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Revolução Chinesa

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SISTEMA NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL.
SENAI / Blumenau.
História
Juliano Dilmar Frena 
Revolução Chinesa de 1911 e 1949
Laura Beatrice Rocha
Stefanny Caroline Amorim
Blumenau, 10 de outubro de 2017. 
Introdução: O cenário antes da Revolução de 1911.
A China foi o centro da civilização extremo oriental durante longos séculos, chegando ao século XVI dominando quase toda a Ásia. O Oceano Pacífico de certa forma a isolou do resto do mundo, porém isso não foi motivo de atraso econômico ou cultural, ou seja, a China de forma alguma era uma civilização atrasada do século XIX, o momento exato em que as potências europeias adotam a política imperialista e começam a invadir territórios fora do continente europeu. No contexto do imperialismo, a China era dominada e explorada pelas potências europeias, principalmente pelo Reino Unido. Esta potência imperialista, além de explorar a China economicamente, interferia nos assuntos políticos e culturais da China. Os imperadores da Dinastia Manchu eram submissos à dominação europeia. 
Antes dessas invasões a China foi única civilização a conseguir encontrar um extraordinário equilíbrio entre o meio natural e seus habitantes, um país que desde cedo se mostrou populoso, atingindo em 1850 cerca de 430 milhões de habitantes. Por ser um território grande e com uma intensa demanda por alimentos, a China tinha um avançado desenvolvimento da agricultura principalmente na produção de arroz que por consequência trará para China uma grande expansão demográfica. 
Muitas das invenções importantes que hoje facilitam o nosso dia a dia, ou avanços na ciência, arte e filosofia não são de exclusiva invenção dos povos antigos europeus, a China também foi precursora de muitos inventos, como a pólvora e a imprensa, a bússola e instrumentos de irrigação. E mesmo na filosofia os chineses já possuíam um sistema próprio voltado para as relações humanas – o confucionismo – ordenado por Confúcio (551-479 AC) e que pregava o respeito às hierarquias e acabou ajudando a manter a estagnação do país (Coggiola, 1995). 
 Contudo a China com seu vasto território começou a ser difícil de administrar, as necessidades de grandes obras para assegurar a defesa de seu território juntamente com a defesa da agricultura no contexto das revoluções industriais e a dominação do capitalismo impuseram a centralização do Estado e a prevalência da propriedade coletiva sobre a privada na produção agrícola. Com o passar do tempo a China viu-se tão concentrada na agricultura para alimentar sua vasta população , que economicamente o país cresceu desigual, ou seja, a indústria e agricultura cresceram em ritmos diferentes e a China não soube acompanhar a industrialização avançada que ocorreu na Europa. Com essa situação o governo já centralizado, foi obrigado a usar a burocracia de vários funcionários, entre os mais conhecidos eram os mandarins, os quais eram delegados pelo imperador e muitas vezes oprimiam os camponeses com seus abusos de poder. Este foi a fato primordial para as primeiras revoltas camponesas, porém essas revoltas eram isoladas e nunca chegaram a abalar o poder central , contudo essas revoltas alimentaram as tradições das sociedades secretas e a futuras revoluções. Nessa época a China vivia sobre a dinastia Manchu que foi responsável pela expansão territorial do império ao seu limite máximo até o século XVIII, chegando à Mongólia e ao Tibete. Mas a partir da Índia os ingleses forçaram a entrada no vastíssimo mercado chinês, não sem resistências e revoltas. Uma das mais emblemáticas, a maior revolta do século XIX, foi a rebelião dos Taiping (1850-1864), que chegou a controlar uma grande região da China durante dez anos. Os camponeses queriam reivindicar suas terras, ou seja, queriam retomar o direito à propriedade coletiva da terra. Eles foram esmagados pela dinastia Manchu, mas já se revelava que a introdução da China no mercado mundial controlado pelos ingleses desestabilizava cada vez mais as antigas estruturas. As rebeliões apenas sinalizavam uma nova era de mudanças.
