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E-commerce no ABC

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Ano XI Edição nº 107 - junho de 2020 
Empresas do abc 
se apoiam no 
e-commerce para 
driblar o coronavírus 
Comunicação 
“Negócios em 
Movimento” 
se transforma 
em publicação 
interativa
Economia 
Dinheiro 
não chega 
e empresas 
sofrem com 
falta de 
crédito
aqui anúncios não são só anúncios, clique neles e veja o porquê
2 Editorial
Créditos desta edição
Capa: Ilustração: Istockphoto. Texto: Vitor 
Lima. Fotos: Arquivo Pessoal e Divulgação. 
Negócios em Movimento: Textos: Carlos 
Balladas, Redação, Vitor Lima e Vivian Silva. 
Fotos: Arquivo Pessoal, Divulgação, Freepik e 
Tomaz Silva/Agência Brasil. Nosso Dinheiro: 
Texto: Vivian Silva. Foto: Divulgação. Drops 
de Mercado: Textos: Redação. Fotos: Divul-
gação e Guilherme Balconi. Colunas: Justiça 
e Cidadania: Alexandre Pantoja. Foto: Divul-
gação. Inovação: Benício José Filho. Foto: Di-
vulgação. Contabilidade: Carlos Afonso. Foto: 
Divulgação. Economia: Cristiane Mancini. 
Foto: Divulgação. Direito: Cristiane Tomaz. 
Foto: Divulgação. Dia Melhor Indica: Textos: 
Redação. Fotos: Divulgação.
Nesta edição
Carlos A. B. Balladas
Publisher
Vivian Silva
Vitor Lima
Reportagens
Elaine Bosso Luz
Diagramação
Elaine Bosso Luz
Natália Balladas
Design e tratamentos
Eduardo Bonelli
Eliana Silveira
Marketing
Ana Cristina Soares
Cláudia Polimeni
Publicidade
A revista Negócios em Movimento 
é uma publicação da CABB Editora - 
C.A.B Balladas Editora 
Distribuição gratuita em dezenas 
de pontos de fluxo de consumidores 
das classes A e B, empresários e 
profissionais liberais. 
Fale conosco: 
Avenida Utinga, 413 - Santo André - SP
CEP 09220-610
WhatsApp: (11) 968-2020-13
www.negociosemmovimento.com.br
O Renascimento Digital 
pós-pandemia 
4 Capa
 Pandemia impulsiona 
 comércio eletrônico
14 Negócios em Movimento
 • Dificuldade de acesso ao crédito 
 emergencial piora cenário 
 para empresas
 • Usuários do WhatsApp poderão 
 fazer pagamentos pelo aplicativo
 • Covid-19 agrava 
 desemprego na região 
 • Empresa do ABC fornece 
 alimentação para hospitais 
 de campanha
 • Instituto de pesquisas do
 ABC compila informações 
 sobre o novo coronavírus 
 • Prefeitura andreense lança 
 listagem de fornecedores 
 locais de EPIs
 • Movimento Coalizão ABC Digital 
 fomenta desenvolvimento na região
 • Governo de São Paulo 
 anuncia produção de vacina 
 contra o novo coronavírus
 • Revista Negócios em Movimento 
 também é revista interativa
 • Programa “Protagonista 
 Empreendedor” tem versão online
 • Startup InfoGo tem ferramenta 
 para auxiliar na educação digital
 • Bares e restaurantes do ABC 
 passam por momento 
 “desastroso”, avalia 
 presidente do Sehal
 • Estudo da Kantar mostra as 
 marcas mais escolhidas 
 mundialmente
 • Volkswagen inicia produção do
 Nivus em São Bernardo do Campo
29 Nosso Dinheiro
 Especialista explica queda 
 no preço do combustível
31 Drops de Mercado
33 Colunas
38 Dia Melhor Indica
Tenho certeza de que todos estamos conscientes da enorme gra-
vidade da atual crise que se abate sobre o planeta no qual vivemos 
e de como deverá ser longa, ainda que uma tênue luz no fim do tú-
nel pareça acender-se. 
Um microscópico vírus coloca à prova a capacidade da humani-
dade de resistência. 
Dos sacrifícios impostos, distribuídos de forma injusta sem uma 
ética que esteja subjacente à equidade, nenhum se equipara ao 
maior de todos: não possuir recursos para o sustento da família. Os 
governos e sociedade têm a obrigação de tudo fazer para combater 
o desemprego. É a correta política social a implementar, além de 
ser um imperativo ético. 
Temos que olhar para a crise causada pela Covid-19 como uma 
excepcional oportunidade de mudança e tirar dela ensinamentos 
para construir uma sociedade melhor. Uma sociedade melhor deve 
rever o conceito de progresso. Este não deve estar associado ao de-
senvolvimento econômico.
E uma nova forma de desenvolvimento parece vir do que muitos 
cientistas sociais estão denominando de Renascimento Digital. 
Como observa a historiadora Rebecca Spang, a próxima socieda-
de pós-crise encontrará seu objetivo em sistemas que catalisem um 
novo humanitus digital.
Este Renascimento Digital substituirá os dogmas do mercado, 
pela renovação da espiritualidade e da cultura, e as tecnologias 
concernentes à Inteligência Artificial e à Big Data reformularão 
permanentemente a natureza do trabalho e contribuirão, com cer-
teza, para forjar uma sociedade melhor.
A construção de um mundo melhor deve igualmente estar asso-
ciada à redução da pobreza, ao reforço da coesão e inclusão social, 
à valorização do trabalho e à busca da felicidade coletiva. 
Uma sociedade harmoniosa não pode sacrificar uma das fontes 
mais importantes da felicidade, que consiste na boa qualidade dos 
relacionamentos humanos, em família, no trabalho e na comuni-
dade. Uma sociedade melhor conta com mais sentido de respon-
sabilidade coletiva, solidariedade social, menos individualismo 
e focada no bem comum. Os valores éticos e os valores materiais 
devem ter a mesma medida na régua que os mede, isto é, o ter e o 
ser devem estar em perfeito equilíbrio. 
O Renascimento Digital nos apresenta o horizonte de esperança 
a construir, que deve, necessariamente, preservar a dignidade do 
ser humano.
 Carlos A.B.Balladas
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Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 20204 Capa
Sabemos que 2020 será um divisor de águas na sociedade. Os impac-tos de uma inesperada pandemia 
causada pela Covid-19 gera prejuízos 
econômicos incalculáveis e cria cisões 
profundas nos tecidos sociais do mundo 
todo, altera hábitos, crenças e expecta-
tivas em relação ao futuro. 
O isolamento social e demais restri-
ções geradas pelo vírus impediram que 
os comerciantes brasileiros permane-
cessem de portas abertas, exceto o co-
mércio de produtos essenciais. Os im-
pactos nos negócios são assustadores. 
Datas esperadas com enorme ansiedade 
pelos empresários, como o Dia das Mães e 
Dia dos Namorados, que estão entre as prin-
cipais ocasiões do comércio no Brasil, fo-
ram “jogadas no lixo”, junto com milhares 
de planejamentos e sonhos. 
Levantamento feito pelo Serasa Ex-
perian, o Indicador de Atividade do 
Comércio é incisivo ao mostrar que as 
vendas do varejo em abril registraram 
queda de 31,8% quando comparados 
com igual período de 2019.
Os dados são computados desde 2001. 
Até então, o maior tombo havia sido 
constatado em janeiro de 2002, com 
queda de 16,5% no indicador. O recuo de 
agora tem, praticamente, o dobro do ta-
manho do anterior. 
Pandemia impulsiona 
comércio 
eletrônico 
Medidas de isolamento social causam 
“explosão” na demanda e 
modalidade se populariza 
A visão desoladora sobre a pandemia, 
contudo, não é regra entre os comercian-
tes. Não existe melhor exemplo sobre um 
setor que se beneficiou com a pandemia 
do que o comércio eletrônico. A modali-
dade viu a demanda por seus serviços ex-
plodir nos últimos três meses. 
De acordo com o presidente da Asso-
ciação Brasileira de Comércio Eletrô-
nico (ABComm), Maurício Salvador, 
especialmente após a segunda semana 
de confinamento foi que o e-commerce 
começou a crescer. “Algumas categorias 
eram óbvias que iriam crescer, como, 
por exemplo, supermercado e farmá-
cias. Mas tiveram categorias que nos 
surpreenderam também”, comenta. 
É verdade que e-commerce obtém ro-
bustos crescimentos ano após ano, mas 
2020 certamente representará um salto 
grandioso no desenvolvimento do setor. 
No ano passado, houve faturamento de 
R$ 61,9 bilhões no comércio eletrônico 
brasileiro, aumento de 16% na compa-
ração com 2018 – a evolução no número 
de compras ultrapassou 20 milhões, de 
123 milhões para 148 milhões. 
Neste cenário, as empresas que já tinham 
um sistemade vendas pela internet saíram 
na frente em relação aos concorrentes. 
Por sua vez, os empresários que ainda não 
possuíam um canal de venda virtual tive-
ram que correr, em plena pandemia, para 
colocar em funcionamento um sistema de 
e-commerce para, ao menos, diminuir as 
perdas que o momento traz. 
A Totvs, maior empresa de tecnologia 
do Brasil, registrou um aumento “bas-
tante importante” na procura por so-
luções de e-commerce após a chegada da 
pandemia, conforme conta o diretor das 
unidades Serra do Mar (responsável por 
atender o ABC e o litoral) e Sul de Minas, 
Wilson Godoy. 
“Tem sido uma questão de sobrevi-
Maurício Salvador: fidelização pelo e-commerce
continua 
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Capa Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 20206
vência para as empresas. O que obser-
vamos é que muitas companhias que 
tinham planos em relação ao futuro 
sobre o e-commerce, um planejamento 
de médio e longo prazo, tiveram que 
mudar a postura sobre esses planos e 
entrar no comércio virtual imediata-
mente. Isso fez com que a demanda 
por nossos produtos para o e-commer-
ce tivessem um crescimento expressi-
vo”, justifica.
