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REVISÃO DE COMPORTAMENTO E SOCIEDADE

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REVISÃO DE COMPORTAMENTO E SOCIEDADE
* A cultura tem um centro, pelo menos enquanto é autêntica e florescente. O essencial da cultura é o essencial que o homem visa com a sua atividade.
* Não é possível uma sociedade se, os indivíduos não se sentirem sociais;
* O essencial da cultura é o essencial que o homem visa com a sua atividade. A cultura tem um centro, pelo menos enquanto é autêntica e florescente. 
* O estudo das culturas e povos diferentes que a antropologia fez ao longo de sua história é de fundamental importância. E o entendimento desses povos e/ou culturas diferentes só é possível graças ao desenvolvimento de um método muito típico da antropologia que é o relativismo cultural.
* “O conceito de relativismo cultural enfatiza a relação entre as culturas, ao passo que o conceito de interculturalidade indica o reconhecimento de vários grupos culturais em uma mesma sociedade.
* O que é o homem? Trata-se de um problema de antropologia, ou seja, do questionamento filosófico a respeito do conceito que o homem faz de si mesmo. Esta questão é crucial, porque todas nossas formas de agir partem de uma ideia de homem que a elas se encontram subjacente;
* Sabe-se que o indivíduo não constrói nada sozinho. Ele só se reconhece vivendo em sociedade. Para tanto, é imprescindível que o indivíduo se adapte aos padrões sociais. Este processo de adaptação denomina-se socialização. Alguns indivíduos não conseguem seguir as regras e os padrões sociais, apresentando dificuldades em seguir normas impostas pela sociedade. Isto significa dizer que lhes faltam habilidades para a socialização ou sociabilidade.
* O termo etnocentrismo está intimamente relacionado à superioridade e dominação. Basicamente, um grupo se sente ameaçado por outro no seu modo de ser. Como medida protetora, adota uma política dominadora na qual procura inferiorizar e explorar o outro grupo, delegando-lhe um status inferior.
* As instituições sociais, tais como a família, o trabalho, a escola e a igreja vão passar seus valores com o intuito de aumentar sua socialização. A escola é uma instituição que passa uma educação formal, padronizada voltada para a formação do indivíduo adulto.
* A abordagem metafísica prima-se por buscar a unidade na multiplicidade dos seres. Mesmo tendo tantas diferenças entre os seres humanos, existiria uma essência humana, um modelo a ser atingido à medida que se dá o amadurecimento. 
* A psicologia experimental privilegiará no homem apenas a exterioridade do comportamento, deixando a consciência entre parêntesis por considerá-la inacessível aos procedimentos considerados científicos.
* No que diz respeito à concepção de homem naturalista, podemos afirmar que procura perceber a regularidade da natureza, formulando leis, prevendo fenômenos buscando a compreensão do homem dentro dos critérios da ciência.
* Quando falamos de etnocentrismo estamos nos referindo à superioridade e dominação. Quem pretende dominar inferioriza os dominados porque se sente ameaçado em seu modo de ser.
* Quando falamos de relativismo cultural, estamos falando que a cultura é relativa ao local aonde encontra-se inserida, fazendo parte deste. Não podemos dizer o que é certo e o que é errado, pois os parâmetros que devem ser utilizados são as bases culturais que cada indivíduo leva dentro de si.
* O estudo das culturas e povos diferentes que a antropologia fez ao longo de sua história é de fundamental importância. E o entendimento desses povos e/ou culturas diferentes só é possível graças ao desenvolvimento de um método muito típico da antropologia. Este método é o Relativismo Cultural.
* O conceito de Interculturalidade indica o reconhecimento de vários grupos culturais em uma mesma sociedade, ao passo que o conceito de Relativismo cultural enfatiza a relação entre as culturas.
* O relativismo cultural entende que uma determinada cultura não é superior a outra, apenas diferente.
* Visando sua adaptação os hominídeos (primatas em transformação) precisaram progressivamente criar recursos que ainda não possuíam. Deixaram de ser bípedes para serem eretos, suas mãos tornaram-se mais hábeis e seu cérebro foi ficando mais complexo. Isto significa que Os primatas transformaram-se para adaptar-se às diferentes 
* Na seguinte afirmação: Mesmo quando penso estar sozinho, continuo totalmente impregnado dos valores da sociedade que tento me afastar. Posso entender que só posso ser indivíduo se for também sociedade.
