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1 PROFESSORA PAULA KLEFENS Bacharel em Matemática Mestre em Estatística Agronômica ESTATÍSTICA E PROBABILIDADE Aula 2 Princípio Fundamental da Contagem e Análise Combinatória Medidas de Dispersão ou de Variabilidade: São medidas estatísticas utilizadas para avaliar o grau de variabilidade ou dispersão, dos valores em torno da média aritmética. Considere os seguintes conjuntos: A = {50, 50, 50, 50, 50} B = {48, 49, 50, 51, 52} C = {5, 10, 30, 50, 155} MEDIDAS DE VARIABILIDADE Note que a média de cada um desses conjuntos é a mesma: MEDIDAS DE VARIABILIDADE Mas note que o conjunto A é homogêneo, ou seja, não apresenta variabilidade; Já os conjuntos B e C são mais heterogêneo em relação ao conjunto A, pois apresentam variabilidade. Como medir essa variabilidade? MEDIDAS DE VARIABILIDADE 2 Variância populacional (2) e amostral (s 2): Esta medida tem difícil interpretação por apresentar a sua unidade de medida igual ao quadrado da unidade de medida dos dados. MEDIDAS DE VARIABILIDADE Desvio Padrão populacional () e amostral (s): É a raiz quadrada da variância. Use a mesma unidade de medida dos dados fornecidos inicialmente. MEDIDAS DE VARIABILIDADE Coeficiente de variação (CV): É adimensional, isto é, sem unidade de medida, podendo ser expresso em termos decimais ou percentuais. CV < 20% = O conjunto de dados é considerado Homogêneo. CV > 20% = O conjunto de dados é considerado Heterogêneo. MEDIDAS DE VARIABILIDADE Exemplo:Calcule a variância amostral para o conjunto de dados B do exemplo anterior: B = {48, 49, 50, 51, 52}. (Média = 50) xi 48 49 50 51 52 Resolução: Já sabemos que a média do conjunto B é 50. Portanto, esse conjunto de dados varia 2,5 unidades2 xi (xi‐média) (xi‐média)2 (xi‐média)2*fi 48 ‐2 4 4 49 ‐1 1 1 50 0 0 0 51 1 1 1 52 2 4 4 Total 10 Software EXCEL: Variância Amostral (s2) =VAR.A(5;7;8;9;11) Desvio Padrão Amostral (s) =DESVPAD.A(5;7;8;9;11) Variância Populacional (2) =VAR.P(5;7;8;9;11) Desvio Padrão Populacional () =DESVPAD.P(5;7;8;9;11) 3 O coeficiente de variação (CV), além de mostrar a variabilidade do conjunto de dados, por ser dado também em porcentagem, nos permite comparar conjuntos de dados diferentes. MEDIDAS DE VARIABILIDADE Exemplo: Tomemos os resultados das estaturas e dos pesos de um mesmo grupo de indivíduos: Variável estatura: Variável peso: MEDIDAS DE VARIABILIDADE Discriminação Média Desvio padrão Estatura 175cm 5,0 cm pesos 68 kg 1,5 kg Variável estatura: Variável peso: Portanto, entre os dois conjuntos estudados, o conjunto da variável estatura apresentou maior variabilidade, apesar de ambas indicarem heterogeneidade no conjunto de dados MEDIDAS DE VARIABILIDADE PERGUNTAS É um princípio combinatório que indica de quantas formas se pode escolher um elemento de cada um de n conjuntos finitos. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM Princípio Fundamental da Contagem é o mesmo que a Regra do Produto, um princípio combinatório que indica quantas vezes e as diferentes formas que um acontecimento pode ocorrer. O acontecimento é formado por dois estágios caracterizados como sucessivos e independentes: PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM 4 Ou seja, se uma ação é composta de duas etapas sucessivas, sendo que a primeira pode ser feita de m modos e, para cada um destes, a segunda pode ser feita de n modos, então o número de modos de se realizar a ação é m∙n. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM IMPORTANTE LEMBRAR: Método Aditivo: Para a escolha de um elemento de A ou um elemento de B, existem (m + n) possibilidades; Método Multiplicativo: Para a escolha de um elemento de A e um elemento de B existem (m x p) possibilidades. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM Exemplo: Para ir de uma cidade A até uma cidade B, existem dois percursos, passando pela cidade C ou pela cidade D. Os caminhos possíveis estão indicados no esquema que segue. Quantas são as possibilidades de sair da cidade A e chegar à cidade B? PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM Note que temos que levar em conta cada caminho separadamente. Para ir de A até B, passando por C, existem: 3 possibilidades de A ate´ C e 5 possibilidades de C até B, resultando assim em 3 x 5 = 15 caminhos diferentes. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM Já, para ir de A até B, passando por D, existem: 5 possibilidades de A até D, e 2 possibilidades de D até B. Sendo assim, resulta em 5 x 2 = 10 caminhos diferentes. Assim, existem 15 + 10 = 25 caminhos diferentes de A até B. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM Método Fatorial de contagem: Representado por n!, o fatorial é o produto dos números naturais começando por n e decrescendo até o número 1. Esse método admite apenas um único agrupamento. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM 5 Por definição tanto o 0! como o 1! são iguais a 1, ou seja, Para n = 0, temos 0! = 1 Para n = 1, temos 1! = 1 Já para n ≥ 2, temos n! = n . (n – 1).(n – 2). ... .2.1, ou seja, é o produto dos n fatores decrescendo até o número 1. PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM Exemplo: 1) 4! = 4 . 3 . 2 . 1 = 24 2) 2! = 2 . 1 = 2 PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM Podemos escrever: N! = n(n – 1) 15! = 15 ● 13! PARA REFLETIR 2) Simplifique a expressão: a) . b) . ATIVIDADE EM SALA Análise Combinatória é um conjunto de procedimentos que possibilita a construção de grupos diferentes formados por um número finito de elementos de um conjunto sob certas circunstâncias. Os principais tipos de agrupamentos, sendo que eles podem ser simples ou com repetição são: ANÁLISE COMBINATÓRIA ANÁLISE COMBINATÓRIA ANÁLISE COMBINATÓRIA ARRANJO Trabalha‐se com alguns elementos; Ordem importa. COMBINAÇÃO Trabalha‐se com alguns elementos; Ordem não importa. PERMUTAÇÃO Trabalha‐se com todos elementos ARRANJO SIMPLES Dado um conjunto A com n elementos, chamamos de arranjos simples dos n elementos, tomados p a p, cada um dos agrupamentos ordenados que podem ser formados contendo, sem repetição, p elementos de A. ANÁLISE COMBINATÓRIA 6 Exemplo: De quantas maneiras Antônio (A), Benedito (B) e Carlos (C) podem ocupar os cargos de presidente e vice‐presidente de um grêmio estudantil? Resolução: Devemos fazer o arranjo de 3 pessoas (n=3), para duas vagas (p = 2). Logo: ANÁLISE COMBINATÓRIA ARRANJO COM ELEMENTO REPETIDO Consideremos A um conjunto com n elementos. Os arranjos dos n elementos de A, tomados p a p é qualquer agrupamento de p elementos. ANÁLISE COMBINATÓRIA Exemplo: Quantos números de 2 algarismos podemos formar com os algarismos1; 2; 3? Resolução: Esquematizando o número de arranjos com repetição de elementos teremos: {11, 12, 13, 21, 22, 23, 31, 32, 33} = 9 números diferentes. ANÁLISE COMBINATÓRIA 3) Em uma escola está sendo realizado um torneio de futebol de salão, no qual dez times estão participando. Quantos jogos podem ser realizados entre os times participantes em turno e returno? ATIVIDADE EM SALA DANTE, L. R. Matemática Contextos e Aplicações – volume único. 3ª ed. São Paulo: Editora Atica. 2009. FERNANDES et. Al. Estatística e Probabilidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S. A., 2014 MELLO, M.P., SANTOS, J.P.O.S., MURARI, I.T.C. Introdução à Análise Combinatória. 2ª ed. Ciência Moderna. 2008 MORGADO A., CARVALHO P. C. E FERNANDEZ P. Análise Combinatória e Probabilidade. SBM, 2004. REFEÊNCIAS © 2014 – Todos os direitos reservados. Uso exclusivo no Sistema de Ensino Presencial Conectado.
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