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UNIVERSIDADE DO PLANALTO CATARINENSE CURSO DE ENGENHARIA CIVIL HINDINARA MARIANA ALTHOFF REVITALIZAÇÃO DOS BANHEIROS DA CONCHA ACÚSTICA DA PRAÇA JOÃO RIBEIRO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOAQUIM SC LAGES (SC) 2013 HINDINARA MARIANA ALTHOFF REVITALIZAÇÃO DOS BANHEIROS DA CONCHA ACÚSTICA DA PRAÇA JOÃO RIBEIRO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOAQUIM SC Relatório de Estágio Supervisionado apresentado à Coordenação do Curso de Engenharia Civil da Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC – como requisito necessário para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil. Orientação: Prof. Jackson Vidaletti Gabriel, Eng.° Florestal. Supervisão de Estágio: Carlos Eduardo de Liz, Eng. e Adm. M.Sc. LAGES (SC) 2013 Althoff, Hindinara Mariana. Revitalização dos banheiros da concha acústica da Praça João Ribeiro do Município de São Joaquim SC / por Hindinara Mariana Althoff – Lages, Santa Catarina, 2013. 20f.; 29cm. Relatório de Estágio (Ensino Superior) – Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC – Curso de Engenharia Civil, 2013. Orientador: Prof. Jackson Vidaletti Gabriel, Eng. Florestal 1. Banheiro. 2. Acessibilidade. 3. Saneamento. I. Gabriel, Jackson Vidaletti. II. Universidade do Planalto Catarinense. III. Título. HINDINARA MARIANA ALTHOFF REVITALIZAÇÃO DOS BANHEIROS DA CONCHA ACÚSTICA DA PRAÇA JOÃO RIBEIRO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOAQUIM SC Relatório de estágio supervisionado apresentado ao supervisor de estágio e professor e orientador do décimo semestre do curso de Engenharia Civil da Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC – como requisito necessário para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil, apresentado pela acadêmica “Hindinara Mariana Althoff”. Lages (SC), 26 de Novembro de 2013. ________________________________________________________ Professor Esp. Eng. Paulo Mozart Malty de Andrade. Coordenador de Curso ________________________________________________________ Professor Eng. e Adm. M.Sc. UNIPLAC Carlos Eduardo de Liz Estágio Curricular Obrigatório ________________________________________________________ Professor e Eng. Florestal Jackson Vidaletti Gabriel Orientador AGRADECIMENTOS À Deus, Que é fonte amor e vida, me fortalecendo nos momentos de desânimo e tristeza. Aos Pais Marcia Maria Althoff e Antônio Pedro Althoff, Pelo amor, educação e valores transmitidos. Pelo trabalho árduo e persistência, me impulsionando sempre nos diversos momentos difíceis, e sendo os idealizadores de meus sonhos, tornando estes em vitórias. Ao Irmão Antônio Marcio Althoff, Por dividir todos os momentos de minha vida, estando sempre presente e incentivando a jamais desistir diante dos obstáculos que a vida apresenta. Ao Namorado Philipe Seminotti Amaral, Por ser uma base sólida em minha vida, por me dedicar tempo e paciência, por ser mais que meu grande amor, mais sim meu grande amigo. Ao Amigo William Fritzen Branco, Meu amigo de caminhada durante o percurso do curso, que sempre esteve presente nos momentos difíceis, pelo apoio e incentivo que foram fundamentais no desenvolvimento deste relatório. Ao Orientador Jackson Vidaletti Gabriel, Pelo tempo que dedicou ao desenvolvimento deste relatório, tornando-o objetivo e claro. Auxiliando-me, sempre que possível, para esclarecimentos das dúvidas que iam surgindo. Sendo responsável por assegurar que o conteúdo proposto estivesse contido neste estudo. Ao Supervisor de estágio Carlos Eduardo de Liz, Pela orientação recebida e o compartilhamento de seu conhecimento para o desenvolvimento deste estudo. Ao Coordenador de curso Paulo Mozart Malty de Andrade, Por me guiar e me deixar com os pés no chão ao longo do curso e servir como fonte de delimitação da área pesquisada e de indicação de material bibliográfico para a argumentação. Às Instituições Participantes, Às pessoas que me receberam e abriram as portas, dedicando mais tempo às minhas indagações e questionamentos do que eu poderia esperar. LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 - Portas (BEZERRA, 2010). ...................................................................16 FIGURA 2 - Sanitário acessível (SEMMER, 2011) ..................................................17 FIGURA 3 - Vista Lateral do Sanitário acessível (SEMMER, 2011) .......................18 FIGURA 4 - Vista Frontal – Mictórios (SEMMER, 2011) .......................................19 FIGURA 5 - Instalação de guarda-corpo e corrimão (SEMMER, 2011) ..................20 FIGURA 6 - Detalhes do corrimão (SEMMER, 2011) .............................................20 FIGURA 7 - Plataforma vertical (BEZERRA, 2010) ................................................21 QUADRO 1 - Cronograma de Atividades....................................................................23 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas; CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito cm – Centímetros ISO – International Organization for Standardization (Organização Internacional de Normalização) m – Metros NBR – Norma Brasileira Regulamentadora UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina UNIPLAC – Universidade do Planalto Catarinense SC – Santa Catarina SAI – Símbolo Internacional de Acesso RESUMO O processo de urbanização das cidades gera, constantemente, situações de carência visível de obras voltadas a diversas áreas da Engenharia, dentre elas a Acessibilidade no ramo de Saneamento. Culturalmente, passa-se mais tempo executando do que planejando. Essa atitude implica sérios acréscimos nas obras públicas e privadas, investimento este que poderia ser facilmente poupado com uma comunicação mais próxima entre os profissionais envolvidos. Há tempos os banheiros de praças públicas têm sido alvos de discussões, pois representam locais em que a população tem direito ao uso livre, mas que tem se mostrado sinônimo de depredação e crimes. Este Relatório irá identificar as dificuldades de acesso sofridas pelos portadores de deficiência física e visual nos banheiros de uma concha acústica já existente na Praça João Ribeiro do Município de São Joaquim, bem como as alterações elaboradas pela equipe de profissionais da Secretaria de Planejamento da referida cidade para esses indivíduos. Palavras-chave: Banheiro, Acessibilidade e Saneamento. ABSTRACT The process of urbanization of cities generates constantly needy situations visible works focused on various areas of Engineering, among them the Accessibility branch in Sanitation. Culturally, goes up more time running than planning. This attitude implies serious increases in public works and private investment this could easily be saved with closer communication between the professionals involved. There are times the bathrooms of public squares have been targets of discussions because they represent places where the population is entitled to free use, but which has proved synonymous with vandalism and crime. This report will identify the access difficultiesexperienced by people with physical disabilities and visual bathrooms in an acoustic shell existing at Praça João Ribeiro in São Joaquim, as well as the changes produced by the professional staff of the Department of Planning that city for these individuals. Keywords: Bathroom , Accessibility and Sanitation. 10 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 11 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12 1.1 Organização Concedente do Estágio .......................................................................... 12 1.2 Tema ........................................................................................................................... 12 1.3 Descrição do problema ............................................................................................... 12 1.4 Hipótese ...................................................................................................................... 12 1.5 Objetivo geral ............................................................................................................. 12 1.6 Objetivos específicos .................................................................................................. 13 1.7 Justificativa ................................................................................................................. 13 1.8 Recorte geográfico ...................................................................................................... 13 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................................... 14 3 METODOLOGIA ............................................................................................................ 22 3.1 Método de Abordagem: .............................................................................................. 