Com estrutura pronta, 
empresa de São Bernardo 
do Campo conseguiu atender 
demanda por EPIs
O grupo Polar é uma empresa especialis-
ta no transporte e manuseio de produtos 
armazenados em temperaturas frias. Com 
quase 20 anos no mercado, a companhia 
de São Bernardo do Campo especializou-
-se no desenvolvimento de soluções para 
a indústria farmacêutica, ramo no qual há 
maior necessidade pelos equipamentos 
da chamada “cadeia fria”.
Conforme o negócio foi se desenvol-
vendo, os executivos do grupo resolve-
ram apostar em uma nova marca, a Po-
lar Store (www.polarstore.com.br), loja 
virtual criada para a comercialização 
das soluções do grupo, lançada em 2018. 
A constatação era que a companhia pre-
cisava de mais um canal de venda para 
atender o consumidor final, aqueles que 
fazem uso de medicamentos com tem-
peratura controlada. 
A implantação do e-commerce possibi-
litou a ampliação na base de clientes do 
grupo, que além de atuar no mercado B2B 
(empresa para empresa), entrou de vez no 
B2C (empresa para consumidor) - não só 
comercializando caixas e mantas térmi-
cas, monitores de temperatura e gelos de-
senvolvidos para o transporte de medica-
mentos, mas também produtos térmicos 
da linha “praia e pesca” e bolsas térmicas 
para vinhos. 
Com o e-commerce em pleno funciona-
mento, a empresa teve mais facilidade 
para enfrentar a pandemia sem “atro-
pelos” operacionais. 
A coordenadora de Marketing e E-com-
merce, Michaela Letícia Celestrin, revela 
que desde o fim de 2019 a Polar Store re-
gistrou aumento na procura de Equipa-
mentos de Proteção Individual (EPI) para 
profissionais de saúde por parte de labo-
ratórios, clínicas e hospitais. 
Na plataforma de vendas da Polar é pos-
sível adquirir diversos modelos de más-
caras, aventais, protetores faciais, capuz, 
dentre outros. Entretanto, os produtos 
mais procurados pelas empresas têm sido 
os Macacões Dupont Tychen. “São vesti-
mentas de segurança reutilizável, espe-
cífico para casos de ameaças químicas e 
biológicas”, explica Michaela. “Profissio-
nais que atuam individualmente, como 
médicos e farmacêuticos, também têm 
comprado, às vezes, por falta de EPIs nos 
locais de trabalho”, detalha. 
O e-commerce da empresa tem se com-
portado bem mesmo com o aumento da 
demanda e não foram necessários ajus-
tes técnicos em meio à pandemia para 
melhorar a plataforma de vendas. Mu-
danças tiveram que ser feitas apenas nos 
Recursos Humanos: a Polar Store precisou 
aumentar a mão de obra, para dar conta 
de atender todos os clientes e manter os 
procedimentos logísticos em dia. 
Dia das Mães e dos Namorados 
faz e-commerce de 
floricultura crescer 200%
Situação semelhante vive a Giuliana Flo-
res (www.giulianaflores.com.br). A tradi-
cional floricultura de São Caetano do Sul 
ostenta o título de ser “a maior floricul-
tura online do Brasil”, o que demonstra o 
tamanho da importância que o comércio 
eletrônico já tinha dentro da empresa. 
Com uma estrutura de e-commerce ro-
busta, os ajustes que a companhia teve 
que colocar em prática foi em relação 
à jornada dos trabalhadores. “Para não 
haver aglomeração”, conta o CEO Clóvis 
Souza, a equipe responsável pela produ-
ção foi dividida em duas, com turnos de 
14 por 36 horas; os colaboradores com 
direito às férias, puderam tirar; e mem-
bros da área administrativa entraram 
em regime de home office. 
O Dia das Mães fez com que a loja fosse 
muito lembrada na compra dos presen-
tes. Devido ao pico de demanda, a Giu-
liana Flores é outro exemplo de negócio 
que teve que contratar em meio à pan-
demia. Além disso, a empresa chamou 
funcionários dos quiosques de vendas 
(que estão fechados) para atuar em ou-
tras áreas, como produção, atendimen-
to ao cliente e logística.
Aliás, em relação à data dos apaixo-
nados, as expectativas não poderiam 
ser melhores. A floricultura ainda não 
tem os números fechados, mas estima 
Michaela, da Polar Store, revela crescimento 
na procura por EPIs
Vestimentas contra ameaças biológicas são as mais comercializadas na loja virtual do Grupo Polar
continua 
http://www.portal.singular.com.br/visitante/
Capa Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 20208
Índice de Vendas Online 
O volume de vendas (em quantidade 
de transações), tíquete médio (em R$) 
e a receita (vendas em valor – R$) 
são usados para compor este indicador.
106,32
Abril 2019
211,29
Abril 2020 Fonte: 
Câmara Brasileira 
de Comércio Eletrônico 
(câmara-e.net) e 
Compre&Con�e – MCC-ENET
Atividade do Comércio 
Levantamento sobre o volume 
de vendas presenciais no varejo 
0,3%
Abril/19
Julho/19
Outubro/19
Janeiro/20
Abril/20
Fonte: 
Indicador de Atividade 
do Comércio/Serasa Experian
3,2% 2,9% 3,6% -31,8%
expansão de 200% nas vendas na com-
paração com o ano passado, o que deve 
significar, aproximadamente, 50 mil pe-
didos atendidos para o período. 
Pandemia foi o “empurrão” 
que faltava para alguns 
negócios entrarem 
na era digital
Especialmente para as pequenas e mé-
dias empresas, entrar “de vez” no mundo 
digital é um desejo por vezes difícil de ser 
realizado. Falta de experiência, de mão de 
obra qualificada e verba são alguns dos 
obstáculos que precisam ser superados. 
No caso da Excellence Lingeries (no Fa-
cebook e Instagram @excellencesannto-
andre), loja de moda íntima localizada no 
centro de Santo André, existia o desejo de 
criar uma plataforma de vendas na inter-
net, mas dúvidas sobre a eficácia da medi-
da rondavam os pensamentos da proprie-
tária, Aline Villa. 
Contudo, com a loja fechada desde 19 
de março, a pandemia foi o incentivo 
que faltava para que a empreendedora 
colocasse o plano em prática. “Já faz uns 
dois anos que a gente está pensando em 
criar o site e agora é o momento. Esta-
mos criando o site que deve entrar no ar 
na próxima semana”, adianta Aline.
Assim como toda a população, a em-
presária sentiu o impacto da pandemia, 
uma crise que bateu à porta da popula-
ção sem avisar. “No primeiro momento 
pensei que não ia adiantar fazer nada, 
porque ninguém ia comprar”, admite. A 
mudança de postura chegou por inter-
médio das consultorias online do Sebrae, 
que orientaram Aline sobre como atuar 
neste momento. 
A primeira recomendação foi manter 
a marca presente nas redes sociais, para 
que o negócio não fosse “esquecido” pe-
los clientes. A partir daí, Aline passou a 
oferecer os produtos (pijamas e roupas 
íntimas, femininas e masculinas) não 
apenas viaFacebook e Instagram, mas 
também no WhatsApp (11-99474-5677). 
Os negócios voltaram a ser feitos, 
como esperado, em menor quantida-
de do que antes. Em maio, a Excellen-
ce teve faturamento de apenas 30% do 
montante registrado no mesmo período 
do ano anterior, mas o valor representa 
um importante alento, pois o risco era 
de que não houvesse venda alguma. “Al-
guns clientes buscam os produtos e ou-
tros entregamos, de carro mesmo, para 
facilitar a venda”, relata Aline. 
A loja, que fará 21 anos em outubro, 
está sob a gestão de Aline desde 2011, 
quando adquiriu o negócio no qual an-
tes era colaboradora. A empreendedora 
tem consciência que o momento que es-
tamos vivendo é único e que novas prá-
ticas precisam ser adotadas para que as 
dificuldades sejam superadas. 
Neste momento singular, ela conta 
que foi “fundamental” a ajuda de um 
grupo de parceiros empreendedores, 
que se formou em um projeto do Sebrae. 
É de lá que surgem muitas ideias, estra-
tégias e parte da motivação que faz com 
que eles sigam em frente.
“Além do coronavírus, tem toda essa 
questão política, que está abalando muito 
o emocional, gerando mais instabilidade 
para a gente. O planejamento que antes a 
gente fazia mensal, trimestral, semestral, 
anual, agora está sendo diário. A cada dia 
a gente tem que tomar decisões diferen-
tes. Estamos tendo que se reinventar to-
talmente, modificar nossas maneiras de 
atendimento”, reflete, sem desistir do ne-
gócio, enquanto prepara o lançamento do 
e-commerce próprio.
De acordo com consultor de Marketing Di-
gital, Giancarlo Medina, o caminho a ser tri-
lhado deve seguir a trajetória da Excellence. 
continua 
Índice de Vendas Online 
O volume de vendas (em quantidade 
de transações), tíquete médio (em R$) 
e a receita (vendas em valor – R$) 
são usados para compor este indicador.
106,32
Abril 2019
211,29
Abril 2020 Fonte: 
Câmara Brasileira 
de Comércio Eletrônico 
(câmara-e.net) e 
Compre&Con�e – MCC-ENET
Atividade do Comércio 
Levantamento sobre o volume 
de vendas presenciais no varejo 
0,3%
Abril/19
Julho/19
Outubro/19
Janeiro/20
Abril/20
Fonte: 
Indicador de Atividade 
do Comércio/Serasa Experian
3,2% 2,9% 3,6% -31,8%
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
ANUNCIO DIA MELHORfev20.pdf 1 17/01/20 11:17
https://www.spazioitaliano.com.br/
Capa Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 202010
Mudanças nos hábitos 
dos consumidores 
Fonte: 
Estudo MARCO de Hábitos 
de Consumo Pós-Covid-19
65%
dos consumidores brasileiros 
fizeram compras online 
durante a pandemia
54%
afirmam que, mesmo após 
o fim do distanciamento social, 
farão mais compras online 
do que antes.
Faturamento 
do e-commerce 
Comparação no montante faturado 
(em bilhões de R$) pelo setor 
antes e durante a pandemia
Fonte: 
41ª edição do 
Webshoppers/Ebit|Nielsen
5,7%
8,4%
19/03 a 29/04/19 
17/03 a 27/04/20 
Giuliana Flores projeta expansão de 200%, conta Clóvis Souza
gadinhas”. Ele explica que os empreende-
dores devem estar muito atentos em rela-
ção aos preços dessas ferramentas, para 
“não dar um passo maior que a perna”. 
