AULA 02 (16 03) Metodos de controle

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Entomologia Agrícola 
Métodos de Controles de Pragas 
Prof. D. Sc. Patrício Borges Maracajá 
Anderson Bruno Anacleto de Andrade 
Pombal-PB 
Março/2017 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE 
Entomologia Agrícola 
Métodos de Controles de Pragas 
 
Quando devemos 
empregar algum método 
de controle de pragas 
Entomologia Agrícola 
Métodos de Controles de Pragas 
 
 Métodos Legislativos 
 Métodos Mecânicos 
 Métodos Culturais 
 Método de Resistência de Plantas 
 Método de Controle por Comportamento 
 Método de Controle Físico 
 Método de Controle Biológico 
 Métodos de Controle Autocida 
 Métodos Químicos 
Entomologia Agrícola 
Métodos de Controles de Pragas 
  Métodos Legislativos 
 É um método de controle que se baseia em leis, 
decretos e portarias, e são de modalidades diversas. 
 
 Serviço quarentenário 
 Lei dos agrotóxicos 
 Medidas Obrigatórias 
 
 
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Métodos de Controles de Pragas 
  Métodos Legislativos 
 Serviço quarentenário 
 
• Previne a entrada de pragas exóticas e impede a 
disseminação das nativas; 
• É executado pelo Serviço de Defesa Sanitária Vegetal; 
• Inspecionam portos, aeroportos e fronteiras; 
 
 
 
O Brasil não exporta frutas in natura para os EUA e Japão devido 
ao risco de introduzir mosca-das-frutas nesses países 
EXEMPLOS 
O Brasil só exporta para os EUA melões que são cultivados em 
região semiárida do Rio Grande do Norte. Área livre da mosca-das-
cucurbitáceas (Anastrepha grandis) 
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  Métodos Legislativos 
 Serviço quarentenário 
 
 Praga quaternária é qualquer espécie, raça ou biótipo 
de vegetais, animais ou agentes patógenos, nocivos para 
vegetais ou produtos Vegetais (GALLO et al., 2002). 
 
Critérios: 
• Presença ou ausência em áreas de risco; 
• Distribuição; 
• Importância econômica; 
• Controle oficial 
 
 Praga Quaternária A1 Praga Quaternária A2 
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  Métodos Legislativos 
 Serviço quarentenário 
 
 Tratamentos: 
 
 Fumigação 
 
 Tratamento a frio 
 
 Tratamento a quente 
 
 Irradiação 
 
Aplicação de brometo de metila (Grãos de Armazenamento) 
Câmara com temperaturas baixas (Frutas) 
Emprego de vapor d’água ou hidrotermia (Frutas) 
Emprego de raios gama do Cobalto (Frutas) 
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  Métodos Legislativos 
 Serviço quarentenário 
 
 
Frutas 
Tratamentos 
Fumigação 
 
Tratamento a 
frio 
Tratamento a 
quente 
Irradiação 
 
Banana X 
Manga X X 
Melão X 
Nectarina X 
Pêssego X X 
Uva X 
(SUGAYAMA; MALAVASI, 2000) 
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  Métodos Legislativos 
 Lei dos agrotóxicos 
 
A lei no 7802/89, regulamentada pelo decreto nº 4074/02, tem por 
finalidade controlar a fabricação, formulação, comércio e uso 
adequado, em termos de toxicidade, segurança, eficiência e 
idoneidade dos inseticidas, recolhimento de embalagens, entre 
outros, além de obrigar o uso do Receituário Agronômico 
para qualquer atividade envolvendo o uso destes produtos. 
O RA é um parecer técnico sobre a situação fitossanitária da 
cultura e que tem a finalidade de instituir o uso adequado dos 
agrotóxicos, tendo por objetivo maximizar a eficiência no 
controle com o uso mais racional de inseticidas. 
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Métodos de Controles de Pragas 
  Métodos Mecânicos 
 Consiste na utilização de medidas de controle que 
causem a destruição direta dos insetos ou que impeçam seus 
danos. 
 
• Catação manual 
Coleta e destruição direta dos insetos que estão causando 
prejuízos. 
 
 
• Barreiras 
Consistem no uso de qualquer prática que impeça ou dificulte o 
acesso dos insetos à planta. 
 
 
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Métodos de Controles de Pragas 
  Métodos Culturais 
 Consiste no emprego de certas práticas culturais, 
normalmente utilizadas para o cultivo das plantas, visando ao 
controle de pragas. 
 
• Época de plantio 
Dessincronizar a fase suscetível da cultura com o pico de 
ocorrência da praga. 
• Rotação de Cultura 
Plantio alternado, em anos sucessivos, de culturas que não sejam 
hospedeiras das mesmas pragas. 
• Poda 
Elimina focos de infestação, galhos velhos, etc. 
• Preparo de solo 
Promovem um ressecamento da camada superficial do solo, 
matando algumas pragas que passam algum estádio no solo 
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  Métodos Culturais 
 
• Plantio direto 
Favorece os inimigos naturais das pragas. 
• Cultura Limpa 
O mato pode favorecer a infestação de certas pragas. 
 