22 3.2 Técnica de Pesquisa: ................................................................................................... 22 3.3 Estrutura Básica do Relatório de Estágio Supervisionado: ........................................ 22 3.4 Análise de Conteúdo: ................................................................................................. 23 3.5 Cronograma ................................................................................................................ 23 3.6 Definição de área ........................................................................................................ 24 4 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................................... 26 4.1 Levantamento e Tratamento de dados: ....................................................................... 26 5 CONCLUSÕES ................................................................................................................ 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 29 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ................................................................................ 30 11 APRESENTAÇÃO Ao iniciar este Relatório de Estágio Supervisionado, foi constatada a necessidade de acesso aos banheiros da Concha Acústica da Praça João Ribeiro no Município de São Joaquim para os deficientes físicos e visuais. Este estudo busca diagnosticar as dificuldades de acesso e as alterações arquitetônicas previstas pela Secretaria de Planejamento deste Município, tendo como referências as Normas Vigentes relacionadas. O foco deste Relatório está na qualificação de profissional, tornando a autora em uma pessoa apta a realizar trabalhos orientados a segurança e mobilidade urbana de forma coletiva, para que os cidadãos estejam livres de barreiras e contribuindo para a edificação de uma sociedade participativa. Para um melhor entendimento, e tendo como base o modelo disponibilizado pelo Supervisor de Estágio, a literatura se distribui da seguinte forma: O capítulo um traz a Introdução, o capítulo dois apresenta a Revisão Bibliográfica, o capítulo três trata da Metodologia, o capítulo quatro expõe os Materiais e Métodos e o capítulo cinco aborda as Conclusões. O assunto escolhido mostra-se como uma proposta de debate, uma vez que este assunto vem sendo discutido e aperfeiçoado entre os profissionais do ramo da construção civil, tendo ainda a participação ativa da sociedade em busca de um futuro sadio e estruturado em princípios que atendam às necessidades da mobilidade urbana. Em linhas gerais, almeja-se criar uma literatura que não fique restrita ao meio acadêmico, servindo ainda para aplicação de práticas construtivas socialmente inclusivas. 12 1 INTRODUÇÃO 1.1 Organização Concedente do Estágio Secretaria de Planejamento de São Joaquim da Prefeitura do Município de São Joaquim SC. 1.2 Tema Revitalização dos Banheiros da Concha Acústica da Praça João Ribeiro do Município de São Joaquim SC. 1.3 Descrição do problema Os banheiros da concha acústica se encontram em processo de revitalização e devem receber investimentos públicos para reformas e adaptações físicas. Será que essa medida contribuirá para o acesso dos deficientes físicos? 1.4 Hipótese Neste relatório, supõe-se que as modificações das instalações da concha acústica tornariam este ambiente acessível aos portadores de deficiência, trazendo autonomia e possibilitando o uso coletivo da população joaquinense. 1.5 Objetivo geral 13 Identificação das dificuldades existentes e as modificações estabelecidas para permitir o acesso dos banheiros da Concha Acústica da Praça João Ribeiro aos portadores de deficiência do Município de São Joaquim SC. 1.6 Objetivos específicos Mostrar as barreiras físicas existentes e as dificuldades de acesso enfrentadas pelos deficientes físicos e visuais no local escolhido para realização do estudo; Agrupar as modificações necessárias para que ocorra o acesso livre dos banheiros públicos da concha acústica; Referenciar bibliograficamente as Leis e Normas Brasileiras Regulamentadoras (NBRs) voltadas à promoção de acessibilidade para portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida. 1.7 Justificativa O tema surgiu com a visualização das dificuldades de acesso que os deficientes físicos e visuais encontram nos banheiros existentes na concha acústica. A obra de revitalização da Praça João Ribeiro visa à contribuição para a autonomia destes indivíduos. 