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POLÍTICA URBANA AULA 4 JORGE BERNARDI REVISADA TÂNIA

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POLÍTICA URBANA 
Tema 4
O ESTATUTO DA CIDADE
Prof. Me. Jorge Bernardi
MBA EM ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA E GERENCIA DE CIDADES 
• Vídeo 
• O ESTATUTO DA CIDADE
• http://www.youtube.com/watch?
v=D40j5D87EjE
� Estatuto da Cidade 
(Lei no 10.257/2001)
• Previsão no art. 182, da CF: 
“a política de desenvolvimento 
urbano, executada pelo Poder 
Público municipal, 
conforme diretrizes gerais
fixadas em lei, tem por 
objetivo [...]” (grifo nosso)
•Competências da União na política 
urbana e atribuições (Estados, 
Distrito Federal e Municípios)
Garantias: 
• políticas públicas de 
justiça social
• erradicação da pobreza
• redução das desigualdades sociais
O Estatuto das Cidades:
•possui características próprias 
e inovadoras
•prevê obrigações aos cidadãos
e ao poder público
• cria institutos jurídicos 
novos e regulamenta 
outros
• prevê sanções ao 
descumprimento da norma
• prevê competências para as 
três esferas de poder (União, 
Estados, Distrito Federal 
e Municípios) 
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Institutos novos:
•direito de preempção
•direito de superfície
• impacto de vizinhança
Valorização de Institutos:
•parcelamento e 
construção compulsória
• IPTU progressivo no tempo
•desapropriação de 
pagamento com títulos
•usucapião especial
• operações urbanas 
consorciadas 
Diretrizes do Estatuto 
da Cidade
• Objetivam “ordenar o pleno 
desenvolvimento das funções 
sociais da cidade e da 
propriedade urbana [...].”
(art. 2o, Lei no 10.257/2001)
Cidade Sustentável 
“I – [...] direito à terra urbana, à 
moradia, ao saneamento 
ambiental, à infraestrutura 
urbana, ao transporte, aos 
serviços públicos, ao trabalho e 
ao lazer, para as 
presentes e futuras 
gerações.” 
(art. 2o, I, Lei no 10.257/2001)
•A sustentabilidade vai além da 
ótica ecológica ambiental
•Ocupação do território urbano
•Questões demográficas, 
econômicas e de 
qualidade de vida
Gestão Democrática
“II – gestão democrática por meio 
da participação da população e de 
associações representativas dos 
vários segmentos da comunidade 
na formulação, execução e 
acompanhamento de planos, 
programas e projetos de 
desenvolvimento urbano;”
(art. 2o, II, Lei no 10.257/2001)
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• “Cooperação das associações 
representativas no 
planejamento municipal” 
(art. 29, XII, da CF) 
•Comunidade deve ser 
ouvida em audiências 
públicas, conselhos...
Cooperação
•Os Governos (Federal, Estadual 
e Municipal), a iniciativa privada 
e a comunidade, estão presentes 
no atendimento do interesse 
social
•A construção da cidade 
é uma tarefa coletiva
•A atuação privada é 
reconhecida e valorizada
Planejamento
• Distribuição espacial da população 
e atividades econômicas 
• Plano diretor
• Zoneamento urbano
• Crescimento ordenado 
• Integração de trabalho, habitação, 
transporte e equipamentos sociais
• Corrigir distorções do 
crescimento urbano desordenado
Equipamentos Urbanos
• Comunitários, serviços de 
transportes e saneamento ambiental
• De acordo com as necessidades
• Conforme características locais 
• Infraestrutura
• Abastecimento de água, 
esgotamento sanitário, 
pavimentação, galerias de
águas pluviais
Controle de Uso do Solo
“VI – ordenação e controle do uso 
do solo, de forma a evitar:
a) utilização inadequada dos 
imóveis urbanos;
b) (...) usos incompatíveis (...);
c) o parcelamento (...), a 
edificação ou o uso 
excessivos ou inadequados (...);
d) (...) empreendimentos ou 
atividades (...) geradores de 
tráfego, sem (...) infraestrutura 
(...);”
• especulação imobiliária 
“f) a deterioração das áreas 
urbanizadas;
g) a poluição e degradação 
ambiental;”
(art. 2o, VI, Lei no 10.257/2001)
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Integração Urbana e Rural 
• Objetiva o desenvolvimento 
socioeconômico
• A cidade e o campo são 
complementares
• Atividade agrícola é muito importante na 
maioria dos municípios 
brasileiros
• O Plano Diretor deve abranger
todo o município
