Buscar

TCC Final


Continue navegando


Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA- CAMPUS DE ROLIM DE MOURA 
 
DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
AMANDA CAROLINA BARBOSA DE AGUIAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA PRESENÇA DE FORMALDEÍDO NO LEITE COMERCIALIZADO NO 
MUNICÍPIO DE ROLIM DE MOURA-RO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rolim de Moura 
2017 
2 
 
AMANDA CAROLINA BARBOSA DE AGUIAR 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DA PRESENÇA DE FORMALDEÍDO NO LEITE COMERCIALIZADO NO 
MUNICÍPIO DE ROLIM DE MOURA-RO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
submetido à Universidade Federal de 
Rondônia como parte dos requisitos 
necessários para a obtenção do Grau de 
Bacharel em Medicina Veterinária. 
 
 Orientador: Professor Dr. Igor Mansur 
 
 
 
Rolim de Moura 
2017 
 
 
3 
 
ANÁLISE DA PRESENÇA DE FORMALDEÍDO NO LEITE COMERCIALIZADO NO 
MUNICÍPIO DE ROLIM DE MOURA-RO 
 
AMANDA AGUIAR 
 
 
Trabalho de conclusão de curso defendido e aprovado, em 04/12/2017, pela banca 
examinadora: 
 
 
 
Prof. Dr. Igor Mansur Muniz 
Orientador 
Universidade Federal de Rondônia - UNIR 
 
Prof. Dr. Fernando do Carmo Silva 
Docente do curso de Medicina Veterinária 
Universidade Federal de Rondônia - UNIR 
 
 
Prof. Dra. Mayra Araguaia Pereira Figueiredo 
Professora do curso de Medicina Veterinária 
Universidade Federal de Rondônia - UNIR 
 
 
 
 
4 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Primeiramente a Deus por ter me dado capacidade em entrar no curso dos 
meus sonhos e conhecimento para estar concluindo-o. 
Agradeço ao meu orientador Professor Igor Mansur por transmitir seus 
conhecimentos e por fazer do meu TCC uma experiência positiva. 
Aos meus pais pelo apoio de todas as maneiras, por me incentivarem a 
procura de uma graduação, pelo amor e dedicação. 
Ao meu tio Moisés (In memorian), pela ajuda financeira, pelo apoio e pelo 
incentivo a buscar um futuro maior. 
A Drª Pricilla Pascoal por ter me dado a primeira oportunidade de estágio, 
pela partilha de conhecimentos e pelos os incentivos e direções. 
Aos meus melhores amigos Jéssica Pereira e Jean Piola que me ajudaram de 
forma grandiosa, tanto intercedendo por mim quanto me ajudando na formatação. 
Sou muito grata a vocês. 
Por fim, aos meus colegas pela ajuda em trabalhos e pela partilha de 
conhecimento ao decorrer desses anos. Aos amigos, sejam do curso de Medicina 
Veterinária ou não, que me apoiaram e que sempre esteve ao meu lado durante esta 
longa caminhada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a todos que 
contribuíram em minha formação 
acadêmica, direta e indiretamente. 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Por que dEle, por meio dEle e para Ele são todas as coisas.” 
Romanos 8:38 
7 
 
RESUMO 
A qualidade do leite consumido no Brasil tem sido uma das preocupações de 
profissionais e autoridades ligadas às áreas de saúde e de laticínios. Tendo 
conhecimento da importância do leite na alimentação humana, é preciso ter ciência 
e fazer a busca das metodologias empregadas para identificar as fraudes no leite, 
bem como efetuar o aprimoramento das técnicas de detecção, com o objetivo de 
garantir a sua autenticidade e qualidade. Um dos problemas mais significativos são 
as diversas fraudes que causam prejuízos econômicos, riscos à saúde dos 
consumidores e, às vezes, problemas para as indústrias, como a diminuição do 
rendimento industrial. Muitos alimentos estão sujeitos às fraudes, mas o leite é um 
dos mais frequentemente fraudados. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi 
determinar a presença de substância fraudulenta, analisando a qualidade do leite 
comercializado no município de Rolim de Moura do estado de Rondônia, por meio 
do teste de formaldeído utilizando o reagente FormFix®. Um total de 25 
embalagens de leites foi analisado, cinco de cinco marcas comerciais. O resultado 
foi 100% negativo, o que mostra que houve uma melhoria na inspeção após 
inúmeras fraudes detectadas no país, o que não significa que não há o que melhorar 
pois a fraude por formol é apenas uma das várias adulterações que o leite sofre. 
 
Palavras-chave: FormFix®, fraude, leite, formol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
ABSTRACT 
The quality of the milk consumed in Brazil has been one of the concerns of 
professionals and officials linked to the areas of health and dairy products. Knowing 
the importance of milk for human consumption, it takes science and do the search of 
the methodologies employed to identify fraud in the milk, as well as the improvement 
of techniques of detection, in order to ensure your quality authenticity. One of the 
most significant problems are the various frauds that cause damage economic, 
health risks to consumers and, sometimes, problems for industries, such as the 
decrease of industrial efficiency. Many foods are subject to fraud, but the milk is one 
of the most often fraudulent. Therefore, the aim of this study was to determine the 
presence of substance fraudulent, analyzing the quality of milk in the municipality of 
Rolim de Moura state Rondônia, by means of formaldehyde test using FormFix ® 
reagent. A total of twenty-five packaging of milk were analyzed, may 5 trademarks. 
The result was 100% negative, showing that there was an improvement inspection 
after numerous frauds detected in the country, which does not mean that there is 
nothing to improve because the fraud by formaldehyde It's just some of the numerous 
adulteration milk suffers. 
 
Keywords: FormFix ®, fraud, milk, formaldehyde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
LISTAS DE ABREVIAÇÕES 
 
CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento 
 
RIISPOA - Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária dos Produtos de Origem 
Animal 
 
LANAGRO/RS - Laboratório de Produtos de Origem Animal, do Laboratório Nacional 
Agropecuário do Rio Grande do Sul 
 
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
UHT- (ultra high temperature) 
IARC - Agência Internacional de Pesquisas do Câncer 
OMS - Organização Mundial da Saúde 
SENACON/MJ - A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça 
USDA - United States Department of Agriculture 
 
10 
 
LISTAS DE SÍMBOLOS 
 
°C - Graus Celsius 
 
°D - Graus Dornic 
 
 % - Porcentagem 
 
mL - Mililitros 
 
L - Litros 
 
pH - Potencial de hidrogênio 
 
mg/dl - Miligramas por decilitro 
 
11 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 - Características físico químicas do leite....................................................20 
Quadro 2 – Efeito do formol em humanos..................................................................24 
Quadro 3 - Resultado dos testes de detecção de formol nas 5 marcas 
analisadas................................................................................................................. 32 
 
 
 
 
 
 
12 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1. Reagente FormFix® de 50 ml ................................................................29 
 