1.8 Recorte geográfico Concha Acústica da Praça João Ribeiro do Município de São Joaquim SC. 14 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O desenvolver do presente estudo está focado na busca de literaturas e Leis para trazer confiança ao Relatório de Estágio Supervisionado e embasando-o teoricamente para dar cunho cientifico. O Caderno 02 Construindo a Cidade Acessível do Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana, da Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana, em conjunto com o Ministério das Cidades do Governo Federal, traz algumas terminologias básicas para o entendimento de questões simples: Acessibilidade: Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário, equipamento urbano e elementos. (NBR 9050:2004) Acessibilidade: A facilidade, em distância, tempo e custo, de se alcançar, com autonomia, os destinos desejados na cidade. (ANTE-PROJETO DE LEI, DE 6 JULHO DE 2006, Art. 4º, Inciso X) Mobilidade: “Habilidade de movimentar-se, em decorrência de condições físicas e econômicas.”(VASCONCELOS, Eduardo A., 1996). “A mobilidade é um atributo associado às pessoas e aos bens, corresponde às diferentes respostas dadas por indivíduos e agentes econômicos às suas necessidades de deslocamento, consideradas as dimensões do espaço urbano e a complexidade das atividades nele desenvolvidas.” (VASCONCELOS, Eduardo A., 1996) Mobilidade Urbana: “É um atributo das cidades e se refere à facilidade de deslocamentos de pessoas e bens no espaço urbano. Tais deslocamentos são feitos através de veículos, vias e toda a infra-estrutura (vias, calçadas, etc.) que possibilitam esse ir e vir cotidiano. (...) É o resultado da interação entre os deslocamentos de pessoas e bens com a cidade. (...)” (Anteprojeto e lei da política nacional de mobilidade urbana, Ministério das Cidades, 2. ed, 2005) Sustentabilidade: A sustentabilidade, para a mobilidade urbana, é uma extensão do conceito utilizado na área ambiental, dada pela “capacidade de fazer as viagens necessárias para a realização de seus direitos básicos de cidadão, com o menor gasto de energia possível e menor impacto no meio ambiente, tornando-a ecologicamente sustentável”. (BOARETO, 2003) (Valeri, Augusto Valiengo Brasil Acessível Programa Brasileiro de Acessibilidade Urbana, Caderno 02 – Construindo a Cidade Acessível, 2006, página 19) 15 A Lei Federal 5.296/04, em seu segundo capítulo trata dos elementos de urbanização, assim descritos: CAPÍTULO II DOS ELEMENTOS DA URBANIZAÇÃO Art. 3º O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser concebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 4º As vias públicas, os parques e os demais espaços de uso público existentes, assim como as respectivas instalações de serviços e mobiliários urbanos deverão ser adaptados, obedecendo-se ordem de prioridade que vise à maior eficiência das modificações, no sentido de promover mais ampla acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Art. 5º O projeto e o traçado dos elementos de urbanização públicos e privados de uso comunitário, nestes compreendidos os itinerários e as passagens de pedestres, os percursos de entrada e de saída de veículos, as escadas e rampas, deverão observar os parâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Art. 6º Os banheiros de uso público existentes ou a construir em parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão ser acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um lavatório que atendam às especificações das normas técnicas da ABNT. Art. 7º Em todas as áreas de estacionamento de veículos, localizadas em vias ou em espaços públicos, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção. Parágrafo único. As vagas a que se refere o caput deste artigo deverão ser em número equivalente a dois por cento do total, garantida, no mínimo, uma vaga, devidamente sinalizada e com as especificações técnicas de desenho e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes. (Valeri, Augusto Valiengo CADERNO IMPLEMENTAÇÃO DO DECRETO N° 5.296/04 - Para Construção da Cidade Acessível, Caderno 03, 2004, página 78) A Cartilha de Orientação, organizada por Bezerra et al., publicado pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Defesa das Pessoas com Deficiência, do Idoso, das Comunidades Indígenas e das Minorias Étnicas e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, traz em seu teor as informações sobre as normas de acessibilidade e sua aplicação