Além dos custos fixos, muitas dessas plata-
formas cobram percentuais sobre o fatura-
mento dos lojistas, o que também deve ser 
analisado com cuidado. “Existem discursos 
comerciais muito bonitos das plataformas, 
mas isso tem sido muito perigoso, pois o 
empreendedor amarra um sócio ao negó-
cio dele desde o início”, adverte. 
Salvador também prega cautela em 
relação às contratações de fornecedo-
res e serviços para aprimorar as lojas 
virtuais. Existe uma gama de profissio-
nais - webdesigner, programadores, fotó-
grafos - e funcionalidades - chat, inteli-
gência artificial, etc - que nem sempre 
são necessários. “Tem coisas dentro da 
própria operação do e-commerce que o 
empreendedor mesmo consegue fazer, 
porque não são complexas, é só questão 
de aprendizado. E tem loja virtual que 
vai agregando tanto ‘penduricalho’ que 
quando ele vê está pagando uma fortu-
na em ferramentas e não está vendendo 
mais em função disso”, ressalta. 
Marketplace também é opção 
Outra alternativa aos empreendedores, 
é se unirem aos marketplaces, que podem 
ser comparados aos “shoppings virtuais”. 
Por meio dessas plataformas, é possível ter 
seus produtos expostos em sites de grandes 
players do mercado, mediante a uma comis-
são paga ao administrador da ferramenta. 
continua 
“Para quem quer começar a vender online, 
não precisaria ser necessariamente por um 
site, pode iniciar por redes sociais, divulgan-
do em grupos de negócios, grupos do con-
domínio e de amigos. Se quiser montar uma 
loja virtual, empresas como a Loja Integrada 
fornecem planos que partem do gratuito, 
com temas pré-montados, que facilitam a 
criação da loja virtual, sendo que o próxi-
mo passo é a divulgação”, explica Medina.
Para este passo, o especialista aponta 
que é importante ter excelente visibilida-
de nas redes sociais, bom posicionamento 
dos produtos no Google Shopping e ofer-
tas atrativas. “Parcerias e permutas com 
influenciadores digitais regionais são 
bem-vindas também”, cita.
Sobre as plataformas de e-commerce, o 
presidente da ABCoom alerta para as “pe- Totvs amplia leque de produtos com e-commerce
http://www.obosque.com.br/
Capa Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 202012
Essas plataformas também registraram re-
sultados expressivos durante a pandemia. 
A Ozllo (www.ozllo.com.br), marketpla-
ce do setor de moda, registrou em maio o 
maior número de pedidos desde sua criação 
e a receita foi 491% maior na comparação 
com fevereiro, no período pré-pandemia. O 
número de marcas que resolveram se aliar 
com a Ozllo também aumentou. Em maio, 
a quantidade de marcas que comercializam 
na plataforma cresceu 185%.
Na opinião da cofundadora Victória 
Alonso, além do “boom” no consumo di-
gital, a agilidade de adequação das ofertas 
da plataforma à necessidade dos clientes é 
um dos motivos desse agudo crescimento. 
“A Ozllo se mantém muito próxima ao 
seu cliente. Estabelecemos uma relação de 
amizade e abertura com nossa comunidade, 
palco para discutirmos assuntos relevantes 
no mundo da moda e do consumo conscien-
te. Essa abertura de diálogo nos possibilita 
conhecer muito mais nosso público e com 
isso, conseguimos trazer pecas requisitadas, 
marcas relevantes para nossos clientes e 
garantir uma assertividade muito maior na 
conversão de vendas”, justifica.
No ABC, um case bem sucedido na par-
ceria com martktplaces vem do Armazém 
RR Bijoux, de São Bernardo do Campo. A 
loja de semijoias possui plataforma pró-
pria (www.armazemrrbijoux.com.br), 
mas atua também em parceria com os 
marketplaces Zattini e Dafiti. Das ven-
das online, 80% são oriundos dos marke-
tplaces e apenas 20% são consolidadas na 
plataforma própria. 
A fundadora e proprietária do negócio, 
Fabiana Rinco Rigonato, avalia que os 
principais benefícios de atuar em parceria 
com essas plataformas são a “visibilidade 
e credibilidade” que elas trazem, além, 
claro, do aumento no faturamento. 
Com a pandemia e o espaço showroom 
da empresa fechado, Fabiana viu surgir 
a necessidade de ampliar os canais de 
venda. Para isso, ela já está colocando 
em prática a adesão para novos marke-
tplaces, como forma de ampliar a estra-
tégia que vem dando certo. Em breve, 
o Armazém RR Bijoux estará presente 
também nas plataformas das America-
nas, Submarino, Shoptime, Casas Bahia, 
Ponto Frio, Carrefour e Extra. 
Hábitos de consumo 
não serão os mesmos
A maior crise de saúde dos últimos 100 
anos, possivelmente, também resultará na 
maior crise econômica já vivida por essa 
geração. Os desdobramentos de um evento 
dessa magnitude serão enumeráveis e per-
durarão por décadas. A expressão “novo 
normal” se popularizou e já é possível apon-
tar alguns destes novos paradigmas sociais. 
A nova realidade em que viveremos foi 
tema do “Estudo de Hábitos de Consu-
mo Pós-Covid-19’, elaborado pela agên-
cia MARCO. A pesquisa foi feita no Bra-
sil, Espanha, Itália, Portugal,México e 
Colômbia, e teve amostragem de 4,5 mil 
pessoas. No Brasil, 65% dos responden-
tes afirmaram ter feito compras online 
durante a pandemia, o que comprova a 
popularização da modalidade – no ex-
terior, os número são diferentes, mas 
apresentam a mesma tendência, com 
destaque para a Itália, onde 81% dos en-
trevistados confirmaram que utilizaram 
o e-commerce no período. 
Na ABComm, as estimativas dão conta 
de que 1 milhão de brasileiros fizeram 
a primeira compra de mercadoria pela 
internet e que 4 milhões de pessoas te-
nham utilizado algum tipo de serviço 
online (como delivery, por exemplo) pela 
primeira vez.
Sobre o futuro, o estudo da MARCO 
aponta que 54% dos brasileiros farão mais 
compras online do que antes, fato anima-
dor para quem atua com o comércio ele-
trônico. “Se podemos dizer que toda essa 
confusão vai deixar um legado bom para 
o e-commerce serão os novos consumi-
dores e novas lojas virtuais”, sintetiza 
Salvador. “Esse número imenso de novos 
consumidores vai ficar mesmo passada a 
pandemia, são pessoas que ficaram fideli-
zadas pelo canal, que tiveram boas expe-
riências e que vão continuar comprando 
mesmo passado esse período de confina-
mento”, completa. 
Na Giuliana Flores, onde o e-commerce é 
valorizado há muito tempo, Souza avalia 
que “a confiança nesse tipo de compra te-
nha se fortalecido” e que a alta das vendas 
online “se manterá” até chegar num ponto 
de “maturidade superior ao pré-pande-
mia”. Mesmo assim, o CEO prega cautela 
e faz questão de frisar que ainda é “tudo 
muito incerto”. 
Caso os prognósticos animadores para 
o setor se confirmem, não restará outra 
opção para as empresas se não destinar 
bastante atenção para essa modalidade 
de venda. Para aqueles que “correram” 
contra o tempo para colocar o e-commerce 
no ar, independente do porte da empre-
sa, recomenda-se que estude ainda mais 
a modalidade, acumule experiências e 
faça contínuas melhorias na experiência 
do consumidor e nas questões operacio-
nais. Para as companhias que ainda não 
concretizam operações comerciais pela 
internet, e para quem colocará empreen-
dimentos em funcionamento daqui em 
diante, ao que parece, não será compre-
ensível resistir ao mundo digital.
Zoe Povoa (esquerda) e Victória Alonso, do marketplace Ozllo, comemoram os resultados de maio
Medina recomenda redes sociais para iniciar as 
vendas na internet
Do Berçário ao Fundamental II
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Sistema tecnológico “Prodigy 3D”
Quadra Poliesportiva
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Dança, Música, Judô e Futebol
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Salas e ambientes de Inglês, 
Espanhol, Artes e Culinária
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Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 202014 Negócios em Movimento
Dificuldade de acesso ao crédito 
piora cenário para empresas 
Companhias não têm obtidos socorro junto ao sistema financeiro 
Recente pesquisa feita por uma consultoria de investimentos revelou ao mercado que 78% 
das companhias brasileiras não tiveram 
acesso a nenhum tipo de crédito desde o 
início da pandemia. Nesse universo, fo-
ram ouvidas empresas com faturamen-
to entre R$ 30 milhões e R$ 300 milhões. 
Para as pequenas, o cenário é o mesmo: 
segundo o Sebrae, cerca de 80% dos pe-
quenos negócios não conseguiram nada 
com os bancos. 
As dificuldades, segundo especialistas, 
são para todos. Mas atingem mais profun-
damente alguns setores, como turismo 
(hotéis, agências e aviação), varejo tra-
dicional (lojas físicas como de vestuário 
e calçados), restaurantes lanchonetes e 
bares, indústria automotiva, de cosméti-
cos e construção civil. E uma das maiores 
dificuldades, nesse momento, tem sido o 
acesso a recursos, explica o tributarista 
e sócio do escritório de advocacia Natal 
& Manssur, Eduardo Gonzaga Oliveira de 
Natal: “Notamos uma enorme dificulda-
de, pelas empresas, em obterem crédito 
bancário a valores razoáveis. Os bancos 
parecem não estar muito dispostos a dar 
crédito para empresários”, avalia. 
Um dos motivos que tem levado os 
bancos a não oferecer crédito atrativo é 
o receio de calote. Segundo a Federação 
Brasileira de Bancos (Febraban), haverá 
uma escalada de calotes de dívidas. As 
projeções apontam para inadimplência 
semelhante à ocorrida em 2008, quando 
chegou a 60%. 