Nesse período cresciam as pressões econômicas e políticas vindas da Europa, para abrir as relações comerciais do país. Os chineses consideraram por longo tempo os europeus povos bárbaros e restringiam seu comércio no país. Portugal foi o único país a conseguir desde o século XVI a entrar no pequeno porto de Macau, porém só conseguiram esse comércio devido a submissões e regras que o poder chinês impuseram sobre eles. 
Contudo com os ingleses foi diferente, acompanhados do impulso saqueador do capitalismo por mercados, o século XIX, a qual usaram sua base colonial na Índia para criar o mercado de ópio na China via contrabando e depois impuseram o livre-comércio pela guerra. A Inglaterra criara o consumo de drogas para depois controlar o narcotráfico. Isso foi feito através das guerras do ópio (18401860, a China perdeu parte do território correspondente a Hong Kong); seguiram-se na China assassinatos e saques brutais, imposição de tratados humilhantes e grandes concessões territoriais, inicialmente à Inglaterra e depois às outras potências industriais, inclusive ao Japão.
A nação chinesa foi invadida, humilhada e partilhada tornando-se uma semi-colônia. Como uma das consequências, se formou uma nova classe comercial (uma burguesia compradora) subordinada aos interesses estrangeiros. No campo o enfraquecimento do estado chinês facilitou a concentração de terras e o fortalecimento de uma classe de grandes proprietários. Um dos traços relevantes da nova situação imposta pelo livre mercado foi ainda a crescente desestruturação da capacidade do estado chinês para fazer frente às calamidades climáticas e as fomes que assombravam o país (Davis, 2002: 77-91 e 351-387). A decadente dinastia manchu, incapaz de deter o avanço das potências imperialistas, era, no entanto, ainda capaz de reprimir os nascentes movimentos de resistência nacionalista e que se identificavam cada vez mais com a luta pela democracia contra a opressão do império.
Em 1895 o Japão derrotou o país na guerra chamada de Sino-Japonesa ( China perdeu a Manchúria e a Ilha Formosa, conhecida atualmente como Taiwan e a Coréia) que começou um ano e no fim impôs um tratado humilhante. 
Uma ainda limitada tentativa de mudança ocorreu com o movimento reformador e pacífico de 1898 conhecido como “Os cem dias de Pequim” e que pretendia modernizar ou mesmo substituir a dinastia manchu. Foi uma marca determinante para o início da China moderna. O próprio imperador Kouang-siu percebe a necessidade de reformas no velho edifício manchu e começa um programa de reorganização do exército, da educação pública, da agricultura, minas, ferrovias e imprensa. O Japão passava por um processo de modernização capitalista de cima para baixo cada vez mais exitoso. Porém, o clã manchu, temendo perder seus privilégios, organizou um golpe palaciano preventivo em setembro de 1898, e o imperador foi obrigado a abdicar e ver seus decretos modernizadores cassados. Os reformadores foram derrotados em grande parte porque previam uma reforma por cima, ignoravam o poder da burocracia e não cogitaram em nenhum momento em mobilizar para as reformas as amplas massas camponesas, uma força social imensa, mas também quase imprevisível.
A inevitável Revolução de 1911
A Revolução Chinesa se refere a dois momentos da história da China, a primeira em 1911 momento em que antecede a primeira guerra mundial e a segunda em 1949, em uma época a qual o mundo passava pela fase da bipolarização, ou seja esses dois momentos aconteceram em uma época instável de nossa história. 
A Revolução Chinesa tem raízes numa longa tradição de revoltas camponesas que desde a Antiguidade, convulsionaram o império chinês. Na segunda metade do século XIX essa massa camponesa, maioria esmagadora da população, e o povo pobre das cidades estavam submetidos a uma tripla exploração: por parte dos grandes latifundiários chineses, por parte da burguesia burocrática ligadaao império, e ainda por parte dos representantes dos interesses capitalistas estrangeiros instalados no país. Grandes rebeliões que ocorreram nessa época, como a Revolta Taiping que sacudiu a China entre 1845-60, foram reprimidas com brutalidade. 