* Conforme o sociólogo alemão Ulrich Beck (1997), com o termo globalização são identificados processos que têm por consequência a subjugação e a ligação transversal dos estados nacionais e sua soberania através de atores transnacionais, suas oportunidades de mercado, orientações, identidades e redes. Por isso, ouvimos falar de defensores da globalização e de críticos à globalização, num conflito pelo qual diferentes organizações se tornam cada vez mais conhecidas. Neste sentido, não se trata de um conflito stricto sensu sobre a globalização, mas sobre a prepotência e a mundialização do capital.
* Para Fernandes (2007) as velhas identidades criadas a partir do renascimento cultural e do iluminismo europeu estão em declínio num mundo pautado pela compressão espaço-tempo. Nisso, temos uma crise de identidade que fragmenta o indivíduo moderno.” Desta forma é possível dizer que o homem da sociedade moderna era possuidor de um lugar bem determinado socialmente e culturalmente. No entanto, mudanças estruturais estão trazendo questionamentos quanto a identidades culturais de classe, raça, nacionalidade, sexo e etnia
* No que tange à prática educativa, podemos afirmar que as teorias pedagógicas partem de concepções diferentes de homem. Fica evidente que na escola tradicional destaca-se o aspecto intelectual enquanto na escola nova se descuida do aspecto existencial.
* No que se refere à educação, cresce a sobrevalorização do pragmatismo, da eficiência meramente técnica e do conformismo. O mais importante é a formação profissional, concebida como único meio de acesso ao mercado de trabalho. Esses valores são difundidos pelos grandes meios de comunicação e os jovens são, nisto, os mais atingidos. A diminuição do sujeito/indivíduo surge como decorrência, pois o ser humano é cada vez mais encarado como coisa e estimulado a satisfazer prazeres supérfluos. Portanto as culturas dependem somente da educação formal. 
* Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) provoca uma grande revolução na pedagogia na medida em que desloca o centro tradicional do processo fixado no mestre, para o discípulo.
* A identidade pessoal é principalmente produzida pela cultura ou subculturas que promovem nossa socialização enquanto a identidade cultural implica no pertencimento a uma determinada comunidade. Então a identidade de uma cultura refere-se as características que se podem atribuir a uma determinada cultura.
* Quando falamos em socialização precisamos entender que em seu conceito está contido que é no processo de formação de nosso self e de como nossos instintos podem ou não ser suprimidos. Assim somos transformados em seres capazes de viver em sociedade pela internalização das coerções sociais.
* “O sujeito baseado numa concepção de pessoa humana como um indivíduo totalmente centrado, unificado, dotado das capacidades de razão, de consciência e de ação, ou seja, uma concepção bastante individualista do sujeito”, refere-se ao sujeito do iluminismo
* A segunda concepção de identidade é o sujeito sociológico. Nessa concepção estava traduzida a crescente complexidade do mundo moderno. A identidade era construída na interação entre o indivíduo e a sociedade.
* Na terceira concepção de identidade está o sujeito pós-moderno, ou seja o sujeito possuidor de uma identidade estável está se fragmentando e sendo composto por várias identidades. Esse sujeito não tem uma identidade fixa, essencial ou permanente.
* “Antes da modernidade acreditava-se que o status e a posição de uma pessoa na sociedade eram divinamente estabelecidos, e isso imperava sobre qualquer sentimentode que a pessoa fosse um indivíduo soberano.
* “O nascimento do indivíduo soberano se dá no século XVI com o Renascimento e no século XVIII com o Iluminismo.” Pode-se dizer que o homem racional e científico passou a ser o norteador dessa nova identidade.
* Se até no século XX tínhamos uma sociedade moderna sólida por conta das paisagens culturais de classe, gênero, sexualidade, etnia, raça e nacionalidade, traçados por esta mesma sociedade, fornecendo-nos igualmente sólidas localizações como indivíduo social. No final daquele tempo as paisagens culturais começaram a se fragmentar e modificar, transformando também nossas identidades pessoais.
* A descentração dos indivíduos tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmo, constitui uma “crise de identidade” para o indivíduo.