Figura 2. Leite um, leite dois, leite três, leite quatro e leite cinco, da esquerda para 
direta, controle positivo em roxo. Balões de Erlenmeyer para a 
mistura........................................................................................................................30Figura 3. Controle positivo em roxo, leites um, dois e três da direita para a esquerda 
após a espera de cinco minutos. Reagente FormFix® 
....................................................................................................................................31 
 
Figura 4. Marcas após serem analisadas, conferindo resultado negativo (cor rosa). 
Na ponta á esquerda, controle positivo em roxo .......................................................33 
 
Figura 5. Depósito do reagente na amostra a ser analisada ...................................33 
 
Figura 6. Amostras todas com resultado negativo ....................................................35 
13 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .....................................................................................................14 
2. REVISÃO DE LITERATURA ...............................................................................16 
2.1 LEITE ..................................................................................................................15 
2.2 QUALIDADE DE LEITE ......................................................................................18 
2.3 TESTES REALIZADOS NO LEITE PARA DETECÇAO DE FRAUDES ............20 
2.3.1 TESTE DE ALIZAROL .....................................................................................20 
2.3.2 TESTE DO AMIDO ..........................................................................................21 
2.3.3 TESTE DE HIDRÓXIDO DE SÓDIO ...............................................................21 
2.3.4 TESTE DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO .....................................................22 
2.3.5 PROVA DE FOSFATASE ALCALINA .............................................................22 
2.3.6 DETERMINAÇÃO DA ÀCIDEZ EM GRAUS DORNIC (ºD)..............................23 
2.3.7 PROVA DE PEROXIDASE ..............................................................................23 
2.3.8 TESTE DE SACAROSE ..................................................................................23 
2.3.9 TESTE DE FORMALDEÍDO ............................................................................23 
2.4 DENÚNCIAS DE FRAUDES DE FORMOL NO LEITE .......................................25 
3. OBJETIVOS .........................................................................................................28 
3.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................28 
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..............................................................................28 
4. MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................29 
4.1 MATERIAIS ........................................................................................................29 
4.2 MÉTODOS .........................................................................................................30 
5. RESULTADO E DISCUSSÃO .............................................................................32 
6. CONCLUSÃO ......................................................................................................36 
7. REFERÊNCIAIS ...................................................................................................37 
 
 
 
 
 
14 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (United 
States Department of Agriculture - USDA), o Brasil está em quarto lugar no ranking 
mundial dos países produtores de leite em 2016. O País perde para China, Estados 
Unidos e União Europeia. 
As agroindústrias processadoras e beneficiadoras de leite e derivados têm 
notoriedade e possuem indispensável importância para a população na produção de 
alimentos. Segundo a CONAB (2013), Rondônia é o maior produtor de leite da 
região norte do país, com produção em 2012 de 768,650 mil litros. O município de 
Ariquemes denotou um crescimento no número de agroindústrias registradas como 
beneficiadora de leite e derivados. 
Com o crescimento desse setor no país observou-se a necessidade de 
modernização e padronização da qualidade do leite a ser comercializado evitando 
fraudes aos consumidores, pois o leite vem sofrendo grandes fraudes. O 
regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de origem animal 
(RIISPOA) considera fraudado o leite que for adicionado água, substâncias 
conservadoras ou quaisquer elementos estranhos à sua composição; sofrer 
diminuição de qualquer dos seus elementos; estiver cru e for vendido como 
pasteurizado ou for exposto ao consumo sem as devidas garantias de 
inviolabilidade. Um dos objetivos dessas fraudes é aumentar o volume do leite e 
diminuir o efeito microbiológico no qual evita o prejuízo ao produtor. 
As fraudes mais praticadas no leite são a adição de água, adição de 
reconstituintes, conservantes e fraudes por adição de neutralizantes. Em conjunto 
com a motivação financeira, a prática de fraudar o leite pode ser motivada pela 
dificuldade na detecção das fraudes utilizando apenas as provas de rotina. A 
legislação vigente brasileira estabelece os padrões de qualidade para o leite cru e 
beneficiado e proíbe a inclusão de qualquer elemento químico na conservação do 
leite. 
Os conservantes mais utilizados nas fraudes são também aqueles mais 
baratos e de fácil aquisição, como água oxigenada, hipoclorito de sódio, 
popularmente chamado de água sanitária, e também o formol. Qualquer uma dessas 
15 
 
substâncias prejudica diretamente a saúde. São compostos tóxicos que quando 
ingeridos podem provocar intoxicação aguda, irritações e queimaduras do trato 
gastrointestinal. Ou ainda, quando ingeridos em pequenas e frequentes doses 
podem ter efeitos carcinogênicos. 
 Os testes de análise executados nas indústrias devem ter as mesmas 
metodologias oficiais recomendadas na legislação vigente, porém a metodologia 
oficial para formaldeído é árdua e demorada, dificultando sua realização pelas 
indústrias e, retardando ações corretivas para o controle da qualidade interna e para 
a fiscalização. 
O reagente qualitativo FormFix® (Macofren Tecnologias Químicas/CDT/UnB) 
detecta a presença de formol no leite, em três minutos, a partir de reação 
colorimétrica e, se apresenta como uma ferramenta viável para indústrias e o setor 
de fiscalização, para realizar as análises de triagem do leite cru. Tendo sido validado 
em 2015, pelo LANAGRO/RS. 
 Em virtude do histórico de desvios na qualidade dos alimentos vendidos no 
Brasil, este trabalho tem por objetivo aferir a presença de formaldeído pelo reagente 
FormFix® em cinco marcas de leite totalizando 25 litros, comercializadas no 
município de Rolim de Moura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 Leite 
 
 A produção de leite no Brasil teve início em 1532 quando os europeus 
trouxeram os primeiros bovinos para colônia portuguesa. Entretanto, apenas a partir 
de 1950, por causa do processo de modernização da agricultura, percebeu-se 
evolução no setor leiteiro (RUBEZ, 2003). A produção leiteira no Brasil acompanhou 
o processo de urbanização, originando as bacias leiteiras com o intuito de atender 
ao mercado de consumidores das cidades. A importância que a atividade adquiriu no 
país é indiscutível, tanto no desempenho econômico como na geração de empregos 
permanentes (ZOCCAL et al., 2008). 
 A pecuária leiteira possui um importante papel na agropecuária brasileira, 
envolve grande quantidade de pequenos produtores no processo produtivo e 
apresenta expressiva capacidade de geração de empregos, trabalho e renda, desde 
as atividades produtivas até a industrializaçãodos produtos, com competência de 
gerar fluxo rápido de capital, o que define a pecuária leiteira como essencial na 
manutenção da estrutura produtiva familiar, principalmente pela questão da renda 
constante (ALEIXO; SOUZA; FERRAUDO, 2007). 
A globalização de mercados, em função da grande e heterogênea oferta de 
produtos lácteos importados, levou o consumidor brasileiro a tornar-se mais exigente 
em relação à qualidade dos produtos oferecidos. A indústria laticinista, por sua vez, 
tem se modernizado e requisitado do produtor um leite de melhor qualidade, na 
tentativa de tornar-se mais competidora. Dentro desse contexto, foram 
implementadas normas nacionais de padrões de qualidade de leite, determinadas 
pelo Programa Nacional de Melhoria da Qualidade de Leite, do Ministério da 
Agricultura (RIBEIRO et al., 2000) e pela Normativa 51 já em vigor (BRASIL, 2002). 
Segundo Ordóñez (2005), leite é uma mistura uniforme de grande número de 
elementos e nutrientes, das quais alguns destes nutrientes e elementos estão em 
emulsão (lipídeos e substâncias associadas), alguns em suspensão (caseínas 
ligadas a sais), e outros em dissolução verdadeira (lactose, vitaminas hidrossolúveis, 
proteínas do soro, sais). De acordo com a Instrução Normativa nº51 de 2002, do 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, leite é ‘o produto oriundo de 
17 
 
