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Slides: Climatologia e Geografia

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Climatologia Geográfica 
Unidade 1: Climatologia e Geografia 
Prof. Andrews Lucena 
Geografia - UFRRJ 
“O vento norte traz chuva...” 
Provérbios 25.23a 
Roteiro de aula 
1. Breve histórico das ciências atmosféricas; 
2. A climatologia no Brasil; 
3. Tempo e clima; 
4. Meteorologia e Climatologia; 
5. As escalas do clima: espaciais e temporais; 
6. Objeto e método da Climatologia: o método analítico e 
o método dinâmico. 
 
 
1. Breve histórico das ciências atmosféricas 
Até o século XVI os fenômenos meteorológicos eram 
atribuídos a causas sobrenaturais ou a entidades 
mitológicas (o raio, o trovão, a seca); 
 Os gregos foram os responsáveis por uma série de 
observações e geração de expressões (zona tórrida e 
temperada; meteorologia; climatologia; primavera); 
Meteoros: fenômenos visíveis na atmosfera; 
 Clima: região, zona, inclinação. 
 
1. Breve histórico das ciências atmosféricas 
 Primeiras obras científicas: 
HIPÓCRATES escreveu a primeira obra de climatologia 
(médica): “Ares, Águas e Lugares” (400 a.C.) 
ARISTÓTELES escreveu o primeiro tratado de 
meteorologia Sistemática: “Meteorológica” (350 a. C); 
Para Aristóteles, Meteorologia significa: “coisas acima da 
Terra”. 
Com a invenção de instrumentos meteorológicos as 
observações meteorológicas passam a ter caráter contínuo 
e regular e permitiram a instalação de algumas estações, 
inicialmente, na Itália. 
 
1. Breve histórico das ciências atmosféricas 
A era das invenções 
O termômetro de Galileu (1597); 
Lei das quedas do corpo por Galileu (1638); 
O barômetro de Torricelli (1643); 
Comprovação da elasticidade do ar quando 
submetidos a variações de temperatura (por Boyle); 
Final do século XIX: contribuição de Humboldt 
(temperatura ao redor do Globo pela amplitude 
térmica e suas interações com a vegetação e a 
hidrologia). 
 
1. Breve histórico das ciências atmosféricas 
 Período Moderno: 
 1860 aos dias atuais: criação dos serviços de meteorologia; 
 Invenção do telégrafo (1845) permitiu a transmissão de 
informações para a preparação de cartas para a previsão do 
tempo; 
 Invenção da radiossonda: observações da alta atmosfera; 
 Invenção do radar meteorológico (2ª Guerra Mundial); 
 Fundação da OMM em 1950 dando sequencia à Organização 
Meteorológica internacional (OMI) de 1873; 
 Satélites meteorológicos; 
 Primeiras previsões: Inglaterra (1861); França (1863); EUA 
(1870); Brasil (1913). 
 
2. A climatologia no Brasil 
 Weather-lore de Pindorama – Povos indígenas 
 conjunto de conhecimento sobre os tipos de tempo para a 
organização das atividades cotidianas; 
 O tempo e o clima no Brasil colônia – séculos XVI e XVII 
 os climas do território brasileiro eram aprazíveis e suscitaram 
uma excelente perspectiva de aclimatação dos portugueses; 
 Alegres trópicos: a França “descobre o Brasil” 
 Expressões de empatia com o clima brasileiro: “Tão saudável é 
o clima, que só morrem de velhice”; “Doçura do ar”; “vapores 
puros”. 
 As cidades européias estavam infestadas por epidemias e 
moléstias no início do Renascimento (século XVI). 
 
