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Ação de alimentos GRAVÍDICOS

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UNIDADE CAMPO GRANDE
	Professor (a): Nathalia P. de Azevedo. Aluna: Rosita terto de Souza dos Santos.
	Disciplina: NPJ FAMÍLIA
	Turno: NOITE
	Tipo de Prova:  P1  P2  P3  E.E
	Data:
	FOLHA DE PROVA
	Observações:
1. A prova deverá ser desenvolvida na própria folha de prova, apenas a caneta (azul / preta);
2. É desaconselhável a utilização de corretivos;
3. Exceto nas questões discursivas, as respostas com rasuras serão desconsideradas;
4. São passíveis de punição todos os envolvidos na utilização de artifícios fraudulentos (cola).
	IDENTIFICAÇÃO
	Nome:
	Matrícula:
	QUESTÕES
Maria Paula se relacionou com Vitor José durante 1 ano, sem, no entanto, serem namorados de forma oficial, porém, alguns amigos e familiares tinham conhecimento dessa relação eis que o casal estava junto todos os finais de semana. Determinado dia, Maria descobriu que estava grávida, e tinha certeza que o pai de seu filho era Vitor José, uma vez que só tinha tido relações sexuais com ele no último ano.
Ao contar para o pai de seu filho, este ficou feliz com a notícia que iria ter um filho, e juntos, começaram a fazer planos para aquela criança e para o futuro do casal.
Maria guardou várias mensagens em que ele dizia estar muito feliz com a gravidez, inclusive guardou um “print” de um “storie” que fora postado por ela em sua rede social Instagram, com a foto da ultrassonografia, onde ele comentou a publicação dizendo as seguintes palavras: “ papai está muito feliz.”
Ocorre que, no dia em que iam fazer a ultrassonografia para saber o sexo do bebê, Vitor José, não apareceu conforme havia combinado, e simplesmente não deu nenhuma satisfação a Maria Paula, que ficou aguardando.
E a partir desse momento, Vitor José se transformou mandando diversas mensagens ofensivas a Maria Paula, dizendo ter certeza que esse filho não é dele, e que ele não ajudará em absolutamente nada com a gravidez e nem com a criação do filho.
Frise-se que Maria Paula já tinha conhecimento da personalidade bipolar de Vitor José, mas jamais imaginou que ele pudesse ter dúvidas quanto a paternidade do filho que ela estava esperando, e sendo assim, não mais o procurou tendo em vista ter ficado extremamente abalada com a dúvida dele.
Com 4 meses de gestação, Maria começou a ter diversos problemas de saúde e com isso, precisou de suplementação e alimentação especial, além de ter que parar de trabalhar (era autônoma, e sem contribuir para o INSS), dependendo de ajuda de seus pais que não possuem boas condições financeiras.
Sem conseguir arcar com os custos da gravidez bem como do enxoval do bebê, Maria Paula procurou Vitor José novamente a fim de lhe pedir ajuda financeira para comprar, pelo menos o enxoval do bebê, fato que foi recusado de forma drástica por ele, alegando mais uma vez que não era o pai do bebê e em nada ia ajudar.
Vitor José não trabalha com vínculo empregatício, pois é autônomo, mas Maria Paula sabe que ele tem condições de ajudá-la pois ostenta uma vida de luxo, sem saber ao certo qual sua atividade.
Sendo assim, Maria Paula, moradora de Bangu, procura você como advogado para adotar a medida jurídica cabível, levando todos os documentos que comprovam a relação que teve com Vitor ao longo do último ano, tais como: fotos, mensagens no whatsapp, mensagens em redes sociais, gastos que precisa ter, receita médica, etc, que comprovam que ela necessita de ajuda financeira do pai de seu filho. Elabore a peça processual cabível para a defesa dos seus interesses.
AO JUÍZO DA… VARA DE FAMÍLIA DO FORUM REGIONAL DE BANGU/RJ
Maria Paula, brasileira, estado civil…, profissão…, inscrito no CPF/MF sob o n°…, portadora do RG n°…, e-mail…, Residente domiciliada na rua…, n°…, bairro…, Rio de janeiro, RJ, cep…, vem por intermédio de seu advogado,com procuração em anexo, com o endereço para fins de comunicação processual sito à endereço... Onde receberá intimação/ notificações referente ao feito, email… propor a presente demanda visando obter.
 ALIMENTOS GRAVÍDICOS
Em face de Vitor José brasileiro, estado civil…, profissão…, inscrito no CPF/MF sob o n°…, portador do RG n°…, e-mail…, Residente domiciliado na rua…,n°…, bairro…, Estado…,cep….
Pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.
 DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
nos termos do artigo. 98 e seguintes do novo código de processo civil, o autor afirma, para os devidos fins e sob a pena de lei, não possuir condições de arcar com o pagamento das custas e demais despesas processuais sem prejuízo de seu sustento e de sua família, pelo que requer o benefício da gratuidade de justiça.
Junta à presente comprovante de isenção de imposto de renda e informa que possui renda mensal de aproximadamente. R$...(...).
 DOS FATOS
A autora se relacionou com réu durante 1 ano, sem, no entanto, serem namorados de forma oficial, porém, alguns amigos e familiares tinham conhecimento dessa relação eis que o casal estava junto todos os finais de semana. Determinado dia, a autora descobriu que estava grávida, e tinha certeza que o pai de seu filho era o réu, uma vez que só tinha tido relações sexuais com ele no último ano.
