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Resenha Casa Grande

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UNIPROJEÇÃO – CAMPUS II 
LICENCIATURA DE MATEMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
Josinei Moura Santos 
201711814 
 
 
 
 
 
 
RESENHA 
Filme: Casa Grande 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília (DF) 
2017 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha elaborada como exigência 
parcial para aprovação na disciplina de 
Currículo e Diversidade Cultural. 
 
Orientador: 
Prof.° Dr. Francisco Thiago Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Técnica 
 
Título Casa Grande (Original) 
Ano produção 2014 
Dirigido por Fellipe Gamarano Barbosa 
 
Estreia 25 de julho de 2014 
Duração 114 minutos 
Classificação 
14 - Não recomendado para menores de 14 
anos 
Gênero Drama 
Países de Origem Brasil 
Elenco 
Thales Cavalcanti, Marcello Novaes, Suzana 
Pires e Bruna Amaya 
 
 
Sinopse: 
 
 Jean é um adolescente rico que luta para escapar da superproteção dos pais, secretamente 
falidos. Enquanto a casa cai, os empregados têm que enfrentar suas inevitáveis demissões, e Jean 
tem que confrontar as contradições da casa grande. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha: 
 
O tema central abordado no filme revela diferenças sociais presentes nas 
camadas das sociedades com proporções direcionada a uma família de classe média 
alta que se encontra em uma séria crise financeira, desencadeando transformações à 
medida que a história é contada em volta do garoto Jean, podemos observar as que 
a estrutura familiar está prestes a se desmanchar. 
Jean um adolescente como outros de sua classe social, com padrões de 
consumo elevado, morador de uma bela residência localizada no Rio de Janeiro 
contemporâneo, não sabe o que é andar de ônibus. Sonha com uma vida fora do 
alcance das imposições de seus pais, mas o conforte de lhe é dado o deixa vendado 
para a realidade em que sua família se encontra. 
Sônia mãe de Jean, contribui de forma discreta nas despesas de casa dando 
aulas de francês para sua amiga, que de maneira desconfortável cobra o pagamento 
das aulas, e se depara com uma situação constrangedora, tendo que abater seu 
trabalho em uma dívida contraída pelo marido sem conhecimento dela, sendo este 
segredo apenas um de muitos que seu marido lhe esconde, sobre sua atual situação 
financeira. 
É oportuno dizer que o diagnóstico daquela família é claro, se não triste, são 
reacionários incapazes de lidar com a falência e decadência de sua posição social, 
sobretudo Hugo, orgulhoso e arrogante demais para buscar um novo emprego, visto 
seu fracasso nas aplicações realizadas no mercado financeiro. Com tantos 
empregados na residência e dada sua condição, não se justificava mais manter esse 
luxo, e aqui faço uma observação, será mera coincidência o fato de eles serem negros 
ou nordestinos? Entretanto, Hugo Pai do Jean, tentar manter a pose e esconde a 
demissão do motorista da família, uma figura importante na vida de Jean. 
Cabe notar que, Nathalie irmã de Jean, não tem voz na família, como muitas 
mulheres em suas famílias, sendo desprezada e até mesmo ignorada. Sendo a mais 
sensata da família ao lidar com o golpe do “secreto relâmpago” de Jean. 
Muito fácil reconhecer em nossa sociedade atual ou passada, personagens 
reais como Hugo, Sônia, Jean ou Nathalie. 
Com base nesses aspectos apresentados, podemos associar esta realidade 
retratada para educação brasileira, sendo possível observar a forma como a educação 
é tratada pela classe dominante e pelo menos favorecidos a classe baixa desta 
estrutura formada na sociedade. A elite é preparada, ou seja, os conteúdos 
curriculares, para alcançar status e posições de grande valor para sociedade, 
desprezando as necessidades e criticando políticas públicas que tornem mais 
acessível uma educação de qualidade e de oportunidade para todos. 
Jean estuda em uma das melhores escolas do País, tendo seu currículo 
preparado, planejado e pensado em sua aprovação nos melhores vestibulares do 
país, sendo este o perfil de saída, quem se deseja formar! O que se observa é que 
 
 
este não era objetivo de Jean, ou seja, o perfil de saída que ele desejava não era ser 
um economista, engenheiro ou medico, mas sim um musico. 
Diferentemente das condições vivida por Luíza, uma jovem por quem Jean se 
apaixona, estudante que vê nos estudos uma forma de mudar de vida, detém um certo 
conhecimento de política voltada para promoção de cotas nas faculdades publica, 
defende o direito a educação para todos. Neste ponto fica evidente a luta de classe 
sob ótica da educação, onde o rico devida suas condições se acha mais merecedor 
de ter acesso a boas faculdades públicas do que os pobres, que na visão deles devem 
buscar uma formação profissional voltada para trabalhos comuns, ou seja, mão de 
obra operaria. 
Por fim, um aspecto relevante sobre esse tema é o fato do currículo ser bem 
pensado e planejado, devendo ser visto por quem realmente tem conhecimentos 
acerca do assunto, definindo o público alvo, tanto para quem ensina quanto para quem 
recebe o conhecimento, e como já visto o campo curricular é um território de luta entre 
as classes, devendo ser mantido o devido equilíbrio para que haja neutralidade na 
formação do indivíduo para sociedade, afim de se evitar que a classe mais favorecida 
use este instrumento como controle dos mais pobres.

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