 
 
2. A climatologia no Brasil 
 A gênese da climatologia no Brasil: o despertar de uma 
ciência 
Os estudos climáticos se voltaram para a questão da higiene e 
saúde pública (chegada da família real no Brasil) 
Em 1889: o primeiro estudo de clima no Brasil – “Esboço da 
Climatologia do Brasil” de Henrique Morize. 
Koppen e Hann sistematizaram as bases teóricas e 
metodológicas do estudo moderno do clima, tornando-se a 
base de todo o conhecimento científico da Climatologia e 
Meteorologia ao final do século XIX. 
Toda a ciência física e especialmente a climatologia regional 
produzida no Brasil a partir do Império tem influência da obra 
de Humboldt. 
 
2. A climatologia no Brasil 
 A introdução da Meteorologia sinótica e dinâmica no Brasil: 
• As contribuições de Ferraz, Serra e Ratisbonna são marco 
histórico do desenvolvimento da climatologia dinâmica, que 
acrescida das concepções de clima de Max Sorre, nas décadas 
de 1940 e 1950, permitiram o surgimento de uma climatologia 
comprometida com os propósitos da Geografia (climatologia 
tradicional x dinâmica). 
 A climatologia dos geógrafos 
• Emmanuel de Martone foi o primeiro a se preocupar com uma 
definição geográfica do clima que sustentou os paradigmas do 
século XX; 
• Carlos Monteiro contribuiu com a análise rítmica do clima. 
 
3. Tempo e clima 
 Elementos do tempo e clima: 
 Temperatura; 
 Vento; 
 Precipitação; 
 Umidade; 
 Pressão; 
 Nebulosidade. 
 
3. Tempo e clima 
 Tempo 
 É o estado atual da atmosfera; 
 Condições da atmosfera em um dado instante e local; 
 Varia muito (no tempo cronológico e no espaço geográfico); 
 O conjunto de valores num dado momento e em um lugar 
determinado caracteriza o estado atmosférico; 
 Os elementos não se comportam de maneira isolada, mas por uma 
combinação; 
 A combinação é instantânea. Ela existe no momento dado, sendo 
diferente no momento seguinte; 
 A combinação se espacializa num ponto da superfície terrestre; 
 Os tipos de tempo têm duração horária e variam de acordo com 
as estações do ano. 
 
3. Tempo e clima 
 Clima: 
 Resulta de uma combinação de elementos do tempo, durante um 
longo período; 
 Abrange um conjunto de variações do tempo durante vários anos, 
para caracterizar cada região, refletindo a média ou a sucessão 
habitual dos diversos estados do tempo nessa região; 
 Manifesta-se através da percepção dos “regimes”, ou seja, a 
variação anual. 
 
3. Tempo e clima 
O clima define a roupa que eu vou comprar; o 
tempo define a roupa que eu vou usar; 
O clima é o que esperamos; o tempo é o que 
acontece. 
3. Tempo e clima 
3. Tempo e clima 
Normal Climatológica 
4. Meteorologia e Climatologia 
Meteorologia: 
 Estuda os fenômenos atmosféricos, procurando 
entender e descrever a composição e o 
comportamento dos diversos elementos que 
compõem a atmosfera, bem como seus 
movimentos, processos e influências. 
 Além da troposfera, preocupa-se com as demais 
camadas superiores da atmosfera; 
 Busca prever o tempo e o clima com o máximo 
de precisão. 
 
4. Meteorologia e Climatologia 
Climatologia Geográfica: 
 Concentra suas atenções na superfície do 
planeta, onde se dá a conexão dos processos 
atmosféricos, geomorfológicos, hidrológicos e 
biológicos e onde o homem vivendo em 
sociedade, produz e organiza o espaço; 
 O geógrafo busca explicar o fenômeno climático 
e suas interações com o meio terrestre, físico, 
biológico e humano; 
 Estuda a espacialização dos elementos e 
fenômenos atmosféricos e a sua evolução. 
 