A Revolução Chinesa de 1911, também conhecida como "Revolução Nacionalista" ou "Revolução de Xinhai", ocorreu em outubro neste mesmo ano e marcou o fim do período dinástico no país. O movimento foi desencadeado por revolucionários nacionalistas que retiraram a dinastia Qing (ou Manchu) do poder, estabelecendo a República da China.
Ela foi liderada pelo médico Sun Yat-sen, que fundou em 1912 o Kuomintang (Partido Nacional do Povo) e que foi eleito o primeiro presidente da República Chinesa. 
 Em meio a golpes de estado, agitações e revoltas a China mergulhou numa crise profunda, e o poder dos grandes latifundiários na prática estabeleceu uma “república dos senhores da guerra”. O Partido Comunista Chinês, que foi fundado em 1921, aceitou inicialmente uma aliança com os nacionalistas para lutar contra a presença estrangeira na China, pois nada adiantava lutar por um sistema político em um país explorado por estrangeiros. 
O nacionalismo ganhou magnitude com a figura do Dr. Sun Yat-sen, o criador do Kuomintang. Ele, junto com outros intelectuais nacionalistas e democratas criou a Sociedade Tung Men Hui em 1905, proclamando lutar por três princípios: Nacionalismo, democracia e bem-estar social (Coggiola, 1995: 18-19). Nesse período a guerra russo japonesa (1904-1905) disputava a partilha da região chinesa da Manchúria. Nesse mesmo tempo há uma crescente aproximação das camadas populares com as propostas de defesa da democracia e do nacionalismo. O marxismo também ganhava influência política nos meios intelectuais e populares como instrumento para ajudar na libertação do país. A velha monarquia ainda tenta reformas superficiais e em 27 de agosto de 1908 anuncia-se a organização de uma Assembleia Nacional. Meses depois, em novembro, o imperador Kouang-siu e a imperatriz Ts'eu-hi morrem misteriosamente. 
Logo depois desses fatos, uma criança de apenas três anos de idade é proclamada imperador com o nome de Siuan-t'ong e a regência passa a ser exercida por seu pai, o príncipe Tch'ouen. 
Evidentemente esses fatos caracterizam-se por um golpe contra os reformistas. Mas seu efeito foi contrário ao que se esperava. Por pressões de delegações provinciais, ocorre uma Assembleia , em 3 de outubro de 1910 , Pequim, inicialmente a proposta da assembleia era estudar os orçamentos e reformas administrativas. Contudo, os delegados provinciais pedem reformas constitucionais e mais uma vez a China se vê sob controle de uma monarquia absolutista, onde o príncipe regente reage diante desses ocorridos e ordena o fechamento da assembleia e ordena punir todos os rebeldes (Dubarbier, 1949:13). Mais uma vez na história da humanidade o opressão de uma monarquia absolutista ou um governo ditatorial dão forças aos movimentos de revolução e reformas, que jamais um líder conseguiu segurar e aniquilar por muito tempo. No caso da China não foi diferente esses eventos desencadearam a futura revolução de 1911. Em 1901, protestos começam a tomar conta do país e o partido de Sun Yat-sen toma a frente das manifestações , principalmente na parte do sul do país, como as cidades de Cantão, Nanquim e Xangai. Eminente aos fatos e percebendo o perigo a corte imperial nomeia Yuan Che-k'ai em 14 de outubro, na tentativa de que o mesmo reprimi-se as revoltas e não perdesse o poder. Mas, novamente nem tudo ocorre como o esperado, Yuan faz negociações com os revolucionários, entra em Pequim em 16 de novembro e forma um ministério com membros reformistas. Ao mesmo tempo no sul, exatamente em Xangai ocorre um governo republicano a partir da adesão de 14 das 18 províncias chinesas em torno da autoridade de Sun Yat-sen. Em 29 de dezembro uma assembleia nacional o elege presidente. Há dois governos no país. O império está desabando. Com isso o príncipe regente decide abdicar e transmite todo o seu poder ao ministro Yuan Chek’ai com o objetivo de organizar um governo republicano provisório, esse acontecimento ocorreu em 12 de fevereiro de 1912. Após três dias desses acontecimentos, ocorre mais uma assembleia, a assembleia de Nanquim a qual o tema pautado é a