ordenha completa e ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem 
alimentadas e descansadas. O leite de outros mamíferos deve denominar-se 
segundo a espécie de que proceda’. 
 De acordo com o RIISPOA, artigo 475, é um liquido branco, opaco, de sabor 
adocicado, odor pouco acentuado, possuindo uma viscosidade duas vezes maior 
que a água. Sua qualidade é definida por padrões de sua composição, como os 
teores de proteínas, gorduras, lactose, minerais e vitaminas, que podem variar de 
acordo com o tempo de gestação do animal, sua alimentação, raça, espécie, clima, 
cuidados com o animal, entre outros fatores (VALSECHI, 2001; QUAGGIO, 2009). É 
um alimento cuja manipulação deve ser feita em uma forma adequada, ou seja, 
longe de substâncias diferentes das convencionais. 
Nas indústrias de laticínios, os distintos prejuízos com as fraudes são a 
redução do rendimento de alguns produtos lácteos, a desqualificação do valor 
nutricional, a alteração da qualidade dos produtos beneficiados e o risco aos 
consumidores em relação à presença de substâncias que podem causar danos a 
saúde. Sousa (2005) declara que a venda de produtos lácteos inseguros a partir de 
leite cru é verificado em todo o território nacional ameaçando a saúde da população 
de uma maneira geral, e principalmente dos imunologicamente mais frágeis como 
crianças, idosos e imunocomprometidos. 
As fraudes mais praticadas no leite são o aumento de volume, a adição de 
reconstituintes da densidade, neutralizantes da acidez e substâncias conservantes 
(TRONCO, 2008; KARTHEEK et al. 2011). Unido à motivação financeira, a prática 
de fraudar o leite pode ser instigada pela dificuldade na detecção das fraudes 
utilizando apenas as provas de rotina (KARTHEEK et al. 2011). 
A sanidade e o controle do leite e de produtos lácteos têm como intento 
principal garantir a inofensividade deste produto ao consumidor. A contaminação 
com microrganismos e fraudes constituem as causas mais frequentes de problemas 
sanitários, além das perdas econômicas (PADILHA et al, 2001). 
 
 
 
 
 
18 
 
2.2. Qualidade do leite 
 
 Os maiores cuidados quanto à qualidade físico-química do leite estão 
associados ao estado de conservação, à eficiência do seu tratamento térmico e 
integridade físico-química, principalmente aquela relacionada à adição ou remoção 
de substâncias químicas próprias ou estranhas à sua composição. A composição do 
leite é complexa e pode apresentar variação influenciada por fatores como a raça, 
alimentação, idade e número de parições, tempo de lactação e variações climáticas. 
Há limites para essa variação, tanto para detectar problemas na produção, como 
para acusar adulterações no produto (TRONCO, 2013). 
 As exigências de qualidade e higiene para o leite cru e derivado lácteo são 
definidas com base em exigências estabelecidas para a proteção da saúde humana 
e preservação das propriedades nutritivas desses alimentos. Em relação ao ponto 
de vista do controle de qualidade, o leite e derivados estão entre os alimentos mais 
testados e avaliados, principalmente devido à importância que representam na 
alimentação humana e à sua natureza perecível. Os testes empregados para avaliar 
a qualidade do leite fluido constituem normas regulamentares em todos os países, 
havendo pequena variação entre os parâmetros avaliados e/ou tipos de testes 
empregados. De modo geral, são avaliadas características físico-químicas e 
sensoriais como sabor, odor e são definidos parâmetros de baixa contagem de 
bactérias, ausência de microrganismos patogênicos, baixa contagem de células 
somáticas, ausência de conservantes químicos e de resíduos de antibióticos, 
pesticidas ou outras drogas (DÜRR, 2004). 
 Um dos inúmeros fatores que comprometem a qualidade do leite são as 
adulterações. Podemos citar a fraude por adição de água onde anormalidades ou 
incoerências entre o ponto de congelamento e a densidade do leite são indícios 
dessa modalidade. Quando a aguagem é cometida pela indústria, a fraude é bem 
mais precisa e essas alterações dificilmente são detectadas. Nestes casos, provas 
que não são realizadas na rotina do laticínio podem identificar a fraude, como 
exemplo a pesquisa de sal ou de açúcar. A fraude por adição de água também 
prejudica a qualidade microbiológica do leite, pois a maioria dos fraudadores 
adiciona água não tratada no leite (TRONCO, 2013). 
19 
 
 Algumas substâncias não possuem efeito direto na densidade ou crioscopia, 
mas servem para recompor a composição proteica do leite. A adição de água 
também dilui a concentração de proteínas. Assim, para mascarar esse efeito 
diluidor, substâncias como a ureia e a melanina podem ser adicionas de maneira 
fraudulenta. Esses reconstituintes possuem nitrogênio em sua composição. Como as 
análises de rotina não diferenciam o nitrogênio proteico do nitrogênio não proteico, a 
ureia e a melamina são mensurados como proteína total. A ureia é um componente 
natural do leite, dificultando a detecção dessa fraude. Valores acima de 40 mg/dl 
podem indicar fraude ou desequilíbrio nutricional dos animais. O principal problema 
é que a ureia utilizada para esse fim é de origem agrícola, a mesma utilizada como 
fertilizante. Essa ureia usa formol como conservante, composto extremamente tóxico 
e cancerígeno ( BRASIL, 2013). 
 Segundo o MAPA (2013), por adição de conservantes no qual os mais 
utilizados nas fraudes são também aqueles mais baratos e de fácil aquisição, como 
água oxigenada, hipoclorito de sódio, popularmente chamado de água sanitária, e 
também o formol. Qualquer uma dessas substâncias prejudica diretamente a nossa 
saúde. São compostos tóxicos que quando ingeridos podem provocar intoxicação 
aguda, irritações e queimaduras do trato gastrointestinal. Ou ainda, quando 
ingeridos em pequenas e frequentes doses podem ter efeitos carcinogênicos. A 
detecção de conservantes acontece por provas específicas. Portanto, existem 
provas para a detecção de cada substância, o que dificulta a sua realização nas 
análises laboratoriais de rotina e de forma sistemática. 
E a fraude por uso de neutralizantes para que não ocorra a diminuição do pH 
do leite, substâncias básicas são adicionadas para recompor o pH natural do leite, 
que varia de 6,4 a 6,8. Essas substâncias são chamadas de neutralizantes, e 
podemoscitar o bicarbonato de sódio, a cal e o hidróxido de sódio, também 
chamado de soda cáustica. Os neutralizantes possuem efeito apenas no pH, não 
possuindo efeito bactericida nem bacteriostático. Muito pelo contrário, ao 
neutralizarmos o pH ácido do leite, devolvemos um ambiente favorável a 
multiplicação microbiológica levando a perda da boa qualidade do leite. Na Tabela 1 
encontram-se os padrões físicos químicos e microbiológicos estabelecidos pela a 
Instrução Normativa do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento n° 62 de 
29 de dezembro de 2011. 
20 
 
 
Quadro 1-Características físico químicas do leite. 
 