* A concepção "descentramento do sujeito" ganhou sentido, pois diante desses intensos fluxos produzidos, introduzidos nas paisagens culturais, estas se fragmentam/pluralizam e com elas e a partir delas também o sujeito.
* Na Identidade do sujeito pós-moderno, a identidade torna-se uma celebração móvel, formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam.
* A apresentação de um sujeito pós-moderno, com uma identidade formada e transformada continuamente em relação às formas pelas quais são representados nos sistemas culturais que os rodeiam, mostra a necessidade de adaptação deste sujeito em uma sociedade que influi e é influenciada pela globalização. 
* Segundo Foucault, em História da sexualidade (1988), a norma é um princípio de comparação que está inscrita nas “artes de julgar”. Esta não emana de apenas um lugar, mas está em toda parte. Os comentários repetidos no cotidiano constituem-se referencias para todos. Torna-se então penetrante sendo capaz de se “naturalizar”.
* “No que diz respeito à sexualidade, apesar das muitas “condenações” /restrições que algumas religiões fazem a respeito, a maior parte das pesquisas analisadas retrata tanto os prejuízos quanto os benefícios da religiosidade. Dentre os benefícios mais comuns estão os sociais (aceitação do grupo com a acedência a estes valores). 
* Nas palavras de Hall "a globalização não parece estar produzindo nem o triunfo do global nem a persistência, em sua velha forma nacionalista, do local. Os deslocamentos ou os desvios da globalização mostram-se mais variados e mais contraditórios do que sugerem seus protagonistas ou seus oponentes.
* Stuart Hall analisa a questão das culturas nacionais e da identidade de nação, e como o sujeito fragmentado é colocado em termos de suas identidades culturais. Antes, na modernidade, a identidade nacional consistia em uma homogeneização necessária da cultura e uma unificadora do pensamento cultural o indivíduos, no entanto o que observamos na pós modernidade é um grande avanço do hibridismo cultural dentro de um mesmo Estado-nação
* Para Hall (2002), a globalização é tratada como provocadora de uma sobreposição das identidades nacionais por outras mais particularistas, de identificação cultural. O processo de globalização está deslocando as identidades nacionais. Isto significa que esse processo implica num distanciamento da ideia sociológica clássica da sociedade como um sistema bem delimitado.
* A globalização, enquanto um complexo de forças de mudança está poderosamente deslocando as identidades culturais nacionais, e Hall (2002) destaca três impactos importantes desse processo de globalização sobre as identidades culturais: a desintegração; o reforço pela resistência; a mutação.
* Marx afirma que os seres humanos constroem sua história, mas não da maneira que querem, pois existem situações anteriores que condicionam o modo como ocorrem a construção. Para ele, existem condicionantes estruturais que levam o indivíduo, os grupos e as classes para determinados caminhos; mas todos têm capacidade de reagir a esses condicionamentos e até mesmo de transformá-los.
* Karl Marx (1818 — 1883), afirma que os indivíduos devem ser analisados de acordo com o contexto de suas condições e situações sociais, já que produzem sua existência em grupo. De acordo com esse pensador a ideia de indivíduo isolado só apareceu efetivamente na sociedade livre de concorrência. Desse modo, seus estudos sobre a sociedade são bastante científicos e buscavam compreender as relações sociais. O foco era prioritariamente pela luta entre as classes sociais. Para esse autor é na luta diária que os indivíduos trabalhadores se identificam e se unem para questionar a realidade de exploração, configurando uma classe social. O ponto central da análise que Marx faz da sociedade capitalista está nas relações estabelecidas entre as classes que compõe essa sociedade.
* De acordo com o materialismo histórico de Marx, o meio de produção adotado por uma sociedade determinará sua formação. Por exemplo, se uma sociedade tem um modo de produção escravista determinará uma sociedade aristocrática. No caso do sistema feudal não podemos dizer que a relação serviu não é muito forte entre o servo e o senhor feudal.
* A sociologia marxista do século XIX era revolucionaria: saudava antecipadamente a revolução que deveria destruir o regime capitalista;
* As novas configurações familiares são cada vez mais frequentes, marcadamente nas grandes metrópoles; assim começam a ter visibilidade, seja por contarem com apoio de grupos organizados, com grande poder de pressão por direitos, seja por fazerem parte do cotidiano das pessoas, não sendo possível negá-las. Portanto, pode-se dizer que a família condensa uma história, uma linguagem e códigos morais próprios. É a partir desses elementos e de sua condição social que a família organiza sua forma de inserção na sociedade e de socialização de seus membros.