no cotidiano operacional, destacando-se as seguintes: Portas - Largura livre mínima: 0,80m; - Maçaneta, tipo alavanca; - Sinalização: visual (observar o contraste do texto e pano de fundo) e tátil (relevo e Braille). (Bezerra, Rebeca Montes Nunes et al. – Acessibilidade: Um Direito de Todos – Cartilha de Orientação, 2010, página 23) 16 FIGURA 1 - Portas (BEZERRA, 2010). A Cartilha de Orientação Acessibilidade – Implementação do Decreto 5.296/04 fala, em seu item sobre Sanitários e Vestiários, os seguintes tópicos: Sanitários e Vestiários Muitos detalhes construtivos são necessários para possibilitar autonomia das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, devendo prever as seguintes condições gerais: No mínimo 5% do total de peças sanitárias e vestiários adequados a pessoas com deficiência; Localizados em rotas acessíveis; Portas com abertura externa nos boxes de sanitários e vestiários; Dimensões mínimas de 1,50 x 1,70 m, com bacia posicionada na parede de menor dimensão; Áreas de transferência lateral, perpendicular e diagonal para bacias sanitárias; Área de manobra para rotação 180°; Área de aproximação para utilização da peça; Instalação de lavatório sem que este interfira na área de transferência; Acessórios (saboneteira, toalheiro, cabide, ducha, registro) instalados em uma faixa de alcance confortável para pessoas com deficiência, entre 80 e 120 cm; Sinalização com Símbolo Internacional de Acesso – SIA. (Semmer, José Pedro et al, – Cartilha de Orientação Acessibilidade – Implementação do Decreto 5.296/04, Florianópolis, 2011, página 67 e 68) 17 FIGURA 2 - Sanitário acessível (SEMMER, 2011) Os deficientes físicos necessitam de ambientes e aberturas maiores para realizar suas manobras e, portanto, estes espaços devem ser planejados de forma a permitir essas movimentações. Características especiais para Lavatórios: Altura entre 78 e 80 cm do piso em relação a face superior e altura livre mínima de 73 cm, devendo ser suspensos, sem colunas ou gabinetes; O sifão e a tubulação devem estar localizados no mínimo a 25 cm da face externa frontal e possuir dispositivo de proteção; Possuir barras de apoio instaladas na frente da pia, conforme norma ABNT NBR 9050/04; Espelho em posição vertical instalado a uma altura máxima de 90 cm do piso, ou inclinado em 10° a uma altura máxima de 110 cm do piso; Torneira com comando do tipo monocomando, alavanca ou sensor, instalada a no máximo 50 cm da face externa frontal. Características especiais para Bacias Sanitárias: Instalação a uma altura de 46 cm, medida da borda superior do assento até o piso; Possuir barras de apoio horizontais, instaladas conforme norma ABNT NBR 9050/04; Válvula de descarga de leve pressão, instalada a uma altura de 100 cm do piso; Papeleira ao alcance da pessoa sentada no vaso, de 50 a 60 cm de distância do piso. (Semmer, José Pedro et al, – Cartilha de Orientação Acessibilidade – Implementação do Decreto 5.296/04, Florianópolis 2011, página 69) 18 FIGURA 3 - Vista Lateral do Sanitário acessível (SEMMER, 2011) Além de espaços mais amplos, é importante atentar para as alturas do mobiliário a ser instalado, permitindo que os mesmos ofereçam uso indistinto para as pessoas portadoras de alguma deficiência ou com mobilidade reduzida, evitando constrangimentos, restrições de uso ou necessidade de intervenção de terceiros. Características Especiais para Mictórios: Instalação a uma altura de 60 a 65cm, medida da borda frontal até o piso; Possuir barras de apoio verticais, instaladas conforme norma ABNT NBR 9050/04; Válvula de descarga de leve pressão, instalada a uma altura de 100 cm do piso; (Semmer, José Pedro et al, – Cartilha de Orientação Acessibilidade– Implementação do Decreto 5.296/04, Florianópolis, 2011, página 70) 19 FIGURA 4 - Vista Frontal – Mictórios (SEMMER, 2011) A segurança para mobilidade é elemento imprescindível no processo de elaboração de projetos, tanto particulares como públicos. Um item que deve receber a devida atenção são os corrimões e guarda corpos, pois são objetos importantes para locomoção de pessoas com mobilidade reduzida, tais como: idosos, gestantes, pessoas com muleta, entre outros. CORRIMÃO E GUARDA CORPO As escadas e rampas que não forem isoladas das áreas adjacentes por paredes devem dispor de guarda-corpos, com, no mínimo, 105 cm de altura do piso, seguindo as orientações da norma ABNT NBR 9077/01. Para garantir segurança e mobilidade, auxílio para impulso