Características físico-químicas Valores 
 
Estabilidade ao Alizarol 72 (%)°GL 
 
Estável para todas as variedades 
quanto ao teor de gordura 
Acidez dornic °D 14-18 
Índice Crioscopio °H -0,530 –0,550 
Densidade g.100g-1 1028-1034 
Gordura g.100g-1 Mínimo 3,0 
Contagem Padrão em placas (UFC.mL-1) n=5; c=2; m=4,0x104; M=8,4x104 
Coliformes NMP.mL-1 (30/35 °C) n = 5; c = 2; m = 2; M = 4 
Coliformes NMP.mL-1 (45 °C) n = 5; c =1; m = 1; M = 2 
Salmonella ssp. 25 mL-1 n = 5; c = 0; m = ausência 
Fonte: Instrução Normativa do MAPA n° 62 de 29 de dezembro de 2011. 
 
 São poucas as indústrias de alimentos que são tão ligadas à qualidade de sua 
matéria-prima quanto à de laticínios. Não há como melhorar a qualidade de um leite 
que chega à plataforma da indústria após sofrer algum tipo de perecimento. Garantir 
a qualidade não é tarefa fácil em um mundo globalizado. Com cadeias de 
suprimento cada vez mais longas e com o aumento da escala, perde-se o contato 
com etapas de produção que, antes, eram acompanhadas de perto pelas 
empresas. A única forma de se obter produtos lácteos seguros para a saúde pública 
é a utilização de matéria-prima de boa qualidade e de segurança garantida. 
 
2.3 Testes realizados no leite para detecção de fraudes 
 
 Fraudes são substâncias adicionadas intencionalmente ao leite para tentar 
disfarçar a sua qualidade. O uso não permitido pode causar perdas para os 
produtores e para as indústrias. As fraudes mais comuns de serem encontradas são: 
Conservantes (peroxido de hidrogênio; formol; hipoclorito de sódio, água sanitária, 
entre outros) que são substâncias que eliminam os microrganismos do leite 
conservando-o por mais tempo; reconstituintes da densidade e crioscopia (sal; ureia; 
21 
 
açúcares; amido) são substâncias incorporadas em conjunto com a água para 
mascarar o índice crioscopio e a densidade do leite; neutralizantes: (hidróxido de 
sódio; bicarbonato de sódio; cal virgem; carbonato de potássio, entre outros), essas 
substancias diminuem a acidez do leite e impedem o crescimento de 
microrganismos e da fermentação (TRONCO, 2013). Neste trabalho foi realizado 
apenas um teste para um tipo de fraude, o por adição de formol, descrito abaixo 
juntamente com alguns outros testes que são realizados para detecção de fraudes 
no leite. 
 
2.3.1 Teste de alizarol 
 
O alizarol atua como indicador de pH, auxiliando a diferenciação entre o 
desequilíbrio salino e a acidez excessiva (BRASIL, 2006). Segundo Tronco (2013), 
este teste é uma combinação da prova do álcool com a determinação colorimétrica 
do pH através do indicador alizarina (dioxiantraquinona) e permite observar de forma 
simultânea a floculação da caseína, devido à formação de grumos e a mudança de 
pH pela viragem da cor. 
O teste constitui-se na técnica de misturar partes iguais de solução de alizarol 
e de leite em um tubo de ensaio, agita-se e observam-se a coloração e aspecto. O 
leite normal apresenta coloração vermelho tijolo, sem grumos ou com uma ligeira 
precipitação, com poucos grumos muito finos na parede do tubo de ensaio. O leite 
ácido apresenta uma tonalidade entre o marrom claro e amarelo. Na acidez elevada 
à coloração é amarela, com coagulação forte. O leite alcalino apresenta coloração 
lilás à violeta (BRASIL, 2006). 
 
2.3.2 Teste do amido 
 
 O teste de amido é realizado para detectar fraude, pois o amido é adicionado 
ao leite como reconstituinte da densidade. O teste verifica o desenvolvimento de 
coloração azulada após aquecimento do leite e adição de solução iodo (solução de 
Lugol) a amostra, em presença de amido. O aquecimento promove a abertura da 
cadeia helicoidal da molécula do amido, permitindo a absorção do iodo com o 
desenvolvimento da coloração característica após resfriamento (IAL, 2008). 
22 
 
Transfere-se 10 mL de leite para um tubo de ensaio, aquece-se em banho-maria até 
ebulição por cinco minutos, posteriormente esfria-se em água corrente e adiciona-se 
duas gotas de solução de Lugol. Tem-se resultado positivo quando produzida uma 
coloração azul (BRASIL, 2006). 
 
2.3.3 Teste de hidróxido de sódio 
 
 O uso fraudulento do hidróxido de sódio que é um agente neutralizante da 
acidez tem a finalidade de substituir as boas práticas na produção/processamento 
do leite, pois a intenção é enquadrar um leite fora do padrão de acidez, em um leite 
padronizado. Durante o processo fermentativo do leite as bactérias lácticas 
fermentam a lactose com produção de ácido láctico e outros compostos. Esse ácido 
láctico é responsável pelo aumento da acidez. Processo que não pode ser reduzido 
ou eliminado, a não ser por adição de agentes neutralizantes (TRONCO, 2013). 
 
2.3.4 Teste de peróxido de hidrogênio 
 
A análise de peróxido de hidrogênio é feita para detectar fraudes isso porque, 
esse reagente químico é usado como conservante do leite, pois possui ação 
bactericida e/ou bacteriostática (detém o crescimento de bactérias) na microbiota 
presente. O teste baseia-se na propriedade que o iodeto de potássio tem de reagir 
com o peróxido de hidrogênio, liberando iodo, que confere uma cor amarela ao 
líquido (TRONCO, 2013). 
 