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Métodos de Controles de Pragas 
  Métodos Culturais 
 
• Plantio direto 
Favorece os inimigos naturais das pragas. 
• Cultura Limpa 
O mato pode favorecer a infestação de certas pragas. 
 
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Métodos de Controles de Pragas 
  Método de Resistência de Plantas 
 Consiste na seleção e utilização de cultivares que, 
devido a suas características genéticas, são menos danificadas 
que outras em igualdade de condições. 
 
O uso de espécies, subespécies, variedades ou 
procedências de plantas que possuam mecanismos 
naturais de resistência aos insetos é uma 
alternativa muito promissora para o controle de 
pragas em pastagens. 
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Métodos de Controles de Pragas 
  Método de Resistência de Plantas 
 
Níveis de Repostas da Resistência 
 
• Imunidade 
Planta que não sofre danos 
• Alta Resistência 
Genótipo que sofre um dano menor que outras em igualdade de 
condições 
• Resistência Moderada 
Genótipo sofre dano um pouco menor que os demais 
• Suscetibilidade 
Genótipo que sofre dano semelhante aos demais 
• Alta Suscetibilidade 
Planta que sofre um dano maior que outras em igualdade 
de condições. 
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  Método de Resistência de Plantas 
 
Tipos de Resistência 
 
• Não-preferência ou antixenose 
As plantas são menos preferidas para a alimentação, abrigo ou 
ovoposição pelas pragas; 
 
• Antibiose 
As plantas afetam a biologia da praga 
 
• Tolerância 
A planta suporta o ataque da praga sem afetar sua 
produção, nem a biologia da praga; 
 
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Métodos de Controles de Pragas 
  Método de Resistência de Plantas 
 
Causas da Resistência 
• Causas Físicas 
A cor do substrato vegetal 
 
• Causas químicas 
Substâncias químicas que atuam no comportamento ou 
metabolismo do inseto 
 
• Causas morfológicas 
Características que podem afetar a locomoção, acasalamento e seleção de 
hospedeiros. 
 
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Métodos de Controles de Pragas 
  Método de Resistência de Plantas 
 
Fatores que afetam a resistência de Plantas 
 Podem ser de forma positiva ou negativa, onde a fenotípica 
da resistência é resultante da ação do genótipo, ambiente e interação 
genótipo-ambiente. 
 
• Fatores Planta 
Idade, parte atacada e condição fisiológica 
• Fatores Inseto 
Espécie, biótipo, idade, fase de desenvolvimento e tamanho da 
população 
• Fatores ambiente 
Temperatura, umidade, nutrientes e sais do solo, época de 
plantio, tamanho das parcelas, plantas adjacentes... 
 
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  Métodode Controle por Comportamento 
 
 É um método que se baseia no estudo fisiológico 
dos insetos visando ao seu controle através do seu hábito ou 
comportamento. 
 
Vantagens 
 
• Não apresenta riscos de intoxicação para o homem e 
animais domésticos 
 
• Não apresenta resíduos tóxicos 
 
• Evitam desequilíbrios biológicos 
 
 
 
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  Método de Controle por Comportamento 
 
 
Hormônios 
 
• Hormônios endócrinos 
São substâncias produzidas por glândulas internas e lançadas 
diretamente na hemolinfa dos insetos para provocar reações 
específicas em alguma parte de seu corpo. 
• Neurormônios 
Secretados e liberados por células do tecido nervoso que causa 
integração por ação hormonal 
• Feromônios 
Liberados no exterior do corpo do inseto, agindo na 
comunicação entre individuos 
 
 
 
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  Método de Controle por Comportamento 
 
Hormônios - Feromônios 
 
Os principais tipos utilizados são: 
 
• Feromônios de alarme 
Sinalizar perigo e ameaça, provocando a fuga 
• Feromônios de dispersão 
Manutenção de um espaço mínino para sobrevivência 
• Feromônios da agregação 
Manutenção das sociedades de insetos, colonização de novos 
hábitats e agregação antes acasalamento 
• Feromônios sexuais 
Atração do sexo oposto. 
 
 
 
 
 
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  Método de Controle Físico 
 
 Este método consiste na aplicação de métodos de 
origem física para o controle de insetos. 
 
Principais Tipos: 
• Fogo 
Uso restrito, tornando-se as vezes o emprego de outro método 
• Drenagem 
Empregado em casos especiais (Pântanos) 
• Inundação 
Empregado em casos especiais (Arroz) 
• Temperatura 
Alta (> 50 °C) Baixa (< 5 °C) 
 
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  Método de Controle Físico 
 
Principais Tipos: 
 
• Luz 
 Afetam os insetos no seu desenvolvimento por meio do 
fotoperíodo ou afeta o comportamento por meio do comprimento de 
onda. 
 