união do norte e sul, o fechamento desta assembleia foi Sun Yat-sen reconhecer Yuan como presidente. Esperava com isso garantir a república sem alterar os interesses dos grandes proprietários, ou seja, mesmo não sendo um sistema capitalistas, a monarquia também priorizava somente a alta classe. Mas longe de resolver os problemas, essa reforma superficial direciona tensões econômicas e política para uma luta aberta a qual ainda não tinha sido vivenciada pelo povo chinês. O desmembramento do país causado por pressão estrangeiras e senhores locais foi acelerando em passos cada vez mais largos e mais uma vez a China se viu dividida. Foram organizadas eleições para o final de 1912, a lei eleitoral determinava que fossem eleitos um senado e uma câmara de deputados com finalidade de aprovar a constituição e eleger um chefe de estado. Na época o partido mais bem preparado e organizado era o partido Kuomitang, que por consequência desses fatores obteve o maior número de membros eleitos nas duas câmaras. Esses resultados foram inaceitável para o presidente da época, Yuan Chek’ai, que passa a perseguir e corromper a maioria do parlamentar. Como tentativa em dezembro de 1912 ele dissolve o parlamento e denuncia todos os membros do partido Kuomintag, como suspeitos perderam suas lideranças. 
Com esses acontecimentos a ideia de uma república, uma democracia, vão deixando de existir. Em 1° de maio de 1914 é prolongada a constituição e em 10 de outubro de 1915 um plebiscito sob controle do governo aprova o retorno à monarquia. Uma “Câmara Consultiva” oferece o trono a Yuan Che-k'ai. 
A restauração monarquista reacendeu a revolta, mesmo com o recuo do governo anulando as medidas de retorno da monarquia (22 de março de 1916). Em maio de 1916 Cantão proclama a República e Sun Yatsen assume o governo (Dubarbier, 1949: 23-27). Em Pequim um governo nominal sob a presidência Li Yuan-hong não consegue impedir que várias províncias proclamarem sua autonomia. A China unificada está se desagregando. É o início de um longo período de revoltas e separatismos regionais que se prolongará até o ano de 1928. Essa difícil situação interna de desmembramento do país trouxe perigosas consequências e ocorria em plena Primeira Guerra. O que se reflete imediatamente na China após o fim da guerra é uma nova partilha do seu território pelas potências externas. O Japão, por exemplo, assume as antigas possessões alemãs em solo chinês.
Revolução de 1927
Movimentos e partidos operários ganharam força no mundo inteiro, como o tomada do poder dos bolcheviques na revolução russa e essa situação não deixaria a China de fora. Em 4 de maio de 1919 ocorrem grandes mobilizações da classe operária que anunciariam uma nova configuração social e política do país, que marcaram a volta do nacionalismo na China. Porém um pequeno partido comunista chinês é criado em julho de 1921 com apenas 57 integrantes. Ao lado disso, em 1923 um acordo da URSS com Sun Yat-sen lhe fornece armas, munições e recursos recusados pelas potências europeias contra os japoneses. Em contrapartida, Sun permite que militantes comunistas ingressarem no partido nacionalista, mas se submetendo ao seu poder. A China não estava preparada para o futuro “socialismo”.
Em 1925 se reúne o Congresso Nacional do Trabalho representando mais de 540 mil pessoas e o resultado é o comunista Liu Shao-chi eleito vice-presidente. É agrupado ao partido Kuangtung 180 mil camponeses, porém o partido comunista cresce rapidamente para 20 mil membros o qual estava submetido ao partido de Kuomitang (Coggiola, 1985: 23). O movimento camponês embora ainda marcado por práticas primitivas de luta como as sociedades secretas, banditismos eregionalismos. O cenário era de crise e degradação da autoridade pública, é pouco a pouco influenciado e progressivamente se une às forças revolucionárias como na revolução de 1924-1927, num segundo momento quando o partido comunista se desloca para o campo entre 1927-1935 e, por fim, as bases camponesas das guerrilhas contra os invasores japoneses e o Kuomitang (Chesneaux, 1976: 94-100).