* A família é o locus, o status nascendi, a matriz dos primeiros vínculos sociais da criança. Quando a família não cumpre seu papel social de protetora de sua prole, de transmissora de valores culturais, considerando como critério seu aspecto funcional, pode-se dizer que ela fracassou no cumprimento de suas funções. Quando ocorrem situações de vitimização física e sexual de crianças e adolescentes na família, pode-se dizer, conforme Ferrari (2002), que se está diante de um grave problema de relações entre pais e filhos, que se deteriorou. 
* Para o fundador da escola francesa de Sociologia, Émile Durkheim (1858 — 1917), a sociedade sempre prevalece sobre o indivíduo, dispondo de certas regras, normais, costumes e leis que asseguram sua perpetuação. Essas regras e leis independem do indivíduo e pairam acima de todos, formando uma consciência coletiva que dá o sentido de integração entre os membros da sociedade.
* Durkheim, destaca a primazia da sociedade e dos grupos sociais sobre os indivíduos, capazes de determinar um tipo de coerção sobre estes, fazendo-os assumir papéis sociais específicos em relação a determinados fenômenos particulares.
* A “ANOMIA”(ausência de regras) constitui-se em um conceito importante na obra de Durkheim. Ao tratar especificamente sobre o suicídio anômico (ocorrem nas crises sociais), afirma que este é provocado pela perda da dimensão normativa ocasionada por várias mudanças sociais.
* A família, a escola, o sistema jurídico e o Estado são exemplos de instituições que congregam os elementos essenciais da sociedade, dando-lhes sustentação e permanência. Durkheim dava tanta importância as instituições que definia a sociologia como “a ciência das instituições sociais, de sua gênese e de seu funcionamento”.
* Percebe-se que os processos de aquisição de crenças religiosas são capazes de interferir tanto na autoimagem do fiel quanto na percepção que ele tem do mundo, ou seja os eventos que o envolvem, influenciam, portanto, sua personalidade.
* Tanto se pode afirmar que as religiões estão inseridas na cultura, quanto que elas contêm traços culturais em sua constituição. Assim, foi possível observar que os costumes religiosos, além de influenciarema cultura das pessoas, são eles próprios influenciados pela conjuntura histórica, social e política do momento.
* A religiosidade das pessoas se torna presente no contexto psicoterapêutico, uma vez que é fonte de comportamentos e de valores internalizados como parte do self. Ignorar isto, como se fazia outrora, corresponderia a ignorar parte da vida do indivíduo. Desta forma, em concordância com pensamentos em diversos artigos encontrados sobre a influência da religiosidade na Psicologia Clínica (CAMBUY, 2006), pensa-se que os profissionais devem possibilitar a emergência da religiosidade/espiritualidade de seus clientes no setting terapêutico, considerando a temática como parte de sua realidade e, por meio do discurso religioso (mas sem ater-se a ele).
* Pode ser considerado como uma forma de se utilizar a religiosidade a serviço da psicoterapia, partindo da ideia de que ambas são potencialmente capazes de promover saúde e bem estar, desde que sabiamente utilizadas, e sem sobreposição de saberes.
* O indivíduo constrói o autoconceito no social e continua fundindo parte do seu eu com os grupos aos quais se agrega ao longo da vida, identificando-se com noções, valores e práticas para poder pertencer aos mesmos. É possível dizer que diante de um sistema de ideias de um dogma religioso, o fiel integra valores e práticas como parte de seu cotidiano, tornando isso tudo como que componentes de sua identidade pessoal.
* O conceito básico para Weber (1864 — 1920), é o de ação social, entendida como o ato de se comunicar, de se relacionar, tendo alguma orientação quanto às ações dos outros. “Outro”, no caso, pode significar tanto um indivíduo apenas por vários, indeterminados e até desconhecidos.
* Weber diz que a ação social não é idêntica a uma ação influenciada, que ocorre muito frequentemente nos chamados fenômenos de massa. Quando há uma grande aglomeração, quando se reúnem muitos indivíduos por alguma razão, estes agem influenciados por comportamentos grupais.