Para o professor, advogado tributarista e 
sócio do escritório H.G Alves, Caio Bartine, 
as carências oferecidas tanto pelo poder 
público para o pagamento de tributos, 
quanto pelos bancos para o pagamento 
de empréstimos já existentes, não serão 
suficientes. “As postergações de 90 dias, 
em média, são insuficientes. As empresas 
já reduziram jornada, postergaram paga-
mentos, mas estão com pouquíssima ou 
nenhuma receita”, justifica. 
Há algumas batalhas judiciaisem curso, 
nas quais as empresas têm solicitado mais 
prazo para pagamento de tributos, por 
exemplo. Mas os resultados dos julgamen-
tos não têm sido favoráveis, na avaliação 
de Natal. Recorrer a investimentos interna-
das companhias brasileiras não tiveram 
acesso a nenhum tipo de crédito
dos pequenos negócios não 
conseguiram nada com os bancos
78%
80%
cionais também não é uma alternativa. “Os 
investimentos externos estão altamente 
dificultados, seja pela questão da crise sani-
tária mundial, seja pelo ambiente brasileiro. 
Não há intenção de se fazer investimento no 
Brasil”, alerta o advogado. 
Em 18 de maio, o presidente Jair Bol-
sonaro sancionou o Programa Nacional 
de Apoio às Microempresas e Empresas 
de Pequeno Porte (Pronampe), com 85% 
dos recursos garantidos pela União. No 
entanto, Bolsonaro vetou dois itens im-
portantes: o que estabelecia carência de 
oito meses para início dos pagamentos 
e a prorrogação por mais 180 dias dos 
prazos para pagamento de parcelamen-
tos da Receita Federal e da Procuradoria 
Geral da Fazenda Nacional. O Congresso 
pode rever esses dois vetos, mas a medi-
da já está valendo. 
Futuro 
A nova realidade econômica, não apenas 
no Brasil, mas no mundo, deverá se impor 
no pós-pandemia. Essa é a avaliação do tri-
butarista especialista em Direito Empresa-
rial e em Transações Societárias Avançadas 
pela George Washington University, Jorge 
Henrique Zaninetti. “Batalhas judiciais 
serão travadas contra a união federal e os 
estados da federação, na medida em que 
certamente eles vão elevar a carga tributá-
ria. Haverá ainda uma disputa sobre as con-
dições contratuais, incompatíveis com novo 
cenário econômico”. Segundo ele, embates 
jurídicos devem afetar concessões de ser-
viços públicos, financiamentos bancários, 
contratos com planos de saúde, financia-
mentos de longo prazo e condições de paga-
mento em geral. 
Uma lição de casa importante, recomen-
dada às empresas para o futuro em curto 
prazo, é rever seus custos. “Tem muita 
coisa que pode ser melhorada. As empre-
sas precisam cuidar muito bem do seu flu-
xo de caixa, porque as crises têm sido cada 
vez menos espaçadas e há que se ter um 
preparo para reduzir essa fragilidade. É 
aprender na marra a ter mais eficiência”, 
elenca Natal. 
A mudança no portfólio é outro ponto. 
“O e-commerce vai ser algo irrefreável e as 
empresas precisam estar atentas a isso. 
As que ainda não têm devem começar a 
oferecer seus bens e serviços por meio de 
plataformas digitais”, recomenda Bartine. 
https://www.escolasaocarlos.com.br/
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 202016 Negócios em Movimento
A Universidade Metodista reali-zou estudo para investigar os impactos do coronavírus na 
economia do ABC. Divulgado no fim de 
maio, a pesquisa revela que o desem-
prego subiu para 17% da População 
Economicamente Ativa (PEA) do ABC 
após a crise da Covid-19. Esse cenário 
acrescentou 4,5 pontos percentuais de 
desemprego à PEA regional. 
Trata-se da segunda edição do levanta-
mento, realizada na 2ª quinzena de abril, 
que indica também agravamento no nível 
de rendimentos no ABC. Pelo menos 54% 
dos 407 entrevistados informaram que 
houve queda na renda familiar em abril, 
Covid-19 agrava desemprego na região 
Número de desempregados na População Economicamente Ativa cresceu 4,5% 
12% dos quais registraram baixa de mais 
de 50%. Na primeira pesquisa, feita na 1ª 
quinzena de abril, as taxas eram de 46% e 
10%, respectivamente. 
A coordenadora do curso de Ciências 
Econômicas da Metodista, Silvia Oka-
bayashi, cita alguns dos impactos da 
crise. “Entre os fatores para a queda de 
renda estão a elevação do desemprego, 
a redução da atividade econômica dos 
autônomos e empreendedores, a am-
pliação da proporção de assalariados 
que passaram a se deparar com atrasos 
no pagamento do salário e a redução da 
jornada de trabalho acompanhada de 
redução de salários”, avalia. 
Menos trabalho e salários 
Segundo o levantamento realizado 
pelo Observatório Econômico da insti-
tuição, 12,7% tiveram reduzidos salários 
e jornada de trabalho, conforme inicia-
tiva autorizada pelo governo federal, e 
cerca de 6% apontaram que a empresa 
concedeu férias ou impôs utilização do 
saldo de banco de horas. 
Com o impacto negativo sobre a renda, 
houve ampliação das contas em atraso. 
Uma em cada quatro famílias (24,7%) 
dos sete municípios do ABC se viu obri-
gada a atrasar faturas no último mês. 
Essa proporção se soma às 11,1% de fa-
mílias que já tinham contas em atraso. 
Usuários do WhatsApp poderão 
fazer pagamentos pelo aplicativo 
Usuário terá que cadastrar cartão e senha na plataforma Facebook Pay 
Em 15 de junho, o WhatsA-pp lançou um novo recurso que permite transferir di-
nheiro e fazer compras em estabe-
lecimentos, por meio do aplicativo 
de mensagens, com a proteção da 
plataforma Facebook Pay. 
No primeiro momento, a novida-
de estará disponível para clientes do 
Banco do Brasil, Nubank e Sicredi, que 
têm cartão de crédito ou débito das 
bandeiras Visa e Mastercard. As transa-
ções serão processadas pela Cielo e não 
preveem custos para consumidores e 
pessoas físicas. Já as empresas terão de 
arcar com uma taxa por transação rece-
bida. As pequenas empresas são um dos 
principais focos do lançamento. 
O comunicado do Whatsapp detalha 
a operação: “Mais de 10 milhões de 
micro e pequenas empresas movimen-
tam a economia brasileira, e já é muito 
comum mandar um ‘zap’ a essas em-
presas, para tirar dúvidas sobre pro-
dutos e fazer pedidos. Com o recurso 
de pagamentos no WhatsApp, além de 
ver os produtos no catálogo, os clien-
tes também poderão fazer o paga-
mento do produto escolhido sem sair 
do WhatsApp. Ao simplificar o proces-
so de pagamento, esperamos ajudar a 
trazer mais empresas para a economia 
digital e gerar mais oportunidades de 
crescimento”, 
Para utilizar a ferramenta, o usuário 
precisa cadastrar seu cartão na plata-
forma Facebook Pay e cadastrar uma 
senha numérica (PIN) de seis dígitos 
como proteção. Também é possível 
usar biometria, como leitor de digitais 
e reconhecimento facial, para autori-
zar transações. Para receber o dinhei-
ro, o contato precisa estar cadastrado 
no Facebook Pay. 
 As pequenas empresas são um dos principais focos do lançamento
Empresa do 
ABC fornece 
alimentação 
para hospitais 
de campanha 
Estruturas do Ibirapuera 
e Barradas, na capital, 
recebem refeições de 
negócio andreense 
A Real Food, especializada no fornecimento de alimentação empresarial e refeições trans-
portadas, com sede em Santo André, for-
malizou contrato para o fornecimento de 
alimentação, durante quatro meses, para 
os Hospitais de Campanha do Ibirapuera e 
Barradas, ambos na cidade de São Paulo. 
Nos locais são servidos café da manhã, 
almoço, merenda, jantar e ceia para pa-
cientes, médicos, enfermeiros e demais 
colaboradores da área operacional. As re-
feições refrigeradas e congeladas seguem 
da Real Food em caminhões isotérmicos 
e são regeneradas em fornos combinados 
nas instalações dos hospitais. 
De acordo com o diretor comercial Eder-
son Oliveira, a Real Food está colocando 
em prática toda sua expertise em soluções 
e adaptação para fornecimento de alimen-
tação, em situações emergenciais ou des-
providas de instalação convencional. “A 
tecnologia aplicada em todo o processo de 
preparo permite pronta resposta com ele-
vado índice de qualidade sensorial e segu-
rança alimentar”, explica. 
No caso dos hospitais, o cardápio é 
equilibrado e elaborado por uma equipe 
de nutricionistas, o que permite diver-
sos tipos de dietas alimentares. 
Refeições são refrigeradas e congeladas
http://www.alphamedabc.com.br/
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 202018 Negócios em Movimento
Prestigiar o comércio local, 
um ato transformador
Campanha “Vivo e Compro em Meu Bairro” visa estimular o desenvolvimento local
O cidadão antes de morar em sua cidade mora em seu bairro. É nele que se cultua amizades 
com vizinhos, pratica-secaminhadas, 
faz-se passeios com o cachorro, entre 
tantas outras atividades sociais.
Portanto, todas as ações que valorizem 
o bairro contribuem com o bem-estar 
da comunidade que nele habita, e para 
tanto, o consumo no comércio local 
é uma atitude fundamental, é um ato 
transformador.
A pandemidia que se abate sobre o 
mundo afeta mais drasticamente o pe-
Acredito no movimento “Vivo e Com-
pro em Meu Bairro”, criado por Carlos 
Balladas, por três motivos: o primeiro, 
pelo potencial comprovado da Redemí-
dia. O segundo, porque por mais que se 
pregue ações conjuntas, não vi nenhu-
ma entidade ou associação se mover em 
favor ou benefício da regionalização do 
ABC e de suas empresas. Por último, por 
acreditar, cegamente, que o movimento 
comercial nos bairros não seja somente 
uma saída para esta crise. Na verdade, 
é um fundamento pilar para o progresso 
contínuo das cidades.