2.3.5 Prova de fosfatase alcalina 
 
A fosfatase alcalina é uma enzima naturalmente presente no leite cru e 
destruída pelo calor produzido no processo de pasteurização (72 ºC por 15 
segundos) ou (63-65 ºC por 30 minutos) é utilizada como indicador para assegurar 
que o processo de pasteurização foi realizado adequadamente (BRASIL, 2011). A 
verificação da atividade enzimática é feita mediante a adição à amostra do substrato 
específico da enzima em condições ideais para sua atuação o processo se baseia 
23 
 
na liberação do fenol, o fenilfosfatodissódico, em presença de fosfatase, libera fenol 
detectado mediante reações colorimétricas (cor amarelada) (BRASIL, 2006). 
 
2.3.6 Determinação da acidez em graus Dornic (ºD) 
 
A determinação da acidez do leite em graus Dornic tem por objetivo detectar 
aumentos na concentração de ácido láctico pela ação das bactérias mesófilas 
quando fermentam a lactose, caracterizando a qualidade microbiológica da matéria 
prima como inadequada. A acidez indica o estado de conservação do leite. Uma 
acidez elevada (>18 ºD) é o resultado da acidificação da lactose, provocada por 
microrganismos em multiplicação no leite (BRASIL, 2006). 
Para calcular a acidez é realizado à titulação com solução Dornic. A 
determinação da acidez por titulometria fundamenta-se na neutralização das funções 
ácidas do leite, até o ponto de equivalência e em presença de um indicador, a 
fenolftaleína (PANCOTO, 201) 
 
 
2.3.7 Prova de Peroxidase 
A Peroxidase é uma enzima naturalmente encontrada no leite cru, que e 
destruída quando o leite é aquecido a 85-90 ºC por 20 segundos. Após o tratamento 
térmico, a peroxidase permanecer ativa apresentando uma coloração (anel róseo 
salmão) e serve de indicadores para assegurar que o processo de pasteurização foi 
realizado adequadamente(TRONCO, 2013). 
 
2.3.8 Teste da sacarose 
 
A resorcina, em meio ácido, condensa-se com as aldoses, formando um 
composto de coloração amarelo alaranjado quando resultando positivo, ou seja, 
quando o leite estiver com presença de sacarose. O teste se faz depositando 15 mL 
de leite em um tubo de ensaio de 50 mL. Adiciona-se um mL de ácido clorídrico e 
0,1 g de resorcina. Agita-se e aquece em banho-maria por cinco minutos. Na 
presença de sacarose aparecerá uma coloração avermelhada (TRONCO, 2013). 
 
24 
 
2.3.9 Teste de formaldeído 
 
 Existem dois métodos que são utilizados pelas empresas, o primeiro consiste 
em utilização de 2 ml da amostra de leite, 2 ml de Ácido Clorídrico P.A, e 0,5 ml de 
Cloreto Férrico 2,5%. A mistura é agitada e submetida a aquecimento no Bico de 
Bunsen até seu ponto de ebulição, onde ocorre a alteração de coloração da 
amostra, podendo identificar a presença ou ausência de formol. 
 No segundo método, são utilizados 5 ml do leite a ser analisado, 2 mL de 
Ácido Sulfúrico 50%, e 1 mL de Cloreto Férrico 2,0%. Em seguida, mistura-se e 
aquece no Bico de Bunsen até seu ponto de ebulição, onde se observou a alteração 
de coloração da amostra, podendo identificar a presença ou ausência de formol. 
 Os testes para detecção de formaldeído são os mais laboriosos, mas foi 
desenvolvido pela Macofren Tecnologias Químicas, empresa envasada no Centro de 
Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília (CDT/UnB), 
licenciou a tecnologia de forma não exclusiva para comercialização do produto. 
Trata-se da FITA ZER0-F, que detecta de modo rápido e fácil à presença de formol 
no leite, produtos de beleza e higiene, entre outros. O teste consiste em um papel 
que quando entra em contato com a amostra, gera uma cor, que indica a presença 
ou ausência de formol. Na presença de formol é gerada uma cor violeta intensa, que 
varia de acordo com a concentração do mesmo na amostra. 
 Assim também como ocorre no teste feito através da detecção de formaldeído 
pelo FormFix®. Utiliza-se 1 ml do reagente para 25 ml do leite. Quando em contato 
com a mostra, se conter formol a cor que se origina é a violeta, ausência de formol, 
cor rosa. E há também o método mais utilizado apesar de menos prático que 
consiste em colocar 100 mL de leite homogeneizado, 100 a 150 mL de água e 2 mL 
de ácido fosfórico em um balão de destilação, recolhendo-se cerca de 50 mL de 
destilado. Em um tubo de ensaio mistura-se 1 mL do destilado com 5 mL de solução 
de ácido cromotrópico a 0,5% em solução de ácido sulfúrico a 72% e coloca-se em 
banho-maria por 15 minutos. O resultado é positivo quando formase uma coloração 
violácea, pois o formaldeído aquecido com ácido cromotrópico em presença de 
ácido sulfúrico origina um produto de condensação que oxidado posteriormente 
transforma-se em um composto p-quinoidal de coloração violeta (BRASIL, 2006). 
25 
 
 De acordo com a tabela 1, podemos observar os efeitos do formol em 
humanos, após exposições de curta duração. 
 
 
 
 
 
Quadro 2 – Efeito de Formol em Humanos. 
 
Média de concentração Tempo médio de exposição Efeitos a saúde da 
população geral 
0,8 - 1 ppm Exposições repetidas Percepção olfativa 
Até 2 ppm Única ou repetida exposição Irritante aos olhos, nariz e 
garganta. 
3 - 5 ppm 30 minutos Lacrimação e intolerância 
por algumas pessoas 
10 - 20 ppm Tempo não especificado Dificuldade na respiração 
e forte lacrimação 
25 - 50 ppm Tempo não especificado Edema pulmonar e perigo 
de vida. 
50 - 100 ppm Tempo não especificado Pode causar a morte 
Fonte: ADRIANO, J.C et al, 2015. 
 
2.4 Denúncias de fraudes de formol no leite 
 
 O formol é um gás produzido a partir do metanol que, em sua forma liquida 
(misturado á água e álcool) é titulado de formalina ou formol e que tem função 
estabilizante, em outras áreas como, por exemplo, a sua utilização para preservar 
amostras de tecidos para análises histopatológicas, na construção civil durante 
envernizamento de madeira e na agricultura como conservante para forragem e 
desinfetante. Correspondente a sua solubilidade em água, o formaldeído é 
rapidamente absorvido no trato respiratório e gastrointestinal e metabolizado, sendo 
considerado tóxico se inalado e, cancerígeno se ingerido (INCA 2016). 
 O uso do formaldeído dentro das indústrias de alimentos tem como fim inibir 
ou retardar o crescimento de bactérias, ou qualquer variação causada por enzimas 
nos alimentos. É utilizado como conservante em alguns tipos de queijos, peixes, 
carnes, leites. De acordo com a RIISPOA, não existe situação que seja permitida a 
adição de substâncias conservadoras ao leite. A Portaria n.0005/83, de 07/03/83, 
26 
 