Ao contar para o pai de seu filho, este ficou feliz com a notícia que iria ter um filho, e juntos, começaram a fazer planos para aquela criança e para o futuro do casal.
A autora guardou várias mensagens em que ele dizia estar muito feliz com a gravidez, inclusive guardou um “print” de um “storie” que fora postado por ela em sua rede social Instagram, com a foto da ultrassonografia, onde ele comentou a publicação dizendo as seguintes palavras: “ papai está muito feliz.”
Ocorre que, no dia em que iam fazer a ultrassonografia para saber o sexo do bebê, o réu, não apareceu conforme havia combinado, e simplesmente não deu nenhuma satisfação a autora que ficou aguardando.
E a partir desse momento, o réu se transformou mandando diversas mensagens ofensivas a autora, dizendo ter certeza que esse filho não é dele, e que ele não ajudará em absolutamente nada com a gravidez e nem com a criação do filho.
Com 4 meses de gestação, Maria começou a ter diversos problemas de saúde e com isso, precisou de suplementação e alimentação especial, além de ter que parar de trabalhar (era autônoma, e sem contribuir para o INSS), dependendo de ajuda de seus pais que não possuem boas condições financeiras.
Sem conseguir arcar com os custos da gravidez bem como do enxoval do bebê, Maria Paula procurou Vitor José novamente a fim de lhe pedir ajuda financeira para comprar, pelo menos o enxoval do bebê, fato que foi recusado de forma drástica por ele, alegando mais uma vez que não era o pai do bebê e em nada ia ajudar.
Evidente que a gestação foi concebida durante o tempo em que tinham relações sexuais, competindo ao réu ajudar na manutenção dos gastos com a criança desde a concepção. Neste sentido o artigo 6º da lei 11804/2008:
ART. 6° convencido da existência de indícios da paternidade, o juiz fixará alimentos gravídicos que perdurarão até o nascimento da criança, sopesando só pesando as necessidades da parte autora e as possibilidades da parte ré.
Com efeito, prefeitura a Lei 11.804/08, em seu ART. 2°, verbs:
ART. 2°. os alimentos de que trata esta lei compreenderam os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrente, da concepção ao parto, inclusive as referentes à alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico além de outras que o juiz considere pertinentes.
Conforme o dispositivo legal acima mencionado, para a concessão dos alimentos gravídicos basta o indício de paternidade, O que é evidenciado pelo longo período de relacionamento entre o casal, devendo a cognição ser sumária, haja vista ser impossível, no momento da propositura da demanda a aferição da paternidade. Assim se posiciona, acertadamente, a jurisprudência, como demonstrado na emendaabaixo colacionada:
Ementa. Agravo de instrumento. Ação de alimentos gravídicos. Possibilidade, no caso.
1. O requisito exigido para a concessão dos alimentos gravídicos, qual seja, indícios de paternidade, nos termos do artigo 6º da lei 11804/2008 deve ser examinado, em sede de cognição sumária, sem muito rigorismo, tendo em vista a dificuldade na comprovação do alegado vínculo de paternidade já no momento do ajuizamento da ação, sob Pena de não se atender a finalidade da lei, O que é proporcionar ao nascituro o seu sadio desenvolvimento.
2. No caso, considerando a carteira de gestante, as fotografias especialmente as declarações de que as partes mantiveram um relacionamento amorosos, em período concomitante A concepção, a qual o sibilo idade na indicação de paternidade realizada pela agravante, restando autorizado o deferimento dos alimentos gravídicos em 30% do salário mínimo. Agravo de instrumento provido ( agravo de instrumento n° 7096586042, oitava Câmara cível tribunal de justiça do RS relator Ricardo Moreira Lins pastl julgado em 20 do oito de 2015) .
No momento do fim do relacionamento, o réu trabalhava como profissão, pertencendo renda mensal líquida de r$ 3000.
Assim sendo, requer a concessão do valor de r$ 600, que equivalem a 20% da remuneração do réu.
 DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto requer :
1. o benefício da justiça gratuita, uma vez que não possui condições de arcar com o pagamento de custas, despesas e honorários advocatícios, conforme afirmação acima e comprovação de isenção do imposto de renda, bem como declaração de hipossuficiência anexa;
2. intimação do representante do ministério público para que acompanhe o feito na condição de custos legis;
3. a fixação, inaudita altera parte, dos alimentos provisórios no valor deR$. 371,43 ( trezentos e setenta e um reais e quarenta e três centavos) equivalente a 30% do salário mínimo.
 3.1. confirmação, ao final, da tutela requerida;
4. citação do réu para que compareça em audiência de conciliação, instrução e julgamento, a ser designada por este douto juízo, onde, se quiserem, poderão oferecer resposta, sob pena de sujeitarem - se aos efeitos da revelia;
5. protesta por todos os meios de prova em Direito admitidos, em especial pela oitiva de testemunhas, estudo social, exame.de.dna e depoimento pessoal do réu;
6. expedição de ofício ao banco do Brasil a fim de que seja aberta conta específica para o depósito da pensão mensal.
Dá-se a causa o valor de R$. 4.457,16.( Quatro mil quatrocentos e cinquenta e sete reais e dezesseis centavos). Em conformidade com o artigo 292, inciso III do novo código de processo civil.
Termos em que,
Pede deferimento.
 Local e data
 OAB/RJ

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