contribuição com os objetivos empresariais, conforme uma hierarquia e uma 
interligação entre eles estabelecidas.
•	 Precedência às outras funções gerenciais (organização, direção e controle). Maior 
grau de penetração e abrangência das políticas institucionais envolvendo os diversos 
setores.
•	 Elevação da eficiência, eficácia e efetivamente da gestão da empresa.
Específicos
•	 Participação de todos os envolvidos no processo de planejamento.
•	 Coordenação entre os aspectos interdependentes.
•	 Integração entre os gestores de diferentes níveis hierárquicos.
•	 Permanente revisão das diretrizes adotadas.
Pode-se inferir que a questão do planejamento financeiro vai além dos aspectos meramente 
financeiros, englobando aqui inclusive as ferramentas como os orçamentos, que serão tópicos 
de análises futuras. Os procedimentos que envolvem as políticas empresariais e os controles 
internos também fazem parte de um planejamento elaborado com proposta de eficiência e 
eficácia.
16 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
Em relação a esse assunto, temos a visão dos autores Sanvicente e Santos (2000, p. 26):
 É indispensável que a alta cúpula administrativa da empresa apoie a utilização do sistema 
em seus vários aspectos. Desse modo, estaremos esperando que a alta administração entenda 
a natureza e os elementos básicos da elaboração de orçamentos, esteja convencida de 
sua utilidade para empresa - afinal de contas, trata-se da formalização dos procedimentos 
de planejamento e controle das operações anuais - e mostre-se disposta a empregar 
toda a sua atenção e os recursos da empresa para um bom andamento dessa tarefa. Este 
apoio é fundamental para que o orçamento não seja cada vez mais apenas um exercício 
conduzido pelo gerente de orçamentos, mas, ao contrário, envolva todos os indivíduos com 
responsabilidades administrativas, de tal sorte que eles vejam no orçamento um instrumento 
de racionalização de suas tarefas. 
Os autores ainda nos dizem que:
 Também é preciso que o uso do sistema preveja, através de um roteiro (calendário) 
apropriado, o envolvimento deliberado dos administradores responsáveis pelo sucesso das 
operações da empresa, para que possam participar do processo de planejamento. Isso 
deve começar pela sua atenção ao fornecimento de dados para a montagem dos diversos 
orçamentos parciais, dados esses que devem refletir os seus conhecimentos e/ou estudos 
apropriados dos segmentos das operações pelos quais são responsáveis. (SANVICENTE; 
SANTOS, 2000, p. 2). 
PRINCÍPIOS GERAIS DE PLANEJAMENTO
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DIRETRIZES
CENÁRIOS
PREMISSAS
PRÉ-PLANEJAMENTO
PLANO DE
MARKETING
PSPE
PLANO DE
INVESTIMENTOS
PLANO
FINANCEIRO
ELABORAÇÃO
ANÁLISE
APROVAÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
CONTROLE
PLANO DE
RECURSOS
HUMANOS
Fonte: Frezatti (2009, p. 48).
Horizonte do planejamento
Neste tópico serão apresentados quais são os horizontes de um planejamento e qual o período 
que eles abrangem. Como já foi visto anteriormente, eles estão divididos da seguinte maneira.
1. Longo Prazo
Este tipo de planejamento normalmente abrange um prazo de até dez anos, envolvendo 
todos os níveis de planejamento estratégico da empresa, devendo ser revisto periodicamente 
nos casos em que se fizer necessário e finalizado no período para reavaliações em relação às 
novas metas organizacionais.
17
2. Curto Prazo
Em termos de planejamento de curto prazo, são considerados períodos entre um semestre 
e um ano, em tese, coincidindo frequentemente com o exercício social da organização em 
questão. Como característica específica neste caso, temos o envolvimento nos níveis de 
planejamento tático e operacional da empresa, devendo ser revisto em periodicidade mensal, 
trimestral ou semestral.