estipula que em caso de detecção de conservantes em amostras de leite, este só 
poderá ser usado para a produção de sabão ou caseína industrial. Sua utilização no 
leite é permitida somente como conservante de amostras para próximas análises de 
controle de qualidade. Além de o formaldeído proporcionar uma ação prejudicial à 
mucosa, e enzimas gástricas, também possibilitar a rigidez de proteínas, tornando-
as menos digestíveis. 
 Em 1995, a Agência Internacional de Pesquisas do Câncer (IARC) da 
Organização Mundial da Saúde (OMS), realizou testes em animais e categorizou o 
formol como sendo do Grupo dois A, ou seja, atestável cancerígeno para humanos e 
animais. Entretanto, mais testes foram realizados pela mesma agência em 2003, 
que reexaminaram os resultados existes e optaram pela reclassificação do 
formaldeído, passando-o para o Grupo um A em julho de 2004, cancerígeno tumor 
gênico e teratogênico por interferir na vida embrionária ou fetal, produzindo uma 
alteração na estrutura ou função da posteridade (IARC, 2004; ANVISA, 2013). 
 Em vista disso devido sua alta solubilidade em água, o formaldeído é 
facilmente absorvido no trato gastrointestinal, respiratório e de fácil metabolização. É 
irritante para tecidos quando entra em contato direto com a pele. O consumo de 
formol puro pode levar o indivíduo ao coma e até mesmo a morte, por falência 
respiratória (INCA; ANVISA, 2013). 
 O formol é utilizado em fraudes de leite que visam paralisar a atividade 
microbiana. Leites com carga microbiana elevada apresentam pH alterado e, 
consequentemente, acidez Dornic elevada, diagnosticado através dos testes de 
plataforma efetuados durante a recepção, o que causa recusa do leite pelo 
laticínio(BRASIL, 2013). 
Em 2007 ocorreu a Operação Ouro Branco, onde os produtores de 
Cooperativas mineiras foram acusados de adulterar leite com soda caustica, e para 
diminuir acidez, prolongar a conservação adicionava: Bicarbonatos, Formol, Ácido 
Bórico, Peróxido de Hidrogênio, Bicromato de Potássio. Onde a cada 100 mil litros 
de leites as cooperativas ganhavam 10 mil litros. Em 2011, ocorreu a Operação ouro 
Branco II em Uberaba e Passas, onde laudos periciais da PF indicaram que o leite 
tipo UHT longa vida integral das empresas estariam sendo fraudados (PF, 2007; 
2011). 
27 
 
 Em maio de 2013, o Ministério da Justiça e o Ministério Público do Rio 
Grande do Sul deflagraram uma operação que adulterava o leite produzido pelas 
companhias Italac, Mumu, Líder e Latvida. Sob a investigação Leite Compensado foi 
descoberto que as empresas transportadoras adicionavam formol nos lotes durante 
o processo de transporte do leite cru, antes mesmo de ele ser envasado. A 
Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (SENACON/MJ) 
notificou as empresas a prestarem esclarecimentos após as investigações (BRASIL, 
2014). 
Segundo BRASIL (2013), a inclusão de ureia agrícola, que contém formol em 
sua fabricação, também é uma maneirade fraude ao leite, o Ministério da Agricultura 
do Rio Grande do Sul apreendeu quatro transportadoras, pois as mesmas 
adicionavam ureia em carregamentos de leite cru que iriam para postos de 
refrigeração. O objetivo era aumentar em 10% o volume do leite transportado, para 
lucrarem como intermediários entre produtores e indústrias. Portanto, a fraude do 
leite pode estar ligada a todas as etapas da cadeia produtiva do leite. 
Em 2014, na sétima etapa no estado de Santa Catarina, operação que foi 
uma parceria dos Ministérios de agricultura Pecuária e Abastecimento dos dois 
estados. Há 62 laudos do Mapa apontando adição de água no leite coletado, entre 
outras fraudes. Conforme as investigações, os tanto os produtores quanto os 
motoristas adicionavam sal ao leite com água para ampliar o ponto de congelamento 
do alimento e mascarar a fraude econômica. 
A pesquisa de fraudes é essencial somente para o leite cru (BRASIL, 2011) e 
se houver falhas na vistoria realizada pela indústria, a falta de determinação legal 
para leite pasteurizado ou UHT (ultra high temperature) expõe o consumidor ao 
produto adulterado. Em Informe Técnico a ANVISA (2013) aconselha ao consumidor 
á não comprar os leites das marcas adulteradas, pois podem apresentar riscos à 
saúde humana pelo seu consumo constante. 
 
 
 
 
 
 
28 
 
3. OBJETIVOS 
 
3.1 Objetivo Geral 
 
Detectar á existência de formaldeído no leite comercializado no município de Rolim 
de Moura. 
 
3.2 Objetivos Específicos 
 
• Avaliar se há existência de formol adicionado ao leite em marcas comerciais 
disponíveis nos mercados do município e da feira popular de produtores rurais no 
município de Rolim de Moura. 
• Avaliar se há existência de formol adicionado ao leite, pelas metodologias do 
reagente FormFix®. 
• Verificar se há ocorrência de reação falso positiva pelo reagente FORMFIX® na 
detecção de formol adicionada ao leite. 
• Relatar os males a saúde pública que existe no consumo de leite com formaldeído, 
a partir da literatura existente. 
 Beneficiar a saúde pública através da detecção de formaldeído no leite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
4. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
4.1 MATERIAIS 
 
 Vinte e cinco amostras de leite de marcas distintas. 
 Reagente FormFix® de 50 ml. 
 Balão de Erlenmeyer. 
 Seringa de três ml. 
 Local da realização das análises: Laboratório de Microbiologia da 
Universidade Federal de Rondônia- Campus Rolim de Moura. 
 
 
 
Figura 1- Reagente FormFix® de 50 ml 
 
 
 
 
30 
 
 
Figura 2. Leite um, leite dois, leite três, leite quatro e leite cinco, da esquerda para 
direta, controle positivo em roxo. Balões de Erlenmeyer para a mistura do reagente 
com a amostra. 
 
 
4.2 MÉTODOS 
 
 Tomando conhecimento que o formol é um conservante e sua presença não 
é permitida, seja em qualquer concentração, foram realizadas análises qualitativas 
para sua identificação em amostras de leites. Sendo quatro destes leites adquiridos 
nos supermercados de Rolim de Moura e um leite da feira que é realizada no 
município. Os três leites UHT de lotes diferentes assim como o pasteurizado e cru de 
dias diferentes de feiras diferentes. O reagente que foi utilizado para a identificação 
do formaldeído no leite foi o FormFix®, produzido pela empresa Macofren 
Tecnologias Químicas. Que foi obtido através do site da empresa no volume de 50 
ml para realização dos testes. 
O processo de identificação de Formol no leite foi realizado no Laboratório de 
Microbiologia da Universidade Federal de Rondônia, Campus Rolim de Moura. 
Foram analisadas um total de 25 amostras de leite, cinco amostras de cada marca 
31 
 
de leite que são comercializados nos mercados e feira do munícipio de Rolim de 
Moura. No teste, foi colocado em um balão de Erlenmeyer, com auxílio da pipeta, 25 
ml do leite um e um ml do reagente FormFix®, assim ocorreu nos outros quatro 
testes do leite um e nos cinco testes do leite dois, leite três, leite quatro e leite 
cinco. 
 