4. Meteorologia e Climatologia 
Posição da Climatologia no campo do conhecimento científico 
4. Meteorologia e Climatologia 
4. Meteorologia e Climatologia 
Variação anual da temperatura e pluviosidade em Fortaleza/CE 
no período 1961-1990:
25
25,5
26
26,5
27
27,5
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
meses
ºC
0
50
100
150
200
250
300
350
mm
Pluviosidade Temperatura média
Variação anual da temperatura média e da pluviosidade em 
Salvador/BA no período 1961-1990
23
23,5
24
24,5
25
25,5
26
26,5
27
Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
meses
ºC
0
50
100
150
200
250
300
350
mm
Pluviosidade Temperatura média
4. Meteorologia e Climatologia 
Distribuição espacial das estações meteorológicas no períodode 1931-1960
0.00 1000.00 2000.00 3000.00 4000.00
Kilometers
Parallel True to Scale: -13.69°
Legenda:
Estação meteorológica
0.00 1000.00 2000.00 3000.00 4000.00
Kilometers
Parallel True to Scale: -13.63°
Distribuição espacial das estações meteorólógicas no período de 1961-1990
Legenda:
Estação meteorológica
4. Meteorologia e Climatologia 
Estações existentes (74) entre as duas Normais Climatológicas para comparação 
5. As escalas do clima 
A escala climática diz respeito à dimensão (ou 
ordem de grandeza) espacial (extensão) e 
temporal (duração), segundo a qual os 
fenômenos climáticos são estudados; 
• Implica uma ordem hierárquica das grandezas 
climáticas, tanto espaciais quanto temporais. 
5. As escalas do clima (espacial) 
Macroclima (ou zonal): 
 Idéia de diversificação global; 
 É a maior das unidades climáticas; 
 Abrange desde o Planeta (clima Global), passando por 
faixas ou zonas (clima zonal) até extensas regiões (clima 
regional); 
 A extensão espacial é superior à ordem de milhões de 
km²; 
 é subordinada à circulação geral da atmosfera, a fatores 
astronômicos, latitudinais e a variação da distribuição da 
radiação no Planeta (altas e baixas latitudes). 
5. As escalas do clima (espacial) 
Mesoclima (ou regional): 
 Idéia de organização; 
 É a unidade intermediária; 
 Comporta as regiões naturais interiores aos continentes, 
como grandes florestas ou extensos desertos; 
 Inclui o clima local e o topoclima; 
 O clima local é definido por aspectos específicos, como 
uma grande cidade, um litoral, uma área agrícola. , uma 
floresta. O topoclima é definido pelo relevo; 
 A extensão espacial se estende entre dezenas a milhares 
de km²; 
 
 
 
5. As escalas do clima (espacial) 
Local: 
 Idéia de especialização; 
 É um ponto dentro do regional; 
 Na escala do local podemos fracionar o clima na mesma 
ordem: meso, topo e microclimático. 
 Os climas urbanos são climas bastante alterados pela 
ação antrópica; 
 
 
 
5. As escalas do clima (espaciais) 
Microclima: 
 É a menor e mais imprecisa unidade escalar climática; 
 São áreas com extensão espaciais muito pequenas (uma 
rua, a beira de um lago). 
 Sua extensão pode ir de alguns centímetros a até algumas 
dezenas de metros quadrados. 
 Os fatores que definem essa unidade dizem respeito ao 
movimento turbulento do ar na superfície (circulação 
terciária), a determinados obstáculos a circulação do ar, a 
detalhes do uso e ocupação do solo. 
 
 
 
5. As escalas do clima (espaciais) 
5. As escalas do clima (temporal) 
 Escala geológica 
fenômenos climáticos que ocorreram no Planeta desde a sua 
formação; 
São desenvolvidos os estudos ligados à Paleoclimatologia, ou 
seja, o estudo dos climas do passado (indicadores biológicos -
fósseis, polens e anéis de árvores -, litológicos - sedimentos, 
camadas de aluviões, depósitos de sal -, e morfológicos - 
terraços fluviais, dunas, formas residuais do relevo; 
O exame desses indicadores, permite a identificação dos 
ambientes terrestres anteriores ao aparecimento do homem, ou 
seja, de algumas centenas a vários milhões de anos passados. 
 