Níveis de planejamento
Conseguiu compreender tudo o que foi exposto até aqui? Agora, você está pronto para 
conhecer quais são os níveis de planejamento.
Estratégico
Neste nível de planejamento, a responsabilidade está diretamente ligada ao nível institucional 
ou estratégico da organização. Seus objetivos podem ser descritos da seguinte forma:
•	 definição do que a empresa representa e o seu cenário socioeconômico de atuação. 
Definição clara da missão, visão, ambientes externos e internos;
•	 estabelecimento de um conjunto de valores pelos quais a organização empresarial se 
conduzirá por determinado período de tempo;
•	 evidenciação e descrição, por ordem de importância, dos pontos fortes, dos pontos 
fracos, das oportunidades e das ameaças que podem comprometer o alcance das 
metas organizacionais;
•	 estabelecimento e manutenção de políticas e estratégias da empresa para o longo 
prazo, sejam elas mercadológicas, de recursos humanos, financeiras ou operacionais.
Fischmann e Almeida (1995 apud FREZATTI, 2009, p. 24) apresentam uma conceituação sobre 
o planejamento estratégico:
 Técnica administrativa que, através da análise do ambiente de uma organização, cria 
a consciência das suas oportunidades e ameaças e dos seus pontos fortes e fracos para o 
cumprimento da sua missão e, através desta consciência, estabelece o propósito de direção 
que a organização deverá seguir para aproveitar as oportunidades e evitar os riscos. 
Um planejamento estratégico deverá oferecer respostas a duas necessidades: de preparar 
a empresa para um futuro que não seria uma simples projeção do passado e de maneira 
abrangente e sistemática.
Frezatti (2009) nos diz que deverá haver uma conexão entre o longo e o curto prazo, 
associando as questões estratégicas às táticas. Isso se constitui em elemento de extrema 
relevância para o bom desenvolvimento dosistema de planejamento como um todo.
A figura a seguir apresenta os elementos essenciais para a concepção de um bom 
planejamento estratégico:
18 Laureate- International Universities
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VISÃO
MISSÃO
OBJETIVOS DE
LONGO PRAZO
(BSC)
O NEGÓCIO DA 
ORGANIZAÇÃO
FILOSOFIA
EMPRESARIAL
ESTRATÉGIAS
PLANOS DE
LONGO PRAZO
PROJETOS
(Orçamento de Capital)
AMBIENTE
EXTERNO
AMBIENTE
INTERNO
ORÇAMENTO CONTROLEORÇAMENTÁRIO
Fonte: Frezatti (2009, p. 28).
Ainda para Frezatti (2009), o benefício desses elementos corresponde à percepção do resultado 
financeiro possível para o horizonte de tempo planejado. Ele afirma também que a montagem 
de planos de longo prazo proporciona os seguintes benefícios:
•	 [...] o retorno previsto para o longo prazo, ano a ano, o que proporciona resposta 
fundamental para acionistas e gestores;
•	 a análise da distribuição de resultados e sua capitalização, o que proporciona condições 
de melhoria da análise de financiamentos;
•	 a necessidade de recursos para financiar operações, permitindo decisões sobre diferentes 
formas de captações;
•	 aperfeiçoamento do acompanhamento do orçamento, que disporá de parâmetro de 
relacionamento com o plano estratégico. (FREZATTI, 2009, p. 36-37). 
Desenvolver este instrumento sem ter ferramentas que permitam conhecer os resultados pode 
provocar frustração nos gestores. Daí a importância de um sistema de informações que 
proporcionará capturar e dimensionar as informações reais, completando com a análise, a 
divulgação, o entendimento e as ações corretivas.
Será que existe uma ferramenta que poderia nos auxiliar nesse processo de planejamento?
Na verdade existem várias, entre elas, o Balanced Scorecard. O Balanced Scorecard (BSC) é 
utilizado como instrumento de controle gerencial e alinhador das estratégias da organização, 
apresentando em seu escopo indicadores para várias dimensões dentro das perspectivas de 
negócios.