• Integração e complementaridade
Padrões de 
Sustentabilidade 
• Produção de acordo com a sustentabilidade 
ambiental, social
e econômica
• Padrões técnicos (indicadores)
• Saneamento
• Poluição ambiental 
• Preservação das nascentes e 
cursos d’água
• Produção de bens e geração de renda 
Distribuição de Benefícios 
e Ônus
• Princípios de correção, mecanismos 
compensatórios (tributários)
• Urbanização traz vantagens 
e desvantagens
• Investimentos públicos 
trazem impactos 
econômicos e ambientais
• Princípios para correção 
desses impactos
Investimentos em 
Geradores de Bem-Estar
• Adequação político-econômica, tributária e 
financeira 
• Priorizar toda a comunidade gerando bem-
-estar
• Fruição de bens por toda a 
comunidade
• Oportunidades ao alcance de todos
• Cada um deve aproveitar de 
acordo com as necessidades e aptidões
Recuperação 
de Investimentos 
• Recuperar investimentos para serem 
reaplicados em áreas mais 
necessitadas 
• Quando houver valorização 
imobiliária
• Forma de combater 
a especulação
Proteção Meio Ambiente 
(Natural e Construído)
“III - proteger os documentos, 
as obras e outros bens de valor 
histórico, artístico e cultural, os 
monumentos, as paisagens 
naturais notáveis e os sítios 
arqueológicos; (...)
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(...)
V - proporcionar os meios de 
acesso à cultura, à educação e à 
ciência; 
VI - proteger o meio ambiente e 
combater a poluição em 
qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, 
a fauna e a flora.”
(art. 23, III ao VII, da CF)
Audiências Públicas
•Ouvir a população sobre 
empreendimento: efeitos ao 
meio ambiente, conforto e 
segurança
•Gestão democrática da 
sociedade
Normas de regulamentação 
fundiária:
• regiões deterioradas têm 
normas especiais (renda, meio 
ambiente)
•baixa renda –
tratamento especial
Simplificação da Legislação
• Loteamentos para reduzir custos
• Loteamentos populares
• Flexibilização das normas 
edilícias
•Aumento da oferta de 
lotes e habitações 
•Medidas que evitam 
ocupações irregulares
Isonomia Público-Privada 
•Processo de urbanização 
•Mesmas normas para 
empreendimentos públicos
e privados
•Certas normas devem ser 
seguidas tanto pelos 
agentes públicos quanto 
pela iniciativa privada
•Objetiva o interesse social
Instrumento de Política 
Urbana
a) Planejamento
b) Tributários e Financeiros
c) Jurídicos e Políticos
d) Ambientais
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Planejamento
“a) plano diretor;
b) (...) parcelamento, uso e a ocupação 
do solo;
c) zoneamento ambiental;
d) plano plurianual;
(...)
(...)
e) diretrizes orçamentárias e 
orçamento anual; (...)
g) planos, programas e projetos 
setoriais;
h) planos de 
desenvolvimento 
econômico e social;”
(art. 4o, III, Lei no 10.257/2001)
Instrumentos Tributários e 
Financeiros
• IPTU progressivo no tempo, 
contribuição de melhoria e 
incentivos, e os 
benefícios fiscais e 
financeiros
Instrumentos Ambientais
•Estudo prévio de impacto 
ambiental (EIA)
•Estudo prévio de impacto
de vizinhança (EIV)
Institutos Jurídicos e Políticos
(art. 4o, V, Lei no 10.257/2001)
“a) desapropriação;
b) servidão administrativa;
c) limitações administrativas;
d) tombamento [...];
e) [...] unidades de 
conservação;
f) [...] zonas especiais de 
interesse social; (...)
g) concessão de direito real de uso;
h) concessão de uso especial para 
fins de moradia;
i) parcelamento, edificação ou 
utilização compulsórios; 
j) usucapião especial de imóvel 
urbano;
l) direito de superfície;
m) direito de preempção; 
(...)
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(...)
n) outorga onerosa do direito de construir e 
de alteração de uso;
o) transferência do direito de construir;
p) operaçõesurbanas consorciadas;
q) regularização fundiária;”
• Consórcio imobiliário
“r) assistência técnica e jurídica
gratuita [...];”
SÍNTESE
• O Estatuto da Cidade é a lei que 
regulamenta o art. 182 da CF.
• O EC estabelece novos instrumentos 
para a reforma urbana e valoriza 
instrumentos antigos
• Os instrumentos de reforma 
urbana são tributários e 
financeiros, ambientais e 
jurídicos e políticos

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