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Caso concreto 06 resolução - civil V

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FABIO OLIVEIRA PIO 201501132407 DIREITO – 6º PERÍODO – ESTÁCIO
DIREITO CIVIL V
Caso concreto 06
Um agricultor do interior do Estado, ‘humilde e ingênuo’, casou-se há dois meses com bonita moça da cidade que havia conhecido numa das feiras de domingo. Após alguns meses de namoro, casaram-se pelo regime de comunhão universal de bens (sugerido pela própria moça). Mas, apenas um mês depois do casamento a moça saiu de casa, alegando que o marido lhe negava constantemente dinheiro para comprar roupas e sapatos. Neste mês que moraram juntos, chegou ao ponto da moça só manter relações sexuais com seu marido se este lhe desse dinheiro após o ato! O agricultor, chateado com toda essa situação, conversando com algumas pessoas descobriu que a moça tinha casado com ele única e exclusivamente por interesse econômico, tinha ela interesse (declarado) não só no dinheiro do marido, como principalmente, em ficar com parte da chácara do agricultor que era conhecida na região por ser produtora de ótimos produtos artesanais como queijos e geleias. Evidenciado o mero interesse econômico no casamento, pode o agricultor pedir sua anulação? Justifique sua resposta em no máximo cinco linhas e na resposta indique o prazo para a propositura da ação.
	 Sim. Este casamento pode ser anulado em um prazo de três anos a contar da data de sua realização conforme art. 1.560, III, cc, pois houve erro essencial sobre a pessoa da esposa, já que ela, declaradamente, tinha interesse escuso daquele que o contrai, objetivando apenas tirar proveito pecuniário e sucessório, já que o agricultor não conhecia das peculiaridades do regime de bens escolhido, no qual os bens do casal se comunicam, ou seja, tudo que havia antes se torna bens comuns do casal; desvirtuando assim o verdadeiro motivo de se contrair o matrimônio, e ainda, o conhecimento ulterior deste fato torna insuportável a vida em comum com o cônjuge enganado, consoante com o art. 1.557, I, cc.

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