* Para Hayward (2002), a Criminologia Cultural é uma abordagem teórica, metodológica e intervencionista do estudo do crime, a qual põe a criminalidade e o seu controle no contexto da cultura. Ou seja, considera o crime e as agências e instituições de controle como produtos culturais, as quais devem ser lidas a partir dos significados que carregam. Como uma nova teoria criminológica, a criminologia cultural propõe-se a reinterpretar o comportamento criminoso como uma técnica para resolver certos conflitos psíquicos.
* Segundo Young (2002), o crime a transgressão, de um modo geral, podem ser vistos como a quebra das restrições impostas, uma realização do imediatismo e uma reafirmação da identidade e da ontologia. Neste sentido, a identidade é tramada na experiência criminosa. 
* Vergote (2001) defende a ideia de que o psicólogo estude as pessoas considerando-as em seu contexto cultural-religioso, tal como fazem os antropólogos. A observação psicológica constituir-se-ia então, em escutar as expressões religiosas e observar os comportamentos que a cultura designa como religiosos para interpretá-los em sua relação, sem ajuizamentos acerca da verdade de tais convicções.
* A Etnopsiquiatria não pretende ser mais uma subdivisão de uma especialidade, mas chamar atenção para os componentes socioculturais em torno do doente mental, que no decorrer desses anos, foi subjugado por uma visão reducionista de seu problema sofrendo, por isso, sérias consequências (COLLOMB, 1975). Sendo assim o propósito da Etnopsiquiatria é o de estabelecer uma linguagem suscetível de ser compreendida por todos, valorizar o meio onde vive o enfermo e utilizar-se deste mesmo meio como fator de recuperação.
* No trabalho Etnopsiquiátrico, a participação do enfermo e familiares no tratamento é ativa com o objetivo de entender a etiologia do problema e buscar soluções para o caso (NORONHA, 1986).
 
MARCELLE (FALTA RESPOSTAS)
11 Percebe-se que os processos de aquisição de crenças religiosas são capazes de interferir tanto na autoimagem do fiel quanto na percepção que ele tem do mundo, ou seja:
I Não são capazes de intervir na constituição do sujeito, afinal, cada um é um ser único. 
X II Os eventos que o envolvem, influenciam, portanto, sua personalidade.
III A religião e as crenças não estabelecem qualquer relação com a personalidade de um indivíduo. 
IV Por intervir na personalidade do indivíduo, o psicólogo precisa compreender e atender às práticas religiosas para melhor entender o seu paciente.
12 Tanto se pode afirmar que as religiões estão inseridas na cultura, quanto que elas contêm traços culturais em sua constituição. Assim, foi possível observar que:
Os costumes religiosos, além de influenciarem a cultura das pessoas, são eles próprios influenciados pela conjuntura histórica, social e política do momento.
II Os costumes religiosos necessitam de maior atenção para aprofundar a ciência e todos seus aspectos sociais e culturais.
III Religião e cultura são pressupostos de via única, de maneira que a religião nasceu primeiro, então é capaz de influenciar qualquer cultura.
IV A personalidade do indivíduo está restritamente ligada a sua cultura e a forma com a qual ele se vê inserido nela.
13 O indivíduo constrói o autoconceito no social e continua fundindo parte do seu eu com os grupos aos quais se agrega ao longo da vida, identificando-se com noções, valores e práticas para poder pertencer aos mesmos. É possível dizer que:
I Uma vez desenvolvido um estilo de ser e pensar, o indivíduo não regride aos valores até então estabelecidos
II Um sistema de ideias e dogmas dificilmente integrará novos valores ou práticas na vida de um indivíduo, pois isso é muito mais comum em adolescentes. 
III A personalidade de um indivíduo está intimamente liga apenas aos aspectos biológicos.
X IV Diante de um sistema de ideias de um dogma religioso, o fiel integra valores e práticas como parte de seu cotidiano, tornando isso tudo como que componentes de sua identidade pessoal.