e orientação para pessoas com deficiência, devem ser instalados em rampas e escadas corrimãos, em ambos os lados e com as seguintes características: Devem permitir boa empunhadura e fácil deslizamento; Ser, preferencialmente, de seção circular, com diâmetro de 3,0 cm a 4,5 cm, contínuo, com a haste de fixação localizada na parte inferior, para permitir o melhor deslizamento da mão, com as extremidades recurvadas para baixo ou voltadas para a parede lateral, a fim de evitar acidentes; Prolongamento mínimo de 30 cm no início e no término de escadas e rampas; Altura de 92 cm do piso, medidos da geratriz superior para corrimão em escadas fixas e degraus isolados; Alturas associadas de 70 cm e de 92 cm do piso, medidos da geratriz superior, para corrimão em rampas (sendo recomendadas também em escadas); Instalação central em escadas e rampas somente quando estas tiverem largura superior a 240 cm, podendo ser interrompidos em patamares com comprimento superior a 140 cm. (Semmer, José Pedro et al, – Cartilha de Orientação Acessibilidade – Implementação do Decreto 5.296/04, Florianópolis, 2011, página 73) 20 FIGURA 5 - Instalação de guarda-corpo e corrimão (SEMMER, 2011) FIGURA 6 - Detalhes do corrimão (SEMMER, 2011) 21 FIGURA 7 - Plataforma vertical (BEZERRA, 2010) Os idosos e as pessoas que utilizam cadeira de rodas são grandes beneficiados quando o acesso de um espaço, público ou privado, se dá através de rampas. É importante a fixação de corrimão em ambos os lados em alturas adequadas e minimizar, tanto quanto possível, a inclinação. Plataforma vertical - Para vencer desníveis de até 2,00m em edificações de uso público ou coletivo e desníveis de até 4,00m em edificações de uso particular (para percurso aberto). Exige-se fechamento contínuo nas laterais até 1,10m do piso; - Para vencer desníveis de até 9,00m em edificações de uso público ou coletivo, exige-se caixa enclausurada; - Dimensões mínimas recomendadas de 1,25m x 80,0cm (privado) e 1,40m x 90,0cm (público), de acordo com normais internacionais - ISO9386-1/2000. - Entrada mínima livre de 80,0cm. - Sinalização tátil de alerta no piso em frente à porta. Legislação e Normas Técnicas: Código de Obras dos Municípios. - Leis Federais 10.0098/2000 e 10.048/2000, regulamentadas pelo Decreto 5.296/2004. - Lei 10.741/2003: Estatuto do idoso. A ABNT possui uma série de normas que tratam de acessibilidade, em que pode-se destacar: NBR9050/2004:Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. -Resoluções nº 236/07, 303/08 e 304/08 do CONTRAN. (Bezerra, Rebeca Montes Nunes et al. – Acessibilidade: Um Direito de Todos – Cartilha de Orientação, 2010, página 34) 22 3 METODOLOGIA O desenvolvimento se deu bibliograficamente, delimitando-se o espaço dos banheiros da concha acústica da Praça João Ribeiro do Município de São Joaquim SC, contextualizando as dificuldades de mobilidade e acessibilidade dos deficientes físicos e visuais. 3.1 Método de Abordagem: O estudo teve como objetivo a identificação dos atuais obstáculos de locomoção e acessibilidade apresentados aos deficientes físicos e visuais, bem como a exposição de algumas das alterações previstas. A abordagem foi desenvolvida bibliograficamente. 3.2 Técnica de Pesquisa: A pesquisa desenvolvida é de natureza Bibliográfica, com objetivos desenvolvidos de forma Descritiva, com procedimentos técnicos Bibliográficos, com forma de abordagem do problema do tipo Qualitativa. 3.3 Estrutura Básica do Relatório de Estágio Supervisionado: A presente obra foi realizada conforme o projeto exposto em aula pelo Supervisor de Estágio Obrigatório do Curso, sendo analisado junto ao Orientador para a construção de uma literatura que possa servir como embasamento bibliográfico na área de saneamento, tendo como foco a acessibilidade de edificações. O Relatório de Estágio Supervisionado encontra-se segmentado em Capítulos. O primeiro trata da Introdução. O segundo capítulo apresenta a Revisão Bibliográfica 23 relacionada ao tema escolhido. O terceiro capítulo apresenta a Metodologia da pesquisa utilizada. O quarto capítulo demonstra os Materiais e Métodos envolvidos. O quinto capítulo traz as conclusões obtidas. 