O teste consistiu em misturar o leite com o reagente líquido, que em contato 
com a amostra gera uma cor, indicando a presença ou ausência de formol de 
imediato, mas segundo a bula do reagente, deve-se esperar cinco minutos antes de 
concluir o resultado. O reagente envolve a geração de aduto colorido em caso 
positivo - uma cor violeta, que varia de acordo com a concentração do contaminante 
adicionado na amostra. A formação de uma cor rosácea indica o resultado negativo. 
 
 
 
Figura 3. Controle positivo em roxo, leites um, dois e três da direita para a 
esquerda após a espera de cinco minutos. Reagente FormFix®. 
 
 
 
 
32 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
A Instrução Normativa nº 62 e a Portaria nº 146 estabelecem padrões físico-
químicos para o leite pasteurizado, cru e UHT integral, respectivamente. O leite deve 
ter as características definidas na legislação. Valores fora do intervalo 
predeterminado ou com adição de componentes não permitidos, caracterizam o leite 
como irregular. 
 Nas análises de presença de formaldeído das três marcas de leite UHT (leite 
um, leite dois, leite três), pasteurizado (leite quatro) e cru (leite cinco), todas as 
análises foram negativas. A seguir a tabela mostra os resultados obtidos. 
 
Quadro 3. Resultado dos testes de detecção de formol nas 5 marcas analisadas 
Fonte: Própria autora. 
 
 
 
 
 
Amostra 1 Amostra 2 Amostra 3 Amostra 4 Amostra 5 
Leite1 Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo 
Leite 2 Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo 
Leite 3 Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo 
Leite 4 Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo 
Leite 5 Negativo Negativo Negativo Negativo Negativo 
33 
 
 
Figura 4. Marcas após serem analisadas, conferindo resultado negativo (cor rosa). 
Na ponta á esquerda, controle positivo em roxo. 
 
Figura 5. Deposito do reagente na amostra á ser analisada. 
 
34 
 
 Nas literaturas encontradas, apenas uma utilizou o reagente FormFix® 
para detecção do formol (BONEFÁCIO, 2016), isto pode ser devido o reagente ser 
novo no mercado, pois sua entrada no mercado ocorreu em 2015 com a aprovação 
da LANAGRO/RS. 
Bonefácio (2016) realizou um estudo de avaliação da interferência do álcool 
na detecção de formol adicionado ao leite cru, pela metodologia convencional e pelo 
reagente FormFix®, onde não houve alteração nos resultados, ou seja, a presença 
de álcool não produziu alteração nas reações, portanto não interferindo nos 
resultados de ambas as metodologias. Em minha pesquisa, apenas a procura de 
adição de formol pelo reagente foi realizada não só em leite cru como também em 
pasteurizados. 
Portanto, os leites analisados estavam nos padrões exigidos pela Instrução 
Normativa Nº. 62/2011 do MAPA. O que não significa que ainda não possa haver 
fraudes realizadas nos leites do município, pois os testes realizados pela indústria 
são árduos e demorados, talvez o que leve a fraude sem detecção. 
A ausência de fraudes pode estar associada a melhorias na qualidade do leite 
que beneficia tanto os produtores quanto a agroindústria. Ao aumento da 
fiscalização pelos órgãos responsáveis. Além disso, a melhoria da qualidade para as 
agroindústrias é sinal de diminuição de prejuízos, aumento da produção e vendas, e 
ainda atendimento a legislação vigente. 
A detecção da adição fraudulenta de formol é de extrema importância, visto que 
se trata de uma substância carcinogênica, mesmo em baixas concentrações, 
implicando em alto risco à saúde do consumidor epor representar significativos 
prejuízos à indústria laticinista. 
 
35 
 
 
Figura 6. Amostras todas com resultado negativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
36 
 
6. CONCLUSÃO 
Dentre as vinte e cinco amostras analisadas, tanto de leite pasteurizado, cru, 
quanto UHT, se encontraram dentro do parâmetro químico de acordo com a 
legislação e padrões de identidade e qualidade vigentes. 
Observou-se, neste trabalho, que houve uma melhoria na qualidade do leite por 
ausência de fraudes, mas existe a necessidade de pesquisas contínuas para 
certificação de que estas melhorias estão sendo mantidas. 
Supondo-se está melhoria esteja ligada ao aumento da fiscalização e 
rigorosidade do MAPA em inspecionar e fiscalizar. Pode-se dizer também, que é 
devido ao receio do produtor em adicionar substâncias proibidas ao leite por perder 
a oportunidade de vender esse leite á indústria. 
 
 
 
37 
 
7. REFERÊNCIAS 
 
ADRIANO, J.C et al. Métodos para Identificação de Formol no Leite UHT Integral 
(Ultrapasteurizado) Correlacionados. Revista: Eletrônica Multidisciplinar 
FACEAR, VOLUME 1/ ANO 4 - Janeiro de 2015. Disponível em: 
www.revista.facear.edu.br. Acesso: 24/04/2017. 
 
BRASIL. Instrução Normativa nº 68 de 12 de dezembro de 2006. Oficializa os 
Métodos Analíticos Oficiais Físico-Químicos, para Controle de Leite e Produtos 
Lácteos, em conformidade com o anexo desta Instrução Normativa, determinando 
que sejam utilizados nos Laboratórios Nacionais Agropecuários. Diário Oficial da 
União, Brasília, 14 dez. 2006. Seção 1, p. 8. 
 
BOZO, G. A. et al. Adequação da contagem de células somáticas e da contagem 
bacteriana total em leite cru refrigerado aos parâmetros da legislação. Arq. Bras. 
Med. Vet. Zootec., v. 65, n. 2, p. 589-594, 2013. 
 
BELLI, C. Z. P. Qualidade do leite cru refrigerado obtido em unidades 
produtoras no sudeste do Paraná. 71f. Dissertação (Pós-graduação em 
Zootecnia)- Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Dois Vizinhos. 2015. 
 
BRASIL, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Pesquisa de 
formaldeído em Leite. Laboratório Nacional Agropecuário - Lanagro/RS, 2013. 
 
BONEFÁCIO, A. B. M. S. Resíduos de formol em leite cru: interferência de 
outras substâncias químicas na detecção e efeitos sobre a microbiota. 
Trabalho de conclusão de curso, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da 
Universidade de Brasília, 2016. 
 
CARVALHO, T. et al. Qualidade do leite cru refrigerado obtido através de ordenha 
manual e mecânica. Revista Instituto Laticínio “Cândido Tostes”, Jan/Fev, nº 
390, 68: 05-11, 2013. Disponível em: www.revistadoilct.com.br. Acesso: 26/04/2017. 
 