14 “No que diz respeito à sexualidade, apesar das muitas “condenações”/restrições que algumas religiões fazem a respeito, a maior parte das pesquisas analisadas retrata tanto os prejuízos quanto os benefícios da religiosidade. Dentre os benefícios mais comuns estão:
I A negação e a rejeição
II A culpa e a repressão
X III os sociais (aceitação do grupo com a acedência a estes valores) 
IV individualidade mais aflorada perante os objetivos do grupo
16 A religiosidade das pessoas se torna presente no contexto psicoterapêutico, uma vez que é fonte de comportamentos e de valores internalizados como parte do self. Ignorar isto, como se fazia outrora, corresponderia a ignorar parte da vida do indivíduo. Desta forma, em concordância com pensamentos em diversos artigos encontrados sobre a influência da religiosidade na Psicologia Clínica (CAMBUY, 2006), pensa-se que: 
I Cabe ao bom profissional, estudar todas as religiões e suas práticas, caso contrário não poderá compreender este indivíduo. 
x II Os profissionais devem possibilitar a emergência da religiosidade/espiritualidade de seus clientes no setting terapêutico, considerando a temática como parte de sua realidade e, por meio do discurso religioso (mas sem ater-se a ele).
III É papel do psicólogo auxiliar seu paciente às crenças e práticas religiosas que mais condizem com sua realidade.
IV é importante que se possibilite as manifestações de cada paciente referente suas crenças e valores, de maneira que o psicólogo possa se ater a cada uma, como parte inclusive de sua própria realidade e forma de viver mais feliz. 
17 Pode ser considerado como uma forma de se utilizar a religiosidade a serviço da psicoterapia, partindo da ideia de que ambas são potencialmente capazes de promover saúde e bem estar, desde que:
x I sabiamente utilizadas, e sem sobreposição de saberes.
II o profissional tenha vivências reais em cada um das práticas.
III uma consiga sobreposição sobre a outra, afinal, ciência e religião nunca deram as mãosIV o profissional exerça ou pratique com sabedoria cada etapa e evolução das religiões
18 A globalização, enquanto um complexo de forças de mudança está poderosamente deslocando as identidades culturais nacionais, e Hall (2002) destaca:
I Dois importantes impactos a interação e migração
II Mutação e aceitação como fatores importantes neste processo. 
III Transposição, identidade de nação e a constelação, sendo os mais importantes aspectos considerados.
X IV três impactos importantes desse processo de globalização sobre as identidades culturais: a desintegração; o reforço pela resistência; a mutação.
19 A concepção "descentramento do sujeito" ganhou sentido, pois:
I Houve a unificação do “sujeito”, em sua totalidade.
II Começou-se a integração das massas, logo então do próprio indivíduo
xIII diante desses intensos fluxos produzidos, introduzidos nas paisagens culturais, estas se fragmentam/pluralizam e com elas e a partir delas também o sujeito.
IV Houve maior fluxo de integração sujeito-sociedade em toda sua forma de ver e vivenciar o “ser humano”.
20 No trabalho_______________, a participação do enfermo e familiares no tratamento é ativa com o objetivo de entender a etiologia do problema e buscar soluções para o caso (NORONHA, 1986).
I Gerontológico 
II Gestáltico 
X III Etnopsiquiátrico
IV Psiquiátrico
A primeira parte "A identidade em questão" trata de três concepções de identidade: a do sujeito iluminista (individualista); a do sujeito sociológico (interacionista); a do sujeito pós-moderno (que efetiva a "celebração móvel", nas palavras do autor). Nesta parte do livro o autor nos faz refletir sobre a questão: o que muda de um extremo a outro? A resposta indica que a condição de permanência, a certeza e a continuidade, são condições que se desmancham no ar nestes tempos pós-modernos. 
Na segunda parte "Nascimento e morte do sujeito moderno" emerge o conceito de descentração do sujeito. O autor está tratando da morte do sujeito cartesiano e indica algumas obras e autores que contribuíram para esse processo na modernidade tardia, como por exemplo, a releitura de Marx nos anos 60 (os homens fazem a história [...] sob as condições que lhe são dadas); também os significados mutantes das palavras de Saussure e ainda os estudos de Foucault sobre o poder dos regimes disciplinares, dentre outros. Obras e autores que abalaram as estruturas do sujeito moderno e constituíram e permitiram instituir, como destaca o autor, os descentramentos, pois suas idéias descrevem deslocamentos do sujeito através de uma série de rupturas nos discursos do conhecimento moderno. Nas palavras do autor: "[...] o sujeito do iluminismo, visto como tendo uma identidade fixa e estável, foi descentrado, resultando nas identidades abertas, contraditórias, inacabadas, fragmentadas, do sujeito pós-moderno" (p.46). 