 São em momentos de ruptura, que a so-
ciedade e o ser humano evoluem, eu creio 
que este momento, sem dúvida, é um de-
les e gosto de crer que um dos vieses de 
conscientização seja a maturidade do 
consumidor. Se propor a consumir local-
mente não é um simples ato de ajudar o 
próximo é, sim, um sinal de maturidade de 
consumo, digno de sociedade mais evolu-
ídas. As sociedades que encontraram este 
equilíbrio, conversam muito melhor com 
a coletividade, ganham em mobilidade, 
promovem um desenvolvimento local, de 
forma consciente e coletiva, retirar o véu 
da retórica do consumo globalizado, em 
favorecimento ao da regionalização é um 
ato, antes de tudo, de cidadania. É um si-
nal de demonstração de inteligência. Pen-
sando de forma consciente, um dos fatores 
preponderantes do desenvolvimento é a 
do consumidor local. Isto é o que eu acho 
a respeito do assunto. Os desdobramentos 
deles a longo prazo, é o que sacramentam 
a evolução de um comércio, de um bairro, 
uma região, é o jogo do ganha-ganha.
Alexandre Pantoja, 
advogado empresarial 
Marco Precinoti, 
diretor da Colonia Imóveis.
queno negócio, justamente aquele situ-
ados em ruas, em especial os instalados 
em bairros periféricos. 
“Vivemos um momento especial, 
as maiores empresas têm condições 
maiores de sobrevivência, os peque-
nos empresários precisam de ajuda, 
e nós da Redemidia e da Negócios em 
Movimento, com apoio também de 
empresários vamos apoiar o comércio 
de bairro do ABC”, Com estas palavras, 
o publisher da Negócios em Movimento e 
fundador da Redemidia Carlos Balla-
das apresenta a campanha “Vivo e 
Compro em Meu Bairro”.
A campanha será veiculada nas telas 
da Redemidia, veículo que possui 124 
tvs em elevadores de condomínios 
e estabelecimentos comerciais, cuja 
audiência ultrapassa 250 mil pessoas 
por mês. As mensagens da campanha 
também se estenderão às páginas da 
revista Negócios em Movimento e seu 
site, que possui cerca de 50 mil aces-
sos únicos por mês, além das redes so-
ciais dos dois veículos. 
Segundo Balladas, o alcance total da 
campanha, cuja marca está ao lado, 
deve ultrapassar a dois milhões de pes-
soas, já que ela iniciará em junho e se es-
tenderá até dezembro de 2020.
A iniciativa, de pronto, contou com 
apoio de dois empresários, dos quais ne-
gócios contribuem com lançamento da 
campanha, cujos depoimentos apresen-
tamos a seguir.
Campanha será vista por dois milhões de pessoas
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 2020 19Negócios em Movimento
Instituto de pesquisas do ABC compila 
informações sobre o novo coronavírus 
Prefeitura andreense lança listagem 
de fornecedores locais de EPIs 
ABC Dados é referência na região em pesquisas de opinião pública
Medida visa estimular compras e vendas locais de materiais de proteção 
No mercado há cerca de um ano, o instituto ABC Dados, que fica em Santo André, tem 
publicado diariamente qual é o pano-
rama do novo coronavírus (Covid-19) 
no ABC. De acordo com o cientista so-
cial e um dos fundadores do instituto, 
Marcos Soares, os dados são divulga-
dos, com base nas informações das 
sete Secretarias Municipais de Saúde 
da região. 
Então, é possível conferir no site, 
por exemplo, o número de casos con-
firmados da doença, óbitos e taxa de 
isolamento do ABC. 
Assim como a maioria das empresas, 
o ABC Dados sentiu também o efeito 
da pandemia nos negócios, mas conse-
guiram se adaptar e continuar o tra-
balho normalmente, conforme explica 
Soares, que atua no local ao lado do 
sócio Maurício Mindrisz. 
A Prefeitura de Santo André lançou uma listagem de for-necedores locais de Equipa-
mentos de Proteção Individual (EPI). 
A ação tem como objetivos garantir a 
compra destes equipamentos dentro 
do município e facilitar a aquisição 
por empresas da cidade e região, que 
passaram a ter essa necessidade por 
conta do Covid-19. 
Entre as fornecedoras estão as que 
comercializam em escala: proteção 
facial, álcool em gel, testes rápidos, 
equipamentos hospitalares, avental, 
luvas, uniformes e calçados hospita-
lares, entre outros. A listagem de em-
presas fornecedoras de EPIs em escala 
pode ser acessada no site www3.san-
toandre.sp.gov.br/parquetecnologico 
(na página especial sobre o coronaví-
rus). Também pelo site é possível fa-
Soares (à direita) ao lado do sócio Mindrisz
“Por conta da pandemia, a gente 
antecipou algo que tínhamos plane-
jado fazer, que é realizar pesquisas 
telefônicas, nós tomamos a decisão 
de não expor os entrevistadores, en-
tão, nós passamos a fazer 100% das 
nossas pesquisas só por telefone (an-
tes era presencial), há dois meses”, 
conta Soares. 
Referência no ABC em pesquisas de 
opinião pública, ou seja, estudos que 
analisam governos, ou algum tema da 
atualidade, o local também está apto a 
fazer pesquisas de mercado, apesar de 
não ser o foco do instituto. A atuação 
do ABC Dados engloba o Brasil inteiro, 
atualmente, eles contam com clientes 
no estado de São Paulo, Rio Grande do 
Sul e Minas Gerais. 
zer o cadastro de novas empresas. 
De acordo com o secretário de Desen-
volvimento e Geração de Emprego, 
Evandro Banzato, a ação faz parte da 
Lei Geral da Micro e Pequena Em-
presa (MPE). “Na esteira dessa lei, 
que já está disponível há muitos 
anos, fizemos uma parceria com 
o Sebrae para capacitação para as 
empresas fornecedoras de EPI po-
derem vender mais. A listagem 
também faz parte desta série de 
ações que estão sendo feitas para 
estimularmos os fornecedores lo-
cais durante este período de crise 
mundial. É uma solução que a gente 
apresenta para os empreendedores 
locais, não só durante esse período de 
crise global, mas também para busca-
rem novos nichos para posterior a este 
momento”, diz Banzato. 
Para acessar os dados sobre 
o coronavírus clique no link
http://www.abcdados.com.br/
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 202020 Negócios em Movimento
Movimento Coalizão ABC Digital 
fomenta desenvolvimento na região 
Grupo almeja ecossistema de inovação coeso no ABC 
A tecnologia invadiu o nosso cotidiano, nas últimas décadas. De 
maneira contínua e gradual 
ocorre a transformação digi-
tal em, praticamente, todas 
as áreas. Em âmbito federal, 
há a Estratégia Brasileira 
para a Transformação Digital 
(E-Digital), que estabeleceu 
regras para a implantação. 
Para fomentar ainda mais 
esta política pública, surge 
em meados de 2019 no ABC 
o movimento denominado 
“Coalizão ABC Digital”, lançado oficial-
mente em 21 de maio, de maneira vir-
tual. 
Com isso, o grupo busca reunir di-
versos atores da sociedade civil, para 
Os curadores Soeltl, Grau, Carvalho, Caiuby, Fücher e Cavalieri 
(da esquerda para à direita) estão à frente do movimento Coalizão ABC Digital
fomentar o desenvolvimento da econo-
mia digital nas sete cidades da região, 
conforme explica um dos curadores do 
Coalizão ABC Digital, Renato Grau. 
“O objetivo é que o nosso movimen-
to possa colaborar com o 
crescimento da economia 
do País, através da transfor-
mação digital até 2023, com 
um acréscimo de US$ 115 
bilhões no PIB (Produto In-
terno Bruto). Destes US$ 115 
bilhões, o objetivo- isso em 
nível nacional - é que o ABC 
possa contribuir com 1,5% 
deste valor”, destaca Grau. 
Com cerca de 40 membros, 
a Coalizão ABC Digital busca 
novos voluntários. Interes-
sados podem acessar o site 
e enviar os dados pessoais, para mais 
informações. 
Para ler esta matéria 
na íntegra clique no link
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Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 2020 21Negócios em Movimento
Governo anuncia produção de 
vacina contra o novo coronavírus 
O acordo prevê testagem em 9 mil voluntários no Brasil
O governador João Doria anunciou em 11 de ju-nho uma parceria iné-
dita entre o Instituto Butantan 
e a farmacêutica chinesa Si-
novac, para produção e testes 
em estágio avançado de uma 
vacina contra o coronavírus. 
O acordo prevê testagem em 
9 mil voluntários no Brasil e 
fornecimento de doses até ju-
nho de 2021, caso a imuniza-
ção se prove eficaz e segura. 
“Hoje é um dia histórico 
para São Paulo e o Brasil, assim como 
para a ciência mundial. O Instituto Bu-
tantan fechou acordo de tecnologia com 
a gigante farmacêutica Sinovac Biotech, 
para a produção da vacina contra o co-
ronavírus. A vacina do Butantan é uma 
A expectativa é que a vacina fique pronta no primeiro semestre de 2021
das mais avançadas. Estudos indicam 
que ela estará disponível no primeiro 
semestre de 2021. Com ela, poderemos 
imunizar milhões de brasileiros”, afir-
ma Doria. 
A vacina é chamada de CoronaVac pela 
farmacêutica chinesa e já foi ad-
ministrada com sucesso em cer-
ca de mil pessoas na China, nas 
fases clínicas um e dois – antes, já 
havia sido aprovada em testes de 
laboratório e em macacos. Com 
o controle da pandemia na Ásia, 
a empresa sediada em Pequim 
buscava cooperação com outros 
países para dar sequência à etapa 
final de testes. 
Com a formalização do acor-
do, o Instituto Butantan sub-
meterá a proposta de ensaio 
clínico à aprovação dos comitês de ética e 
pesquisa. Após o aval, a testagem poderá 
ser iniciada em julho. 
Para ler esta matéria 
na íntegra clique no link
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Estamos aqui para lhe atender de segunda à sexta, das 9:00 às 19:00 hs. (11) 4319 6214
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22 Negócios em Movimento
Revista Negócios em Movimento 
agora 100% digital e interativa
Iniciativa tem como objetivo inserir a 
publicação em diferentes plataformas
A pandemia, como abordamos na matéria de capa desta edição, trouxe mudanças significativas em todas as áreas, especialmente nos negócios. Mui-
tas empresas tiveram que refazer planejamentos e colo-
car em ação novas práticas, muitas delas em caráter de 
urgência. A revista e portal Negócios em Movimento não fi-
cou de fora; também acelerou suas ações para uma maior 
presença no universo das mídias digitais. 