Para melhor compreensão, a figura a seguir apresenta quatro perspectivas da ferramenta 
Balanced Scorecard. Analise cada uma delas e veja sua importância na questão estratégica de 
uma empresa.
 
19
“Para ter sucesso
�nanceiramente,
como devemos
aparecer para os
acionistas?”
FINANCEIRA
Objetivos Medidas Metas Iniciativas
VISÃO E
ESTRATÉGIA
“Para cumprir
nossa visão,
como devemos
aparecer para
nossos clientes?”
CLIENTE
Objetivos Medidas Metas Iniciativas
“Para cumprir
nossa visão,
devemos garantir
nossa habilidade
para mudar e
melhorar”
APRENDIZADO E CRESCIMENTO
Objetivos Medidas Metas Iniciativas
“Para satisfazer a
nossos acionistas
e clientes, que
processos
devemos
aperfeiçoar?”
PROCESSOS INTERNOS
Objetivos Medidas Metas Iniciativas
Fonte: Frezatti (2009, p. 42).
Pode-se observar que as perspectivas são nas questões:
•	 financeira, no sentido da obtenção de sucesso, processos internos; 
•	 na questão de aperfeiçoamento, aprendizado e crescimento, garantindo ter 
habilidades para melhorias e cliente;
•	 no sentido de como as atividades desenvolvidas serão vistas pelos clientes.
Tático
Existem autores que consideram o planejamento tático como administrativo ou integrativo, 
tendo como característica principal a preocupação voltada à melhor estruturação possível dos 
recursos (humanos, físicos e financeiros). Neste caso, um projeto de reformulação de sistemas 
de informação ou um projeto de reorganização de uma divisão ou departamento são exemplos 
de atividades que, programadas para dado período, estariam enquadradas nesta categoria.
O planejamento tático tem a finalidade de otimizar parte do que foi planejado 
estrategicamente. Tem um alcance temporal mais curto do que o planejamento estratégico.
Por exemplo: enquanto o planejamento para o lançamento de uma linha de produto 
(estratégico) envolve as áreas de produção, recursos humanos, finanças, marketing etc., a 
empresa faz um planejamento específico para melhorar o resultado da área de marketing, com 
a divulgação da nova linha de produto por meio da mídia (HOJI, 2012, p. 407).
A figura a seguir exemplifica essa função:
20 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
Estratégico
Tático
Operacional
Fonte: <www.portal-administracao.com/2014/07/planejamento-estrategico-tatico-operacional.html>.
O planejamento tático é responsável pela intermediação entre os planejamentos estratégico e 
operacional. É projetado a médio prazo e tem a função de fazer esta ligação e especificar de 
que modo se vai alcançar os objetivos gerais da organização.
Operacional
No planejamento operacional, os níveis de abrangência são os gerenciais inferiores ou 
operacionais. O objetivo é a antecipação das decisões no âmbito operacional que estão 
vinculadas às ações rotineiras, em consonância com os níveis decisórios superiores.
Frezatti (2009, p. 60) nos assegura que esse nível se inicia com os planos de marketing – 
que direcionam os esforços para o mundo externo pelo plano de produção, suprimento e 
estocagem – de investimento no ativo permanente e de recursos humanos.
Os objetivos da administração financeira coincidem com os do planejamento financeiro, 
principalmente os de longo prazo, que têm a função principal de garantir o crescimento das 
atividades organizacionais e baseiam-se nas projeções dos valores desejados nas mais diversas 
variáveis da organização, como:
•	 previsão de vendas; políticas de créditos e de cobrança; 
•	 custos e despesas operacionais; 
•	 investimentos de curto e longo prazo, bem como suas origens de recursos. 
Para isso, as demonstrações contábeis são fontes de dados para que o planejamento seja 
executado de forma a anteceder fatos que podem ser preponderantes no processo de tomada 
de decisões, mantendo, assim, o patrimônio das organizações.