Avançando no debate, na terceira parte "As culturas nacionais como comunidades imaginadas" o autor questiona: o que está acontecendo à identidade cultural na modernidade tardia? Como as identidades culturais nacionais estão sendo afetadas ou deslocadas pelo processo de globalização? O autor destaca que as nações são como comunidades imaginadas, que são perpetuadas pela memória do passado, pelo desejo de viver em conjunto e pela perpetuação da herança. Na desconstrução da idéia de cultura nacional como identidade unificadora, o autor refere que as culturas nacionais, na verdade, "são atravessadas por profundas divisões e diferenças internas, sendo unificadas apenas através do exercício de diferentes formas de poder cultural" (p.62). Neste sentido, para o autor, as nações modernas são verdadeiros "híbridos culturais". 
Na quarta parte "Globalização" o autor afirma que a globalização enquanto um complexo de forças de mudança está poderosamente deslocando as identidades culturais nacionais, dando continuidade, assim, ao debate iniciado na terceira parte do livro. O autor destaca nesta parte três impactos importantes desse processo de globalização sobre as identidades culturais: a desintegração; o reforço pela resistência; a mutação (novas identidades-híbridas-estão tomando seu lugar). Nas palavras do autor, para alguns teóricos: "O efeito geral desses processos globais tem sido o de enfraquecer ou solapar formas nacionais de identidade cultural. Eles argumentam que existem evidências de um afrouxamento de fortes identificações com a cultura nacional, e um reforçamento de outros laços e lealdades culturais, acima e abaixo do nível do estado-nação" (p.73). 
Na quinta parte do livro – "O global, o local e o retorno da etnia" - há um instigante debate sobre o novo interesse pelo local e a nova articulação entre o global e o local, uma verdadeira dialética das identidades: entre novas identidades globais e novas identidades locais. Aqui o autor defende que a globalização tem um efeito contestador e deslocador das identidades centradas e fechadas de uma cultura nacional. Esse efeito verdadeiramente pluralizante altera as identidades fixas, tornando-as menos fixas, plurais, mais políticas e diversas. Esse movimento pode produzir dois efeitos, e o autor refere que Kevis Robins1 chama o primeiro efeito de "Tradição", quando as nações tentam "recuperar sua pureza anterior e recobrir as unidades e certezas que são sentidas como tendo sido perdidas" (p.87). O outro efeito desse processo nas nações é denominado de "Tradução" quando as nações "aceitam que as identidades estão sujeitas ao plano da história, da política, da representação e da diferença" (p.87). Assim, as nações estariam gravitando entre manter (a tradição) e transformar (a tradução), o que afeta diretamente as novas (ou velhas) formas de identidade cultural. É nesse movimento/deslocamento que emerge a concepção de culturas híbridas (entre a tradição e a tradução) como um dos diversos tipos de identidades destes tempos de modernidade tardia. 
Na sexta e última parte do livro "Fundamentalismo, Diáspora e Hibridismo" o autor faz uma análise do descentramento do Ocidente. Nas palavras do autor: "a globalização não parece estar produzindo nem o triunfo do global nem a persistência, em sua velha forma nacionalista, do local. Os deslocamentos ou os desvios da globalização mostram-se, afinal, mais variados e mais contraditórios do que sugerem seus protagonistas ou seus oponentes" (p.97). 
Este livro é a tentativa de debater o movimento/deslocamento produzido pela globalização nas identidades culturais na modernidade tardia/pós-modernidade. Neste sentido, a concepção "descentramento do sujeito" ganha sentido, pois diante desses intensos fluxos produzidos/introduzidos nas paisagens culturais, estas se fragmentam/pluralizam e com elas e a partir delas também o sujeito. O debate é de extrema relevância para os estudos culturais no campo da saúde e enfermagem. A noção de híbridos culturais pode em muito contribuir com os estudos nestes campos, tornando-os mais abertos aos fenômenos plurais e diversos que se manifestam nos respectivos saberes/fazeres dos sujeitos individuais e coletivos. O livro nos brinda e ao mesmo tempo nos estimula a rever nossos scripts culturais e nossa capacidade de interpretação do mundo pós-moderno.

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