Há mais de 10 anos em circulação ininterrupta no ABC, 
o modelo de negócio do veículo é calcado na cooperação 
com os parceiros comerciais, o que viabilizou a distribui-
ção gratuita da revista impressa, em estabelecimentos e 
instituições empresariais da região. 
O cenário desafiador da pandemia fez com que a 
direção da revista adiantasse passos e executasse, 
em pouco mais de 40 dias, um planejamento estraté-
gico de adaptação a uma nova modalidade de publi-
cação, o que redundou nesta edição da Negócios em 
continua 
https://bit.ly/compreseudisplay
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 2020 23
Movimento, a primeira do título virtual e 
interativa. Na prática, isto significa que 
as histórias contadas nesta edição têm 
alcance ilimitado pelos meios digitais. 
A 107ª Negócios em Movimento inaugura 
uma nova era das publicações no ABC, 
pois é a primeira revista 100% digital e in-
terativa da região que comporta o 4º mer-
cado consumidor do País. 
Há mais: a interatividade colocada em 
prática permite uma nova experiência ao 
leitor, mais confortável e moderna, que 
amplia consideravelmente as possibili-
dades para o consumo das informações, 
pois permite uma ligação contínua com o 
mundo virtual, o que complementa o que 
é feito por meio do portal www.negocio-
semmovimento.com.br. 
Ao longo de todas as páginas existem con-
teúdos interativos, que ao serem acionados, 
por meio de hiperlinks, direcionam o leitor 
para outras páginas na internet. A interati-
vidade vale tanto para os conteúdos jorna-
lísticos, quanto para os espaços dedicados 
aos parceiros da revista.
O publisher da Negócios em Movimento, Car-
los Balladas, detalha as novidades. “Trans-
formar o título em uma publicação digital e 
interativa era um desejo que já estava sendo 
‘gestado’. Por conta da pandemia tivemos 
que adiantar algumas etapas do nosso pla-
nejamento, o que exigiu uma rápida adap-
tação dos nossos colaboradores e processos. 
Os nossos testes mostram a assertividade de 
todas as inovações do produto editorial re-
formulado”, conta. 
Além disso, o formato permite o uso de 
ferramentas como vídeos, áudios, galerias 
de fotos, entre outras funcionalidades, 
que são inovadoras ao serem incluídas, to-
das juntas, em um único produto jornalís-
tico – é uma iniciativa inédita entre os ve-
ículos do ABC, conforme adianta Balladas. 
“Já estamos planejando edições com con-
teúdos que usarão todas as possibilidades 
que o formato permite”, finaliza.
https://www.mkblindagens.com.br/
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 202024 Negócios em Movimento
Programa “Protagonista 
Empreendedor” tem versão online
Esta edição tem a parceria da empresa BR Goods
Com a pandemia do novo coronaví-rus (Covid-19), o 6º ciclo do “Pro-tagonista Empreendedor” ganhou 
a primeira versão online. Esta edição co-
meçou em abril de 2020 e termina neste 
mês, com a participação de 18 pessoas. 
A iniciativa - idealizada pelo docente de 
Empreendedorismo da Universidade Fe-
deral do ABC (UFABC), Luciano Avallone 
Bueno – surgiu com a proposta de inserir 
os alunos de graduação e pós-graduação 
de diversos cursos no ambiente de negó-
cios, empreendedorismo e inovação. 
Bueno explica que na versão remota, se-
manalmente, os participantes assistem a 
uma live com algum especialista, que aborda 
temas variados. Por exemplo, no início de 
junho, um dos diretores do Departamento 
da Micro, Pequena e Média Industria e Ace-
lera Fiesp, Marcus Maida, que também é só-
cio do Business Beats, falou sobre “Canvas, 
modelo de negócio”. Antes da pandemia, 
os encontros eram presenciais, com visitas 
agendadas em diversos locais, entre eles, 
Google, coworkings e instituições. 
Além disso, os integrantes têm atividades 
para realizarem em parceria com alguma 
empresa, conforme explica o idealizador: 
“O 6º ciclo é uma parceria com uma empre-
sa chamada BR Goods, de Indaiatuba, é uma 
empresa que trabalha com soluções hos-
pitalares. A empresa colocou dois desafios, 
hoje, eu estou com três esquadras (equipes), 
duas trabalhando no desafio de logística re-
versa e uma no desafio de e-commerce”. 
Valeressaltar que, atualmente, o pro-
grama é aberto para qualquer pessoa 
interessada. A próxima edição está pre-
vista para ocorrer em setembro, as ins-
crições são divulgadas nas redes sociais 
do “Protagonista Empreendedor”, com 
cerca de 30 dias de antecedência. 
Youtube e novidade 
Outra novidade do “Protagonista Em-
preendedor” é o canal no Youtube, que 
reúne os vídeos de alguns encontros e 
bate-papos com representantes de star-
tups de biotecnologia. 
Além disso, o programa terá uma ver-
são comercial (paga), ou seja, uma em-
presa pode contratar o “Protagonista 
Empreendedor”, para uma jornada ex-
clusiva com os colaboradores. 
Clique no link para acessar o canal 
do Protagonista Empreendedor
https://www.youtube.com/channel/UClHVUUmBtTvyCQ0TbmunuVQ
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 2020 25Negócios em Movimento
 Startup InfoGo tem ferramenta 
para auxiliar na educação digital
Pandemia escancarou os desafios para a educação digital no Brasil 
Um dos setores afetados pela pande-mia da Covid-19 é o da educação, no qual a cultura digital ainda não 
é tão presente. Poucas instituições contam 
com sistemas de gestão escolar, para geren-
ciar processos internos e, as que têm, fazem 
uso para armazenar dados e gerar relató-
rios. Com isso, o número de edtechs (startups 
de educação) cresce, além de ferramentas, 
como o aplicativo (app) criado recentemen-
te pela startup InfoGo. 
O CEO da startup InfoGo e especialista em 
análise de dados e desenvolvimento de apli-
cativos, Marcus Taccola, comenta a situa-
ção. “As escolas precisam lidar com diversos 
fatores que já eram problemáticos antes da 
pandemia e, agora, a transformação digital é 
uma realidade. Mas, felizmente, há soluções 
que suprem essa demanda urgente e podem 
ser adotadas com segurança e agilidade”. 
Segundo Taccola, no caso das escolas, o 
aplicativo atende tanto a administração 
interna, quanto os professores e demais 
colaboradores. É possível criar rotinas para 
a gestão financeira, por exemplo, e os pro-
fessores podem registrar todas as atividades 
realizadas, além de usar o aplicativo como 
diário de classe. 
Carência do digital 
Pesquisa realizada pelo Centro Regio-
nal de Estudos para o Desenvolvimento 
da Sociedade da Informação (Cetic.br) do 
Núcleo de Informação e Coordenação do 
Ponto BR (NIC.br), mostra que 58% dos in-
ternautas brasileiros se conectam exclusi-
vamente pelo telefone celular, sendo que 
85% dos usuários das classes D e E usam 
apenas o aparelho. 
Um estudo, publicado pelo Centro de Ino-
vação para a Educação Brasileira (Cieb) e As-
sociação Brasileira de Startups (ABStartups), 
atesta o crescimento de 23% no número de 
edtechs no País, nos últimos dois anos. 
Estudo da Cieb aponta crescimento de edtechs
http://www.headword.com.br/
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 202026 Negócios em Movimento
Bares e restaurantes têm momento 
“desastroso”, diz presidente do Sehal 
Representante do sindicato patronal do setor demonstra preocupação com o futuro do setor 
O segmento de alimentação fora do lar é uma das várias áreas que ficam fortemen-
te comprometidas com as medidas 
de isolamento social, adotadas para 
conter o coronavírus. 
No ABC, região que busca se 
consolidar como um dos polos 
gastronômicos do estado, a pan-
demia deve ter efeito “desas-
troso”, avalia o presidente do 
Sindicato das Empresas de Hospe-
dagem e Alimentação do Grande 
ABC (Sehal), Beto Moreira.
A entidade patronal, que repre-
senta mais de 10 mil estabelecimen-
tos nas sete cidades, tem recebido informa-
ções sobre o encerramento das operações 
de, pelo menos, 10 a 15 empreendimentos 
Região tem fechamentos de restaurantes; número ainda deve crescer
por semana, desde o início da pandemia – e 
o quadro deve se agravar. “Muitas empresas 
não terão fôlego e não vão resistir, afetando 
ainda mais o número de pos-
tos de trabalho e influindo 
negativamente no desenvol-
vimento social do ABC”, co-
menta Moreira. 
Demissões 
Na tentativa de diminuir 
os impactos no setor, o sin-
dicato recomendou, desde o 
início da pandemia, que os 
empresários continuassem 
com os estabelecimentos 
em funcionando, de acordo 
com as recomendações das 
autoridades sanitárias. 
Para que não houvesse demissões, a en-
tidade orientou que os locais promoves-
sem férias, licenças, entre outras ações. 
https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.ideia2001.AutoShoppingGlobal&hl=pt_BR
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 2020 27Negócios em Movimento
Estudo da Kantar mostra as marcas 
mais escolhidas mundialmente 
Coca-Cola, Colgate e Maggi permaneceram, em 2019, como 
as três marcas mais escolhidas pelos consumidores mundialmente 
O ranking anual Brand Footprint, da Kantar - líder global em dados, insights e consultoria – aponta que as marcas Coca--Cola, Colgate e Maggi permaneceram, em 2019, como as 
três marcas mais escolhidas pelos consumidores mundialmente. Os 
dados foram divulgados em maio deste ano. 
Em 2019, o estudo mostra também que mais carrinhos foram pre-
enchidos com as grandes marcas - com 20 das 25 principais regis-
trando crescimento na frequência de compra -, mas que as marcas 
locais se mostraram mais fortes. Enquanto as globais aumentaram 
seus pontos de penetração em 2%, em comparação com 2018, o que 
equivale a 28 milhões de compradores, as locais obtiveram 3,1% de 
crescimento, ou seja, 43,4 milhões. Cada ganho de penetração de 
0,1% equivale a 1,4 milhão de compradores. 