21
Planejamento financeiro e sistemas integrados
O planejamento financeiro deve apresentar como a empresa se comportará ao longo do tempo 
do ponto de vista financeiro.
Outros aspectos que devem ser considerados são cultura organizacional, fluxo de caixa, análise 
de investimentos e balanços projetados, entre outros indicadores necessários para compor um 
planejamento financeiro que seja efetivo gerencialmente.
Na visão de Hoji (2012 p. 401), “[...] dados em estado bruto não servem para tomada 
de decisões gerenciais, mas informações são o resultado de dados ou conjunto de dados 
processados e são úteis para tomada de decisões gerenciais.”
Hoji (2012, p. 401) expressa ainda que:
 Os sistemas de informações gerenciais são formados por um conjunto de subsistemas 
de informações que processam dados com o intento de fornecer subsídios ao processo de 
gestão de uma organização. [...] O planejamento empresarial e financeiro é feito com a 
finalidade de estabelecer com antecedência as ações a serem executadas dentro de cenários 
e condições preestabelecidos, para distribuir adequadamente os recursos em atividades 
empresariais e atribuir às responsabilidades. 
Para que se possa ter um sistema de informação gerencial ágil e confiável, deverá haver um 
relacionamento com grau de informatização da empresa. Antigamente, sistemas eletrônicos 
de controle eram projetados para registrar as transações. Hoje, eles são integrados a vários 
sistemas através de interface.
Esses sistemas são projetados para suportar as transações e seus efeitos. São modulados por 
processos de negócios, estruturados de acordo com as mais modernas práticas empresariais e 
inseridos no processo de gestão de negócios.
Dessa forma, pode-se afirmar que as principais vantagens de um sistema integrado são:
•	 racionalização de processos;
•	 agilização das informações.
Através de diversos módulos (Contas a Pagar, Tesouraria, Contabilidade etc.) e de uma mesma 
base de dados, evitam-seretrabalhos e reconciliação de valores.
22 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
Sistema de
Contas a Pagar
Sistema de
Tesouraria
Sistema de
Contabilidade
Sistemas tradicionais
Interface
Interface
Sistema de
Tesouraria
Sistema de
Contas a Pagar
Sistema de
Contabilidade
Sistemas integrados
Processo de
Contas a Pagar
Fonte: Adaptado de Hoji (2012, p. 402).
Para Gitman (1997, p. 92):
 O planejamento financeiro é um aspecto importante das atividades da empresa porque 
oferece orientações para a direção, a coordenação e o controle das providências tomadas 
pela organização para que atinja seus objetivos. 
Ross (2010, p. 589) diz que o planejamento financeiro estabelece as diretrizes de mudança 
para a empresa, em que deverão ser incluídas:
•	 uma identificação das metas financeiras;
•	 uma análise das diferenças entre tais metas e a situação corrente;
•	 um pronunciamento quanto às providências necessárias para que a organização 
atinja suas metas financeiras.
O autor (2010, p. 589) afirma ainda que alguns elementos básicos de política de planejamento 
deverão ser incluídos nas políticas financeiras de uma empresa, com a finalidade de seu 
crescimento e de sua rentabilidade:
•	 as oportunidades de investimento que a empresa decide aproveitar;
•	 o grau de endividamento que a empresa decide adotar;
•	 o montante de dinheiro que a empresa julga ser necessário e apropriado distribuir 
aos acionistas.
Oliveira (1995 apud HOJI, 2012, p. 406) afirma que a maioria dos processos de planejamento 
envolve três tipos de filosofias, descritas como:
•	 filosofia da satisfação: os objetivos devem ser atingíveis para proporcionar um nível 
mínimo de satisfação aos responsáveis pela execução do planejamento;
•	 filosofia da otimização: com a utilização de técnicas matemáticas, estatísticas e de 
23
modelos de simulação, o planejamento deve ser feito para atingir o melhor resultado 
possível;
•	 filosofia da adaptação: conhecida também como planejamento inovativo, consiste 
em responder adequadamente às mudanças externas.