CAMPOS, P.P.L. da E. et al. Quality indicators of tank milk in different production 
systems of tropical regions. Revista Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 37, n. 
4, suplemento 1, p. 2819-2830, 2016. 
 
CONAB, Companhia Nacional de Abastecimentos, 2013. Disponível em: 
http://www.conab.gov.br/. Acesso em: 01/11/17. 
 
DÜRR, J. W. Programa nacional de melhoria da qualidade do leite: uma 
oportunidade única. In: DÜRR, J. W.; CARVALHO, M. P.; SANTOS, M. V. O 
compromisso com a qualidade do leite no Brasil. Passo Fundo: Editora Universidade 
de Passo Fundo, 2004. p.38-55. 
 
38 
 
FACHINELI, C. Controle de Qualidade do Leite- análises Físico-Químicas e 
Microbiológicas. Trabalho de Conclusão de Curso. Bento Gonçalves: Instituto 
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Bento 
Gonçalves, 2010. 
 
FERNANDES, V.; MARICATO, E. Análises físico-químicas de amostras de leite cru 
de um laticínio em Bicas-MG. Revista Instituto Laticínio Cândido Tostes, Jul/Ago, 
nº 375, 65, 3:10. 2010.Disponível em: www.revistadoilct.com.br. Acesso: 26/04/2017. 
 
GONZALEZ, H.L. et al. Avaliação da qualidade do leite na bacia leiteira de Pelotas, 
RS. Efeito dos meses do ano. Revista Brasileira de Zootecnia, v.33, n.6, p.1531-
1543, 2004. 
 
INCA; Formol e Formaldeído. Rio de Janeiro. Disponível em: 
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=795. Acesso em 29/04/2017. 
 
MENDES, C.; et al. Análises físico-químicas e pesquisa de fraude no leite informal 
comercializado no município de Mossoró-RN. Revista: Ciências Animais Brasil, 
Goiânia, v. 11, n. 2, p. 349-356, abr./jun. 2010. 
 
MATTOS, M. R.et al. Qualidade do leite cru produzido na região do agreste de 
Pernambuco, Brasil. Revista: Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 31, n. 1, p. 
173-182, jan./mar. 2010. Disponível em: http://www.uel.br. Acesso: 24/042017. 
 
MAREZE, J. et al. Detecção de adulterações do leite pasteurizado por meio de 
provas oficiais. Revista: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 36, n. 1, 
supl, p. 283-290, ago. 2015 
 
OLIVEIRA, K.M.G; SEGHETO, L.; FURTADO, M.A.M. Estudo comparativo entre os 
métodos do Formol e de Kjeldahl para determinação de proteínas em leite. In: 
Congresso Nacional de Laticínios, 7. 2006, Minas Gerais. 
 
PADILHA et al. Pesquisa de bactérias patogênicas em leite pasteurizado tipo C 
comercializado na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil. Revista da Sociedade 
Brasileira de Medicina Tropical, Recife 167-171, mar-abr, 2001. 
 
 
PF. Justiça condena acusados de adulterar leite presos na operação Ouro Branco. 
Revista Polícia Federal, Uberada, 2012..Disponível em : http://www.pf.gov.br/. 
Acesso: 25/04/2017. 
 
 
PANCOTTO A. P. Análise das Características Físico-Químicas e 
Microbiológicas do leite produzido no Instituto Federal de Educação, Ciência e 
39 
 
Tecnologia do Rio Grande do Sul. 2011. 33 f. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Graduação em Tecnologia em Alimentos). Bento Gonçalves-Rio grande do sul, 
2011. 
 
QUINTANA, R.C. e CARNEIRO L.C. Avaliação do leite in natura comercializado 
clandestinamente no município de Morrinhos, GO. Revista: Instituto Adolfo Lutz, 
65(3): 194-198, 2006. 
 
RONCATO, P.; RONCATO, M.; VILLWOCK, A.S.V. As Fraudes na Cadeia Produtiva 
do Leite Um Estudo de Caso na Região Fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul 
Sob a Luz da Nova Economia Institucional. Revistas Eletrônicas Unijuí, ano 15; n. 
38; jan./mar. 2017 p. 295-318. Disponível em: https://www.revistas.unijui.edu.br. 
Acesso: 23/04/2017. 
 
ROSA, D.C.et al. Qualidade do leite em amostras individuais e de tanque de vacas 
leiteiras. Revista: Arquivos de Instituto Biológico. São Paulo, v.79, n.4, p.485-
493, out./dez., 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/revistas. Acesso: 
25/04/2017. 
 
ROBIM, M.S. et al. Pesquisa de fraude no leite UAT integral comercializado no 
estado do rio de janeiro e comparação entre os métodos de análises físico-químicas 
oficiais e o método de ultrassom. Revista Instituto Laticínio “Cândido Tostes”, 
Nov/Dez, nº 389, 67: 43-50, 2012. Disponível em: www.revistadoilct.com.br. Acesso: 
29/04/2017. 
 
SOUZA, D.P. Avaliação da qualidade higiênico-sanitária do leite. Revista: HCPA, 
Porto Alegre, nº28, 2010;30(1). Disponível em: https://www.hcpa.edu.br. Acesso: 
24/042017. 
 
SOUZA, E.S.G.; SANTOS, M.A. Avaliação Microbiológica e Físico-Química do 
Leite das Agroindústrias de Ariquemes. Trabalho de Conclusão de Curso, 
Departamento de Engenharia de Alimentos – DENGEA, Ariquemes: Universidade 
Federal de Rondônia, 2014. 
 
SOUSA D.D.P. Consumo de produtos lácteos informais, um perigo para saúde 
pública. Estudo fatores relacionados a esse consumo no município de Jacareí, 
SP [dissertação de mestrado]. São Paulo (SP): Faculdade de Medicina Veterinária e 
Zootecnia da Universidade de São Paulo; 2005. 
 
Seminário Sobre Detecção de Adulteração em Leite: Análises de Rotina e 
Espectroscopia de Infravermelho. ALMEIDA, T.M. Goiânia, 2013. Universidade 
Federal de Goiás Escola de Veterinária e Zootecnia. 
 
 
 
40 
 
SANTOS, N.A.F et al. Avaliação da composiçãoquímica e qualidade físico-química 
do leite pasteurizado padronizado comercializado na cidade de São Luís, MA. 
Revista: Arquivos de Instituto Biológico, São Paulo, v.78, n.1, p.109-113, 
jan./mar., 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/revistas. Acesso: 29/04/2017. 
 
TRONCO, V. M. Manual para Inspeção de Qualidade do Leite. Santa Maria: Ed. 
UFSM, 2010. 203 p. 
 
WOLFSCHOON, F. A.; LEITE, A.E. A Titulação de formol: Método rápido para 
determinação de proteínas no soro. Revista do Instituto de Laticínios Cândido 
Tostes. Juíz de Fora, volume 32, nº193, set-out 1977.