No ano passado, 424 bilhões de escolhas de marcas foram feitas, 
sendo que 40 marcas foram tiradas das prateleiras mais de 1 bilhão 
de vezes cada. Cinco delas fizeram sua estreia neste grupo: Brooke 
Bond, Head & Shoulders, Kinder, Heinz e Oreo. 
Já a Coca-Cola permanece imbatível no topo, com mais de 6 bilhões 
de ocasiões de compra. Na sequência vêm a 
Colgate, com 4 bilhões, e Maggi, com 3 bilhões. 
A competição ficou mais acirrada em todos 
os setores de bens de consumo massivo. Ape-
nas 46% das marcas alcançaram crescimento 
de pontos de penetração, contra 47% em 2018, 
49% em 2017 e 52% em 2016. Com relação aos 
setores, os que se fortaleceram foram os de saúde 
e beleza, laticínios, alimentos e bebidas. 
O diretor de Estratégia da divisão Worldpanel da Kantar, Luis Si-
mões, comenta o estudo. “As marcas FMCG (sigla em Inglês de fast-
-moving consumer goods ou bens de grande consumo) estão acostu-
madas a navegar em tempos turbulentos. Em 2019, vimos muita 
inovação em resposta às diferentes macrotendências. Esse talento 
para a inovação garantirá que as maiores marcas do mundo sejam 
capazes de responder aos desafios impostos pela Covid-19 e pelo 
mercado FMCG, cada vez mais, competitivo por meio de novos for-
matos, canais digitais e do comércio eletrônico”, afirma. 
http://flush.art.br
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 202028 Negócios em Movimento
Volkswagen inicia produção 
do Nivus em São Bernardo do Campo 
Primeiro projeto da marca Volkswagen feito 100% digital
Em 8 de junho, a Volkswa-gen do Brasil iniciou a produção na fábrica da 
Anchieta, em São Bernardo do 
Campo, do mais novo veículo: o 
VW Nivus. Além do pioneirismo 
de ser o primeiro modelo da em-
presa desenvolvido no Brasil e 
que será produzido e comerciali-
zado no mercado europeu; a em-
presa inaugura a nova central de 
infotainment VW Play - uma nova 
era em conectividade, streaming 
e serviços -; o VW Nivus também 
quebra o paradigma de ser de-
senvolvido sem a necessidade de 
um protótipo físico em nenhuma de suas 
fases, ou seja, foi concebido de forma 
100% digital. 
O Nivus foi desenvolvido no Brasil e, em 2021, será produzido na Europa
O presidente e CEO da Volkswagen para 
a América Latina, Pablo Di Si, comenta 
a novidade. “Hoje damos início à pro-
dução do VW Nivus e somos 
os primeiros do Grupo VW a 
desenvolver um projeto 100% 
digital. Com isso, diminuí-
mos o tempo do projeto em 
10 meses, ao realizar testes 
e validações virtualmente,e 
tornamos os processos mais 
eficazes e com significativa 
redução de custos”, enfatiza. 
Além disso, o projeto será 
exportado para países da 
América Latina e produzido, 
em 2021, na Europa, especi-
ficamente em Pamplona, na 
Espanha. Isso é possível gra-
ças aos sistemas interligados entre os 
dois países que facilitam a troca de infor-
mação sobre o produto. 
A Coop vem colaborando dia a dia na tomada de 
ações sociais para garantir o máximo de bem-estar 
a todos que estão a nossa volta.
Todos os dias, disponibilizamos inúmeros conteúdos 
online no programa É Hora de Cooperar com dicas 
de entretenimento, atividades físicas, 
receitas e muito mais.
Temos também rigorosas normas de cuidado para clientes e colaboradores, 
como: uso do álcool em gel, máscaras e vidros de proteção nos caixas, controle 
de clientes nas unidades, adesivos indicadores de distância nas filas, entre outros.
Adquirimos ainda, 13 mil máscaras reutilizáveis de proteção 
para distribuir aos colaboradores, contribuindo com a geração 
de renda familiar de costureiras da região de Sorocaba por meio 
da microempresa Ateliê 100% Artesanato.
Somado a tudo isso, ainda doamos 53 toneladas de alimentos 
e produtos não perecíveis para fundos sociais.
Seguimos 
cooperando mais 
do que nunca.
A cooperativa da sua vida.
134782_20_COOP_VEICULOS_DE_RELACIONAMENTO_JUNHO_ANÚNCIO_20,2x13,3CM_AF_BX.pdf 1 27/05/20 14:40
https://www.portalcoop.com.br/
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 2020 29Nosso Dinheiro
Especialista explica 
queda no preço do combustível 
Isolamento social, alta do dólar e conflitos entre países interferem no custo 
Nos últimos anos, os consumi-dores acompanharam e “sen-tiram no bolso” a alta nos 
preços dos combustíveis, que chegou a 
ultrapassar os R$ 5 o litro da gasolina 
no ABC e em outras regiões, por exem-
plo. Porém, com o início da pandemia 
do novo coronavírus (Covid-19), hou-
ve uma redução significativa no custo 
para o consumidor final. 
Atualmente, o mercado da gasolina 
no Brasil é regulamentado pela Agên-
cia Nacional do Petróleo, Gás Natural 
e Biocombustíveis (ANP) e pela Lei Fe-
deral 9.478/97 (Lei do Petróleo). Esta 
lei flexibilizou o monopólio do setor 
petróleo e gás natural, até então exer-
cido pela Petrobras, tornando aberto 
o mercado de combustíveis no Brasil. 
Com isso, desde janeiro de 2002, as im-
portações de gasolina foram liberadas 
e o preço passou a ser definido pelo 
próprio mercado. 
Segundo levantamento semanal da 
ANP, de 10 a 16 de maio, o preço mé-
dio da gasolina em Santo André foi de 
R$ 3,775, etanol de R$ 2, 438, diesel 
R$ 3,087 e gás de cozinha (GLP - gás 
liquefeito de petróleo) R$ 64,86, para 
botijão de 13 quilos (Kg). 
Com a pandemia, veio o isolamen-
to social, que é uma das justificativas 
para a queda nos valores praticados 
nos postos de combustíveis, já que há 
uma menor procura pelo produto, ou 
seja, “lei da oferta e da demanda”. 
Para entender um pouco mais sobre 
esta situação, a reportagem da Negócios 
em Movimento, conversou com o econo-
mista Ricardo Balistiero, que é doutor 
em Administração com ênfase em Ges-
tão de Negócios Internacionais e coor-
denador do curso de Administração do 
Instituto Mauá de Tecnologia. 
Negócios em Movimento (NM) A 
lei da oferta e da procura é a prin-
cipal causa da queda nos preços dos 
combustíveis? Por quê? 
Ricardo Balistiero (RB) - Faz senti-
do, nós tivemos uma paralisação muito 
forte dos negócios no mundo todo, seja na 
aviação, seja no transporte rodoviário, em 
No caso do Brasil, 
especificamente, 
que é exportador líquido 
de petróleo bruto, mas 
que importa muito refinado, 
então, me parece que não baixa 
mais, porém está em patamares 
bem mais baixo do que 
já foi no passado, me parece 
que este é um novo normal 
no mercado de petróleo 
no mundo 
Ricardo Balistiero
todas as suas modalidades, naturalmente, 
faz com que o preço despenque mesmo, na 
realidade esse movimento já era anterior, 
existe uma guerra também, principalmen-
te, da Arábia Saudita liderando os países 
da OPEP (Organização dos Países Exporta-
dores de Petróleo), em relação principal-
mente a Rússia, então, isso já havia ocor-
rido antes da pandemia, e também tem a 
questão do gás de xisto dos Estados Uni-
dos, que concorre diretamente com o pe-
tróleo. Como a Arábia Saudita tem muita 
“bala” do ponto de vista de produtividade 
é um país que detém a maior produtivida-
de do mundo, no que tange a exploração 
do petróleo, custa menos de US$ 10 (10 
dólares) tirar petróleo na Arábia Saudita, 
isso aí para os outros países já é um valor 
superior a US$ 20, chega a US$ 30. Mes-
mo com o barril do petróleo a US$ 20, por 
exemplo, a margem de lucro é gigantesca 
na Arábia Saudita. 
Hoje, com ele a US$ 32, ele ganha três vezes 
mais do que custa tirar o petróleo ali embai-
xo, então, ela consegue fazer essa regulação 
de preço, como a maior produtora mundial, 
então, junta as duas coisas esse conflito da 
Rússia com a Arábia Saudita, que antecede 
a pandemia e depois vem a pandemia, isso 
acaba explicando a queda forte do preço do 
barril do petróleo no mundo. 
NM - Esta tendência de queda deve 
continuar, após o fim da pandemia? 
RB – Não se tem nenhuma projeção de 
barril de petróleo acima de US$ 50 dóla-
res, novamente, se a gente comparar, por 
exemplo, com 10, 15 anos quando o barril 
do petróleo estava em valores superiores a 
US$ 150 o barril, é uma loucura, ou seja, 
é um preço que vai parar, ficar nestes pa-
tamares mais baixos, então, não acredito 
que depois da pandemia haja uma re-
cuperação muito forte. A Petrobrás, por 
exemplo, trabalha com barril do petróleo 
máximo de US$ 50, ela está fazendo todas 
as estimativas de negócio com base nisso. 
No caso do Brasil, especificamente, que é 
exportador líquido de petróleo bruto, mas 
que importa muito refinado, então, me pa-
rece que não baixa mais, porém está em 
patamares bem mais baixo do que já foi 
no passado, me parece que este é um novo 
normal no mercado de petróleo no mundo. 
NM - Como o dólar afeta o preço 
dos combustíveis no Brasil? 
RB - Há uma relação assimétrica entre 
dólares e commodities, como o petróleo é 
uma commodity sempre que há uma que-
da do preço do barril do petróleo, você tem 
uma alta do dólar, isso é uma tendência 
continua 
A Coop vem colaborando dia a dia na tomada de 
ações sociais para garantir o máximo de bem-estar 
a todos que estão a nossa volta.
Todos os dias, disponibilizamos inúmeros conteúdos 
online no programa É Hora de Cooperar com dicas 
de entretenimento, atividades físicas, 
receitas e muito mais.
