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FASAM – FACULDADE SUL AMERICANA CURSO DE DIREITO CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DAS INFRAÇÕES PENAIS THAYANNE MORAES CORTEZ GOIÂNIA 2018 THAYANNE MORAES CORTEZ CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DAS INFRAÇÕES PENAIS O presente trabalho apresentado à Disciplina de Direito Penal I, para complemento de nota da Avaliação de N1 visa à descrição da classificação doutrinária das infrações penais. Prof. ANDREY BORGES PIMENTEL RIBEIRO GOIÂNIA 2018 CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DAS INFRAÇÕES PENAIS. Infração penal é toda conduta previamente tipificada pela legisla como ilícita imbuída de culpabilidade, isto é, praticada pelo agente com dolo ou, ao menos, culpa quando a Lei assim prevê tal possibilidade. O Estado tem o poder/dever de proibir e impor uma sanção a quem a praticar. Infração penal é um gênero onde a duas espécies do mesmo, são eles crime e contravenção. Cabe também ao que uma infração penal nos leva a gozar de varias naturezas jurídica, como por exemplo, um crime bem conhecido como homicídio (Art. 121. CP), que obviamente podemos afirmar que tratar se de um crime material, ou seja, uma infração penal exige que a conduta do agente produza um resultado naturalístico. Crime e contravenções penais. Com base ao Art.1° da Lei de Introdução ao Código Penal, a decisão de qual infração, crime ou contravenção cabe ao legislador, analisando o grau de significância dos interesses jurídicos violados na prática de tal infração. Crimes comissivos, crime omisso (próprios e impróprios) e crimes de conduta mista. Crimes comissivos ou de comissão consistem, simplesmente, na prática de um ato, ocasionando um fato que a Lei Penal vigente reprime ou proíbe. Compreendem a grande maioria dos tipos legais, quando se pode inferir da descrição típica da ação possível do agente, o qual viola um bem jurídico tutelado pela Lei Penal. Os crimes omissivos próprios, também chamados de omissão, são os que se caracterizam pela inércia do sujeito ativo ao omitir um fato que a Lei Penal ordena ou obriga. A punibilidade nesses casos é a falta de um dever jurídico de agir imposto pela Lei Penal. No crime de conduta mista o agente, inicialmente, pratica uma conduta comissiva e, posteriormente, uma conduta omissiva. Crime consumado e crime tentado. Considera-se crime consumado quando o fato praticado pelo agente enquadra-se no tipo penal abstrato. Exemplo: Quando João saca uma arma e realiza disparos contra seu desafeto, causando-lhe a morte, quer dizer que a conduta do agente e o resultado produzido encaixam-se na descrição do art. 121 do Código Penal, portanto, a conduta do agente é criminosa, ou seja, ele praticou um fato típico e antijurídico. Por outro lado, quando o agente inicia a execução de uma conduta criminosa, mas é impedido de consumá-la, estaremos diante de uma tentativa. Crimes de ação pública e crimes de ação privada. Nos crimes de ação penal pública “O procedimento penal se inicia mediante denúncia do órgão do Ministério Público”, conceito dado por Damásio de Jesus. Nos crimes de ação penal privada, este procedimento é feito mediante queixa do ofendido ou de seu representante legal, segundo o art. 100 §§ 1º e 2º do CP. Crimes dolosos e crimes culposos. O dolo é a vontade de que o ato criminoso se consuma. Ocorre, ainda, quando conscientemente a pessoa assume a possibilidade de que tal ato ocorra. O crime doloso é consciente, pois o agente o faz por vontade própria, querendo ou assumindo o resultado. A culpa é dividida em três formas: negligência, imprudência ou imperícia. Nelas, o ato não é consciente ou não é desejado pelo criminoso. Crime impossível e crime putativo. Crime impossível ocorre quando, por absoluta ineficácia do meio empregado ou absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar o crime. Crime putativo acontece quando o agente acredita que a conduta por ele praticada constitui crime, porém, na verdade, é um fato atípico, não havendo qualquer consequência jurídica. Crime material, crime formal e crime de mera conduta. Crime formal também chamando de crime de consumação antecipada; o resultado se dá no momento exato da conduta. Crime material é aquele em que se verifica a modificação no mundo exterior. Se o crime exige produção de resultado, é material. Se não exige, mas tem consumação, é formal. Se não exige nem resultado nem consumação imediata, é crime de mera conduta. Crime comum, crime próprio e crime de mão própria. O crime comum pode ser praticado por qualquer pessoa. Crime próprio só pode ser praticado por determinada categoria. Ex: crimes contra a administração pública, infanticídio. Crime de mão própria só pode ser realizado por pessoa definida. Ex: falso testemunho, falsa perícia. Só a testemunha de determinado crime pode cometer; ou só o perito em tal ação pode cometer. Crimes hediondos. São os crimes entendidos pelo poder legislativo como os que merecem maior reprovação por parte do Estado. Os crimes hediondos, do ponto de vista da criminologia sociológica, são os crimes que estão no topo da pirâmide de desvaloração axiológica criminal, devendo, portanto, ser entendidos como crimes mais graves, mais revoltantes, que causam maior aversão à sociedade. São considerados hediondos os crimes cuja lesão é acentuadamente expressiva, ou seja, crime de extremo potencial ofensivo, ao qual denominamos crime “de gravidade acentuada”. São os crimes cometidos contra os bens que são protegidos pela Constituição Federal. Crime continuado. Considera-se crime continuado quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie, e pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser ocorrido como continuação do primeiro. Crimes multitudinários. O crime multitudinário é aquele praticado por multidões inflamadas pelo ódio, pela cólera, pelo desespero. Cometido por influência de multidão em tumulto. Ex: Linchamento. Crime de bagatela. Crime de bagatela é o crime de menor conteúdo ofensivo. É aquele de ínfima relevância penal, seja por haver dês valor na conduta do agente, seja por haver dês valor no resultado. Para a caracterização do crime de bagatela é necessário que se verifique a incidência de dois princípios: da irrelevância ou da insignificância. Para isto, leva-se em consideração se o crime é de pequeno valor ou de valor insignificante. Crimes de responsabilidade. Crime de responsabilidade é uma ação ilícita cometida por um agente político. Ao contrário do que o nome indica o crime de responsabilidade não é considerado um “crime”, e sim uma conduta ou comportamento de inteiro conteúdo político apenas tipificado e nomeado como crime, sem que tenha essa natureza. Crimes funcionais. São aqueles que só pode ser praticado por quem exerce cargo, emprego ou função pública. Trata-se da "infração da lei penal cometida intencionalmente (com exceção do peculato culposo) por quem se acha investido de um ofício ou função pública, praticada contra a administração pública". Crimes de trânsito. São todos aqueles praticados na direção de veículo automotor, em que terão incidência os tipos penais previstos no código de trânsito brasileiro. São respectivamente, homicídio culposo e lesão corporal culposa praticado na direção de veiculo automotor. Caso o veiculo automotor, seja utilizado como instrumento para a prática de crime de homicídio doloso ou mesmo de uma lesão corporal também dolosa, não estaremos diante de um verdadeirocrime de transito e sim de infrações penais tipificadas no código penal.
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