5. As escalas do clima (temporal) 
 Escala histórica: 
Trata-se também do estudo do clima do passado, porém, 
somente do período da história registrada pelo homem; 
Documentos utilizados: relatos de viagens; desenhos em 
paredes de cavernas; utensílios utilizados na lavoura; registros 
dos elementos do tempo e clima com os primeiros instrumentos 
meteorológicos. 
 
5. As escalas do clima (temporal) 
 Escala contemporânea: 
É preciso que haja uma série de dados meteorológicos produzidos 
por uma ou mais estações meteorológicas, de preferência superior a 
30 anos; 
Abordagens: as tendências climáticas; o estabelecimento de 
médias; a variabilidade climática de curta duração. 
 
5. As escalas do clima (espacial e temporal) 
5. As escalas do clima (espacial e temporal) 
5. As escalas do clima (espacial e temporal) 
5. As escalas do clima (espacial e temporal) 
5. As escalas do clima (espacial e temporal) 
5. As escalas do clima (espacial e temporal) 
5. As escalas do clima (espacial e temporal) 
6. Objeto e método da Climatologia: o 
método analítico e o método dinâmico. 
 
Como se estuda climatologia? 
O que é objeto? 
O que é método? 
6. Objeto e método da Climatologia: o 
método analítico (separativo; estático) 
 
Estuda cada elemento com o objetivo de 
calcular médias, com longas séries de 
observações; 
Avaliação isolada de cada elemento e de sua 
comparação chegua-se à caracterização do 
clima; 
É quantitativa. 
 
 
 
6. Objeto e método da Climatologia: o 
método analítico (separativo, estático). 
 
impede o conhecimento do verdadeiro ritmo da 
circulação atmosférica; 
A aplicação das médias levou-nos a 
desconhecer a realidade de seu ritmo sinótico; 
Isola os elementos mantendo elevado grau de 
abstração e mascarando a realidade; 
É descritiva, pouco contribuindo para a 
explicação ou a gênese dos fenômenos. 
 
 
 
6. Objeto e método da Climatologia: o 
método analítico (separativo, estático). 
 
Conceito de clima neste método: “Conjunto dos 
fenômenos atmosféricos que caracterizam o 
estado médio da atmosfera num ponto da 
superfície terrestre”. Hann. 
Questões positivas a considerar : 
As médias são necessárias para a elaboração de 
classificações climáticas zonais e planetárias; 
Permite a caracterização das anomalias 
climáticas. 
 
 
6. Objeto e método da Climatologia: o 
método analítico (separativo, estático). 
 
6. Objeto e método da Climatologia: o 
método analítico (separativo, estático). 
 
à esquerda: distribuição dos desvios de precipitação (valores acima ou abaixo da 
média histórica de 1961 a 1990, a normal climatológica) para o trimestre 
Set/Out/Nov/2009; à direita: os desvios para o mês de Dez/2009. 
6. Objeto e método da Climatologia: o método 
dinâmico. 
 
Apresenta uma congruência entre tempo e 
massas de ar, combinados; 
 Está adaptada às necessidades do geógrafo, 
interessado pelas combinações; 
Permite a explicação dos fenômenos 
atmosféricos; 
As reações do meio físico e humanos extrapolam 
a síntese por médias, e se relacionam com as 
condições de duração e sucessão do tempo. 
 
6. Objeto e método da Climatologia: o método 
dinâmico. 
 
Conceito de clima: “Ambiente atmosférico 
constituído pela série de estados atmosféricos 
sobre um lugar em sua sucessão habitual”. Sorre, 
1943. 
 Esta definição: 
Leva em conta a sucessão dos tipos de tempo – seu 
ritmo e duração; 
Enfatiza a importância da dinâmica da atmosfera 
e das massas de ar, permitindo a investigação da 
gênese dos processos. 
 
6. Objeto e método da Climatologia: o método 
dinâmico. 
 
6. Objeto e método da Climatologia: o 
método dinâmico. 
 
O que vocês esperam da 
Climatologia?

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