Elementos essenciais à elaboração de um pla-
nejamento financeiro
Assim como as empresas têm divergências em relação à produtividade, ao porte e aos 
produtos, os planejamentos financeiros devem respeitar suas peculiaridades. Já que as 
organizações não têm condições de serem efetivamente idênticas, é importante que vocês 
consigam perceber que existem diferenças e quais são os elementos comuns.
Ross (2010) apresenta diversos elementos de um modelo de planejamento financeiro. 
Citando as previsões de vendas como o primeiro item comum para as diversas realidades nas 
organizações dos mais diversos portes, ele define:
 Todos os planos financeiros exigem uma previsão de vendas. Previsões de vendas exatas 
não são possíveis, porque as vendas dependem do comportamento futuro e incerto da 
economia. As empresas podem obter ajuda, para esse fim, de empresas especializadas em 
projeções macroeconômicas e setoriais. (ROSS, 2010, p. 590). 
A segunda variável que temos neste cenário são as demonstrações projetadas. Essas estão 
contidas nos planos financeiros de todas as organizações e são, por exemplo: projeções de 
balanços, de demonstrações de resultado; demonstrações de origens e aplicações de recursos, 
entre outras de cunho gerencial e que podem ser aplicáveis em determinadas organizações 
mais que em outras.
Outra variável é a necessidade de ativos. Ou seja, o plano financeiro descreverá os gastos 
de capital projetados. Outro aspecto é discutir a composição e a aplicação do capital de giro 
líquido.
Existem também as necessidades de financiamento. Sobre isso, Ross (2010, p. 590) nos diz 
que:
 O planejamento conterá uma seção tratando de esquemas de financiamento. Esta parte 
do plano deve discutir a política de dividendos e a política de endividamento. Às vezes, as 
empresas pretenderão aumentar seu capital vendendo novas ações. Neste caso, o plano 
deverá considerar os tipos de títulos a serem vendidos e os métodos mais apropriados de 
emissão. 
A variável de fechamento é muito importante ao se projetar o Balanço Patrimonial de acordo 
com as premissas contidas no planejamento estratégico. Verifica-se que a equação patrimonial 
nem sempre é atendida, isto é, o valor do ativo total nem sempre é igual ao valor do passivo 
total.
Quando isso ocorre, verifica-se se é o ativo ou passivo que está com o valor total menor e 
coloca-se a diferença entre ambos no grupo que estiver menor. Dessa forma, ambos terão o 
mesmo valor e a equação patrimonial estará atendida.
É necessário, no entanto, que se entenda o significado dessa variável. Quando o valor de 
fechamento é colocado no grupo do ativo, ela assume o significado de que se a empresa 
executar seus orçamentos como está em seu planejamento, ela estará captando recursos em 
quantidade superior aos projetos a serem realizados, podendo, então, decidir executar novos 
24 Laureate- International Universities
Ebook - Contabilidade Gerencial Orçamentária
projetos ou reduzir a captação de recursos prevista originalmente. 
Quando o valor de fechamento é colocado no grupo do passivo, representa a necessidade de 
captar mais recursos que o previsto para poder executar os planos inicialmente previstos ou 
deixar para depois algum projeto cuja prioridade de implantação não seja tão urgente.
A execução dessas decisões baseia-se no conceito econômico de ativo e passivo, que explica 
o ativo como sendo as aplicações dos recursos que foram postos à disposição da empresa e o 
passivo como aquele que representa as fontes de financiamento de recursos.
A redução de ativo equivale a uma origem de recurso, assim como um aumento de passivo. Já 
uma redução do passivo corresponde a uma aplicação de recursos e a um aumento de ativo.
A última variável a ser considerada neste contexto de modelo de planejamento financeiro são 
as premissas econômicas. 
O plano financeiro deve enumerar, de forma clara, o ambiente econômico em que a 
empresa espera vigorar durante o prazo estipulado. É prudente que, em relação às variáveis 
econômicas, sejam contempladas a taxa de juros e a elasticidade do mercado em termos de 
oferta e demanda.