 Com a morte de Sun Yat-sen em 12 de março de 1925, quem assumiu a direção do partido foi Chiang Kai-shek. A revolução nacionalista prossegue e o Kuomitang, entre julho e dezembro de 1926, liberta todo o sul da China dos senhores da guerra, tomando Xangai apoiado em sublevações do movimento operário e camponês que se organizavam cada vez mais em sindicatos e milícias próprias. Os sindicatos camponeses crescem rapidamente acompanhando o avanço das tropas e lutando contra os grandes proprietários rurais e as autoridades locais.
 No entanto, os acordos entre o PC e o Kuomitang limitavam o programa camponês em suas lutas. Uma proposta foi criada, a “ terra para os camponeses” proposto para os comunista defenderem porém essa proposta foi derrotada. A tática de manter aliança com os nacionalistas moderados do Kuomitang limitou as possibilidades da aliança revolucionária dos operários e camponeses. Para manter os aliados as reivindicações camponesas deveriam se conter na luta por limitar a renda fundiária e os juros; e no plano político a reivindicar apenas liberdade de organização, direito de voto, mas não a colocar a questão da luta pelo poder político (Chesneaux, 1976: 106-107). 
Para Stálin, que desde a URSS orienta os militantes comunistas chineses, essas propostas visavam impedir uma ruptura com os “aliados” do Kuomitang. Mas Chiang Kai-shek não tolerará a crescente força das organizações camponesas e operárias que, em última análise, e apesar dos esforços de Stálin, ameaçavam o poder dos grandes proprietários. Em 12 de abril de 1927 desarmam as milícias operárias, prende e massacra mais de 5 mil trabalhadores no que fica conhecido como “o massacre de Xangai”. Em 22 de maio ele ataca Nanquim e em poucos meses faz desaparecer a presença comunista. O casamento de Stálin com Chiang Kai-shek deixava um rastro de sangue no operariado chinês. Em julho de 1928 o Kuomitang entra em Pequim, mas agora já é outro partido, sem sua máscara reformista. Ele ajudará a esmagar as rebeliões sociais camponesas e operárias que originalmente o apoiavam. Por isso, passa a contar com apoio dos antigos senhores da guerra e grandes proprietários. Dessa forma, de “partido da democracia e da esperança '‘nacional’' que era em 1912, foi se transformando em partido da reação política e dos possuidores.” (Coggiola, 1985: 26). Os comunistas tentam novas insurreições em julho de 1930 sob orientação da chamada “tática do terceiro período” da IC, e sofrem novos massacres a ponto de perder a maioria da militância operária e toda a influência que possuíam nas cidades. Eles são obrigados a empreender uma retirada para o campo para sobreviver. A desastrosa política de coligação com a burguesia custará aos comunistas o lugar de direção para o movimento operário por um longo período. Agora a revolução dependerá por circunstâncias especiais como as lutas camponesas - e não por uma tática particular, para se reerguer. 
Revolução de 1949
Em face do avanço japonês, o Kuomintang e o PCCh são praticamente forçados a uma nova aliança e formam uma frente única em 1937 para lutar contra os invasores, na Guerra Sino-Japonesa. Com a rendição do Japão aos aliados no final da II Guerra Mundial, reinicia-se a guerra civil. Chiang Kai-shek não consegue deter as ofensivas do PCCh, apesar da ajuda que recebe dos EUA. Os comunistas entram em Pequim em janeiro de 1949 e, no dia 1º de outubro, proclamam a República Popular da China, com Mao Tsé-tung como dirigente supremo. Chiang Kai-shek foge para Taiwan (Formosa), onde instala a República da China. Os contra-revolucionários sofrem brutal repressão, que deixa pelo menos 5 milhões de mortos em dois anos.