3.4 Análise de Conteúdo: A Metodologia empregada fundamentou-se no embasamento teórico sobre a literatura existente e a legislação vigente; Tendo como princípio a ética e tornando claro que as situações observadas serão utilizadas unicamente para fins acadêmicos, estas não são passives de punição, uma vez que estão garantidas em sigilo. É por essa razão que os projetos de revitalização da Praça João Ribeiro não estão inseridos no desenvolver deste estudo, em seu lugar foram utilizadas as propostas advindas de bibliografias relacionadas que buscam, da mesma forma, adaptar os espaços de forma coletiva. 3.5 Cronograma Encontra-se abaixo o quadro que descreve todo o percurso seguido pela acadêmica na elaboração do Relatório de Estágio Supervisionado. QUADRO 1 - Cronograma de Atividades: Tarefas Ano 2013 Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. PROJETO DE RELATÓRIO Etapa 1: - Atividade 1: Aulas expositivas de modelos de projetos e orientação de como preencher os formulários. XX - Atividade 2: Escolha da área onde será realizado o Relatório, definição do orientador e dos horários. XX - Atividade 3: Elaboração de um pré-projeto, junto ao orientador, para avaliação do Supervisor de Estágio. XX Etapa 2: - Atividade 1: Pesquisas Bibliográficas. XX - Atividade 2: Definição de Metodologia. XX Etapa 3: 24 - Atividade 1: Revisão dos três primeiros capítulos com adaptação do título, ajuste do cronograma e desenvolvimento do quarto e quinto capítulo para conclusão do Relatório. XX - Atividade 2: Revisão e considerações finais do orientador sobre as atividades desenvolvidas pela acadêmica. XX XX ENTREGA DO RELATÓRIO FINAL DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO XX APRESENTAÇÃO EM SEMINÁRIO XX CORREÇÕES E ENTREGA DA VERSÃO FINAL DO RELATÓRIO XX XX Fonte: Acadêmica Hindinara Mariana Althoff do curso de Engenharia Civil da Universidade do Planalto Catarinense – UNIPLAC. Lages, 2013. 3.6 Definição de área A área em estudo se localiza na Concha Acústica da Praça João Ribeiro no município de São Joaquim no estado de Santa Catarina, a qual se encontra totalmente inacessível para deficientes físicos e visuais pela ausência de rampas, corrimões e sanitário adaptado com barras de apoio. Essa situação está em desconformidade sobre o conteúdo do Decreto Federal de N°. 5.296/2004, que assim pondera: Art. 22. A construção, ampliação ou reforma de edificaçõesde uso público ou de uso coletivo devem dispor de sanitários acessíveis destinados ao uso por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. § 1o Nas edificações de uso público a serem construídas, os sanitários destinados ao uso por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida serão distribuídos na razão de, no mínimo, uma cabine para cada sexo em cada pavimento da edificação, com entrada independente dos sanitários coletivos, obedecendo às normas técnicas de acessibilidade da ABNT. § 2o Nas edificações de uso público já existentes, terão elas prazo de trinta meses a contar da data de publicação deste Decreto para garantir pelo menos um banheiro acessível por pavimento, com entrada independente, distribuindo-se seus equipamentos e acessórios de modo que possam ser utilizados por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. § 3o Nas edificações de uso coletivo a serem construídas, ampliadas ou reformadas, onde devem existir banheiros de uso público, os sanitários destinados ao uso por pessoa portadora de deficiência deverão ter entrada independente dos demais e obedecer às normas técnicas de acessibilidade da ABNT. § 4o Nas edificações de uso coletivo já existentes, onde haja banheiros destinados ao uso público, os sanitários preparados para o uso por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida deverão estar localizados nos pavimentos acessíveis, ter entrada independente dos demais sanitários, se houver, e obedecer as normas técnicas de acessibilidade da 25 ABNT. (Decreto Federal 5.296/2004 – Normas Gerais e Critérios Básicos para a Promoção da Acessibilidade, Brasília, 2004, página 06) 26 4 MATERIAIS E MÉTODOS Este capítulo contém os materiais e métodos envolvidos no desenvolver do estudo. Para a realização de pesquisas e digitalização do relatório foram usados os seguintes softwares: Google Chrome (Google Inc), Acrobat Reader (Adobe Systems Inc.), Word e PowerPoint 2007 (Microsoft Corporation). 