Previsão 
de Vendas
Planos
de produção
Planos
de �nanciamento
de longo prazo
Informação necessária
Produto para análise
Planos
de desembolso
para ativos �xos
Demonstração
de resultados
pro forma
Balanço
patrimonial
pro forma
Balanço
patrimonial 
doperíodo 
corrente
Orçamento
de caixa
Fonte: Unifacs Interativa.
A figura mostra as etapas e o fluxo de informações para a elaboração tanto do Balanço 
Patrimonial Projetado quanto da Demonstração de Resultado do Exercício Projetado. A partir 
daí, é possível projetar as demais.
Percebe-se que tudo se inicia com a previsão de vendas, a partir da qual se gera o plano 
mestre de produção. Dele, têm-se os custos e as despesas do período que farão parte da 
Demonstração de Resultado do Exercício (DRE).
Com o Balanço Patrimonial do Exercício corrente, a DRE e os Orçamentos, pode-se ter o 
Balanço Patrimonial Projetado.
Mesmo com esses modelos, Ross (2010, p. 595) afirma que existem algumas limitações dos 
modelos de planejamento financeiro:
25
•	 eles não indicam quais são as melhores políticas financeiras;
•	 são excessivamente simples, ou seja, na realidade, os custos nem sempre são 
proporcionais às vendas.
“Sem alguma espécie de plano financeiro a longo prazo, a empresa poderia encontrar-se num 
oceano de mudanças sem um leme para guiá-la.” (ROSS, 2010, p. 596).
Portanto, conclui-se que para que ocorra efetivamente um planejamento financeiro, serão 
necessários alguns elementos essenciais. Na verdade, não é possível que se tomem decisões 
baseados apenas em intuição. 
Espera-seque a discussão apresentada tenha sido válida para você. É importante lembrar que 
o conhecimento deve ser construído de forma constante, com leituras, reflexões e interação.
Se aprimorar os seus conhecimentos sobre esse assunto, consulte o site a seguir: 
<www.portalcfc.org.br/coordenadorias/camara_tecnica/normas_brasileiras_de_
contabilidade>.
NÃO DEIXE DE SABER!
26 Laureate- International Universities
Nesta Unidade, descobrimos que o planejamento financeiro permeia vários aspectos das 
empresas, sejam elas grandes ou pequenas. Na maioria dos casos, ele acaba se tornando uma 
verdadeira necessidade, visto que as organizações precisam administrar seus ativos como parte 
de suas atividades operacionais, com o objetivo de melhorar a gestão. Muitas vezes, planejar 
com cuidado pode ser a garantia de sobrevivência no mercado.
Também aprendemos que planejar é fundamental para o sucesso de qualquer tipo de negócio. 
Através de um bom planejamento, delimitamos as ações a serem realizadas e alocamos os 
recursos necessários para a conquista dos objetivos traçados, considerando todos os setores 
e elementos que possam influenciar no meio do caminho, sejam eles internos ou externos. 
Quando ele não corresponde ao esperado, é possível reavaliar todo o projeto.
SínteseSíntese
27
FREZATTI, F. Orçamento empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2004.
______. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2008.
GROPPELLI, A.; NIKBAKHT, E. Administração financeira. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
HOJI, M. Administração financeira e Orçamentária. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
ROSS, S. A. et al. Princípios de administração financeira: corporate finance. 2. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
SANVICENTE, A. Z.; SANTOS, C. da C. Orçamento na administração de empresas. São 
Paulo: Atlas, 2000.
PADOVEZE, C. L.; TARANTO, F. C. Orçamento empresarial: novos conceitos e técnicas. São 
Paulo: Pearson, 2009.
ROSS, S. A. et al. Princípios de administração financeira: essentials of corporate finance. 2. 
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WELSCH, G. A. Orçamento empresarial. São Paulo: Atlas, 1983.
ReferênciasBibliográficas

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