A China continental é reorganizada nos moldes comunistas, com a coletivização das terras e o controle estatal da economia. Em 1950, Mao assina um tratado de amizade com a União Soviética (URSS), integrando-se à Guerra Fria. Tropas chinesas combatem na Guerra da Coreia em 1950 e 1951, ao lado da Coréia do Norte (comunista), contra os EUA e a Coréia do Sul. Em 1950, a China ocupa e anexa o Tibet.
O primeiro plano qüinqüenal (1953-58) dá prioridade à reforma agrária, com a formação de cooperativas camponesas, e adota a educação obrigatória para todo o povo. A partir do campo, o governo pretende estruturar as bases de uma industrialização. Após a morte do ditador soviético Josef Stálin, em 1953, Mao enfatiza sua autonomia em relação a Moscou. A China não aceita a desestalinização proposta pelo dirigente soviético Kruchóv, em 1956, mantendo-se fiel ao culto a Stálin.
Em 1956, Mao lança a Campanha das Cem Flores, para estimular críticas da população às autoridades e diminuir o poder da burocracia partidária. Quando as críticas ultrapassam os limites que Mao se dispunha a tolerar, o regime reage com a Campanha Antidireitista e milhares de intelectuais são perseguidos, presos e mortos. Em seguida, Mao lança outra campanha: o Grande Salto para a Frente (1958-1960), um projeto que pretendia transformar a China em um país desenvolvido e igualitário em tempo recorde. Os camponeses são obrigados a se juntar em gigantescas comunas agrícolas de até 20 mil famílias cada uma. Siderúrgicas improvisadas, com tecnologia rudimentar, são instaladas em toda parte. A indústria urbana é nacionalizada e expandida. O "salto" leva à desorganização total da economia e milhões de camponeses morrem de fome.
Com o fracasso da iniciativa, a cúpula do PCCh afasta Mao da condução dos assuntos internos do país. Outros veteranos da guerra revolucionária, como Liu Shaoqi e Deng Xiaoping, assumem as decisões do dia-a-dia. Shaoqi é escolhido presidente em abril de 1959. Mao continua, porém, a comandar a política externa. Intensificam-se as críticas à URSS, que é acusada de "restaurar o capitalismo". Em 1960, a URSS reage com a suspensão da ajuda econômica e militar. Em 1966, Mao lança uma audaciosa ofensiva para voltar ao poder: a Grande Revolução Cultural Proletária. A população, em especial a juventude, é estimulada a se rebelar contra as autoridades, acusadas de pragmatismo e de burocratização. Cerca de 20 milhões de colegiais e universitários atendem ao apelo de Mao e formam as Guardas Vermelhas, que desencadeiam perseguições políticas em escala colossal. Intelectuais e dirigentes do PCCh são espancados, presos e, em muitos casos, mortos. Liu Shaoqi é destituído e morto e Deng Xiaoping também é preso. Mao recupera o controle absoluto do país, que retorna à normalidade, mas a Revolução Cultural prossegue oficialmente até sua morte, em 1976. Seu substituto é Hua Guofeng, que afasta os líderes radicais de esquerda, conhecidos como "Camarilha dos Quatro", entre os quais a viúva de Mao, Jiang Qing.
Durante a década de 80, Deng Xiaoping, reabilitado, surge como a principal liderança do país e dedica-se a uma ampla reforma econômica. 
