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TRABALHO DE DIREITO EMPRESARIAL - II Turma: 3º. Período - 2018 Turma: A Professor Responsável: Dr. Fernando Melo da Silva Valor: 2,0 pontos REGRAS DO TRABALHO – Leia com atenção 1 - Esta folha de questões deve acompanhar a folha de respostas do grupo de alunos, sob pena de prejudicar a correção do trabalho, que deverá ser feito em grupos de no máximo cinco alunos, cujas respostas podem ser apresentadas de forma digitada ou manuscrita (com letra legível). 2 – A entrega do trabalho deverá ser feita em sala de aula no dia da NB1 de Direito Empresarial I – QUESTIONÁRIO SOBRE OS TEXTOS INDICADOS (o fundamento das respostas encontra-se nos textos): ASQUINI, Alberto. Perfis da empresa. Revista de direito mercantil, industrial, econômico e financeiro. São Paulo: Revista dos Tribunais, ano 35, n. 104, p. 109 – 126, out. – dez. 1996. Tradução de: Fabio Konder Comparato. SALOMÃO FILHO, Calixto. A fattispecie do empresário no Código Civil de 2002. Revista do advogado. São Paulo: AASP, ano XXVIII, n. 96, p. 11 – 20, Mar. 2008. 1. Leia este trecho de uma análise de resultados sobre uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre Fundações e Associações sem Fins Lucrativos (FASFIL), e após responda: No que se refere às entidades de educação e saúde, faz-se mister ressaltar, na composição interna de cada grupo, o peso relativamente alto daquelas que atuam em áreas, tais como hospitais, educação fundamental e média, bem como o ensino superior. Especialmente com relação a estas atividades há dificuldades em se delimitar as fronteiras com a lógica empresarial. Ainda que cadastradas como sem fins de lucro e beneficiando-se de imunidades legais (concedidas, por exemplo, por meio dos certificados de Utilidade Pública ou de Entidade Beneficente de Assistência Social), parte das entidades – sobretudo escolas, universidades e hospitais – atuam de forma semelhante a empresas privadas: cobram pela prestação de seus serviços, geram excedentes e aumentam o patrimônio dos mantenedores. Destaque-se que não se pode avaliar com precisão a magnitude deste fenômeno, exatamente pela existência de uma legislação antiga e complexa que direciona essas entidades para o formato de “sem fins lucrativos”, seja ele associativo ou fundacional. [...] Mais da metade das pessoas formalmente assalariadas nas FASFIL (52%) está concentrada nas organizações que atuam nas áreas de educação (29%) e saúde (23%) (Tabela 13). Tal resultado pode surpreender pelo fato dessas entidades representarem apenas 8% do total. A complexidade desses serviços bem como a abrangência do atendimento dessas organizações podem explicar o fenômeno.1 (grifos nossos) Agora responda: Por que, nos termos da doutrina de Alberto Asquini, apesar do fato destas FASFIL atuarem de forma semelhante a uma empresa, não faz com que sejam consideradas empresárias, nos termos da lei e da doutrina? Explique. 2. De acordo com as lições de Calixto Salomão Filho, qual a condição do empresário irregular e seus consequentes jurídicos? 1 BRASIL. IBGE. Perfil das Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos em 2002. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/fasfil/comentario.pdf>. Acesso em: 21 abr. 2008. 3. Leia este trecho de uma reportagem sobre “sacoleiras”, e após responda: Rua Teresa e Nova Iguaçu viram polos atacadistas A lojista Tânia Maria de Melo, de 44 anos, começou a vender roupas como sacoleira, de porta em porta, em Xerém, na Baixada Fluminense, bairro onde mora. Há dez anos, ela decidiu abrir uma loja na garagem de sua casa e desde 2010 é microempreendedora individual2. “A formalização me ajudou muito. Com facilidade de crédito e nota fiscal, eu consigo comprar mais mercadorias e, por isso, vendo mais. Os lucros aumentaram”, explica. Presidenta da Associação da Rua Teresa, em Petrópolis, Cláudia Pires garante que é possível ter um bom rendimento com a revenda de produtos. “As sacoleiras dobram o preço e mesmo assim continua barato. Além disso, algumas não pagam aluguel de loja, pois vão até a casa dos clientes, o que reduz os custos e aumenta os ganhos”, afirma. Para quem vende produtos nos polos de moda, o lucro também é garantido. De acordo com Claudia Pires, a Rua Teresa tem movimento durante todo o ano. “Vem gente de todo o Brasil e até de outros países comprar para revender. No inverno, recebemos mais revendedores da Região Sul do Brasil . No verão, são mais do Nordeste”. Os principais clientes são lojistas e sacoleiras, mas também há procura pelo varejo. Tendo em vista o crescimento do mercado de vendas de roupas por atacado, os irmãos Joel e Josemar Ferreira dos Santos decidiram criar no ano passado o Atacadão Outlet, especializado em vendas para os pequenos atacadistas. “Com a rotina cada vez mais corrida, o papel das sacoleiras é fundamental para quem não tem tempo de sair de casa para comprar”, avalia Josemar. Diretor de marketing da Cidade da Moda, Humberto Satto conta que o shopping oferece prêmios para os guias que levarem mais sacoleiras. “Este ano, vamos sortear um carro zero quilômetro”, diz.3 Agora responda: Dona Tânia pode ser considerada empresária desde que se formalizou ou desde que começou a atuar como sacoleira? Fundamente na legislação e doutrina recomendadas para leitura. 4. “Aconteceu de verdade” Em fevereiro de 2000 Cecília Aparecida Barros de Oliveira era empresária individual e tinha uma fábrica de pão de queijo que funcionava num balcão alugado do irmão em Presidente Epitácio/SP. Devidamente registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo, atendia sob a firma individual Cecília Ap. B. Oliveira – comércio de alimentos Presidente Epitácio. Ocorre que em função de desentendimentos que teve com seu irmão este impediu seu acesso ao balcão onde funcionava a fábrica. Em função do ocorrido moveu contra o irmão ação de reintegração de posse do maquinário e veículos lá situados, ação esta que foi distribuída junto à vara cível local que após 10 dias da propositura, decidiu pela extinção do processo sem resolução do mérito, por indeferindo a inicial, nos termos dos arts. 267, I c/c. 295, II do CPC (atuais artigos 485, I e 330, II do NCPC), por entender não caber legitimidade à pessoa física para atuar em nome da pessoa jurídica. Desta decisão foi interposto recurso de apelação, que após 11 anos foi julgado provido (acolhido) pelo TJSP, reformando-se a decisão e mandando a ação prosseguir. Enfim, responda: Qual o erro constante da sentença que permitiu sua reforma pelo Tribunal? Explique fundamentando. 2 O microempreendedor individual ou MEI é modalidade de formalização da atividade de pequenos empresários. 3 SEBRAE. Sacoleiras buscam a formalização com a expansão dos polos de moda. Disponível em: <http://www.ecofinancas.com/noticias/sacoleiras-buscam-formalizacao-expansao-polos-moda> Acessado em: 24/03/2014.
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