Temos também rigorosas normas de cuidado para clientes e colaboradores, 
como: uso do álcool em gel, máscaras e vidros de proteção nos caixas, controle 
de clientes nas unidades, adesivos indicadores de distância nas filas, entre outros.
Adquirimos ainda, 13 mil máscaras reutilizáveis de proteção 
para distribuir aos colaboradores, contribuindo com a geração 
de renda familiar de costureiras da região de Sorocaba por meio 
da microempresa Ateliê 100% Artesanato.
Somado a tudo isso, ainda doamos 53 toneladas de alimentos 
e produtos não perecíveis para fundos sociais.
Seguimos 
cooperando mais 
do que nunca.
A cooperativa da sua vida.
134782_20_COOP_VEICULOS_DE_RELACIONAMENTO_JUNHO_ANÚNCIO_20,2x13,3CM_AF_BX.pdf 1 27/05/20 14:40
Conflito entre países, somado ao isolamento so-
cial refletiram nos preços, comenta Balistiero
https://www.portalcoop.com.br/
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 2020
histórica, com petróleo é sempre mais 
forte, isto aconteceu nos anos 1970, em al-
guns momentos dos anos 1980, nas guerras 
do Oriente Médio, nos anos 1990, então, 
isto se repete, sempre que o petróleo cai, 
o dólar sobe, é uma forma de você com-
pensar os países exportadores, principal-
mente, no caso do Brasil, especificamente, 
este balanço acaba sendo um jogo de soma 
zero, porque ao mesmo tempo que o dólar 
alto ajuda as exportações brasileiras,por 
conta da exportação do petróleo bruto, 
prejudica na importação de derivados, 
então, como nossa capacidade de refino 
é baixa acaba ficando mais caro trazer o 
produto derivado do petróleo dos grandes 
fornecedores brasileiros, este ponto é im-
portante de ser levado em consideração. 
De acordo com informações 
divulgadas no portal da Petrobras, 
o consumidor ao abastecer o veículo 
no posto, ele adquire a gasolina "C", uma 
mistura de gasolina "A" com etanol anidro.
Curiosidades
A gasolina produzida pelas 
refinarias é pura, sem etanol.
As distribuidoras 
compram gasolina “A” 
(sem etanol anidro) das 
refinarias da Petrobras e 
o etanol anidro das usinas 
produtoras (a Petrobras 
possui participação em 
algumas usinas).
Elas misturam esses 
dois produtos para 
formular a gasolina “C”. 
A proporção de etanol 
anidro nessa mistura é 
determinada pelo 
Conselho Interministerial 
do Açúcar e do Álcool 
(CIMA), podendo variar 
entre 18% e 27%, 
através de resoluções. 
No preço que o consumidor paga no 
posto pela gasolina “C”, além dos 
impostos e da parcela da Petrobras, 
também estão incluídos o custo do etanol anidro (que é fixado 
livremente pelos seus produtores) e os custos e margens de 
comercialização das distribuidoras e dos postos revendedores. 
A
D
B
C
http://www.alexandrepantoja.adv.br/
https://boschpereirabarreto.com.br/
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 2020 31Negócios em Movimento I Drops de Mercado
Em 1º de junho, o Sicoob Grande ABC inaugurou nova agência na região (na 
Avenida Dom Pedro II, 394, em Santo André). Segundo o diretor-presidente, 
Luciano Sangoi Kolas, a nova agência é mais um passo rumo ao crescimento 
e posicionamento no ABC. “Trata-se de uma sede moderna, com 400 metros 
quadrados que permite receber nossos associados de forma personalizada e 
aconchegante. Além disso, queremos reforçar, cada vez mais, o cooperativis-
mo junto à sociedade empresarial do ABC, pois, assim, nosso crescimento e 
fortalecimento será natural, além de contribuir com o desenvolvimento eco-
nômico da sociedade”, comenta. 
Como a inauguração aconteceu durante o período de isolamento social, o aten-
dimento presencial na nova sede segue todos os protocolos de segurança, a fim de 
garantir a saúde de seus colaboradores e associados. 
O Sicoob Grande ABC também tem planos para abrir novas unidades, seguindo 
o mesmo padrão, em São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema e Ri-
beirão Pires. 
Sicoob inaugura nova sede no ABC
A primeira unidade da Pelle & Ca-
pelli foi fundada em 2005 no Shop-
ping ABC, em Santo André. Porém, 
após 15 anos no local, a empresa 
encerra o ciclo e divulga novo en-
dereço, na Rua Siqueira Campos, nº 
1.000, em Santo André, que abrirá as 
portas ao público, assim que houver 
a liberação, conforme flexibilização 
da quarentena. 
O novo endereço conta com 1,4 mil 
metros quadrados de área construída. 
Atualmente, o local está em obras, com 
projeto assinado pelas arquitetas Ju-
liana Corradi e Andrea Ceconello, que 
seguem a identidade da marca e tam-
bém os novos padrões de segurança e 
higiene solicitados pela Organização 
Mundial da Saúde (OMS). 
A casa nova terá 38 bancadas, espa-
ço exclusivo para atendimento mas-
culino, e uma área destinada somen-
te à estética. A empresa ainda conta 
com a tecnologia da terapia capilar 
e o cobiçado espaço para noivas, que 
serão atendidas com exclusividade 
e sofisticação. Haverá ainda um ele-
vador, para facilitar acessibilidade e 
um estacionamento que comporta 
30 veículos.
Pelle & Capelli tem 
novo endereço
Nova sede fica em Santo André
https://boschpereirabarreto.com.br/
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 202032 Negócios em Movimento I Drops de Mercado
Uma alternativa eficaz, criada no 
ABC, está cada mais próxima de 
chegar aos pacientes da Covid-19. O 
automatizador de Ambu (manual) 
desenvolvido por ex-aluno, profis-
sionais do Instituto Mauá de Tecno-
logia (IMT) e empresas parceiras foi 
mais uma vez testado e aprovado, 
no mês de junho, em avaliação fun-
cional, sob a supervisão de equipe 
formada por médicos, fisioterapeu-
tas, anestesistas e diretores da Santa 
Casa de São Paulo e do Hospital Má-
rio Covas, de Santo André. 
 O protótipo do ventilador mecânico 
de baixo custo foi inspirado num mo-
delo europeu, mas teve o projeto aper-
feiçoado e simplificado para contornar 
a alta demanda global por componen-
tes eletrônicos de respiradores. 
Foram encontradas boas soluções 
na indústria automotiva da região, 
chegando-se a um modelo final to-
talmente nacional, produzido pela 
parceira Mercedes-Benz 
do Brasil – a montadora 
disponibilizou o par-
que industrial pron-
to para fabricá-lo 
em larga escala. O 
pedido de homo-
logação do equipa-
mento já foi protoco-
lado na Anvisa.
Criação do ABC 
pode auxiliar 
pacientes com 
Covid-19 
A Cooperativa de Consumo (Coop) inaugurou a 57ª drogaria da rede (na Ave-
nida Dom Pedro II, 1861, em Santo André), em 28 de maio. Com investimentos 
de R$ 760 mil, a nova unidade possui 175 metros quadrados de área de aten-
dimento e mix de 9,5 mil itens, entre medicamentos, perfumaria, serviços de 
aplicação de injetáveis, entre outros. 
No espaço, a novidade é a venda e aplicação dos testes rápidos para diag-
nóstico da Covid-19, com agendamento prévio. O teste rápido é feito a 
partir de uma amostra de sangue e avalia o nível de anticorpos no or-
ganismo da pessoa. O resultado pode ser lido pelo farmacêutico em até 
20 minutos e por determinação regulatória, todos os testes realizados 
serão reportados ao Ministério da Saúde. 
Em razão do aquecimento do segmento, o segmento farma tem merecido 
atenção especial da Coop. Em 2019, o setor fechou o exercício com cresci-
mento de 18% em relação ao período anterior – houve investimento de R$ 4,3 
milhões em cinco novas drogarias no ABC.
Focada no setor farma, 
Coop inaugura 57ª drogaria
Nova sede fica em Santo André
A Loja da Leroy Merlin localizada no Shopping Lar 
Center, em São Paulo, criou um serviço de locação de 
ferramentas e equipamentos que visa ajudar os clien-
tes na pandemia. O serviço já está disponível na loja e 
permite a locação de mais de 30 itens como extensões, 
escadas, furadeiras, serra circular, marteletes, lavadoras 
de alta pressão, extratora de tecido, scanner de parede, entre outros. 
O novo serviço foi idealizado para hobbystas e adeptos do “faça você mesmo”, informa 
o gerente de vendas da unidade, João Alberto de Souza. “Oferecemos aos clientes máqui-
nas e equipamentos que eles normalmente utilizam pouco, não tem espaço para guar-
dar e não desejam investir altos valores neste momento. Mas também atende aquele 
cliente que tem dúvidas sobre adquirir um equipamento, pois ele pode testá-lo, conhe-
cê-lo em funcionamento antes de resolver comprá-lo”.
Leroy Merlin lança serviço 
de aluguel de ferramentas 
Em Santo André, houve flexibiliza-
ção das atividades econômicas em 15 
de junho. Obtiveram autorização para 
voltar a funcionar shoppings centers, 
escritórios de prestação de serviços, 
comércios de rua, mini shoppings, ga-
lerias comerciais, concessionárias e 
revendedoras de veículos, todos com 
horário e capacidade de atendimento 
reduzida. Para isso, os estabelecimen-
tos devem realizar controle da entra-
da de clientes na proporção de até 
20% da lotação máxima.
Reabertura 
do comércio 
Negócios em Movimento - ano XI - Edição 107 - junho de 2020 33Negócios em Movimento I Justiça e Cidadania
Tivesse ela que lidar somente (somente?) com a pandemia 
trazida por um vírus desconhecido e letal, o trabalho já seria 
imenso. Mas ciência na boca do inquilino de Brasília é escarro e 
na boca do inquilino paulista é sussurro marqueteiro. Um pro-
move reuniões com seus funcionários para disputar quem tem 
a maior quantidade testosterona e o outro tem hora marcada 
na televisão todo dia para desfilar um discurso tecnicamente 
correto, mas antipático. 
Os dois, completamente vazios, sem planejamentos, 
sem ações

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