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POSITIVISMO – AUGUSTO COMTE Refletia o entusiasmo burguês pela consolidação capitalista, por meio do desenvolvimento industrial e científico Características: a excessiva valorização das ciências e dos métodos científicos, a exaltação do homem e suas capacidades e o otimismo em relação ao desenvolvimento e progresso da humanidade. Comte afirma que o espírito positivo, que compreende a inteligência, os sentimentos e as ações positivas, é maior e mais importante que a mera cientificidade, que abrange somente questões intelectuais. O pensamento positivista de Auguste Comte : a ciência é considerada o único conhecimento possível e o método das ciências da natureza o único válido, devendo, portanto ser estendido a todos os campos da indagação e atividade humanas. Comte pregava ferozmente a expulsão dos mitos, da religião e de toda e qualquer crença e conhecimento metafísico, embora tenha fundado o positivismo como uma religião operando uma sacralização do racional. se os conhecimentos e os métodos científicos utilizados pelos cientistas das ciências naturais (sobretudo na Biologia e na Física) eram vá- lidos para explicar e interferir nos fenômenos da natureza, assim também, estes poderiam ser utilizados para explicar e interferir nos fenômenos sociais. O sistema comtiano estruturou-se em torno de três temas básicos: 1) uma Filosofia da história com o objetivo de mostrar as razões pelas quais uma certa maneira de pensar, chamada por ele Filosofia positiva ou pensamento positivo, deve imperar entre os homens 2) uma fundamentação e classificação das ciências baseadas na Filosofia positiva 3) uma Sociologia que, determinando a estrutura e os processos de modificação da sociedade, permitisse a reforma prática das instituições Lei dos Três Estados: No estado teológico, o espírito humano dirigindo essencialmente suas investigações para a natureza íntima dos seres apresenta os fenômenos como produzidos pela ação direta e contínua de agentes sobrenaturais cuja intervenção arbitrária explica todas as anomalias aparentes do universo. No metafísico forças abstratas, verdadeiras entidades (abstrações personificadas) inerentes aos diversos seres do mundo, e concebidas como capazes de engendrar por elas próprias todos os fenômenos observados. No estado positivo, o espírito humano preocupa-se unicamente em descobrir suas leis efetivas, a saber, suas relações invariáveis de sucessão e de similitude SOCIOLOGIA CIENTÍFICA - David Émile Durkheim Durkheim emancipou a Sociologia da Filosofia Social e colocou-a como disciplina científica rigorosa. Sua preocupação foi definir o método e as aplicações desta nova ciência. Ele formulou com clareza o tipo de acontecimento sobre os quais o sociólogo deveria se debruçar: os fatos sociais, para ele, o verdadeiro objeto de estudo da Sociologia. Fato Social: toda maneira de agir ou pensar fixa ou não, capaz de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior; ou ainda que, é geral na extensão de uma sociedade dada, apresentando uma existência própria independente das manifestações individuais que possa ter. A força que estes fatos exercem sobre os indivíduos. A força coercitiva dos fatos sociais se torna evidente pelas sanções legais ou espontâneas a que o indivíduo está sujeito quando tenta rebelar-se contra ela. São externos porque são fatos coletivos, como a religião ou o sistema econômico, por exemplo, independentes dos indivíduos, que já os encontram prontos quando nascem e que morrerão antes que esses deixem de existir. Generalidade é, também, uma das características marcantes que definem os fatos sociais. É social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles; Fatos morais ou sociais são externos em relação aos indivíduos e, portanto, são estranhos a eles em alguma medida. No mínimo, são coisas que não foram criadas pela pessoa e assim podem diferir mais ou menos de seu pensamento. Além disso, esses fatos externos e estranhos têm a capacidade de exercer coerção, isto é, podem se impor aos indivíduos como uma obrigação. O estudo das sociedades mais complexas levou Durkheim às ideias de normalidade e patologia sociais, a partir das quais introduziu o conceito de anomia, ou seja, ausência ou desintegração das normas sociais. � SOCIOLOGIA ALEMÃ – KARL MARX Economia de mercado é aquela que requer mercados para todos os componentes necessários à produção de bens materiais. A partir da ascensão do capitalismo e, sobretudo, depois da Revolução Industrial, isto muda radicalmente: ao invés de a Economia ser parte integrante das relações sociais, são as relações sociais que passam a estar contidas na Economia. Nada nem ninguém deveria intervir nos preços dos salários, terras, produtos, ou nas regras de comércio. Isto porque o mercado seria como que regido por mão invisível, que resultava da interação das pessoas, e este resultado acabaria sendo benéfico para todos. o ponto de partida de Marx: a fim de satisfazer nossas necessidades, nós humanos produzimos nossos meios de vida. Isso significa que o trabalho é a atividade humana mais básica, elementar. Portanto, se quisermos entender como uma sociedade produz a si própria, temos que entender a dinâmica de trabalho desta sociedade. seu argumento assim se desenvolve: • as forças produtivas de uma dada sociedade precisam se expandir; • quando o fazem, chocam-se com as estruturas econômicas, sociais e políticas estabelecidas; • estas estruturas começam a ruir, e então abre-se uma época revolucionária; • dos conflitos sociais que dela resultam surgirá uma nova sociedade, com uma nova estrutura, até que novas forças produtivas comecem a se expandir... MUITO IMPORTANTE: Estrutura: o conjunto das relações sociais de produção (economia) Superestrutura: produção da vita material (cultura, religião, política, justiça, ideologias) A perspectiva marxista é MATERIALISTA “Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência.” Ou seja, nossa visão de mundo, a maneira como percebemos a realidade, não é apenas uma questão de perspectiva individual. Ao contrário, ela depende fundamentalmente da posição social que ocupamos, e esta posi- ção social é estabelecida, sobretudo, através das relações de produção. Marx entende ALIENAÇÃO no sentido de separação, que ocorreria de diversas maneiras. Primeiro, no sistema capitalista, o trabalhador relaciona-se com aquilo que produz como se fosse algo estranho, alheio a ele. Mas não apenas isto: pois o trabalhador estava separado dos meios de produção, e também do fruto de seu trabalho. no modo de produção capitalista, o trabalhador transforma-se em um mero apêndice de máquinas, realizando tarefas insignificantes, monótonas, sem qualquer relação com aquilo que produz. ALIENAÇÃO POLÍTICA: Marx fala também de alienação no sentido polí- tico, quando afirma que a democracia é o conteúdo e a forma. A forma da democracia era conhecida e experimentada: havia eleições, votava-se para eleger os representantes etc. Mas, na visão de Marx, o Estado não era um órgão político imparcial, como gostavam de sugerir os liberais. Na verdade, o Estado representava principalmente os interesses da burguesia, não os do povo. Na visão marxista, uma classe não é definida pelo nível de renda, mas pela posse dos meios de produção. Para Marx uma vez estabelecido o sistema capitalista, a luta de classes inevitavelmente desaguaria na vitória do proletariado sobre a burguesia, dando início à ditadura do proletariado. LUTA DE CLASSES: é ela que faz as mudanças sociais acontecerem. É, portanto o motor da história. Se a luta de classes nasce sempre do desejo do oprimido de livrar-se da opressão, então é evidente que o proletário, a classe explorada, é o principal agente da transformação histórica. Mas, para isso, é preciso que tenham consciência de classe,isto é, que vejam a si próprios não como indivíduos isolados, cada um sobrevivendo como pode, mas como partes integrantes de um conjunto, um grupo social poderoso.
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