4.1 Levantamento e Tratamento de dados: O desenvolvimento se deu com o agrupamento de bibliografias relacionadas ao assunto sob a forma de livros, cadernos de publicação federal, cartilhas e manuais obtidos através de meio eletrônico. O método resume-se à interpretação das informações coletadas, tendo como propósito a explanação das transformações decorrentes da adequação de espaços públicos acessíveis, do ponto de vista da população. As bibliografias do capítulo dois servem para fundamentar o que está sendo realizado nos banheiros públicos da concha acústica, bem como possibilitar uma visualização prévia do que deve resultar o final da obra em questão. Dedicou-se devida atenção para cada literatura envolvida na pesquisa deste relatório, tendo por finalidade a criação de um documento conclusivo sobre acessibilidade. 27 5 CONCLUSÕES A pesquisa aqui realizada não contempla todo o conteúdo a que está ligada, aprofundando-se em alguns pontos. As interrogações elaboradas e o tempo disponibilizado para aprofundamento na área em estudo mostraram-se suficiente para se atingir os objetivos propostos, porém insatisfatório para resolver todos os pontos a que o assunto está relacionado. A acessibilidade decorre sobre as adaptações para a inclusão dos cidadãos que encontram restrições constantes e diárias. O caso em questão busca evidenciar as ações públicas sobre a qualidade de vida da região estudada, uma vez que promove acesso a esses locais aos deficientes físicos e visuais, livre mobilidade urbana, autonomia e independência. As instituições de ensino devem atuar como mediadoras de discussões sobre o tema, pois é, antes de tudo, lugar de formulação de ideias e formação de opiniões, bem como difusoras de conhecimentos empíricos que visem à construção de um futuro sadio. Os profissionais envolvidos devem buscar soluções coletivas, criativas e competentes para a manutenção dos meios urbanos. Um desses processos é a adaptação de espaços para conforto e livre circulação. Evidenciar os impactos inclusivos é, primeiramente, um dos caminhos a serem traçados para justificar e difundir o emprego dessa técnica pelos profissionais e o atendimento da parcela da população que se encontra desassistida do Município. O bom funcionamento de uma cidade depende, além de outros aspectos, das decisões tomadas baseadas nas legalidades envolvidas e nos apontamentos criados em debates entre os profissionais de construção civil a as opiniões dos cidadãos. As adaptações estão sendo realizadas em caráter corretivo, uma vez que são obrigatórias, tendo como referência os critérios estabelecidos legalmente na busca de solucionar as restrições de acesso atualmente encontrados. O órgão público municipal, representado pela Secretaria de Planejamento, está atuando de modo favorável para que estas transformações ocorram, prevendo a adaptação de escolas públicas e suas dependências, a fim de se atender de modo mais amplo às necessidades locais. 28 Partindo do exposto neste estudo, nota-se que é imprescindível e urgente a execução de adaptações de banheiros públicos e seus acessos, justificada pela minimização das restrições de mobilidade. O intuito deste Relatório é colaborar na exposição das etapas e disposições legais para adequação de banheiros públicos, tendo como foco as mudanças no espaço físico e na promoção de autonomia da parcela da população que não está sendo atendida em relação ao tema proposto. Espera-se ainda que o cenário evidenciado ajude na elaboração de bibliografias futuras, possibilitando discussões mais profundas e relacionando aspectos que não receberam a devida atenção por limitações diversas. Considerando os objetivos propostos inicialmente, confere-se crédito à pesquisa realizada pelo alcance dos mesmos. 29 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEZERRA, Rebecca Monte Nunes et al; – Acessibilidade: projetando e construindo cidadania. Natal, 2010. BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. Brasil Acessível: caderno 2: construindo a cidade acessível. Brasília, 2006. BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. Brasil Acessível: caderno 3: para a construção da cidade acessível. Brasília, 2006. Decreto Federal 5.296/2004 – Normas Gerais e Critérios Básicos para a Promoção da Acessibilidade, Brasília, 2004. SEMMER, José Pedro et al, – Cartilha de Orientação Acessibilidade – Implementação do Decreto 5.296/04. Florianópolis, 2011. 30 BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação – 3. ed. rev. atual. – Laboratório de Ensino a Distância da UFSC, Florianópolis, 2001. TEIXEIRA, Zeni Calbuch (org.) / FREITAS, Jari Orandes; GOMES, Maria Aparecida; MELLO, Jafa Gerusa. Caderno para a apresentação de trabalhos acadêmicos. Editora UNIPLAC, Lages, 2003.
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