Revolução Cultural Chinesa
Quem a desencadeou foi Mao Tsé-tung, que liderava o país desde 1949, quando os comunistas chegaram ao poder. Insatisfeito com os rumos do sistema que ele mesmo havia implantado, Mao queria que a China fugisse do modelo soviético de comunismo, por considerá-lo falido e onde os burocratas do governo viviam num mundo irreal, com mordomias que o resto da população não tinha. Assim, numa reunião do Comitê Central do Partido Comunista Chinês (PCC), em agosto de 1966, ele lançou formalmente a Revolução Cultural. “Mao tinha quatro objetivos: corrigir o rumo das políticas do PCC; substituir seus sucessores por líderes mais afinados com o que pensava; assegurar uma experiência revolucionária à juventude chinesa; e tornar menos elitistas os sistemas educacional, cultural e de saúde”, diz ocientista político Kenneth Lieberthal, do Centro de Estudos Chineses da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Para atingir esses objetivos, Mao se apoiou numa enorme mobilização da juventude urbana da China, organizando grupos conhecidos como Guardas Vermelhos. Além de questionar os rumos do comunismo chinês, a Revolução Cultural combateu o confucionismo, idéias baseadas no pensamento do filósofo Confúcio, que durante milênios influenciaram a sociedade chinesa. Pelo valor que davam à hierarquia e ao culto do passado, tais idéias passaram a ser encaradas como reacionárias. “A Revolução Cultural foi a luta contra uma classe intelectual separada da massa”, diz o historiador Mário Bruno Sproviero, da USP. O problema é que, na prática, ela resultou em escolas fechadas, no ataque (não só verbal) a intelectuais e no culto exagerado à personalidade de Mao. A morte do líder, em 1976, abriu caminho para a ascensão do político Deng Xiaoping. Com a mudança no poder, em 1977, a Revolução Cultural foi oficialmente encerrada.
Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) da China 
A criação da ZEEs foi uma das principais medidas que o governo chinês adotou para abertura econômica da China já que a mesma sofreu um processo diferenciado pois foi tardio e teve grande participação do estado. Foi criada pelo Governo Deng Xiaoping (1982-1987) e foram mantidas pelos governos que vieram. Elas são consideradas como o principal marco da abertura econômica do país.
As ZEEs são áreas especificamente destinadas para o direcionamento da atividade industrial a partir do oferecimento de vantagens para atrair investimentos estrangeiros. Seu principal objetivo era alavancar a produção industrial da China, que como já mencionado, o país vivia uma crise desde a década de 60, outro objetivo era fortalecer o volume total de exportações.
As metas foram cumpridas com sucesso com tanto sucesso que foram consideradas as responsáveis pelos quais o modelo chinês apresentou um grandioso sucesso em termos econômicos, tornando o Produto Interno Bruto (PIB) do país o segundo maior do planeta.
Outra características das Zonas Econômicas Especiais é o fator empregatício, pois as instalações de fábricas e indústrias estrangeiras demandou uma grande quantidade de mão de obra, sendo qualificada ou não. Adotou-se a prática conhecida na economia como Joint Venture, onde uma empresa estrangeira instalada em território chinês deveria se associar-se a uma empresa local, estatal ou não. 
Do outro lado, as multinacionais também se viram bastante favorecidas pelo processo de abertura da economia chinesa pela criação das ZEEs. Os principais pontos positivos para as empresas internacionais eram:
a) uso de mão de obra muito barata e abundante;
b) melhor acesso às matérias-primas do país;
c) infraestrutura adequada para rápida exportação;
d) acesso ao amplo mercado consumidor do país sem a passagem dos produtos por barreiras e tarifas alfandegárias;
e) baixos impostos locais, incluindo a isenção fiscal para a importação de produtos e maquinários industriais;
Conclusão 
Portanto, é notável que a história do povo chinês foi marcada por grande exploração e guerras que arrasou uma geração inteira e mesmo com o exemplo da China e de outros países que sofreram com guerras como as Coreias , as pessoas ainda persistem no mesmo erro de sempre querer dominar outra cultura, raça ou religião. 
Referências
https://www.todamateria.com.br/revolucao-chinesa/ 
https://www.suapesquisa.com/historia/china/revolucao_chinesa.htm
https://mundoestranho.abril.com.br/historia/o-que-foi-a-revolucao-cultural-chinesa/
https://www.estudopratico.com.br/revolucao-chinesa-fique-por-dentro-desta-historia/
http://brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-chinesa.htm
http://aprovadonovestibular.com/revolucao-chinesa-causa-resumo-china.html
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2305662/mod_resource/content/1/A%20revolu%C3%A7ao%20chinesa%20e%20a%20revolu%C3%A7%C3%A3o%20cultural.pdf
http://www.megatimes.com.br/2012/02/revolucao-chinesa-1949.html

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