 
 
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  Método de Controle Físico 
 
Principais Tipos: 
 
• Som 
 Empregado por meio do aquecimento e ressonância 
provocada pela intensa energia empregada e por meio de 
frequências diversas atuando como atraente ou repelentes. 
 
 
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  Método de Controle Biológico 
 
 Consiste na manipulação direta ou indireta dos 
inimigos naturais (parasitoides, predadores, patógenos e 
competidores). 
 
 
Controle Biológico Natural Controle Biológico Clássico 
Controle Biológico Aplicado 
INTRODUÇÃO CONSERVAÇÃO 
MULTIPLICAÇÃO 
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  Método de Controle Biológico 
 
Tipos 
 
• Controle Biológico Natural 
Tendência natural das populações de plantas e animais de não crescer 
até o infinito, nem decrescer até a extinção, como resultado de 
processos reguladores (como os inimigos naturais) em ambientes não 
perturbados. 
• Controle Biológico Clássico 
Consiste na importação dos agentes de controle de um país para outro 
ou de uma região para outra, de modo a estabelecer um equilíbrio 
biológico a uma dada praga. 
• Controle Biológico Aplicado 
Envolve a interferência do homem e funciona no sentido de 
incrementar as interações antagônicas que ocorrem entre os seres vivos 
na natureza. 
 
 
 
 
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  Método de Controle Biológico 
 
 
 
 
 
Inimigos Naturais (Agentes Biologicos) 
 
Os organismos vivos que atuam como agentes de controle biológico constituem o 
grupo dos inimigos naturais, o qual é formado pelos: 
 
Parasitóides Predadores Patógenos 
Entomófagos Entomopatogênico 
Parasitóides Predadores Patógenos 
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  Método de Controle Biológico 
 
 
 
 
 
Inimigos Naturais (Agentes Biologicos) 
 
• Predadores 
São indivíduos de vida livre, usualmente maior do que as presas 
requerem um grande número de presas para completar o seu ciclo de 
vida, e podem apresentar o comportamento predatório, tanto no estágio 
ninfal (larval) como adulto. 
• Parasitóides 
Dentro da entomologia considera-se o termo parasitóide, ao inseto que 
parasita um hospedeiro, completa o seu ciclo em um único hospedeiro e 
usualmente mata esse hospedeiro. 
• Entomopatógenos 
Responsáveis pelas doenças de insetos, são: vírus, fungos, bactérias e 
nematóides 
 
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  Método de Controle Biológico 
 
 
 
 
 
Inimigos Naturais (Agentes Biologicos) 
 
 
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  Métodos de Controle Autocida 
 O emprego da técnica do inseto estéril e a manipulação 
genética de pragas. As pragas são utilizadas contra membros da 
mesma espécie. 
 
• Técnica do inseto estéril 
Envolve a competição por acasalamento entre indivíduos 
estéreos e normais. 
 
• Esterilização híbrida 
• Mutação condicionais letais 
• Esterilidade de translocação 
 
• Procedimentos de esterilização 
Quimioesterilizantes e Raiação ionizante 
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  Método Químico 
 Consiste na utilização de compostos químicos, que aplicados 
direta ou indiretamente sobre os insetos, em concentrações 
adequadas, provocam a sua morte. 
 
• Vantagens 
Eficiência imediata; 
Compatibilidade com as operações agrícolas; 
Baixo custo inicial, 
 
• Desvantagens 
Não São específicos; 
Alto custo a longo prazo; 
Tóxicos ao homem e a outros animais 
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  Método Químico 
 Os inseticidas do grupo dos fosforados e dos 
piretróides são muito empregados no controle de pragas. 
 
Formicidas: deltametrina e clorpirifós 
Lagarticidas: deltametrina e fenitrotion 
Cupinicida: fention 
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  Método Químico 
• Formulação dos inseticidas 
 É a arte de transformar um produto técnico numa 
forma apropriada de uso chamada de produto comercial. Ele 
divide-se em: 
 
• Produto técnico: substância que realmente mata o 
inseto. Contém uma porcentagem definida de ingrediente 
ativo (i.a.). - Inerte: talco, caulim etc. 
 
• Adjuvante: estabilizante, agente molhantes, dispersante, 
espalhantes etc. 
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  Método Químico 
• Formulação dos inseticidas 
 
Tipos de formulação 
 
- Pó Seco (P): inseticida adsorvido em argila + pó inerte (1 a 
10% de i.a.). Ex: K-Othrine 2P. 
 
- Pó Molhável (PM): inseticida + inerte + agente molhante 
(20 a 80% de i.a.). Ex: Dipel PM. 
 
- Pó Solúvel (PS, TS): inseticida puro em pó (50 a 90% de 
i.a.). 
 
- Granulados (G, GR): inseticida + solvente + inerte (1 a 
10% de i.a.). Ex: Mirex -S. 
 
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  Método Químico 
• Formulação dos inseticidas 
 
Tipos de formulação 
 
 
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  Método Químico 
• Formulação dos inseticidas 
 
Tipos de formulação